Pedras Preciosas escrita por Melanie


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

FELIZ NATAL!!!!!!
Desculpem a demora, mas reescrevi esse capítulo umas mil vezes até achar que estava bom o bastante para postar...
Anyway... Obrigada pelos comentários incríveis!!! Ainda não tive tempo de responder, mas prometo que amanhã respondo todos. Estou postando as pressas hoje, então não vou conseguir responder...
Espero que gostem desse capítulo.



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Tony saiu da armadura o mais rápido que conseguiu e, ignorando as expressões de surpresa e confusão de seus companheiros, correu em direção ao corpo de sua filha.

— Lia? — Chamou-a enquanto se abaixava ao seu lado e a segurava.

Sua filha não lhe respondeu, sequer olhou para ele. Os olhos dela estavam fortemente fechados e uma expressão de dor tomava conta de suas feições. Ela se contorcia em seus braços. Tentou chacoalhá-la levemente para que abrisse os olhos, mas nada.

Tony? — Ouviu o Capitão dizer, parecia estar se aproximando. — Como esta garota pode ser a Lia?

Tony nem se deu ao trabalho de respondeu. Sua filha estava claramente sofrendo e ele não fazia ideia do motivo. Simplesmente segurou a máscara que ela estava usando e a tirou. O rosto de sua menina se tornou visível para que todos pudessem vê-la, mas, mesmo assim, ela ainda não abriu os olhos.

Como ela... O que está acontecendo com ela? Com todas elas? — Ouviu Barton perguntar.

— Eu não sei. — Murmurou segurando o rosto de sua filha entre as mãos. — Lia? Querida? Fale comigo.

Lily ouvia a voz de seu pai, mas parecia tão distante. Não conseguia entender o que ele estava lhe dizendo e também não conseguia se concentrar o suficiente para falar algo. Ela não conseguia fazer nada além de sentir aquela dor agonizante.

Acalme-se.

Você é a responsável pelo o que está acontecendo, Lily. Enquanto não se acalmar, as outras não vão parar de sentir a dor que você também está sentindo.

Você absorveu a energia que estava tentando controlá-la. O coração a considerou como uma energia hostil, uma ameaça, e alertou aos outros. Agora, querem aniquilar a fonte desta energia. Mas este desejo vai contra os princípios que cada uma de vocês, meninas, possuem. Então, estão em conflito. A única forma de fazê-los parar é recuperando o controle. Quando você recuperar o controle, o coração irá se acalmar e avisará aos outros que não existe ameaça alguma.

Recupere o controle, Lily.

— Nós temos que tirá-las daqui. — Romanoff falou.

— Sim, não vai ser fácil continuar a manter as pessoas afastadas. — Concordou Barton.

Mas Tony os ignorou. Continuou fitando sua filha. Ele quase podia sentir a dor que ela devia estar sentindo... Sentia-se tão imponente sem saber o que fazer para ajudá-la. Segurou em sua mão e a sentiu apertá-la fortemente e então de repente, soltá-la.

— Lia? — Chamou-a suavemente quando percebeu que a expressão de dor havia desaparecido de seu rosto. Sua filha agora parecia inconsciente. — Lia? — Chacoalhou-a outra vez.

Levantou a cabeça e olhou para as outras que também estavam no chão. Todas haviam parado de se contorcer de dor. Pareciam inconscientes. O que diabos estava acontecendo?

— Lia? — Chamou-a novamente, o desespero escapando em sua voz.

Então sentiu-a se mexer. Segurou em seu rosto, virando-o e a viu piscar os olhos. Não estavam mais vermelhos, ao invés disso, viu o mesmo belo azul que os da sua esposa. O azul que ele conhecia. Sorriu aliviado quando a sentiu se mexer outra vez, dessa vez mais forte. E então os olhos dela focaram os seus.

Papai... — Ouviu-a sussurrar para, logo em seguida, desmaiar.

O alívio que Tony sentiu ao vê-la abrir os olhos desapareceu novamente.

Lia? — Nada. Dessa vez ela havia realmente desmaiado.

— Se não quisermos atrair atenção indesejada, precisamos sair agora, Stark. — Ouviu Furry dizer.

— Ela não vai para a base. — Falou na mesma hora.

— O objetivo de ter vindo até aqui era para levar as seis para a base da S.H.I.E.L.D. — Lembrou-o Tony.

— Isso foi antes de descobrir que era da minha filha que estávamos falando. — Não haveria discussão sobre isso.

Tony não deixaria a S.H.I.E.L.D colocar as mãos na sua filha.

— Alguma coisa aconteceu, Stark. — Virou-se para o Capitão. Sua filha e as outras cinco não estão no chão porque querem.

— Ela não vai para a base. — Repetiu e então a pegou no colo.

— E para onde pretende levá-la? — Thor perguntou.

Tony levantou e se virou para fitar Thor.

— Para casa.

