Red Ice Klaroline escrita por Jenniffer, Pedro Crows Nest


Capítulo 2
Capitulo 2 - Drunk


Notas iniciais do capítulo

Este está bem maior que o primeiro. Esperamos que aguentem até ao final!! #BoaViagem



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Capítulo 2 - Drunk

"I wanna be drunk when I wake up

On the right side of the wrong bed

And never an excuse I made up

Tell you the truth I what didn’t kill me

It never made me stronger at all" (Ed Sheeran)

 

Eu não posso dizer que estou infeliz em New Orleans. Também não posso dizer que aqui sou completamente feliz. Meus planos nem sempre correm como quero, sempre tenho surpresas desagradáveis em meu caminho, mas eu me sentia bem alí na minha casa , me sentia pelo menos inspirado. Eu sempre pintava no meu atelier, mas essa noite estava quente e o que eu queria pintar só podia ser visto do meu quarto. Eu estava concentrado procurando um tom de azul . O céu de New Orleans tem um tom mais escuro que o de Mystic Falls, eu teria que criar esse tom. Juntei dois tons de azul diferente, mergulhei o pincel na tinta e foi quando eu senti trazido pela brisa da janela um cheiro conhecido. Eu já havia sentido aquele cheiro antes, mas o que seria? Olhei pela minha janela, a rua estava deserta e em todas as casas as luzes estavam apagadas. Talvez tenha sido apenas um truque da minha memória. Se eu não reconhecia o cheiro então não devia lembrar, voltei ao tom de azul que eu tinha criado e então uma sensação de estar sendo observado golpeou-me a nuca. Virei lentamente. Havia sim, algo errado. Havia algo ali. Alguém.Mas quem seria burro o suficiente para invadir o quarto da criatura mais sanguinária da cidade, eu teria que descobrir.

—Ok. Eu sei que há alguém aqui. Se voce sair de onde estiver, me poupando de ter que parar minha pintura para te procurar, eu prometo que deixo você escolher a forma como quer morrer.

A cortina fez um movimento leve, e uma criatura loira, suave como uma leoa em caça apareceu e caminhou lentamente até ficar em frente a mim.

—Mesmo que seja pulando de cabeça da torre Eifel?

—Caroline!

Aquilo podia ser um sonho....o que eu tinha bebido no jantar?

—Quanto tempo terei que ficar aqui parada esperando que voce dê sua palavra que me levará para morrer em Paris?

Eu devia estar com a expressão entre surpreso e babaca. Eu não sabia o que fazer ou o que falar. Todas as frases que me vinham em mente pareciam muito idiotas pra ser ditas. Mas eu tinha que dizer algo.

—Hey, bom ver você Caroline. O que faz aqui? Você está bem longe do campus do Wilthmore College...e de Paris. Isso é algum outro plano vingativo do Tyler?

—Bem, eu vim verificar sua disponibilidade em cumprir promessas. Você um dia me disse que havia um mundo que queria me mostrar e que se eu tivesse interesse, poderia procura-lo. E Tyler não tem nada a ver com isso. Eu certamente não estaria aqui se ainda estivesse com ele.

Aquilo era bom demais pra ser verdade. Bom demais pra mim. Ela pareceu ler meus pensamentos.

—Ok, pegue o seu telefone. Ligue pra qualquer pessoa de Mystic Falls que você queira e pergunte sobre mim. Ok, minhas amigas e minha mãe não lhe dirão a história que inventei pra elas, mas ligue pra Damon. Ele certamente terá prazer em te dizer que estou na Itália tentando me curar de um coração partido.

—Ok, eu acredito em você. Eu só não esperava...

—Você está ocupado?

—Eu sempre estou ocupado.

Ela caminhou rapidamente em direção a minha janela. Eu fui mais rápido, afinal eu tinha que consertar minha babaquice.

—Hey, Caroline. Pare. Nós estávamos parados bem perto da janela, a luz da lua refletia nos cabelos dela. Agora eu queria pintar outro quadro, um que tivesse aquele tom.

—Eu já entendi que não foi uma boa idéia vir procurar você. Que eu fiz uma loucura e que você continua sendo o mesmo babaca com problemas de confiança de sempre. Então, se você me soltar, eu posso ir.

—Por favor, fique. Eu apenas estou surpreso...porque voce não me avisou?

—porque eu não sabia se realmente teria coragem de fazer isso...vir procurar você.

— E seus amigos...

—Ninguém sabe, Klaus. Ninguém exceto a pessoa que me aconselhou. Aliás nem ela mesmo acreditaria que eu tive a coragem de fazer isso.

Eu a olhei curioso.

—Eu não vou dizer a você quem foi. Ela respondeu aniquilando a pergunta que eu já tinha formulado em mente.

—Não importa, eu estou feliz de ter você aqui. Nós precisamos comemorar isso, quero ver o que os meus irmãos dirão quando...

—Você está maluco? Você não entendeu? Ninguém pode saber que eu estou aqui,ninguém pode saber sobre "nossos planos".

—Bem, os seus amigos não sabem, mas eu acho que posso pedir segredo a meus irmãos e meus súditos sobre isso.

—Rebekah e segredo não combinam em uma mesma frase....você falou súditos? Realmente isso? Quem usa essa palavra hoje em dia?

