Uncontrollable ('The Orphan' – Season 3) escrita por Stéfane Franco


Capítulo 43
Capítulo 42 – I Can’t Resist You…


Notas iniciais do capítulo

Voltei!!!!! Segurem-se em suas cadeiras/poltronas/sofás/chão ou seja lá onde estiverem sentados (ou em pé... vai saber?) porque os próximos capítulos serão emocionantes, fofos, vitoriosos e todos os adjetivos para “emocionante” que conseguirem pensar... E por que não começar por este capítulo?! Apertem os cintos e todos à bordo!!!



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Capítulo 42 – I Can’t Resist You…

“Não consigo resistir a você”


– NARRAÇÃO –

Todos os jornais da manhã seguinte noticiaram a volta de Voldemort. De alguma forma, Rita Skeeter descobriu sobre a profecia e estampou em todas as capas de jornais.“A Escolhida: Violet Eileen é a única que pode decidir o destino dos mundos bruxo e trouxa”. O ministro, porém, não atreveu-se à dar qualquer declaração durante a semana na qual Violet permaneceu no St. Mungus.

Morgana foi encontrada gravemente ferida no Ministério e rapidamente trazida para uma ala de segurança máxima do St Mungus. Com Violet ferida, Alastor finalmente juntou as peças do quebra-cabeça e descobriu que Morgana Snape era, na verdade, Morgana Pendragon, uma das comensais mais perigosas de sua época, capturada por um dos ancestrais da família Moody e teoricamente dada como morta.

Com a última descendente dos Pendragon viva, deduziu que a pessoa com habilidade de hipnose que Violet tanto temia era ela, afinal, o dom era uma característica genética dos Pendragon. Descobriu também a poção que Violet e Hermione fizeram em conjunto e, com a ajuda de Madame Ponfrey, fez com que Morgana tomasse o frasco todo.

Como resultado tiveram uma bruxa fraca, temporariamente sem poderes e extremamente vulnerável. A ideia era mandá-la para Azkaban com pena de morte, porém, Cornélio Fudge estava prestes a renunciar seu cargo no Ministério. Outra descoberta foi acerca de sua genética.

Remo Lupin, quando criança, fora atacado e mordido por Greyback, logo, o vírus da licantropia corria em seu sangue, fazendo-o se transformar num lobisomem todas as noites de lua cheia. Morgana Pendragon também fora contaminada por Greyback, porém, devido ao sangue ancestral descendente de Merlin, era extremamente poderosa. A junção da licantropia e do sangue ancestral resultaram numa combinação única.

– Ela tem todos os instintos de um lobisomem, porém, não pode se transformar da mesma forma que o Lupin ou Greyback, por exemplo – explicou Alastor à Ordem – Ela é o que chamamos de “lobisomem incompleto”, pode se transformar em um, mas também controla quando e como fará. Morgana Pendragon não perde a consciência na forma de lobo e na forma humana possui todos os instintos de um lobisomem verdadeiro. Olfato, tato, visão aguçada e audição, assim como as garras e presas tipicamente lupinas...

– Então além de hipnose genética, essa mulher também é um lobisomem incompleto? Merlin Alastor, isso era extremamente perigoso para meus alunos! Para a Violet! – inconformou-se Minerva. – Como que aquele maldito ser cor-de-rosa a encontrou para dar aulas?!

Ninguém tinha uma resposta, ao menos não ainda.

Umbridge, por sua vez, não se queixou de nada que aconteceu em sua sala nas últimas horas, alegou inocência e, por falta de um líder definitivo dentro do Ministério, a mulher prosseguiu como Subsecretária Sênior Ministerial e Diretora de Hogwarts. Porém devo dizer-lhes: não por muito tempo.

Sirius, ao contrário do que todos pensaram, sobreviveu devido à uma combinação extremamente rara de feitiços, porém, entrou em um profundo coma.