~*~

Lily sentiu uma forte pontada na cabeça quando recobrou a consciência. Tentou se lembrar do que tinha acontecido e por que ela parecia estar deitada, mas mesmo ainda de olhos fechadas sentia as coisas ao seu redor girando. Piscou os olhos antes de abri-los e quando conseguiu focalizar o que havia acima de si encontrou um teto estranhamente familiar. Franziu a testa tentando se localizar e foi quando sentou-se em um pulo.

Aquele era o teto do seu quarto.

No mesmo instante em que se sentou, arrependeu-se. Ah, ela ainda se lembrava daquela sensação. Corpo gritando de dor, cabeça querendo explodir... Foi a mesma coisa que sentiu depois do acidente. Como esquecer?

— Lia? Lia! — Deu um leve gemido de dor ao sentir-se sendo abraçada repentinamente.

Piscou. Reconheceu o cabelo de sua mãe e retribuiu ao abraço embora ainda estivesse confusa. Não percebeu que não estava sozinha em seu quarto. Na verdade, sua memória estava uma bagunça e sua cabeça doía quando tentava organizá-la.

— Ah, meu amor... Você acordou. — Ouviu sua mãe sussurrar contra seu cabelo. — Graças a Deus!

— Mãe? — Murmurou.

Sua mãe se afastou e a olhou com lágrimas nos olhos enquanto acariciava seu rosto.

— Não faz ideia de como me deixou preocupada. — Pepper falou. Um sorriso aliviado em seus lábios.

— O que... O que aconteceu? — Lily perguntou.

Mas na mesma hora em que a pergunta saiu de sua boca, Lily se lembrou. O shopping, a esquadrilha, Os Vingadores, a Feiticeira Escarlate, a dor...

— As meninas... Como elas estão? — Perguntou sem se dar conta do que estava perguntando. Sem se dar conta do que estava fazendo.

— Estão bem. Em outro quarto, descansando.

Lily suspirou aliviada, mas então...

— Ah, meu Deus. — Sussurrou em choque quando percebeu o que estava acontecendo.

Lembrou-se de ouvir seu pai e então de chamá-lo... Droga!

— Eu estou além de aliviada que você esteja bem, meu amor. Mas... — Antes que sua mãe pudesse terminar, a porta do quarto foi aberta, interrompendo-a.

Lily encarou seu pai entrando e quando encontrou seus olhos sentiu seu coração acelerar. Lily conseguia sentir seu coração batendo descompassadamente em seu peito. O que ela iria fazer agora? Tinha quase certeza de que não conseguiria negar o óbvio. Agora, ela e as outras seriam entregues à S.H.I.E.L.D. E Jacobs... Jacobs!

— Obrigado por me avisar, Jarvis. — Seu pai falou, os olhos ainda fixos nos seus.

— Não há de quê, senhor. — A voz robótica respondeu.

— Então... Por onde quer começar? — Seu pai finalmente perguntou aproximando-se de sua cama.

Pela primeira vez, Lily não tinha uma resposta pronta na ponta da língua.

Contentou-se em desviar os olhos e focar em suas mãos.

— Não sabe? Bom, talvez eu possa sugerir alguns tópicos.

— Tony. — Ouviu sua mãe repreendê-lo.

— Acho que você não está entendendo a magnitude do problema, Pep. Lia poderia... — Então seu pai se auto interrompe.

Mas Lily imaginou o que ele devia estar para dizer: Lia poderia ter estragado tudo! Pessoas poderiam ter se machucado gravemente e então iam cair matando em cima de quem? Dos Vingadores! A dificuldade que seria abafar tudo o que estava acontecendo...

— Sinto muito, pai. — Sussurrou uma desculpa sincera.

Nunca quis causar problemas... Essa nunca foi sua intenção. Na verdade, Lily lembrou-se do que a fez começar tudo aquilo. Apenas queria orgulhá-lo. Mas claramente havia feito algo de muito errado porque seu pai parecia furioso.

Ouviu-o suspirar e mesmo sem olhá-lo, podia imaginá-lo passando a mão pelo rosto em um sinal de frustração.

— Você entende... — Tony começa e Lily sente parte de sua cama afundar. Seu pai havia se sentado? — Que poderia ter morrido, Lia?

Surpresa com a pergunta, porque estava esperando uma repreensão, Lily o encara e confirma que ele realmente havia se sentado em sua cama. À frente de sua mãe, do seu outro lado. Ótimo, agora se sentia como uma criança cujos pais sentavam-se na cama para dar uma péssima notícia.

— Você poderia ter morrido. — Seu pai responde a própria pergunta quando Lily demora demais para pensar no que dizer. — E então o que eu supostamente deveria fazer? Eu posso consertar qualquer coisa, Lia. Basicamente, não existe algo que eu não consiga concertar, mas... Eu não conseguiria concertar isso.

Lily pisca.

Mais surpresa do que quando seu pai fez a primeira pergunta. Ela definitivamente não esperava que ele fosse falar o que estava falando. Quer dizer, Tony Stark demonstrar preocupação era algo extremamente raro de se ver. Poucas vezes ela já havia escutado sobre quando ele de fato demonstrou preocupação porque ela nunca o tinha visto fazer isso até, bem, agora.