—Eu estou construindo um reinado aqui, love. Você pode aproveitar a sua estadia para observar tudo e decidir ser a minha rainha. Eu disse isso usando toda uma máscara de pretensioso propositalmente.

—Primeiro, não acho que seus irmãos ficarão felizes em me ver. Segundo, eu nunca apoiei suas idéias megalomaníacas e terceiro: senhor rei, o fato de que eu esteja aqui no seu quarto no meio da noite não significa que eu esteja me oferecendo pra ser sua concubina.

—Eu disse "rainha". Respondi calmamente, como se as coisas que ela disse não tivessem me ferido.

—Que seja!

Me aproximei dela a ponto de poder sentir toda inquietação do seu corpo nesse momento. O cheiro dela parecia me chamar. Tirei uma mecha do cabelo dela que estava em seu rosto, acariciando-a automaticamente com as costas das minhas mãos. Ela fechou os olhos e mordeu os lábios, depois os abriu e me olhou petulante no seu típico estilo "quem você pensa que é?"

—Qual o seu plano que você chama de "nossos planos", Caroline?

—Eu achei que você não teria problemas em me mostrar todas as maravilhas que disse que conhecia. Eu achei que poderíamos fazer isso em segredo porque os meus amigos e a sua familia jamais entenderiam. Eu achei que poderíamos ser...realmente...amigos... por um tempo.

O que eu estava fazendo que simplesmente não quebrava o pescoço dela e a fazia calar a boca? Ela por acaso percebia o absurdo que estava falando? Mas eu sabia bem o que machucaria ela bem mais que isso.

—Então quer dizer que você entra pela janela do meu quarto no meio da noite, usando um perfume estonteante, um vestido transparente, um decote que oferece um mergulho, apenas pra me propor que sejamos amiguinhos saindo pelo mundo em busca de aventuras?Quando você vai perceber que eu não sou o babaca do Tyler que você mantinha na coleira?Vá embora, Caroline!

Ela me olhou como se nunca esperasse ouvir isso de mim, nós continuávamos junto um do outro e a raiva , ou seja lá o que emanando de nós faiscava.

—Você é um... Ela tentou falar mas coloquei o dedo sobre os lábios dela e depois eu a beijei. Ela tentou lutar e no inicio podia parecer repulsa, mas quando ela me jogou na parede e continuou beijando sem tentar se soltar das minhas mãos eu entendi que ela estava deliberadamente retribuindo. Eu usei uma das minhas mãos para subir o vestido dela e quando encontrei sua bunda, puxei-a mais forte contra mim. Ela rasgou minha camisa e aproveitando o efeito surpresa me jogou na cama. Eu baixei uma alça do vestido dela, seus seios pedindo para serem beijados também e eu fiz, ou tentei fazer...

—Pare! É isso que você chama de conquistar uma garota? É assim que você tem conseguido sexo todos esses anos? Forçando?

—Forçando? Você está em cima de mim, Caroline, percebeu?

Ela ergueu a cabeça e pareceu se dar conta de onde estava.

—Eu acho que teríamos muita dificuldade em ser amigos Caroline, porque você nem mesmo pode ser beijada por mim sem tentar me violentar em seguida.

Ela saiu de cima de mim e tentou se recompor

—Você é um estúpido babaca. Eu devia estar maluca quando cheguei a pensar que você seria um homem de palavra.

—Boa noite, Caroline. Eu preciso abrir a porta, ou você prefere sair por onde entrou?

—Você vai se arrepender disso. Ela disse me fuzilando.

—Você também. Eu disse e ela desapareceu da janela, enquanto eu desabei na cama, ainda impregnado com o cheiro dela. Minha memória recuperou cada nuance daquele aroma e eu pude senti-lo por dias...pra a minha tortura e quase desespero em todos os meus pesadelos...

Uma semana depois....

Rebekah tinha o dom de fuder com os meus planos. Mesmo que sem querer, ela sempre estragava alguma coisa. Com ela por perto era como se meus inimigos triplicassem diariamente. Aquela idiota da minha irmã e a sua boca grande. Agora eu estava no meio do nada, próximo a um barzinho imundo procurando 3 vampiros para apagar da memória deles tudo que Rebekah havia contado sobre os nossos planos. Será que ela acordava todas as manhãs planejando várias formas de como destruir minha vida? As vezes parecia que sim. Depois Elijah me julgava por mante la empalada ao longo dos séculos. Se ela fosse mortal com certeza eu já a teria mandado para o inferno. Num momento de impulso e ódio claro. Eu me arrependeria depois como todo bom irmão que assassina sua irmãzinha. Mas lidar com o arrependimento era bem mais fácil que lidar com aquele produtor de problemas ambulantes. Não satisfeita em andar espalhando meus planos por aí, ela ainda tinha escolhido a pior espécie de vampiros para falar da minha vida. Vampiros traficantes.

