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Pode até parecer uma história normal

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"Alguém como eu não pode se apaixonar por você"

"Eu te amo com todas as minhas forças"

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Mas eu te garanto que não é.

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Duas irmãs.

Completamente opostas.

Mas ao mesmo tempo indênticas.

Dois irmãos.

Idênticos.

E opostos.

E um acontecimento para abalar todas as estruturas.

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Japão, Abril de 1982.

-E quanto você quer?

-Não sei... - Coçou a cabeça.

-Mil está bom pra você?

Olhou-o com os olhos brilhantes. Finalmente iria respirar em paz.

-E quando você o quer?

-Hoje mesmo.

-Feito.- Aperto de mãos.

.:.:O#O:.:.

-Fugaku! - Berrou a mulher -Eu não acredito que você fez isso com o meu filho! - Estava desesperada. Como alguém poderia se capaz de cometer tal atrocidade?

-Você quer perder o seu marido? - Falou impaciente.

-Não interessa! - Gritou descontrolada. - Ele é o meu filho e você não tem o direito de fazer isso!

-Eu sou o pai dele. - Olhou-a com frieza. - E tenho tanto direito quanto você, e agora já era. Daqui a pouco o Michael vai estar aqui com a esposa dele para buscá-lo.

A morena sentou no sofá, despenteando os longos cabelos antes bem escovados. -Eu não acredito... - Sussurrou inconsolada. Levantou-se atordoada, apoiando-se na parece. Não queria que seu filho fosse embora para outro país... Não, não mesmo. -Meu filho... - Andou até uma porta que havia entre a sala e o pequeno banheiro. -Filho... - E abriu-a.

Dentro do pequeno cômodo, em cima do colchão repleto de brinquedos e cadernos, agachado, com um livro na mão, entre um caminhãozinho de três rodas e alguns cadernos estava seu tão querido filho. Os grandes orbes negros liam anciosos as letras miúdas. Percebeu alguém aproximar de si, arrancando o livro de suas mãozinhas magras. Iria protestar, mas foi impedido pelos braços femininos que o envolveu em um forte abraço.

"Meu filho..." Lágrimas. "Não, não..."

-Mãe, oque houve? - Perguntou confuso. -Por que está chorando?

Ouviram uma buzina.

-Quem chegou aí? -Falou o garoto.

-Eu te amo muito... - Apertou-o mais ainda, sufocando-o. - Mamãe te ama muito, muito...

-Eu também te amo, mãe. - Retribuiu ao abraço de urso.

Seria insuportável saber que nunca mais veria seu filhinho e que infelizmente não podia desfazer a compra desumana. Seu marido era um monstro.

-Mikoto! - Gritou o monstro. -Anda, ele está esperando!

-Ele quem, mãe? - Não obteve resposta. Oque recebeu foi uma sequência de beijos. Na testa, na bochecha, no nariz, braços, tudo. Se surpreendeu com a interrupção de seu pai. Afastou sua mãe dele e o pegou com brutalidade pelo braço.

-Eu falei que ele está esperando. - Grunhiu.

-Oquê? - Perguntou o pequeno confuso. - Oquê?

-Você irá para outro país.

Sasuke franziu o cenho, confuso. - Como assim?

-Pára de perguntar e entra no carro!

O garoto olhou ao redor. Quem era aquele homem grande e loiro? Quem era aquela mulher tão parecida com sua mãe?

-Filho! - Ouviu a voz da sua mãe. - Meu filho! Não!

Já era tarde, muito tarde. Foi jogado no banco trazeiro do enorme carro. O homem loiro acelerou o carro, já estavam se afastando.

-Meu filho! SASUKE! NÃO!

.:.:O#O:.:.

-Quem são vocês? - Perguntou. O homem de cabelos cor de ouro o olhou de lado.

-Sua família.

-Não... Minha família são eles, o pai, a mãe, e o irmão. - Olhou para tráz. - A sua casa estava longe... -São eles! - Apontou para a casa humilde.

-Eram eles. - Sorriu debochado.

O pequeno enrugou o nariz.

-Como assim?

-Eles não te contaram?

-Oquê?

-Seu querido pai te vendeu pra mim por mil dólares.

-Quê? - Coçou a cabeça. - Eu fui vendido? - Os olhos começaram a se umidecer.

-Exatamente. - Falou o homem. -Você é meu agora.

As lágrimas já pingavam, o coração falhava algumas batidas. -Mentira.- Sussurrou. - MENTIRA!

.:.:O#O:.:.

Breve...