— No que estava pensando? — Ele pergunta e a fita realmente em busca de uma resposta. Sua mãe também parecia à espera de uma resposta.

— Eu não sei, eu... Só parecia ser uma boa ideia. Ajudar as pessoas...

Lily não perde quando seus pais trocam um olhar.

— Eu ainda não acredito que algo assim tenha acontecido com você... Como isso foi possível? — Sua mãe pergunta.

— Parece que estávamos no lugar errado e na hora errada. — Responde com um sorriso sem graça.

— Lugar errado e hora errada parece ser um eufemismo para situação. — Seu pai fala.

— Como vocês descobriram? — Lily pergunta de repente. — Digo, eu me lembro vagamente do que aconteceu antes de apagar, mas antes disso...

— Por favor... Estávamos no shopping, Lia. E então de repente você havia desaparecido e Rubi estava lá. Eu não sou burra e além do mais, uma mãe consegue reconhecer seu filho mesmo que ele esteja usando uma máscara. Claro que eu ia reconhecer você.

— Mas... Na noite que aquele homem atacou a Torre, você não me reconheceu.

— Eu não estava olhando com atenção, além de que, com certeza, não esperava que minha filha estivesse envolvida em um acidente dentro de uma empresa especializada em radiação.

— Nenhum de nós esperava. — Seu pai reafirmou. — Quando Coulson veio à Torre após o acidente, você garantiu que havia passado o dia na cidade com suas amigas.

— É, bom... Estávamos apavoradas. — Contou. — Não sabíamos o que fazer, então fizemos o que pareceu a melhor alternativa naquele momento. Nossos poderes tinham acabado de aparecer e...

— Você deveria ter vindo até nós, Lia. — Seu pai a cortou.

Lily balançou a cabeça.

— Não sabíamos se Jacobs tinha ido até à S.H.I.E.L.D. Até onde podíamos imaginar, ele poderia estar trabalhando com a S.H.I.E.L.D para nos matar.

— Primeiro, Jacobs não foi à base da S.H.I.E.L.D até que você e suas amigas apareceram na Torre e depois em rede internacional. E segundo, você realmente acreditava que se eu soubesse que você era a garota de vermelho, teria deixado um dos dois colocar as mãos em você?

Lily ficou em silêncio.

— Você acreditava. — Sua mãe falou sua resposta não dita.

Seu pai riu secamente.

— Uau, Lia. — Murmurou.

— Eu não sabia o que pensar! — Tentou melhorar a situação. — Estava apavorada com a possibilidade de ter a minha vida virada de ponta cabeça. Se Jacobs não nos matasse, o que Fury poderia fazer? Nos prender até entender o que diabos aconteceu com a gente?

— E no meio de todas essas hipóteses, o que você pensou que eu estaria fazendo? — Seu pai perguntou levantando-se da cama e começando a andar de um lado para o outro.

— Eu não pensei. — Confessou em um sussurro. — Acho que não queria que você ou mamãe soubessem, na verdade.

— Por quê? — Sua mãe perguntou.

Lily deu de ombros.

— Lia? — Sua mãe insistiu.

— Porque pensei que vocês não fossem se importar. — Confessou. — E acho que entre não saber ou ter certeza, eu preferi continuar sem saber.

— Não nos importar? — Seu pai perguntou incrédulo. — Como não nos importaríamos? Somos seus pais!

Senso de obrigação? Lily dispensava isso, obrigada.

Surpreendeu-se ao olhar para sua mãe e vê-la a fitando com uma expressão triste no rosto.

— Não. — Sua mãe sussurrou balançando a cabeça. — Isso tudo é nossa culpa. Não vê, Tony? Nós erramos... Não deveríamos tê-la deixado se afastar, não é, querida?

Lily arregalou os olhos, surpresa. Atônita. Sua mãe havia percebido? Como? Quer dizer, seus irmãos haviam comentado, mas ela não... Ela não esperava que sua mãe fosse trazer o assunto tão repentinamente à tona. Não estava preparada para isso.

— Nós fingimos que estava tudo bem, com você indo para longe de nós, mas... Não estava. — Os olhos de Pepper se encheram de água. — Fizemos você pensar que não nos importávamos... Deus, nós realmente fizemos você pensar isso, não fizemos? —Pepper colocou a mão não boca e algumas lágrimas começaram a escorrer de seu rosto.

Lily nunca havia visto sua mãe chorar e só naquele dia aquela já era a segunda vez. Ela não sabia como lidar com isso. Não quando dessa vez era a responsável.

— Mamãe, eu... — O que ela deveria dizer? — A culpa não é sua. Eu também fingi que não me importava e, para começar, fui eu quem me afastei, não foi?

Pepper balançou a cabeça e então a puxou para um abraço. Lily deixou-se ser abraçada enquanto pensava no que mais poderia dizer para fazer sua mãe parar de chorar.