Aparentemente em New Orleans eles eram uma espécie de praga infestante. Segundo Marcel, ele não tinha acabado com eles ainda porque estaria indo contra sua própria regra de não matar vampiros. Mas que eles estavam dando bastantes problemas, e eram tantos que ele não podia simplesmente cimenta los no “jardim”. Eles eram como uma facção de vampiros a parte, que Marcel permitia que existissem porque a contenção seria desastrosa para as regras que eles criou para bom funcionamento da sociedade. No que me diz respeito, eu mataria a todos numa noite de tédio, afinal, de que serve ser rei, se você tem que obedecer a regras? Regras foram feitas para os outros, não para você mesmo. Marcel deve ter perdido esse meu ensinamento à seculos atrás, provavelmente estava distraído pensando da vadia da minha irmã enquanto eu perdia meu tempo tentando fazer dele um vampiro à minha imagem.

Só de olhar para a placa daquele lugar eu já me senti cansado. Imundice. Nenhuma outra palavra. Eu entrei, disposto a apagar a memória dos vampiros que Rebekah descreveu identificados por um capacho de Marcel e voltar para a cidade.

Mas eu consegui?

Claro que não.

Primeiro eu achei que minha memória estava outra vez me pregando uma peça, um cheiro inconfundível se sobrepunha a imundície daquele lugar. A forte luz do local parecia agora parecia entrecortada por corpos que iam e vinham mas o meu foco não pôde ser desviado, porque o que vi bem ali no meio parecia um pesadelo, bem piores do que os que eu havia tido durante toda aquela semana.

Caroline estava em cima do balcão, se esfregando em dois vampiros, completamente fora de si, os olhos dela, raiados de sangue, vidrados contra a luz. Ela não era a única vampira naquele lugar. Mas era a única com a qual eu me importava. Bloqueei todos os meus impulsos protectores e procurei os meus alvos entre as cabeças expostas no local.

Identifiquei o primeiro. Me aproximei, apaguei. Ninguém parecia ter notado a minha presença, pretendia ser rápido e limpo. Avistei o segundo. Fazendo o quê? Distribuindo sangue adulterado para 3 vampiras já num estado não muito confiável.

A luz do local era gritante, e eu já estava quase me arrependendo de não ter tocado fogo em tudo. Seria um show, é verdade. Mas como eu disse, para que serve ser um rei se você não pode quebrar suas próprias regras. Me aproximei do segundo vampiro. Apaguei. Me encaminhei para o terceiro e esse seria mais difícil porque ele estava junto de Caroline, pelas minhas contas era o 7 que eu via dançando com ela, num curto espaço de tempo, dançando é uma forma de dizer acasalando com roupas. O que é dela estava devidamente reservado para mais tarde. No momento eu apenas não ia ficar vendo aqueles lixos se esfregando nela. Nem mais um segundo.

Abri espaço até ao balcão, deixando os vampiros alerta no caminho. Quando Caroline me viu, ela ergueu a garrafa na mão dela e gritou para todo o mundo e arredores:

— Um brinde ao Klaus, o meu hibrido favorito. E bebeu um gole do que seria uma garrafa de vodka misturada com sangue adulterado.

Obrigada Caroline. Por dizer a todos esses vampiros quem eu sou e destruir o plano de descrição.

O vampiro do lado dela, desceu rapidamente na minha direcção, alertando outros 5 para que se juntassem a ele.

Isso seria divertido.

Engraçado que todos já tinham ouvido falar de mim, mas não do meu veneno. Há alguns dias que eu queria experimentar algo. Agora teria a oportunidade.

Um vampiro se aproximou o suficiente para ter seu pescoço quebrado, e o coração arrancado do seu peito, e exposto para todos que tinham se juntado para torcer por ele verem o que os aguardava se se juntassem contra mim. Caroline gritou nervosamente, sem entender porque eu estava mutilando o seu amiguinho.

Ela gritou surdamente entre a multidão, não era possível ouvi la ou entende la sob a musica que tinha ficado vários tons mais alta desde de que eu usei o coração do traficante como troféu na frente de todos eles. Mas eu via o desespero exposto na força que ela imprimia para gritar. Para me impedir? Pobre Caroline. Vários vampiros foram se aproximando de vagar e quando se sentiram em número seguro atacaram ao mesmo tempo. Seis vampiros mortos. Não ainda mas em poucos segundos. Um deles conseguiu enfiar o pé de uma cadeira quebrado em mim. Nem sequer arranhou meu coração, esse mesmo pé foi o que eu arranquei do meu peito e estaquei o seu dono em primeiro lugar. Os outros 4 se afastaram. Caroline se aproximou.

— O que você está fazendo? O que eles fizeram para você? – ela gritava, agora bem perto, me dando socos e tapas numa velocidade muito pouco digna até para uma humana. O que quer que fosse que tinha dentro daquela garrafa, já estava surtindo efeito. Ela estava zonza e quase sem força.

Apenas o pensamento do que eles pretendiam fazer com ela foi o suficiente para me enfurecer.

O suficiente para me fazer querer extinguir aquela raça de abutres. O suficiente para me fazer desejar transforma los em cinzas.

Eu não interagi com ela. Mas ela me distraiu o suficiente para que eu fosse atacado por mais dois vampiros, ambos com adagas.

Hora de experimentar meu futuro truque novo.