Quando Morgana lançou a Maldição da Morte, Bellatrix lançou um feitiço protetor combinado à uma proteção contra maldições, o qual fez com que a intensidade da primeira se perdesse. No exato momento em que o Avada Kedavra tocou a pele de Sirius Black, o Salvio HexiaProtego criou uma barreira sobre o corpo do mesmo, que recebeu apenas um forte impacto no coração. Muitos não souberam explicar o porquê, mas a verdade é que o que o salvou foi um amor puro e genuíno. Um amor de mãe que apenas Bellatrix Black inconscientemente poderia sentir por Violet Eileen.

Todos os membros do AD, assim como Sirius, deixaram o Ministério com pequenos ferimentos. Sophie e Luna estavam com pequenos cortes nos braços, Hermione com pequenos arranhões, Alessa torceu o tornozelo e Gemma havia quebrado o braço ao lutar contra Avery. Rony e Harry não tiveram nada além de cortes superficiais e Violet, por sua vez, foi internada no St. Mungus após os inúmeros ferimentos em seu rosto, as cicatrizes resultantes das detenções em seus punhos e a ferida aberta que o colar proporcionou.

Snape obviamente entrou em desespero. Quando a Ordem foi informada que Violet e os amigos haviam ido procurar Minerva no Departamento de Mistérios e que Voldemort provavelmente estaria lá, um sentimento de pânico o invadiu. Queria de todas as maneiras ir até o Ministério e tirar sua filha daquele lugar, porém, Dumbledore o impediu.

Voldemort acreditava que Severo era um leal Comensal, e para que essa confiança não se perdesse, o Mestre em Poções não poderia ir contra seu “Lorde” para salvar a filha, logo, Alastor prometeu que traria a garota sã e salva para o pai.

Uma semana depois Violet finalmente estava apta a receber alta do hospital, porém, não se sentia tão feliz quanto deveria. Seu pai já havia lhe informado sobre o estado de Sirius e Minerva, o desaparecimento de Voldemort e o cativeiro de Morgana, mas a culpa ainda a assolava. Ela levou seus melhores amigos para uma armadilha e não conseguiu protegê-los. A maioria voltou com ferimentos físicos, seu irmão quase perdera o padrinho, a garota caíra na mais idiota arapuca já inventada e sentia-se realmente estúpida.

Quando voltou à Hogwarts todos tentaram conversar, mas a morena não queria falar. Ela já não aguentava mais ter que dizer a mesma coisa para as mesmas pessoas e não queria enchê-los com ainda mais aborrecimentos. Nem mesmo Harry, Alessa ou Severo conseguiram algo com ela, Violet apenas recusava qualquer diálogo e dizia querer ficar sozinha, o que os preocupou.

– Olhem para ela... Sozinha novamente... Não faz bem guardar tanta coisa para si mesma desse jeito... – comentou Mary uma manhã.

– Mas ela não quer conversar com a gente!

– É isso! – exclamou Alessa encarando uma Violet quieta e pensativa do outro lado do jardim. – Sophie, você é um gênio!

– Certo, o que eu disse agora?

– Ela não quer falar com a gente porque já sabemos toda a história, de certa forma ela se sentiria como um disco quebrado repetindo sempre a mesma coisa para as mesmas pessoas. Mas, e se alguém de fora a chamasse para conversar?

– Como se ela fosse se abrir para alguém de fora... – ironizou Mary.

– Pensem comigo: Qual a única pessoa que não convive diretamente com ela e não conhece a história toda? Qual a única pessoa em quem ela realmente confia e para quem certamente não conseguiria dizer não? – perguntou Alessa sorrindo maliciosamente. – Vitor!

– Alessa você não presta! – riu Mary logo entendendo a situação.

– Mas é uma boa ideia... – comentou Sophie – Tenho certeza que, se ele chegar com jeitinho ela acaba desabafando...

– Exato! – exclamou Alessa – Agora só precisamos chamá-lo...

– Isso é fácil. Depois do que aconteceu no Ministério minha mãe ordenou que o Elfo da família ficasse comigo na escola. Podemos escrever uma carta ao Vitor e pedir para que meu elfo entregue... – sugeriu Mary.

– Perfeito... – piscou Alessa.

O plano era perfeito e realmente deu certo. Com a carta escrita, o pequeno elfo partiu para a Bulgária e a entregou nas mãos de Vitor Krum, que não pensou duas vezes em visitar Hogwarts.

