Pov Magali

– Fala agora qual é o segredo de vocês! – gritou Elsa tentando avançar em cima de algum dos nossos assistentes.

– Calma Elsa. – pediu Flynn a segurando, mas tivemos que ir ajuda-lo porque a albina não era fraca não.

– Minha irmã foi eliminada por culpa do segredo estúpido de vocês! Tenho certeza! – ela continuou gritando indignada.

– Olha... – chamei a atenção de todos. – Não que eu concorde com o modo como ela tá culpando vocês, mas queremos saber se isso tem ou não alguma coisa a ver com a eliminação dela.

– Até que queremos falar pra vocês o que aconteceu, mas não dá. – informo Manu balançando as mãos nervosamente no ar.

– Sempre existe alguém que escuta... – falou Bia cabisbaixa. – E isso é sério demais.

– Então minha irmã ser eliminada é mesmo culpa de vocês? – gritou Elsa escapando dos nossos braços.

– A gente não falou isso! – devolveu Alice irritada.

– Acho que sei pra onde temos que ir. – Soluço começou a andar em direção a floresta.

– Onde você pensa que está indo? – gritou Mônica.

– Apenas me sigam. – ele se virou para nos esperar.

Dei de ombros e segui até ele, logo em seguida os outros vieram. Atrás de mim estavam Alice e Lili, ouvi alguns sussurros entre elas.

– Aquela ruiva vai matar a gente se... - a voz da Alice ficou baixa demais para eu ouvir.

– Mas a gente não pode ir assim. - protestou Lili. - Vamos lutar! Temos que salvar eles. Esse acampamento é perigoso demais.

– Ninguém devia estar aqui. - reclamou Alice.

– Mas fomos forçados. Não havia escolha. Você sabe o que fariam com... - a voz dela abaixou e eu não pude ouvir o resto da frase da Lili.

Andamos por pela trilha em que saímos correndo atrás dos nossos assistentes quando eles saíram correndo seguidos pelas meninas que queriam matar eles.

Até já sei onde isso vai dar...

– MAS QUE QUÊ ISSO??? – os assistentes gritaram quando viram a parede de madeira na nossa frente.

– Bem vindos à casa abandonada! – anuncia Soluço parando em frente a estrutura.

– Mas o que raios isso tá fazendo aqui?! – gritou Kaique surpreso.

– Essa é uma boa pergunta... – pensei alto.

– Bom, vamos entrar. – falou Elsa passando na nossa frente. – E então vocês vão explicar tudo direitinho.

Os assistentes engoliram em seco e entraram na casa abandonada seguidos por nós.

– Expliquem-se! – exigiu Elsa com um machado na mão.

– Epa! – Kaique deu um passo para trás. – De onde saiu isso.

– Você tem medo dela, mariquinha? – provocou Manu.

– Você tá pior que a Patricinha cara! – Leo colocou a mão direita no ombro dele com forma de consolo.

– Já disse pra você parar de me chamar assim! – Bia o ameaçou cerrando os punhos.

– CHEGA! – Elsa jogou o machado que se cravou no chão entre Lili e Patrick. – Não precisam se matar. Se não nos contarem a verdade terei o prazer de fazer isso com minhas próprias mãos!

– Calma Elsa! – Jack a segurou pela cintura enquanto ela tentava avançar em cima deles.

– A gente não tem culpa Elsa! – gritou Alice.

– Mas podiam pelo menos ter nos respondido! – Jack falou impaciente.

– C-como assim? – Anna gaguejou.

– Eu e a Anna estávamos o tempo todo gritando nos comunicadores, mas ninguém nos respondeu.

Seguiu-se um pouco de silêncio enquanto encarávamos Jack incrédulos.

– NÃO ACREDITO! – gritou Bia quebrando o silêncio.

– Em que? – perguntei.

– A gente esqueceu esse pequeno detalhe! – gritou Manu desesperada.

– Temos que voltar! – anunciou Taylor e eles saíram correndo.

– O QUE? – gritou Elsa. – Mas e o maldito segredo de vocês?

– Isso não vai salvar sua irmã! – gritou Lili. – Mas os comunicadores vão!

– Isso ainda não acabou! – a albina se revoltou. – Voltem já aqui inúteis!

– Uau! – exclamei os encarando.

– Vamos. Temos que entender o que está acontecendo. – chamou Terence parando na porta.

– Espera. – falou Soluço.

– O que foi? – perguntou Meri arqueando uma sobrancelha.

– A pergunta continua. – ele respondeu. – O que essa casa está fazendo aqui?

– Quem liga pra isso? – gritou Mônica. – Temos que ir!

– Eu ligo! E preciso disso...

Ele pegou um livro empoeirado no chão. Ele tinha uma capa de couro e um desenho estranho na frente.

– Vamos logo! – Rapunzel o pegou pela mão e o puxou até nós, então saímos correndo de volta.

Depois de algum tempo paramos na ala de treinamento e os avistamos seguindo para uma parte do acampamento além da fogueira, então apertamos o passo para alcança-los.

– Esperem aí! – gritei já mais próxima deles.

– Não dá tempo! – gritou Gui.

– Como assim não dá tempo? – Perguntou Merida irritada.

Eles desapareceram numa depressão repentina no horizonte. Quando finalmente chegamos lá, tinha um prédio no fim da depressão e ele se estendia até um pouco abaixo do topo onde estávamos.

– O que é isso? – pensei em voz alta.

Mãos me puxaram para detrás de uma pedra.

– Calada! – falou Leo. – Se descobrirem que tem pessoas além de assistentes aqui, nem sei do que são capazes!

– Então como vamos entrar? – perguntou Bryan.

– Acho bom vocês serem muito ninjas! – falou Leo.

– Por quê? – perguntou Karine confusa.

– Porque vao precisar fazer isso...

Lili pulou em cima da pedra e em seguida sumiu passando por detrás de cada uma até que quando nos tocamos ela havia sumido!

– Cadê ela? – perguntou Peri olhando ao redor confusa.

Do nada uma pedra atingiu minha cabeça. E eu gemi olhando indignada para trás logo em seguida. Lili estava dentro de um quarto do outro lado, no prédio acenando pra gente.

– Venham! – ela chamou.

De dois em dois andamos pelas sombras tentando nos manter o mais escondidos possível, mas vez por outra nossos assistentes davam a louca pulando pra gente se encostar mais nas pedras.

Fui junto com a Mô e fomos as últimas a chegar no quarto. Ele estava lotado!

– Não encostem em nada! – gritou Anna. – A menos que queiram morrer!

– Tenho que ir ao meu quarto pegar os comunicadores. – falou Bia caminhando até a porta.

– Eu vou contigo. – anunciou Leo se pondo ao seu lado.

– Só vê se não me chama de...

– Patricinha.

– Você merece a morte. – ela falou rolando os olhos e girando a maçaneta.

Permanecemos em silêncio durante algum tempo, tentando assimilar as informações dos últimos acontecimentos. Mas era coisa demais para qualquer um...

– Voltamos! – anunciou a voz de Leo com o rangido da porta.

– Finalmente! – reclamou Merida se desencostando da parede.

Bia trancou a porta atrás de si com o comunicador em mãos. Ela nos encarou determinada e falou:

– Hora de descobrir o que está acontecendo com as pessoas eliminadas.

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Continua...