Eu mordi um dos vampiros uma vez, arrancando um pedaço da sua garganta e cuspindo como um animal. Arranquei os dois braços do outro enquanto o primeiro se levantava se curando. Assim que ele se aproximou, voltei a morde lo. Mais uma vez. E de novo. Novamente. Só mais uma vez. O meu veneno de lobisomem já estava se espalhando pelo corpo dele, era visível. Nunca tinha experimentado injectar uma quantidade significativa de veneno, ele se contorceu, arrancando suspiros de horror dos poucos que ainda ficaram para ver o que ia acontecer. Impaciente, mordi mais uma vez. E outra. E só mais uma. E foi o suficiente para ver o vampiro se transformando numa massa de carne podre. Em apenas alguns segundos. Lá estava. Meu truque novo funcionava.

Já tinha valido a pena ter que consertar a burrada que Rebekah fez só para testar o poder do meu veneno. Poderia ter feito isso em qualquer outra situação. Aquela na verdade era era apenas perfeita. Peguei em algumas garrafas que estavam abertas e comecei a espalhar pelo lugar. Algumas vampiras estavam deitadas num canto, como bonecos de cera, apenas aparentavam estar vivas. Meu corpo gelou. Caroline seria uma daquelas se eu não tivesse ido ali.

Arranquei-a a força dos braços de dois vampiros que ainda tiveram a insanidade temporária de tentar leva la junto com eles. Arranquei a cabeça dos dois de um modo especial pela audácia. Mordi, rasguei, e abri todo o pescoço, separando por último o osso que ligava a cabeça ao resto do tronco com as minhas mãos.

Caroline chorou pedindo por favor que eu parasse. Me chamando de mostro assassino.

Eu segurei ela pelo pescoço apoiando numa parede com força, machucando o suficiente para te la calada. E bati com sua cabeça na parede numa tentativa de castiga la por colocar a própria vida em risco assim. A adrenalina ainda percorria o meu corpo enquanto eu tentava recuperar o controle. Ela começou a espernear, tentando me atingir sem sucesso. Ela estava realmente muito fraca. Eu ia tentar conversar, mas a minha paciência era nenhuma. Quebrei o pescoço dela também, coloquei sobre as minhas costas e sai do lugar, espalhando mais algumas garrafas no caminho, e tacando fogo em tudo que restou.

Isso porque eu queria ser discreto.

Quando loiras se atravessavam no meu caminho, meus planos tinham tendência a não dar certo.

Coloquei Caroline dentro do carro e parei no primeiro motel que eu vi na estrada. Em breve ela acordaria, e minha paciência continuava sendo nenhuma. Eu ia acabar mantando aquela infeliz. De novo. Como ela se atrevia, primeiro, a vir para New Orleans sem me avisar, segundo a quase de prostituir NA MINHA CIDADE, e terceiro, a deixar que aqueles vampiros a enganassem daquele jeito? Eu nunca ia entender como a mente dessas mulheres funciona. Quando querem algo apenas vem o que querem ignorando tudo a sua volta, se deixando levar por todos e qualquer um que lhes parece útil no caminho.

Ela estava jogada na cama, com lençol por cima, porque eu também não sou de ferro. Eu podia até ter tirado os restos de roupa que ela tinha, mas não era obrigado a ficar olhando para ela nua enquanto a esperava acordar. Aparentemente ia demorar. Peguei uma garrafa de whiskey e me servi, reorganizando os meus planos para o dia, ainda era de madrugada, mas eu já estava relativamente atrasado devido a demora da minha visita aos traficantes.

Olhando para ela assim, adormecida, na sombra, ela parecia um desenho. As curvas, a cor, a textura da pele dela, por mais que eu a desenhasse nunca conseguiria captar aquela efemeridade que Caroline transmitiu ali dormindo. Eu teria que criar uma oportunidade de te la dormindo tempo o suficiente para fazer um desenho completo, nem que para isso ela estivesse que estar como agora eu : mais sangue no álcool que álcool no sangue.

Por causa dela todo o lugar exalava álcool, tinha as minhas dúvidas quanto a ser seguro riscar um fósforo ali no meio. Voltei a olhar para ela, tão inocente, tão ingênua. As vezes eu esquecia que Caroline era só uma garota, que teve sua adolescência roubada pelo vampirismo. Tão insegura, tão cheia de vida, com tanto para aprender… Caroline é tão boba e mimada que me faz rir, muitas vezes. A diferença entre nós é abismal, talvez nem num milhão de anos nós consigamos estar no mesmo patamar de experiencias de vida. Não que eu queira que ela seja como eu, que pense como eu ou que aceite as coisas que eu faço. Não. Ela pode continuar sendo ela, do jeito dela, mimada e cabeça oca, eu só quero que ela me julgue menos. Porque Caroline é extremamente insuportável quando ela quer te convencer de algo, e os valores morais dela são imutáveis, aconteça o que acontecer, ela nunca muda de opinião e inferniza quem quer que tente colocar algo de diferente naquela cabeça extremamente loira.

— Klaus – ela acordou. Ela tentou se levantar sem sucesso perdendo a força nas pernas e caindo desajeitadamente de volta na cama segurando a cabeça com as duas mãos como se a vida dela dependesse disso. O lençol descaiu e ela ficou com os seios expostos à pouca luz que já entrada pela janela, já era de dia, e eu continuava ali. Aqueles seios expostos e o flash back deles direto na minha cara, aquela noite no meu quarto, há uma semana atrás....eu acho quem precisava beber agora era eu.