– Violet –

Eu estava sentada abaixo do grande carvalho nos jardins de Hogwarts e, por incrível que pareça, sozinha. As meninas tentaram conversar, mas meu humor não era dos melhores e não tinha ânimo algum para repetir algo que elas já estavam fartas de saber. Harry também tentou se aproximar, mas assim como fiz com meu pai, pedi um tempo sozinha. Por fim acabaram concordando e me deixaram com meus pensamentos debaixo do velho carvalho

Passei a manhã toda naquele lugar, não sai para almoçar e nem mesmo para as supostas aulas, Umbridge não teve como negar e dispensou todos os alunos de suas classes por uma semana. Não me importei com a roupa que vestia ou com o salto que usava, apenas olhei para o horizonte e vi o céu escuro querendo desabar.

Era exatamente como eu me sentia: a ponto de desabar.

Estava tão absorta em pensamentos que não percebi quando alguém aproximou-se e sentou-se ao meu lado na grama macia.

– Vá embora Harry... – murmurei sem me virar.

– Não sou o Harry e graças a Merlin não sou seu irmão... – respondeu.

– Vitor? – perguntei incrédula virando-me.

– Precisava te ver... – respondeu encarando-me – Por que está sozinha aqui fora? – perguntou voltando seu olhar para o horizonte. – Vai chover...

– Precisava de um tempo sozinha...

– Há um tempo eu te fiz uma proposta... Lembra?

– Visitar os campos de Durmstrang? – respondi virando-me para ele novamente

– Exato, e agora eu repito a proposta, porém, altero o destino.

– O que quer dizer? – perguntei curiosa

– Eu gostaria de te levar para um lugar especial, garanto que vai gostar...

– Eu...

– Você precisa se distrair, esquecer por um momento tudo que aconteceu... Precisa de novos ares e novos lugares... – falou encarando-me intensamente – Me deixa te proporcionar uma aventura...

– Aventura?

– Eu queria te levar para uma campina perto da minha casa, é enorme e tem muitas flores... – falou encostando-se à árvore – Embora estejamos no inverno por lá...

– Na Bulgária?!

– Caso não tenha notado, sou maior de idade e tenho permissão para aparatar quando quiser...

Como não notar?

– Minha mãe não tem boas lembranças do lugar, até porque ela precisava correr quilômetros até conseguir alcançar o David, que fugia para a campina com medo de tomar banho... – riu - Meu pai também não escapou, Saoirse é pequena mas corre que é uma beleza... – falou fazendo-me rir

– E você? – perguntei sorrindo.

– Quando se é filho único você nunca pensa nessas travessuras, e quando tem dois irmãos mais novos, menos ainda... – riu – Mas acho que você já fez algo parecido, estou errado?

– Eu já fiz sim, era bem divertido... – sorri – Quando eu era pequena eu vivia num internato, e sempre que alguma das crianças implicava comigo eu saia correndo pelo jardim e me escondia atrás de alguma árvore.

– Era um jardim grande?

– O colégio foi feito num castelo antigo da época da Renascença, então o jardim era imenso! – sorri com a lembrança – A governanta ficava horas me procurando, era tão divertido vê-la irritada!

– Imagino... Você deve ter sido uma criança difícil...

– Isso é a mais pura calúnia. – neguei rindo – Eu era muito boa, os outros que eram maus comigo... – falei como uma criança birrenta enquanto Vitor levantava-se.

– Então vamos nos divertir um pouco, esquecer isso tudo... – falou estendendo a mão – Vem comigo Violet...

Resignada, estendi minhas mãos e segurei as dele. Vitor puxou-me com uma força um tanto quanto exagerada, fazendo-nos ficar cara a cara graças ao salto.

– Você cresceu... – debochou

– Não, estou usando saltos. – respondi divertida – E não, você não vai fazer piada com o meu tamanho...

– Senhorita... – indicou estendendo-me o braço, ao qual enganchei o meu antes de sentir aquela sensação ruim de estar aparatando - Chegamos... – falou sorrindo

– Uau...

Estávamos no topo de um gigantesco campo coberto de neve branquinha e árvores pomposas. Embora estivesse pisando num solo úmido, o clima estava agradável, nem frio, nem quente, o que agradeci mentalmente, já que vestia meia-calça e casaco.

