Please Forgive Me escrita por With


Capítulo 1
Capítulo Único - Please Forgive Me


Notas iniciais do capítulo

Olá, sejam bem vindos ao universo de "Please Forgive Me".

Assim como muita das minhas one-shots, esta também foi escrita há um tempinho e finalmente a conclui. Então, decidi compartilhar com vocês.

É muito singela, baseado no episódio 126 "Crepúsculo". Usei algumas partes e adicionei sentimentos e drama. É a minha primeira vez escrevendo com esse casal, espero ter feito um trabalho legal.

Perdoem qualquer erro, foi betada por mim.

A música que abre a fanfic é "Please Forgive Me" de Bryan Adams. Particularmente uma das minhas preferidas.

Desejo que tenham uma boa leitura.



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Please Forgive Me

Por favor, perdoe-me

Se eu preciso de você tanto assim

Por favor, acredite em mim

Cada palavra que eu digo é verdade

Por favor, perdoe-me

Não posso parar de amá-la

Enquanto ele falava, Tsunade demarcava as feições fortes e másculas que haviam tomado conta do semblante de Jirayia. Ele se tornara um homem muito bonito, embora aquele jeito pervertido ainda imperasse como nunca dentro dele. Mesmo assim, ela não se importava. Talvez aquele lado fosse o que mais a agradasse, no entanto, para ela não existia outro homem capaz de mexer com seus sentimentos adormecidos. Amara Dan, e embora Jirayia sempre soubesse, ele jamais se afastou dela. Quando Dan morreu, fora ele quem esteve ao seu lado. Um sorriso bonito se formou nos lábios finos, levemente pintados de rosa.

– O que foi? Eu disse algo engraçado? – a voz do Ero-sannin atrapalhou os pensamentos da Godaime e ela apenas balançou a cabeça gentilmente em negação.

– Estava apenas pensando. Não precisa se interromper por isso, Jirayia. – Tsunade elevou os olhos ao céu, vendo a cor alaranjada que se apossava aos poucos daquela tarde. Um tarde de despedida, porém, mesmo assim, não deixava de ser agradável estar ali. Talvez, Jirayia fosse a razão.

– Hum... – O lendário apenas murmurou, não entendendo muito bem aonde Tsunade queria chegar. – Você sabe o que acontecerá daqui para frente, não é?

– É realmente preciso? – Que tipo de pergunta era aquela? É claro que Jirayia faria o que estivesse a seu alcance para proteger Konoha, porém naquele momento ela não se importava em ser um pouco egoísta. Gostava de pensar que ele estava indo por ela. De alguma forma, pensar assim a iludia. – Não é como se o mundo fosse acabar amanhã.

– Hn? O que quer dizer, Tsunade? – A informalidade que ele nunca usou ressaltava o nome da mulher amada, no fundo Jirayia sabia que seu amor já não era tão seu. Desde menino declarara-se a ela, queria-a como nunca desejou outra mulher, no entanto, concretizar tal sentimento dava-lhe a sensação de estar pisando nos sentimentos dela. E feri-la ia contra seus princípios. – Você, melhor do que ninguém, deveria entender os meus motivos.

Tsunade mordeu o lábio inferior, reprimindo as palavras que quase a desobedeceram. Seria errado deixar que o lado passional falasse por ela? Seria errado somente desta vez fazê-lo ficar, mesmo que a força? Estaria sendo fraca por desejá-lo ali, ao seu lado naquele momento difícil? Refletindo agora, por mais que recriminasse suas atitudes do passado, era inegável sorrir quando ele aparecia em suas lembranças. Seja qual ela fosse.

O Sannin, como foi nomeado por Hanzou de Salamandra e era conhecido, tornou-se uma pessoa essencial em sua vida. Afinal, com quem mais poderia compartilhar seus sentimentos mais íntimos e não se sentir julgada? Evidente, existia Shizune, sua fiel discípula, todavia nunca poderia ser de todo sincera como o era com Jirayia. O vazio que se alastrava dentro de Tsunade adquiriu proporções imensuráveis, capazes de tragá-la ao menor esforço. Talvez já estivesse presa dentro dele muito antes. Quem sabe?

– Prometa-me que voltará vivo. – Agora, ela evitava olhá-lo com medo de que Jiraiya pudesse desvendá-la. – Por favor... – Tsunade sussurrou em um fio de voz.

A risada de Jirayia estrondou pela praça e era como se o brilho do crepúsculo o agraciasse. Tsunade não soube definir e Jirayia por sua vez sentia-se feliz pela preocupação dela. No fundo, compreendia o valor que possuía para Tsunade e não a via como Hokage. Ali, a sua frente, contendo todas as emoções, encontrava-se apenas uma mulher. A mulher verdadeira, aquela que ele ansiava confraternizar todos os dias de sua vida.

– Façamos uma aposta. – Ele proferiu de bom humor, atraindo a atenção dela. – Eu aposto que voltarei com vida e você não, afinal sua sorte nunca muda. – Ajeitou o pergaminho às costas e Tsunade soube que estava quase na hora de deixá-lo partir. – Mas se eu voltar, eu quero que... Você seja minha. – Jirayia completou a frase em pensamentos e rompeu em mais uma risada. – Estou brincando!

E assim ele se foi, as últimas palavras ecoando dentro de sua mente, tornando-se incapaz de deixá-la pronunciar o que tanta esperava. A silhueta alta e forte ia se afastando a cada segundo e as lágrimas rolaram por seu rosto bonito. E quando a brisa do fim de tarde sobrou, ela confiou o seu segredo mais íntimo, esperando que pudesse alcançá-lo:

– Eu te amo.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler e espero que tenha gostado.
Que tal me deixar sua opinião? Críticas construtivas são muito bem vindas.
Até a próxima.
Beijos,
With.