— O que foi? Porque você está olhando assim pra mim? – ela continuava segurando a cabeça com força, pressionando as têmporas, e apenas com um olho aberto, mesmo nesse estado deplorável de ressaca e provavelmente ainda sem lembrar o que tinha acontecido ela já acordava com aquela atitude de merda me dando vontade de ir lá e chacoacha-la bastante até ela lembrar tim tim por tim tim de cada insanidade dela naquela noite. Mas eu não queria perder a cabeça.

Ela tentou levantar de novo, e mais uma vez as suas pernas não foram capazes de suportar o peso leve do seu corpo esguio. Eu ri. E ela caiu de novo, desta vez sentada no chão, ainda com o lençol meio enrolando na cintura dela.

— Não sei se você reparou mas talvez eu esteja precisando de ajuda aqui Klaus – o tom de impertinencia dela foi visível, e ela não obteria qualquer ajuda de mim falando assim. Eu cruzei minhas pernas e apoiei meus pés em cima de um banquinho cruzando os braços e admirando aquela imagem insólita.

— Klaus? – ela já estava ficando irritada por não obter nenhuma ajuda da minha parte, mas a ressaca a impedia de gritar, isso me fez rir de novo. Ela precisava aprender uma pequena lição, e esse momento era tão bom quanto outro qualquer.

— Se você quer ajuda, peça, e.d.u.c.a.d.a.m.e.n.t.e Caroline. Você conhece essa palavra? Educação? – eu questionei em tom de deboche, e a minha postura boemia não ajudou em nada. Ela estava possessa. Seus olhos cuspindo ódio.

— Você está falando sério? – a pergunta foi retórica, e tinha um tom de: você vai se arrepender disso mais tarde ou mais cedo.

Orgulhosa, ela não pediu por favor. Ela começou a engatinhar em direcção ao banheiro, e eu não aguentei ver aquela cena e continuar me fazendo de difícil, eu desabei em gargalhadas.

As gargalhadas não cessaram com o olhar assassino dela, mas com a visão da bunda dela, exposta, naquela posição que lhe dava um destaque incrível.

Resolvi ajudar a bunda dela a chegar em segurança no banheiro. Levantei e peguei ela no colo, ela teria esperneado se isso não provocasse dor. Detalhe sobre vampirismo, ele não aumenta apenas emoções, também intensifica ressacas, bebedeiras, efeito de drogas, Caroline ia aprender do pior jeito. Apoiei ela na minha coxa, colada ao meu corpo enquanto abria o chuveiro gelado, claro que ela me xingou quando sentiu o choque da água fria na sua pele quente. Ela me empurrou e tentou em vão sair debaixo de agua mas eu não permiti, segurando forte, e provavelmente quase a machucando pela terceira vez num dia em poucas horas, porque ela era teimosa e continuava insistindo.

— Você quer que eu morra de pneumonia Klaus? – ela questionou com um olhar ríspido, e com novos tons de vida no rosto, aparentemente a agua gelada já estava surtindo efeito – Voce quer que eu fique doente Klaus? – ela repetiu a ladainha, como se estivesse dizendo a coisa mais lógica do mundo e eu tivesse atentando contra a vida dela, literalmente.

— Você é imortal Caroline. – eu lembrei contundente e quase sarcástico. A cara que ela fez em resposta foi cómica, aparentemente ela tinha esquecido desse detalhe por alguns instantes. E ao lembrar disso, ela também começou a ter flashes do que tinha acontecido algumas horas antes. Eu pude ver a expressão do rosto dela mudar. Eu deixei ela sozinha com suas lembranças antes que ela estivesse com forças suficientes para me irritar, ela teria que reunir forças para se virar sozinha. Já era o suficiente ter que lidar com a erecção apertando dolorosamente a minha calça jeans. A mulher que eu queria estava nua, no banheiro e vulnerável. Todo o meu corpo nesse momento queria que eu estivesse dentro dela. Mas eu devia lembrar que eu tinha amor próprio.

Peguei a garrafa de whiskey e bebi mais um pouco gole, dando boas vindas à ardência que o líquido provocou, desviando a atenção da ardência em outras partes do meu corpo.

Ela saiu do banheiro, eu joguei um saco de sangue para ela. Poderia ter trazido a camareira para o almoço, mas Caroline aprendeu com Stefan como ser chata nível hard. E aparentemente ela era uma aluna brilhante.

Se alimentar foi o suficiente para ela voltar ao estado normal. Ela respirou fundo como se tomando coragem para dizer algo péssimo, se empinou toda, e depois de um longo suspiro ela finalmente falou:

— Você é um doente filho da puta. – Ela olhou para mim, raivosa, sustentando o meu olhar igualmente odioso.