Assim que dei dois passos senti meus pés presos na neve, o que obviamente teria me levado ao chão se Vitor não me segurasse a tempo.

– Esse salto não vai te ajudar muito... – riu encarando-me

Como se respira mesmo?

– Culpe a Alessa, ela que me convenceu a usar isso tudo...

– Lembre-me de agradecê-la depois... – debochou

Meu braço continuava seguramente apoiado no de Vitor, que conduziu-me pela neve até chegarmos à um grande carvalho coberto por flocos brancos e macios.

– Eu sei que não quer falar sobre isso, mas desabafar ajuda... – começou parando-nos embaixo do carvalho - Como está se sentindo?

Por um momento considerei mentir e dizer que estava tudo bem, mas não estava. Vitor tornou-se muito mais que um amigo em meu coração, e embora não estivesse pronta para arriscar perder tudo, sentia que poderia dizer qualquer coisa a ele.

– Péssima... – confessei encostando-me à arvore – Tudo que está acontecendo é minha culpa...

– Não, não é. – discordou encostando um dos ombros no tronco da árvore – Você não tem culpa de nada.

– Certamente já deve saber o que o Profeta Diário estampou em sua primeira capa... – ri amargamente – “A Escolhida: Violet Eileen é a única que pode decidir o destino dos mundos bruxo e trouxa”... Como se eu precisasse de mais publicidade...

– Eu já vi sim...

– Eu não sei quem me destinou a isso, mas seja quem for, era um completo idiota! – reclamei encarando o horizonte cinzento com névoa das colinas. – Eu sou a única capaz de deter definitivamente Voldemort, mas todos estão pagando por mim. Não é justo. – falei sentindo lágrimas caírem – Eu queria poder mudar essa profecia, mas não posso. Eu queria poder proteger todos que eu amo, mas não consigo. Eu levei meus amigos para uma armadilha que quase lhes custou a vida! Sirius Black está em coma porque eu tive uma visão estúpida de que minha madrinha estava em perigo, arrastei todos comigo e cai numa armadilha muito bem feita... Fui uma completa idiota de acreditar que aquilo era real...

– Não é sua culpa Violet, seus amigos foram com você porque são seus amigos, eles nunca te deixariam sozinha num momento como aqueles! Voldemort é ardiloso e já enganou muitas pessoas, não se sinta culpada por ter sido uma das vítimas...

– Mas eu me sinto. Alessa e Gemma ficaram gravemente feridas, Luna e Sophie foram atingidas no braço e Sirius quase morreu tentando me proteger... Era para o feitiço acertar a mim, mas ele se colocou na minha frente e agora está em coma... Eu o vi cair e por um momento pensei que estivesse morto...

Naquele momento tudo que vinha à minha mente eram as lembranças de Morgana tentando me matar, Sirius colocando-se à minha frente e logo em seguida caindo aos meus pés.

– Suas últimas palavras foram... “Cuide dele”... – continuei – Sirius era o último parente vivo a quem Harry poderia recorrer... Os pais morreram, os Dursley não gostam dele e agora o padrinho está entre a vida e a morte... Eu ainda tenho meus padrinhos, minha tia e meu pai, mas o Harry...está sozinho. Sou a única família que lhe resta e a culpa é minha.

– Violet...

– Não – cortei-o, eu precisava falar ou iria engasgar a qualquer momento – Voldemort quer a mim. Meu irmão é apenas um “prêmio de consolação”, eu sou o troféu principal. É a mim que ele quer, mas são as pessoas que eu amo que sofrem por isso. Agora o Harry quer entrar para a Ordem e se vingar de Voldemort, mas não posso permitir! Ele é meu irmão mais novo, minha família... Não posso perdê-lo também! E se para protegê-lo eu preciso derrotar Voldemort sozinha, que assim seja.

– Essa é a estratégia dele, te afastar de todos... Ele te quer sozinha para ficar mais fácil te convencer!

– Essa luta é minha – falei olhando diretamente em seus olhos, meu coração palpitava com a proximidade.

