The Black Cat Promise escrita por Giulhynha


Capítulo 4
Se Encrencando


Notas iniciais do capítulo

É, todos os capítulos vão acabar em "ando" c:
Meu muito obrigada ao Tidenis, o amor da minha linda vida, aproveitando a ocasião pra pedir ele em casamento! (me prometeu bolo de chocolate, ein!)



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Sally POV

O banheiro é enorme, gente!

Olha só, tem uma banheira gigante no canto, um chuveiro logo adiante, uma pia branca com detalhes muito bonitos em dourado com um espelho enorme acoplado e uns armários embaixo. Se bem que nem precisava, já que tem uma parede inteira feita de espelho! A moradora devia ter um complexo narcisista enorme, afinal. Aliás, quem não gosta de um espelho, né..?

Abro a torneira da banheira (nunca tomei banho de banheira, mas sempre sonhei com isso. Até que no fim das contas valeu a pena ter caído aqui) e penduro meu vestido emprestado num cabideiro.

Me livro de meus trapinhos e vou para a banheira, já cheia.

– Perfeito! – digo, num tom de aprovação. Seco o dedo que usei para medir a temperatura da água no vestidinho pendurado – Hum, vamos ver onde tem sabão...

Vou procurando nos armários embaixo da pia e acabo por achar uns frasquinhos (e pelos cheiros, meu Deus, Natura que se cuide!). Escolho um com cheiro da flor Dama-da-Noite. Têm um cheirinho tão bom, essas flores... Entro na banheira e...

UAU que maravilha!

Black Cat POV

Tá ficando chato passar pela casa. Como nunca me dei conta de quantas armadilhas tinham aqui? Penso enquanto abro a porta e entro no quarto.

Por causa delas, Sally deve estar esperando há décadas. Pelo menos espero que não tenha saído atrás de mim ou coisa do tipo. Penso fechando a porta, e então escuto um barulho atrás de mim.

– Oh, está de volta! – diz ela ao sair do banheiro, ainda com uma toalha nos cabelos. – Não veio aqui antes e ficou me esperando né? Acho que perdi a hora lá dentro e acabei demorando muito. – Ela aponta pro banheiro.

– Não, na verdade acabei de voltar. – Sento-me ao pé da cama.

– Ah, menos mau. – ela joga o cabelo pra frente e esfrega com a toalha, em seguida, o joga para trás e tira algumas mechas que ficaram em seu rosto. – Tem um pente pra me emprestar?

– Sim, leãozinho, tem um bem ali naquela gaveta. – indico a penteadeira. – Ah, e como estamos sem energia... nada de secador.

– Sem problemas, ele fica mais bonitinho quando seca naturalmente, ouriço. – ela diz enquanto se penteia.

– Ei, por que eu tenho que ser o espetado? – pergunto tentando não rir.

– Bem, já olhou seu cabelo? – ela ri.

– Nem vem que ele nem é tão espetado assim.

– Então admite que ele é pelo menos um pouco espetado?

– Nunca admitirei isso com vida!

– Ah, então esse chifrinho aí é imaginação minha?

– Chifrinho? Onde? – Não é possível que eu tenha passado por alguma armadilha que tenha me deixado com chifres!

– Vou te mostrar. – ela anda até mim. – Bem aqui ó. – ela diz passando as mãos ainda meio úmidas no meu cabelo e levantando tudo.

– Ah, tira a mão, vai secar tudo em pé! – pobre cabelinho...

– Já era! – ela diz em meio a risadas.

Me olho no espelho: realmente, agora tenho um belo par de chifres de cabelo. Dou uma sacudida de cabeça e ele volta ao normal.

– Tava melhor antes.

– Ah, sim, claro! – digo revirando os olhos.

Ela se senta ao meu lado.

– A energia costuma demorar muito a voltar?

– Com esse tempo? Sim.

– Que droga!

– Nem me diga!

– O que podemos fazer pra passar o tempo?

[ N/A : NÃO, QUERIDO LEITOR, PARE DE MALICIAR, NÃO VAI DAR EM NADA NÃO]

– Eu ia me oferecer para pegar uns livros, mas sem luz fica difícil.

– Dá pra usar as velas, oras!

– Faz mal para as vistas ler no escuro.

– Se eu não fiquei cega até hoje, posso ler no escuro mais uma vez.

– Já leu muito no escuro?