— Fiz minha menininha pensar que eu não a amava... — Ouviu-a sussurrar. — Que tipo de mãe eu sou?

— Mamãe...

— Eu sinto muito, Lizzie. Sinto muito, meu amor. — Pepper não a chamava de Lizzie já tinha um bom tempo.

Lily ficou sem palavras.

— Mamãe, por favor... — Pediu com dificuldade.

— Se eu tivesse sido uma mãe melhor para você, você teria me procurado para contar o que aconteceu. Teria confiado em mim e não teria quase morrido.

— Mamãe...

— Eu sinto tanto, Lizzie.

— Mãe. — Lily a chamou com mais força. — Está tudo bem. De verdade, eu... Vamos esquecer, sim? Eu, claramente, estava errada e peço desculpas também. Só... Pare de se culpar.

— Mas eu sou a culpada! — Sua mãe exclamou, afastando-se.

— Não, Pep. — Seu pai murmurou. Lily por um instante quase se esqueceu que ele também estava ali, ouvindo tudo. — Eu também tenho minha parcela de culpa.

Ah, não. Lily precisava arrumar um jeito de mudar o assunto rapidamente. Agora que já tinha visto o quanto seus pais se importavam com ela, podiam voltar a ficar furiosos por ela ter mentido para eles. Era mais fácil lidar com a fúria do que com a culpa em suas expressões.

— Eu deveria ter percebido... Que espécie de gênio eu sou se não consegui ver que minha própria filha chegou ao ponto de pensar que eu não me importava mais com ela?

— Pai... — Lily começou, mas seu pai a interrompeu erguendo a mão.

— Não é um segredo que eu não tive um bom exemplo de pai. Seu avô era... Um péssimo pai aos meus olhos. — Disse com o fantasma de um sorriso. — Então, quando sua mãe contou pela primeira vez que estava grávida, eu, obviamente, me apavorei. Ainda mais porque eram gêmeos. Mas prometi a mim mesmo que faria o melhor que pudesse para ser um bom pai para aqueles garotos que estavam por vir. Um pai melhor do que o que eu tive.

Lily prestava atenção em cada palavra. Seu pai não costumava falar tanto assim e muito menos tão seriamente assim.

— Então sua mãe contou que estava grávida pela segunda vez. — Continuou. — Naquela hora eu me lembro de pensar que não tinha mais como eu me apavorar. Já havia passado pelo pânico do primeiro filho, no caso, primeiros filhos, então estava tudo certo. Eu podia apenas ficar feliz com a notícia e manter em mente a promessa que fiz quando seus irmãos nascerem: fazer o melhor para ser um bom pai. Só isso. Nada mais podia me surpreender. Mas é claro que eu não havia pensando em uma pequena possibilidade.

Seu pai virou-se de costas para ela.

— Quando sua mãe contou que estava grávida de uma menina... Eu não entrei em pânico, verdade. Eu comecei a enlouquecer. — Lily pôde sentir o sorriso na voz de seu pai e ao olhar de relance para sua mãe viu que ela também sorria com a lembrança. — Pai de uma menina? Como diabos eu conseguiria ser pai de uma menina? Deus e o mundo sabiam que eu não tinha um histórico muito bom com mulheres, então como conseguiria ser um bom pai para ela? Eu definitivamente comecei a enlouquecer. Uma coisa era ser pai de dois meninos. Eu sabia como lidar com eles... Outra coisa era ser pai de uma menina. Quanto mais o tempo passava, menos eu conseguia dormir. Mas então... Você nasceu, Lizzie.

Seu pai virou-se novamente.

— Tão pequena... Tão frágil. Então eu te segurei pela primeira vez e... Eu prometi a mim mesmo que nunca deixaria nada de ruim acontecer com você. Que sempre te protegeria... Mas eu falhei, Lizzie. Não só fui um péssimo pai como também mal pude evitar que você se machucasse gravemente hoje. Que quase morresse... E por isso eu sinto muito. Sinto muito por ter feito tudo errado com você, querida.

Ah, aquilo era demais para Lily. Ela estava psicologicamente acabada! Seria pedir demais para ela que ouvisse seu pai lhe contar essa história e não derrubasse uma única lágrima sequer. Claro que, quando foi perceber, as lágrimas escorriam livremente pelo seu rosto.

— Obviamente eu não falei tudo isso para que você se sentisse mal. — Ouviu seu pai se apressar a dizer e não pôde evitar rir.

— Eu não estou chorando por isso. — Lily murmurou com a voz chorosa enquanto tentava recuperar o controle sobre si mesma e parar de chorar. — Estou chorando porque... — Balançou a cabeça. — Foram seis anos que poderiam ter sido evitados. Perdi seis anos com você, com a mamãe, com o Alex e com o Jai.

— Ah, querida. — Sua mãe sussurrou antes de abraçá-la novamente. Sentiu seu pai se aproximando outra vez.