Droga! Por que eu me sinto assim perto dele? Preciso me concentrar em tantas coisas! Mas vê-lo assim, tão próximo... É realmente um teste de resistência.

– Voldemort quer a mim... Eu sou a chave, não Harry... – continuei com dificuldade quando Vitor parou à centímetros de mim – N-não posso arriscar perdê-lo... – falei com lágrimas nos olhos.

– Você pode até recusar a ajuda das suas amigas ou do seu irmão, mas a minha não.

– Como é?

– No que depender de mim, você nunca estará sozinha. – disse aproximando-se perigosamente pegando meu rosto entre as mãos - Sou maior de idade, já me formei em Durmstrang e sei me defender quando preciso. Você querendo ou não, estarei ao seu lado.

– Não quero que ninguém mais se machuque por minha causa... Não quero perder mais ninguém que amo... – murmurei apoiando minhas mãos em seu peito. – Minhas amigas, meu irmão, meus padrinhos, meu pai...você... Não posso!

– Você não vai me perder... – sorriu limpando minhas lágrimas – Estarei sempre por perto... Diga o que quiser, mas não vou deixá-la sozinha num momento como esse... – disse à centímetros do meu rosto.

– Não... – sussurrei afastando-me e virando-me de costas para tentar me recompor – Não admito perder mais ninguém. Todos que estiverem ao meu lado se tornarão alvos...

Eu estava confusa e praticamente sem forças para continuar, apoiei-me na árvore ao lado e suspirei. Por que ele tinha que ser tão teimoso? Será que não via o perigo?

– Você ainda não percebeu que eu vou até o fim do mundo por você?! – exclamou num tom desesperado. Virei-me imediatamente e deparei-me com um par de olhos castanhos me encarando intensamente.

– Não diga isso... – pedi num fio de voz vendo-o se aproximar.

Estávamos ainda mais próximos e, assim que meu rosto ficou à centímetros do seu, levou suas mãos ao meu rosto e limpou suavemente as lágrimas que caiam.

– Você ainda não percebeu que eu te amo? – perguntou. - Eu me encantei por você desde a primeira vez que te vi! Seus olhos me prendem de uma forma tão intensa e seu sorriso me desarma completamente. Violet, eu amo cada mania chata em você, amo cada palavra que sai de seus lábios e amo cada gesto involuntário... Eu amo a maneira como você protege seus amigos, amo seu jeito doce e inocente mas que ao mesmo tempo pode ser venenoso e fatal... Amo quando perde a cabeça e amo quando suas bochechas coram de vergonha... – sorriu novamente acariciando minha bochecha – Eu amo tudo em você Violet, tudo...

Me senti tão vulnerável e ao mesmo tempo tão forte! Ouvi-lo dizer aquelas palavras aqueceu meu coração, que sempre pensou ser o único a amar...

Vitor aproximou-se e num gesto de puro carinho, apoiou nossas testas uma na outra. A proximidade me afetou de tal maneira que fechei os olhos e entreabri os lábios, ainda pensando em como se respirava. Seu hálito quente cheirando a menta confundiu meus sentidos e inebriou-me profundamente.

– Me deixe ficar ao seu lado... – sussurrou. – Eu te amo e quero te ajudar...

Abri meus olhos e percebi que Vitor encarava-me profundamente. Levantei uma de minhas mãos e segurei a sua, que permanecia em meu rosto, enquanto a outra repousava em seu peito.

– Eu também te amo, muito... – admiti emocionada.

Vitor abriu um sorriso maravilhoso e acariciou as maçãs de meu rosto, ergueu uma das mãos ao meu queixo e levantou-o suavemente. Eu sabia o que estava por vir, desejei aquele momento por tanto tempo! Lentamente abaixou seu rosto até ficarmos à mesma altura, aproximou-se e, finalmente, meus olhos se fecharam.

[Soundtrack]

Senti sua respiração quente em meu rosto e seu nariz acariciando o meu. Meu coração já estava descontrolado à muito tempo, o leve roçar de seus lábios nos meus me fez derreter como um sorvete num dia de verão e uma corrente elétrica percorreu todo o meu corpo assim que seus lábios quentes e macios tocaram os meus com suavidade.

