Os meus contos escrita por KeiLand


Capítulo 1
O Corredor


Notas iniciais do capítulo

Esta história foi um projeto de escola, onde eu e a minha turma tivemos de ir ver uma exposição de fotografia e criar um texto inspirado numa das suas fotografias, para mais tarde mostrar ao autor das mesmas. Dou os meus parabéns a Fidalgo Pedrosa, o fotógrafo, e aproveito para agradecer esta maravilhosa experiência. Então, boa leitura :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/439919/chapter/1

Estou cansada, mamã! As minhas pernas tremem como o meu coração. Não suporto as lágrimas que teimam em cair. Ainda não consigo ver o fim deste escuro e longo corredor… parece nunca acabar!

Vejo-te a gritar quando o papá te agarra e leva-te para um quarto, trancando a porta. Oiço-te a implorares desesperadamente para que pare. E depois sais, olhas para mim e sorris. Eu vejo tristeza e dor nos teus olhos, mamã. Eu sei o que se passa. Ficas com manchas negras no teu corpo, tens feridas grandes. Mas ainda assim, sorris para mim.

Quero ajudar-te! Grito para que ele pare, mas depois também eu fico com manchas negras. E o teu olhar, mamã, está ainda mais triste.

Caí! Tropecei em algo. O corredor é escuro. O chão é áspero e duro, acho que fiz mais feridas. Estou demasiado esgotada para levantar-me.

Dizes-me para eu ir para casa da minha amiga Maria. Preparas-me um vestido muito bonito e dás-me um grande beijinho de despedida…

Estava a chorar. Não te quero deixar sozinha. Mas vou. A mãe dela apercebe-se da minha tristeza.

Sinto algo a agarrar em mim, a levantar-me do chão escabroso. Sinto mãos quentes a envolverem-me. Continuo a andar.

A mãe da minha amiga diz que ia tudo ficar bem. Leva-me a um sítio com homens vestidos com farda azul e fomos para uma sala falar com alguns deles. Depois esses homens levaram-me para casa e entrámos.

Consigo ouvir a tua súplica e os teus bramidos. Vou em direção à porta e tento abri-la, mas esta trancada. Aterrada, grito por ti… não podes ficar sozinha.

Alguém toca no meu ombro. Viro-me e vejo a mãe da minha amiga com uma expressão estranha no rosto. Pega na minha mão afastando-me da porta. Os homens abrem-na com um pontapé. Vejo-te aninhada ao canto do quarto, tão pequena, tão indefesa… e ele a magoar-te. Porque ele faz isso?

Vejo uma luz ao fundo do corredor. Com todas as minhas forças obrigo as minhas pernas a correrem na sua direção, até que chego à luz alva. Toco nela, parece que alguém abraça e aquece o meu coração.

Os senhores levam o papá para longe e eu corro para ti. Tu sorris novamente, mas, desta vez, sem aquela centelha de amargura. Sorrio também. Estas feliz e eu também. Envolves-me nos teus braços, transmitindo uma sincera alegria. No teu olhar doce e luminoso vejo esperança.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham apreciado este pequeno conto. Até ao próximo!
P.s.: aguardo ansiosamente pelos vossos reviews (⌒_⌒)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os meus contos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.