— Sabe... — Ouviu seu pai falhar. — Nunca é tarde demais para recuperar o tempo perdido. Olha para mim e para sua mãe... Recuperamos bem o tempo perdido.

— Tony! — Lily riu ao ouvir sua mãe repreendendo-o.

— É, eu... Acho que sim. — Concordou afastando-se do abraço de sua mãe. Já havia parado de chorar. — E acho que o primeiro passo seria prometer não guardar mais segredos?

— Sem mais segredos me parece um bom começo. — Seu pai concordou sentando-se de onde havia levantado.

Lily hesitou, mas apenas por um segundo. Logo, já o estava abraçando. Pegou seu pai de surpresa, mas em seguida, ele já estava retribuindo ao seu abraço. Quer dizer, ele era seu pai. Devia poder abraçá-lo quando quisesse e era isso o que ela pretendia fazer desse dia em diante. Não deveria ficar acanhada ou algo do tipo.

— Talvez agora possamos começar a conversar abertamente sobre tudo o que aconteceu? — Seu pai perguntou contra seu cabelo.

Lily concordou com a cabeça e se afastou, mas não sem antes sentir seu pai beijar o topo da sua cabeça. Sorriu.

— Eu tenho uma pergunta. — Falou quando já havia voltado a se encostar a sua cama.

— Manda. — Seu pai falou.

— Por que eu estou aqui, no meu quarto, e não na base da S.H.I.E.L.D? — Perguntou.

Essa questão a estava deixando curiosa. Desde que se lembra de ter desmaiado, era de se esperar que fosse acordar em uma cela talvez, não?

Viu seu pai revirar os olhos.

— Novamente... Como se eu fosse deixar. — Tony respondeu e Lily tentou esconder o sorriso, mas falhou.

— Nós deveríamos descer. — Sua mãe falou atraindo sua atenção.

— Por quê? — Perguntou.

— Porque todos querem ouvir o lado de vocês seis. — Seu pai respondeu e Lily gelou.

— Todos?

— Sim, mas não se preocupe. Furry não vai levar você ou suas amigas da Torre a menos que vocês queiram. — Seu pai respondeu.

Entretanto, Lily não sabia se isso lhe servia ou não de consolo.

~*~

— Onde estão Jai e Alex? — Lily perguntou enquanto saía de seu quarto com seus pais.

— Lá embaixo. — Sua mãe respondeu. — Vieram para casa assim que souberam do que aconteceu no shopping.

Ah, certo. Seus irmãos também estariam lá embaixo. Mais rostos conhecidos e confiáveis, não é? Isso supostamente deveria acalmá-la, pena que não estava dando certo.

A perspectiva de precisar encarar todos os Vingadores sabendo que agora eles sabiam que ela era a Rubi, a garota que tanto queriam pegar, a garota que atacaram algumas horas atrás, a deixava enjoada. Mas ela precisava ser firme. Era a sua chance de mostrar que ela e as outras não eram ameaças que precisavam ser mantidas presas.

Talvez precisassem de ajuda, é verdade. Um treinamento específico, entretanto, agora não lhe parecia uma má ideia. Principalmente agora que as coisas pareciam ter se acertado entre ela e seus pais e principalmente se seu pai lhe garantisse que Fury não tentaria nada contra sua vontade. Ah, ela tinha tantas coisas nas quais pensar agora. Parecia que mais do que antes...

Ao avistar a porta que levava para uma das salas de reunião que seu pai utilizava quando precisava conversar com os outros Vingadores, Lily respirou fundo.

Quando a porta abriu, Lily imediatamente focou em suas amigas sentadas lado a lado. Suspirou aliviada por vê-las aparentemente bem. Notou que o braço de Bella parecia normal e deduziu que isso tinha a ver com a máquina reparadora de tecidos. Então Jai e Alex entraram na sua frente.

— Lizzie! — Jai exclamou antes de abraçá-la.

Lily retribuiu ao abraço.

— Você está bem? — Alex perguntou enquanto Jai se afastava e então ele lhe abraçava.

Lily também retribuiu a este abraço. Ela estava sendo muito abraçada ultimamente...

— Sim. — Respondeu.

— Nós ouvimos o que aconteceu. — Alex continuou, mas antes que Lily pudesse pensar em dizer qualquer coisa, Fury tomou a palavra.

— E todos nós gostaríamos de ouvir o que tem a dizer, srta. Stark. O que todas vocês têm a dizer. — Falou e então indicou as outras com a mão.

Lily seguiu o gesto e fitou suas amigas outra vez. Todas a olhavam claramente assustadas. Lily também estava assustada, mas tentou não demonstrar. Uma delas precisava parecer calma.

— Vá com calma, Fury. — Ouviu seu pai dizer atrás de si. — Ela acabou de acordar.

Olhou para o lado quando sentiu sua mãe parar ao seu lado e passar o braço por sobre seus ombros, apertando-a levemente.

— Tudo bem, querida. — Pepper disse com um sorriso tentando soar tranquila.