– A minha tia não podia me ver lendo, dizia que se estava lendo era porquê tinha tempo livre, e essa ideia era demais para ela. - A outra deu de ombros - então eu me escondia no sótão e lia por lá.

– Tudo bem, eu me rendo, admito que também já fiz isso, empatamos.

– Ok, onde estão os livros? – quem diria, traça de livros, hein?

– Vamos na biblioteca, não sei seu estilo nem os títulos que já leu, então fica mais fácil se você for também. – me levanto e vou em direção à porta.

– É...

– O que foi? – me viro.

– Bom, percebi que não tenho como te chamar, não sei seu nome.

– Pode me chamar de BC por enquanto.

– Mas eu não te dei minhas iniciais! – ela revira os olhos. – Vou tentar adivinhar!

– Boa sorte, vamos?

– Tudo bem, Bode Careca!

– Sério isso? – reprimo um risinho, dando passagem à ela.

– Eu disse que ia tentar. Vai que a sua mãe tinha um bodinho carequinha que gostava muito?

– Muito esperta, vamos log... – congelo no meio da frase. O corredor mudou! Está totalmente diferente de quando eu entrei! E eu nem senti a mudança! Como assim? Que droga, não conheço essa parte da mansão, o que raios está acontecendo?

– O que foi? – ela pergunta, e então me lembro de que ela não viu o corredor que dava para o quarto, eu a trouxe desmaiada.

– Entre de volta no quarto! Rápido!

– O quê? Por quê?

– Apenas entre, eu explico depois!

Justamente quando Sally ia entrar, escuto passos vindos do final do corredor, olho e me deparo com algo que achei que já tivesse desaparecido desse mundo há muito tempo: a boneca sentinela da Ellen! Ela usava a boneca na época em que seus pais eram vivos pra saber quando eles saíam e chegavam em casa para não ser pega fazendo bruxaria. Ela me contou que tinha destruído a boneca, pois estava começando a desenvolver vontade própria. E segundo o que ela me disse, uma certa obsessão pela mesma. Droga, se essa boneca vir a Sally, vai matá-la achando que quer fazer mal à Ellen!

Enquanto ambos (eu e Sally) ficamos paralisados de medo pela visão no mínimo perturbadora, a boneca vem andando em nossa direção, e consigo ver algo que me dá certa esperança, ou melhor, eu NÃO vejo: a boneca está sem os olhos! (Aliás, credo, Ellen!)

– Calma, espere, fique parada exatamente onde está e acima de tudo: não diga nada! – sussurro para Sally. Em resposta ela acena com a cabeça, tremendo.

A boneca vem andando. Nós estamos absolutamente quietos, um único barulho pode ser fatal.

Então...

– Ellen? É você quem está aí com o garoto?

Merda, ela nos sentiu! Pense, pense!

– É... é ela sim. – digo nervoso, se ela não reconhecer minha voz, estamos perdidos.

– Por que ela mesma não fala?

Maldita boneca!

– Ela está com a garganta muito dolorida pra conseguir falar!

– Oh, minha senhora, que fatalidade! Onde estão seus remédios?

– Na verdade ela me pediu para vir te pedir um favor.

– Como ela pediu se está sem condições de falar?

Boneca desconfiada dos infernos! Afinal, por que raios ela achou que a Sally fosse a Ellen?

– Ela escreveu em um papel.

– Ah, sim, o que minha senhora deseja?

– Ela precisa que você pegue o anel caído no fundo do caldeirão da cozinha.

– Mas está fervendo, minha senhora, vai se queimar!

– Eu já avisei, ela disse que espera esfriar, mas que quer o anel.

– Tudo bem, eu buscarei, mas antes, posso dar um abraço na minha senhora? Há tempos que não a vejo!

Há tempos que você não vê coisa alguma, Anabelle!

– T-tudo bem, mas seja breve, ela tem pressa!

Anabelle abraça as pernas de Sally e segue adiante lentamente.

– Sempre gostei desse seu perfume de Dama-da-Noite, senhora, deveria usá-lo mais...

Eu e Sally nos olhamos e em seguida entramos correndo no quarto e fechamos a porta.

– O QUE FOI AQUILO? – ela grita caída de joelhos no chão.

– Sally, é melhor se preparar, tenho umas coisas pra te contar...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Tem algumas coisinhas que o Denis inseriu no texto, mas eu gostei U_U
Mt bem, agr kd meu bolo? uehueh



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