Uma de suas mãos deixou meu rosto e desceu para a minha cintura enquanto a outra aventurava-se entre meus cabelos. O primeiro contato foi lento e suave, mas assim que seu braço apertou-me contra ele, senti que não era o suficiente. A mão que eu mantinha segurando a sua rapidamente subiu para seu ombro enquanto a outra apertava seu braço.

Lentamente puxou-me para mais perto, colando nossos corpos. A mão que segurava minha cintura subiu para minha espinha vagarosamente por dentro do blazer, fazendo-me arrepiar completamente. Por eu ser baixa e Vitor alto, ele teve que curvar-se para poder me beijar, o que não durou muito tempo, pois logo suas mãos içaram-me para cima, fazendo-me ficar à centímetros do chão e presa em seus braços.

Meus dedos enroscavam-se em seu cabelo e agradeci mentalmente por ele o ter deixado crescer. Tinha que admitir, Vitor ficava muito mais tentador com o cabelo comprido. Uma de suas mãos apertou minha cintura enquanto a outra subiu para minha nuca, agarrando meus cabelos e afastando meu rosto para beijar meu pescoço.

Arqueei meu rosto para trás e um gemido involuntário escapou de meus lábios assim que Vitor mordiscou o lóbulo de minha orelha. Ele estava me deixando louca!

Novamente capturou meus lábios, diminuindo o ritmo lentamente até terminar num demorado selinho. Vitor devolveu-me ao chão, porém, não tirou suas mãos de meus cabelos e cintura. Ainda de olhos fechados e respiração ofegante, encostei meu rosto no seu e suspirei. Um sorriso escapou de meus lábios e uma felicidade incrível invadiu meu peito.

– Eu amo esse sorriso... – comentou – É bom vê-lo em seu rosto novamente...

Abri meus olhos e encontrei seus olhos castanhos escuros a observarem-me.

– Depois disso é impossível não sorrir... – respondi sorrindo.

– Então acho que vou me esforçar para vê-lo com mais frequência... – debochou passando um de seus dedos em meus lábios.

– Talvez seja uma boa ideia... – provoquei entrando em seu jogo para logo em seguida Vitor capturar meus lábios novamente.

Dessa vez o beijo era mais urgente e logo me senti prensada contra o grande carvalho. Não me importei com a neve fria nas minhas costas, tudo que me interessava estava à minha frente. Vitor tirou uma de suas mãos da minha cintura e capturou a minha em seu ombro entrelaçando-as gentilmente enquanto nos separava por falta de ar.

– Prometi que te mostraria o campo, então acho melhor irmos logo antes que eu me arrependa... – murmurou ele em meu pescoço fazendo-me rir.

– Eu não conhecia esse seu lado descontrolado... – arfei enquanto seus lábios percorriam meu pescoço.

– É tudo culpa sua... – sussurrou em meu ouvido fazendo-me arrepiar inteira.

– É melhor irmos logo... De uma hora para outra fiquei muito interessada nesse campo...

– Então vamos – falou afastando-se e estendendo o braço – Senhorita...

– Ah, muito obrigada – sorri enganchando meu braço no seu.

E assim ficamos a tarde toda. Vitor mostrou-me praticamente o campo todo, cada detalhe, cada árvore... Todos os cantos tinham uma historia e todos os caminhos já foram desvendados. Era tão simples falar com ele, tão calmo que me sentia em casa!

E ali estávamos nós. Vitor encostado no grande carvalho, eu em seu colo e apoiada em seu peito. Seus braços ao meu redor e seus lábios em meu pescoço.

– Temos voltar... As meninas devem estar preocupadas e não quero nem imaginar o que seu pai está pensando agora... – disse ele num tom debochado.

– Ele provavelmente pensa que fui sequestrada...

– Eu poderia considerar essa ideia... – riu fazendo cócegas em meu estômago.

– Vitor! – pedi entre gargalhadas quando me desequilibrei e caí de costas na neve fria, Vitor foi junto ainda fazendo-me cócegas.

Assim que parou e consegui me recompor da crise de risos, encarei-o profundamente ainda com um sorriso enorme no rosto. Eu estava indescritivelmente feliz! Quando percebi que eu estava deitada de costas na neve, Vitor sobre mim e seu rosto à centímetros do meu, corei violentamente.