Lily queria abraçar suas amigas, ter certeza de que estavam realmente bem, falar com elas a sós para combinarem o que deveriam ou não dizer para então responder às perguntas que lhes seriam feitas. Mas, ao olhar para além de Fury viu os outros Vingadores a fitando, aguardando-a começar a falar, e então percebeu que não teria como fazer o que queria.

— Eu não... Não sei bem por onde quer que comecemos a falar, senhor. — Disse para Fury.

— Talvez prefira ficar perto de suas amigas, Lia. — Steve sugeriu gentilmente antes que Fury respondesse ao que Lily disse.

Lily olhou para o Capitão sem saber ao certo como deveria levar o que ele estava sugerindo. Steve Rogers sempre fora gentil com ela desde que conseguia se lembrar, mas Lily não podia esquecer de que ele atacara Vick. E, olhando se relance para sua amiga, viu que ela também não parecia saber como levar o que ouviu.

O Capitão não deixou isso passar.

— É claro que vocês não confiam em nós, principalmente depois de termos lhes atacados. — Falou. - É óbvio que sentimos muito e eu não sei bem quem ataquei, mas...

— Essa teria sido eu. — Vick o interrompeu e o Capitão a fitou.

— Eu peço desculpas.— Desculpou-se soando verdadeiramente arrependido.

Lily também fitou Vick.

— Tudo bem. — Vick falou por fim e Lily não deixou de ver Jade revirando os olhos, claramente contra esse pedido de desculpas.

— Todos nós pedimos desculpas. — Clint falou atraindo a atenção de todas elas.

As meninas se entre olharam e Lily conseguiu entender perfeitamente o que se passava na cabeça delas... “Claro, vamos pedir desculpas por quase termos as matado.”

— Vocês não esperam que de repente esqueçamos que tentaram nos matar e que então passemos a confiar em vocês, não é? — Sam perguntou soando hesitante, mas Lily sabia que ela apenas não queria falar mais do que seria considerado saudável para a atual situação de ambas.

— Nós realmente só queremos ajudar, meninas. De verdade. — Capitão falou.

— Vocês tiveram um jeito muito estranho de demonstrar isso tentando nos capturar. — Sam comentou acidamente.

Samantha! Lily a repreendeu mentalmente, estava ficando boa nisso... Não era hora para provocar. Elas precisavam sair dessa.

Viu Sam se sobressaltar com sua repreensão mental e a olhar de soslaio, dando de ombros. Lily suspirou.

— Vocês não nos deram muitas opções. — Fury falou e Lily notou que ele não se desculparia por causa disso.

— Mas agora temos a sua palavra de que não vai tentar nos sequestrar? — Tory perguntou antes que ela pudesse tentar acalmar o ânimo de suas amigas.

— A minha palavra e a de todos aqui presentes. — Furry falou.

As meninas se entre olharam novamente, parecendo concordar em falar o que sabiam, e então seus olhares focaram em Lily que ao perceber quase deu um passo para trás. Estavam esperando que ela...

— Eu não sei por onde começar. — Falou à suas amigas. — Estava conversando com os meus pais e não quero repetir tudo o que falei de novo.

— Você não precisa. — Ouviu seu pai dizer e o olhou. — Depois eu posso contar o que sei se ainda quiserem ouvir desde o começo. — Tony disse olhando para seus companheiros.

— Muito bem então. — Steve concordou. — Isso significa que podemos ir direto para a parte que provavelmente é do interesse de todos.

— Ainda não, Capitão. — Fury o interrompeu atraindo a atenção de todos. — Não com civis na sala.

Lily imediatamente entendeu que estavam se referindo à sua mãe e seus irmãos e os fitou. Sua mãe, que estava ao seu lado, levou alguns segundos para entender que Fury se referia a ela e quando o fez arregalou os olhos.

— Não. De jeito nenhum. — Negou no mesmo instante. — Não vou sair daqui.

— Sra. Stark... — Fury começou.

— Não! — Sua mãe o interrompeu. — Com todo o respeito, senhor, mas é a minha filha e eu tenho o direito de saber tudo que diz respeito a ela. Principalmente se envolve radiação.

Lily não deixou de notar a rápida troca de olhares entre seu pai e Fury, assim como entre Natasha e Clint e os outros Vingadores. Todos já estavam cientes de que não havia radiação alguma envolvida no processo que lhe deu os poderes que agora tinha. Ela e as meninas.

— Pep, querida...

— É a nossa filha, Tony! Não vou sair daqui.

— Tudo bem. Você não precisa. — Seu pai concordou e então se virou para Furry. — Pepper fica.

Lily esperava que Fury fosse discutir um pouco mais, mas surpreendeu-se ao vê-o concordar com um aceno mínimo de cabeça e isso fez seu coração acelerar. Para ele ter concordado em deixar sua mãe ficar, provavelmente era porque tinha más notícias.

Lily olhou para as meninas e sabia que todas tinham pensado a mesma coisa.

— Mas os garotos saem. — Fury emendou.