— E foi esse doente filho da puta, que salvou a sua vida hoje. Que te tirou das mãos daqueles traficantes. Você sabe o que eles fazem com as vampiras otárias que nem você? Eu sussurrei venenosamente bem perto dela, e segurando seu braço a impedindo de virar a cara e obrigando a me encarar. Eles drenam. E usam o seu sangue para alterar. E você sabe o que eles fazem com esse sangue Caroline? – Eu já estava quase cuspindo de ódio, e a força que eu estava imprimindo aos meus maxilares para dizer aquilo era notoriamente destrutiva. Ela empalideceu quando começou a entender o que tinha acontecido. – Eles dão esse sangue para outras pessoas beberem, é como uma droga. Que te deixa torpe, e vulnerável, para que façam com você o que bem entenderem Caroline. – A expressão de horror dela teria me comovido, noutro dia, noutra semana, noutro mês, noutro século. Eu larguei o braço dela com violência, e sai do quarto. Deixando a sozinha com os seus pensamentos humilhantes e memórias da carnificina que eu protagonizei na noite anterior. Da última vez ela tinha ido embora. Dessa vez quem estava saindo era eu. Será que fazer isso alternadamente se tornaria um hábito?

Eu nem sequer sabia onde estava. As memórias da noite anterior estavam voltando em flashes. Cada vez piores. Cada vez mais humilhantes. Eu me comportei como uma puta barata. E eu nem podia culpas o sangue alterado que bebi, eu já estava me comportando como uma puta bem antes disso. Quando eu sai de casa eu já sai com intuito de me meter em confusão. De encarar o acaso. De correr riscos. De me sentir livre. Procurar Klaus havia sido um ato de insanidade. Continuar na cidade a espreita observando seus planos foi burrice, mas o pior era não conseguir simplesmente depois daquela noite ir embora...Eu não conseguia apagar da minha pela as memórias daquela noite....isso não era normal, não era sensato. Tudo bem querer provar do fruto proibido uma vez, mas ficar se alimentando dele pro resto da vida não podia ser boa ideia.Eu me peguei tres vezes andando de madrugada em direção a casa dele. Eu mascarei a minha estada em New Orleans falando para mim mesmo "fique porque ele não manda em você". Mas na verdade esse era o meu lado "vadia louca" ditando as regras. Eu ensaiei escrever trocentas sms pedindo pra ele vir encontrar comigo em algum lugar divertido...mas não tive coragem de envia-las. Ficar alí não estava sendo divertido, mas eu não conseguia ir embora, porque isso significava deixa-lo.Então eu tive a bela idéia de que podia me divertir naquela cidade sem ele, Aparentemente minha ideia de diversão sem ele tinha sido um desastre, e o pior, não tinha sido sem ele. A minha cabeça estava doendo horrores, eu já tinha bebido 3 sacos de sangue, e ainda assim latejava. Se realmente era sangue de vampiro o que eu bebi na noite anterior, ainda estava no meu sistema, lutando contra mim. Me enfraquecendo. Mas ia passar. E quando eu pudesse pensar claramente, eu percorreria a estrada da humilhaçãoo, e agradeceria a Klaus por ter me resgatado do bar. Provavelmente abriria a cabeça dele com um machado por ter quebrado o meu pescoço, mas também agradeceria. Eu tinha me metido numa encrenca das grandes, apenas para evitar sucumbir aos meus desejos dele de novo. Essa era eu Caroline Forbes, a hipócrita. A culpa de tudo isso era da Katherine, a vadia original, eu adorava chama la assim. Ela costumava dizer que não existe originalidade nenhuma em ser vadia, e que ser uma boa vadia, era uma arte, se destacar entre todas as outras, um dom. Katherine. Ela que tinha me metido nisso em primeiro lugar. Atiçado a pequena vadia que havia em mim.

#Flashback On

“ – Então fique. Seja o amor da minha vida. Me ame mais do que você odeia a ele.

— Desculpa Car, eu não posso fazer isso.

— Não, não, Não, não se atreva a fugir de mim. Eu juro por Deus Tyler, se você der mais um passo, e é o fim. Sem mais surpresas, sem mais desculpas, sem mais chances, nós acabamos “

Essas foram as ultimas palavras que eu e Tyler trocamos antes dele me abandonar, de novo. E dessa vez por opção. Todo mundo acha que eu sou uma cabeça oca, uma garota superficial, e que eu só me importo com festas e coisas do tipo. Talvez eles tenham razão. Eu vivo lutando contra isso, eu vivo querendo ser quem eu não sou esperando que as pessoas me considerem uma pessoa melhor. Adivinhem só? Eu não sou. E neste preciso momento eu estou reunindo cada gota de superficialidade que existe em mim e assumindo toda ela. Eu tenho perdido o tempo de uma vida tentando fazer com que as pessoas que me amam fiquem comigo, meu pai, minha equipe, meus amigos, meu namorado … e se é pra perder, que seja em grande.

— Você vai procurar Klaus? – Katherine questionou já com um meio sorriso malicioso na minha direcção. Ela era uma cabra detestável, tinha me transformado em vampira, e estava ocupando o lugar na Elena no nosso quarto da faculdade. Quão fodidamente errado isso podia ser?

Dizem que a convivência estraga, me pergunto quanto tempo eu teria que conviver com ela para me transformar numa Katherina 2.0, porque claramente ela era persuasiva e manipuladora quanto baste.

— E se for? – respondi tentando ser evasiva mas curiosa pelo que ela teria a dizer.

— Se for, você é menos idiota do que parece.