– Você fica linda vermelha sabia?

Seu rosto aproximava-se lentamente, minhas mãos apertavam seus braços ao meu redor e, quando pensei que iria me beijar, seu rosto foi para o meu pescoço e seus lábios depositaram um demorado beijo na base de meu pescoço para logo em seguida deixar uma suave mordida. O momento não poderia ter sido mais perfeito! Logo depois Vitor levantou-se e estendeu a mão, a qual aceitei de bom grado. Assim que içou-me para cima e fui de encontro à ele, rodeei seu pescoço ao mesmo tempo em que seus braços prenderam minha cintura fortemente. Num piscar de olhos, estávamos nos jardins de Hogwarts novamente.

– Pronto, está entregue... – falou ele comigo nos braços

– Obrigada Vitor... – disse encarando seus olhos castanhos – Por tudo.

– Apenas não esqueça que o que precisar, estarei aqui... – respondeu.

– Eu sei... – sorri.

Vitor aproximou-se novamente, mas dessa vez foi mais rápido e urgente. Assim que capturou meus lábios e mordiscou o inferior, um arrepio percorreu meu corpo e sem que percebesse, um gemido involuntário escapou de minha boca enquanto ele se dirigia para minha mandíbula e descia.

– Bom saber que causo essa reação em você... – riu ele sobre a pele de meu pescoço

– Palhaço... – respondi sorrindo – Se você não parar eu realmente não consigo sair daqui... – murmurei acariciando sua nuca com uma das mãos enquanto a outra descia para o colarinho de seu casaco.

– Hmm... É uma proposta tentadora, mas infelizmente está certa... – suspirou afastando o rosto de meu pescoço – Me avise quando tiver a próxima visita à Hogsmead. – falou beijando-me rapidamente e soltando-me.

– Com certeza... – respondi.

Com um último beijo em minha mão, Vitor aparatou. Novamente estava sozinha debaixo do velho carvalho, mas minha mente incrivelmente estava mais leve e meu coração ainda acelerado repetia o que sempre soube...

Eu te amo Vitor Krum!

Com um sorriso bobo nos lábios, segui o caminho de pedras do jardim até o pátio e por fim para meu dormitório. Eu deveria falar com meu pai, mas seria melhor esperar o ritmo do meu coração se acalmar antes...

– Violet Eileen onde estava até agora? Sabe que horas são? – perguntou Alessa assim que coloquei os pés em meu dormitório – Merlin, você está vermelha e com um sorriso bobo no rosto... Espera... É o que estou pensando? – perguntou maliciosamente aproximando-se.

– Depende... O que está pensando? – respondi sorrindo e mordendo o lábio inferior que certamente estava vermelho.







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Notas finais do capítulo

Alguém ainda está vivo? Por favor, digam que estão... Tenho tanta coisa planejada... Tantas surpresas!!! AHHHHHHHHHHH!!!!!! Finalmente o primeiro beijo (e que beijo) do nosso querido casal fofulete!!!!!!!!

E quanto à Morgana? Consegui explicar o mistério envolvendo a bruxa?? Sim, ela terá um castigo terrível seguido por uma confissão inesperada (tá, talvez seja esperada) e por último...não, não posso falar ainda... rsrsrs

“Um amor de mãe que apenas Bellatrix Black inconscientemente poderia sentir por Violet Eileen.”
É tão bom escrever momentos fofura com nossa Comensal feminina favorita... ^^ E vou explicar um pouquinho (mas só um pouquinho) desse amor ainda nessa temporada!

Eu sei, foram muitas emoções e eu seria muito má se colocasse uma prévia do próximo... Mas vida de escritor é assim não é?
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Capítulo 43 – The New Minister
(...)
— Sugiro que não me toque novamente! – exclamou Umbridge.
— E eu sugiro que cale essa boca! – rebateu Minerva furiosamente.
(...)
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Minerva 1 x 0 Umbridge... Essa discussão será épica, não querem perder não é? Pois então não deixem de comentar!! Bjjss e até o próximo!!