Ela viu seus irmãos se prepararem para argumentar, mas seu pai os interrompeu antes que pudessem falar alguma coisa.

— Fury está certo. Vocês não podem ficar.

— Por que não? — Jai perguntou.

— É a Lizzie, pai. — Alex completou.

— Sim, eu sei que é a irmã de vocês, mas pode ser perigoso que ouçam o temos a dizer. — Seu pai respondeu e Lily franziu a testa. Perigoso? — Não podemos nos esquecer de que Jacobs ainda quer...

— Nos matar? — Lily murmurou consigo mesma.

— As encontrar, então quanto menos pessoas souberem o que está realmente está acontecendo, pode ser melhor. — Terminou seu pai.

Lily franziu a testa.

— O que realmente está acontecendo? — Repetiu em uma pergunta.

Seu pai hesitou, o que só aumentou sua preocupação.

— Jai, Alex... Por favor. — Pepper pediu.

— Tá legal. — Jai concordou e então virou-se para sair.

Alex não parecia querer sair, mas ainda assim também virou-se.

Então a porta voltou a se fechar e Lily sabia que não sairia daquela sala sem ouvir alguma coisa muito ruim... Hesitou alguns segundos antes de caminhar em direção às suas amigas. Apreciava a preocupação de seus pais, mas sentia que para o que quer que fosse ouvir, preferiria estar próxima delas.

— Bom... — Fury começou. — Acredito que a primeira coisa que precisam saber é que não foram expostas à radiação alguma.

As meninas se entre olharam. Já sabiam disso, mas talvez fosse melhor não deixá-los sabem que já sabiam.

— Como não? Jacobs... — Sua mãe começou.

— Queria que acreditássemos nisso. — Natasha a interrompeu. — Por alguma razão, ele não queria que soubéssemos o que realmente havia na sala onde a explosão ocorreu.

— E... O que havia na sala? — Lily perguntou.

— As pedras das quais vocês seis tiraram seus nomes. — Clint respondeu sem enrolações.

Tudo bem... Lily estava mesmo certa quando identificou aqueles números. Não sabia se ficava feliz ou não por estar certa. Isso implicaria muito mais perguntas... Ela queria mesmo saber as respostas?

— Como isso é possível? — Pepper perguntou.

Ah, sim... A pergunta de um milhão.

— Isso é o que estamos tentando descobrir. — Natasha falou olhando para Lily e as meninas. — Queremos entender como é possível que a explosão tenha ocorrido.

E aí Lily entendeu.

— Quer nos examinar. — Sussurrou em choque.

Tudo o que ela e as outras não queriam. Tornarem-se ratos de laboratório...

— Apenas alguns exames. Precisamos entender o que mudou... — Completou a agente Romanoff rapidamente.

— Não. — Negou na mesma hora. — De jeito nenhum.

— Lia... — Steve tentou.

— Com todo o respeito, Capitão... Não vou me tornar um rato de laboratório da S.H.I.E.L.D. — Interrompeu-o.

— Nenhuma de nós vai. — Tory completou.

Nisso todas concordavam.

— E eu não acho que alguém aqui vai tentar nos forçar. — Comentou Jade.

Lily revirou os olhos. Ela podia ser mais sútil?

— Ninguém aqui quer forçar coisa alguma. — Natasha falou.

— Ah, claro... Porque não é como se a S.H.I.E.L.D.D não fosse conhecida por sua manipulação, não é? — Sam murmurou sarcasticamente.

— Meninas... — Fury tentou. — Como o Stark gentilmente pediu, faríamos tudo aqui na Torre. Vocês não precisariam sair.

Lily olhou para seu pai. Ele não havia se manifestado sobre essa ideia de exame, nem sua mãe havia falado alguma coisa. Ela não sabia o que pensar... Agora sabia que seu pai não deixaria com que Fury a levasse, mas a ideia de ser ligada a vários fios, ser posta sob uma máquina ou o que mais fosse preciso não lhe agradava nenhum pouco.

— Se for aqui na Torre... — Vick murmurou e Lily a fitou. — Acho que não faria mal tentar saber o que aconteceu com a gente.

— Não posso dizer que não estou nenhum pouco curiosa. — Bella considerou.

— Tudo bem, todas estamos curiosas, mas... — Jade balançou a cabeça. Ela queria concordar ao mesmo tempo em que não queria.

— Seja lá o que for descoberto com esses exames... Pode nos prometer que Jacobs não ficará sabendo? — Lily pediu. Isso era algo bem importante.

Fury concordou com um aceno de cabeça.

— De fato, o interesse dele em encontrá-las é realmente preocupante. — Comentou.

— Ótimo. — Tory murmurou. — E eu que ainda esperava que fosse só paranóia nossa.

— Dito isso, acredito que antes dos exames começarem a serem feitos, vocês possam nos responder algo. — Fury falou.

Lily hesitou ao vê-lo fitar Wanda, mas ainda assim concordou com a cabeça.