— Depende muito do ponto de vista. Respondi contundente imaginando o que Elena diria se soubesse que eu me deixei convencer pela conversa da Katherine na noite anterior. Ou o que eu diria de mim própria se não fosse a autora da loucura. Mas numa coisa ela tinha razão, eu precisa saber, precisava experimentar, e não tinha nada a perder…

#Flashback Off

O dia começou mal, e estava terminando ainda pior. Quando você vive mil anos, um dia não representa nada na escala significativa de tempo. Mas o dia de hoje tinha valido por algumas décadas. Eu estava exausto, estupidamente mal humorado, e continuava sem paciência desde de que deixei Caroline naquele motel na estrada. Os meus planos não tinham dado certo. As coisas estavam andando para trás em New Orleans. Cada passo em frente eram dois para trás. Cada vez que Rebekah ou Elijah tentavam ajudar acabavam atrapalhando. Cada vez que conquistava um aliado, conseguia também 10 inimigos. As coisas tinham tendência a ser difíceis. Cada vez que fechava os olhos, o corpo nu de Caroline explodia em minha mente, meu corpo respondia a isso de uma maneira que eu tinha medo que outras pessoas percebessem. Não ajudou nada o que eu ouvi deles hoje durante o nosso almoço de familia que mais parecia uma reunião de negócios:

—Você parece nervoso, irmão. Precisa relaxar, não é bem a primeira vez que voce extermina vampiros e acaba com tudo em volta. Disse Elijah

Continuei calado porque eu não queria e nem poderia falar sobre aquilo.

—Eu já disse a ele que ele precisa transar regularmente, essa vida solitária geralmente deixa os homens nervosos e rabugentos. Rebekah completou.

Juntei todas as minhas forças para não responder minha querida irmã a altura. Mas o meu bom e ético irmão tinha que dar o golpe de misericórdia:

—Não, eu não acho que Klaus precise de aventura. Eu acho que ele simplesmente tem que estar aberto para encontrar o amor verdadeiro. E deixar que isso entre na vida dele.

Isso foi demais.

—Cada dia mais percebo que a grande diferença entre mim e vocês não é o fato de ser híbrido. É o fato de não ser idiotizado por certos tipos de sentimentos.

Sai da mesa e os evitei durante todo o dia. Parecia que eles estavam adivinhando.

Cheguei tarde em casa e pedi em silencio para que estivesse vazia, não queria encontrar nenhum dos meus irmãos naquele momento. A noite estava clara, a lua imensa protagonista daquele céu imenso de um azul peculiar. Nenhuma única estrela para dividir a atenção. Entrei em casa e fui directo pro meu quarto, meu celular tinha 149 chamadas de Caroline. Insistente. Será? Me dava vontade de rir pensar em alguém telefonando e esperando 149 vezes ser atendido e ficar no vácuo. De manhã eu estava excitado, irritado, e acabei deixando ela lá sozinha. Mas agora, a vontade que eu tinha era de encontra la de novo, mas não estava com paciência para discussões sobre como ela gosta de se meter em encrenca ou como ela era ridiculamente impulsiva.

Eu senti o cheiro dela antes de abrir a porta do meu quarto. E sorri. Ela tinha vindo pedir desculpa. Bom, ela teria que se esforçar, bastante.

— Oi Caroline. Cumprimentei antes dos meus olhos depararem com ela. Deitada, na minha cama. Com o sorriso mais filha da puta do mundo – o que você faz aqui?

— Segundo Newton para toda a acção existe uma reacção de igual força em sentido contrario. Então, eu estou aqui, apenas obedecendo uma leia da natureza. Vim aqui para te agradecer por ontem – ela terminou a frase me olhando esperando que eu respondesse.

— Tudo bem Caroline. Boa noite Caroline – eu respondi abrindo a porta que tinha acabado de fechar e indicando o caminho para que ela se retirasse. Por essa ela não esperava, eu vi uma leve traço de indignação assombrar o olhar dela antes que a raiva subisse e tomasse o seu devido lugar.

— Você também me deve um pedido de desculpas Klaus. – ela exigiu, com os braços cruzados, me encarando.

— Sério? – eu previ que ia começar a ladainha, e eu eu tinha duas opções, acabar com aquilo, ou joga la pela janela. E por mais que eu tivesse com vontade de executar a segunda ideia, nós teríamos que conversar, mais cedo ou mais tarde.

Quem diz conversar diz discutir, porque era isso que ela estava preparada para fazer quando eu fechei a porta, pela segunda vez em poucos minutos. A atitude dela associada a merda que tinha sido o meu dia me fez enfurecer.

— Eu te devo desculpas Caroline? EU TE DEVO DESCULPAS? Eu já falei quase gritando.

— Você quebrou o meu pescoço. Você me matou seu desgraçado! Ela já estava bem mais perto com o dedo apontado para minha cara acusadora.

Eu segurei os dois braços dela e a joguei em cima da cama, ela levantou depressa e arremessou uma escultura de aço que tinha na minha cabeceira na minha direcção. Eu não me desviei a tempo, e a ponta da escultura rasgou um pedaço do meu rosto.

— Vadia.