— Como se livraram do controle mental de Wanda? — Perguntou.

— Isso é algo que eu gostaria de saber já que nunca aconteceu. — Wanda se pronunciou.

— Na verdade, é algo que todos nós queremos saber. — Completou Sam Wilson, o Falcão, pela primeira vez. Lily quase havia se esquecido que ele estava ali.

— Sim. — Concordou o Capitão. — Como se livrou do controle mental de Wanda e então livrou as outras, Lia?

Lily gelou.

— Espera. — Ouviu seu pai falar. Você conseguiu se livrar daquele lance mental? — Perguntou surpreso.

Sua mãe a olhava preocupada.

— Eu... — Gaguejou. — Eu não sei bem...

— E então logo depois alguma coisa aconteceu que fez com que todas vocês começassem a gritar e então desmaiarem. — Completou Fury.

Lily já havia entendido qual era plano e podia afirmar que estava funcionando. Ela estava começando a ficar nervosa.

Fury parecia saber que elas estavam escondendo algo importante e parecia querer forçá-las a revelar o que era. Manipulá-las.

— Os acontecimentos estão interligados, não estão? — Ele perguntou.

Lily olhou em desespero para suas amigas. Um pedido silencioso de ajuda. Não sabia se elas também haviam ouvido o que ela agora se lembrava perfeitamente de ter ouvido ou se elas imaginavam alguma hipótese do que aconteceu. Mas sabiam que nenhuma delas havia acreditado em seu sonho e quando ela disse que ouvia aquela voz... Fury a taxaria como louca também?

— Eu não...

Porém antes que pudesse completar de se auto entregar revelando todo o seu nervosismo, a porta se abriu e Thor entrou. Lily também mal havia percebido que o deus não estava ali.

— Desculpem a demora para chegar. — Ele falou entrando.

Lily pôde ouvir seu pai bufando.

— Mas algo aconteceu em Asgard que requeria a minha presença. — Explicou-se.

Lily mexeu-se em seu lugar. Uma sensação esquisita se fez presente, como se...

— O que aconteceu? — O Capitão perguntou.

— Alguém tentou roubar o Tesseract.

Surpresa transformou a feição de todos.

— Alguém... Quem? — Clint perguntou.

— Não sabemos. — Thor respondeu. — Os guardas que sobreviveram estão gravemente feridos, mas disseram que não conseguiram ver de onde o ataque vinha e os que morreram... — Balançou a cabeça. — Foram massacrados até restarem apenas os ossos. Nunca vimos nada assim... Quando cheguei lá, senti que havia apenas... Escuridão.

Escuridão.

Morte.

— O Tesseract foi roubado? — Natasha perguntou.

— Não. Mas não consigo pensar em ninguém que tentaria roubar o Tesseract depois de tantos anos e nem o por quê. — Thor considerou.

— O Tesseract é a forma mais rápida para viajar a este mundo que eles poderiam encontrar. — Lily falou de repente, mas... Não era ela.

Seus olhos brilhavam vermelhos e ao mesmo tempo violetas e aquela não era sua voz.

— O quê? — Thor sussurrou franzindo a testa.

— Lily? — Vick chamou-a confusa.

— Depois de tantas eras, eles se mostraram novamente... Eles atacaram. Isso significa que sabem onde estamos. Significa que... Ele está vindo.

— Lily, do que você está falando? — Bella pediu.

— E por que está falando assim? — Jade completou.

Lily virou-se para elas.

— Não sou a Lily. — Respondeu. — Eu sou...

— Pelos deuses! — Thor exclamou interrompendo-a. Todos o fitaram confusos. — Isso é... Você é... Isso é impossível.

E então todos observaram, completamente abismados, Thor ajoelhar-se em frente à Lily. Um pequeno sorriso se formou nos lábios dela.

Levante-se, filho de Odin. — Ela disse. Não há necessidade para tamanha formalidade.

— Hm... Thor? O que está fazendo? — Tony perguntou. — É a Lia.

— Não, não é. — Thor falou finalmente levantando a cabeça para fitá-la. — Não posso descrever a honra que é estar em sua presença.

— O que diabos está acontecendo? — Jade perguntou em um murmuro.

Lily se virou a andou até virar-se para ficar cara a cara com todos.

Os olhos brilhando fortemente em violeta.

Eu não sou a Lily. — Lily repetiu. Eu sou Safya, a sacerdotisa.


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Notas finais do capítulo

E aí? E aí? E aí? Gostaram?
Comecei o capítulo num pique, mas aí cheguei no meio e fiquei meio sem criatividade pra no finalzinho a criatividade voltar... Kkkkkk
Não tenho nada para falar sobre esse capítulo, só que no próximo vamos entender o que realmente aconteceu com as meninas... Espero que tenham gostado.
Vou tentar escrever o próximo e postar antes do ano novo, mas caso eu não consiga:
FELIZ NATAL E UM 2016 MARAVILHOSO PARA TODOS VOCÊS!!!!!!!
XOXO



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