— Não me chame de vadia, seu filho da puta – ela gritou avançando em mim novamente, tentando rasgar o resto do meu rosto com as unhas. Eu bloquei os braços dela, e joguei de novo na cama, agora a aprisionando entre as minhas pernas. Ela estava se debatendo, arfando, gritando, me xingando de alguns nomes que eu nem me dei ao trabalho se procurar um significado. Deixei que ela se debatesse, que tentasse em vão sair da posição que eu impunha. E aos poucos a minha própria raiva foi se dissolvendo junto com a dela. Até que ela parou de se mexer, e ameaçou começar a chorar. E eu decidi que era suficiente. Continuei em cima dela, pressionando com as pernas, mas liberei as mãos, como que dando um voto de confiança, que ela tinha oportunidade de mostrar que merecia, ou não.

— Retire o que disse.

— O que? Que você é uma vadia? Como eu deveria te chamar então?

Ela estalou a palma da mão na minha cara, e segurou o meu cabelo com uma mão, apertando a outra mão no meu pescoço. Eu deixei. Ela me encarou, colocando suas pernas em volta da minha cintura e beijando em vez de me morder. Eu podia jurar que ela ia me morder, rasgar alguma coisa, destruir uma parte de mim, a que ela alcançasse com mais facilidade. Mas a excitação, e o tesão, ao contrário da raiva não foram diluídos enquanto ela se debatia, antes pelo contrário, foram intensificados, fixados em nosso corpo como o suor. Brigar assim com Caroline envolvia uma paciência e concentração infinitas, de que eu não era particularmente provido. Mas aquilo eu podia fazer, aquele jogo eu podia jogar. A parte interna das coxas dela roçando nas minhas enquanto ela exibia aquele decote absurdo bem na minha cara era impossível de aguentar. A puxei com força mais para mim, e levantei colando o resto do meu corpo ao dela, e percorrendo o caminho suave do seu quadril até seus seios, mas antes que eu pudesse usar minha boca devidamente ela me empurrou de volta de costas pra cama com força, dando uma rebolada que provocou actividade dentro das minhas calças automaticamente.

Eu a virei bruscamente enquanto ela deu um gritinho de surpresa e eu segurei as duas mãos dela sob a sua cabeça com força. Ela sorriu sob os meus lábios tentando calar a boca dela.

Ela desistiu daquele desafio sem razão se rendendo ao desejo bruto que sempre nos dominava quando estávamos juntos. Os lábios dela exploravam meu pescoço percorrendo o caminho mais longo pros meus lábios enquanto seu corpo se colava mais no meu. E a intimidade poderosa do beijo devastador que partilhamos lançou expirais de calor pelo corpo. Me afastei apenas o suficiente para tirar a blusa dela, mas ela foi mais rápida se livrando do tecido, os seios dela eram pecaminosamente esculturais, ela mordeu os lábios sustentando o meu olhar, se exibindo com um sorriso pervertido. Eu beijei, lambi, suguei os seios dela da maneira que imaginei fazer por todos aqueles dias em que eles explodiam em minha mente. Ela gemia, minha mão percorria o seu corpo, eu queria livra-la agora daquela calcinha, ela ajudou imagino que temendo que eu destruisse a peça em segundos. Ela estava molhada, meus dedos podia mergulhar nela daquele jeito, mas minha língua implorava pra estar lá também. Eu usei minha língua em cada pedacinho daquela carne macia, quente e úmida, eu demorava mais nos pontos que faziam com que ela tremesse e susurrasse coisas sem sentido. Ela era deliciosa. Convidativa. Eu estava alí completamente dedicado na doce tarefa de faze-la gozar usando os meus dedos e minha língua em sincronia.

Eu me senti endurecer ainda mais dentro da calça jeans, a minha erecção já estava dolorosamente obvia, quando ela subia as mãos pelos meus abdominais expostos, percorrendo o caminho até a minha nuca e gemendo contra os meus lábios. Me livrei da calça que estava me oprimindo e meus dedos continuaram a acaricia la intimamente e o beijo devastador que se seguiu engoliu o seu gemido de inegável prazer. Um prazer que se propagou, em ondas que drenavam todos os pensamentos claros da minha mente. A expressão quase obscura de desejo de Caroline aumentou ainda mais o meu tesão. Os músculos internos dela imploravam por algo maior e mais firme que meus dedos em volta do qual se envolver.

Ouvi alguém chegando lá fora. Um carro. Rebekah. Droga. Caroline olhou pra mim com um olhar matador me ameaçando em silêncio. Eu estava com raiva. Aquilo não ia acabar do jeito que eu queria. Eu tapei a boca dela com força para abafar os seus gemidos agudos e ela me olhou como se fosse me matar por aquilo. Eu me afastei dela, lentamente, como que esperando que ela não voasse tentando arrancar meus olhos, tentei me recompor antes de descer. Olhei para trás apenas para ver um último olhar assassino que ela me lançou antes de eu descer as escadas para encontrar a minha querida irmã, que merecia a morte. O quanto antes.


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Notas finais do capítulo

Oi de novo!
Se você sobreviveu ao segundo capitulo de Red ICe, você é dos fortes de espírito.
Se você gostou, amou, detestou ou tem sugestões, comente em baixo e faça os autores felizes!

:))