Era uma vez um velho leão chamado Lügner, já cansado, queria que sua filha, Schnaps, se casasse com o leão dominante da área, Rei Stark, mas logo começou a falar coisas que não existiam sobre sua filha.

O Rei, ansioso para conhecer as habilidades da jovem leoa, mandou que lhe trouxessem-na .

— Bom dia, meu Rei - a jovem se apresentou na manhã seguinte.

— Bom dia, Schnaps. Mas vamos ao que interessa. Vou lhe pôr numa área mais afastada de nossa caverna e vamos ver se você pode atrair presas sem se mover. Mutig e Fairer vão acompanhá-la.

E assim foram os três leões ver a se a magia de Schnaps era verdade. Ela teria três dias e três noites para conseguir o máximo de presas que pudesse sem sair do lugar.

Pela tarde, Mutig e Fairer não viram nenhum progresso desde que haviam chegado àquela região. Conversaram entre si e falaram:

— Schnaps, não podemos ficar aqui por mais tempo, vamos chamar outros dois de nossa colônia. Fique aqui, se você sair, saberemos pelo amanhecer.

Schnaps ficou com medo e resolveu obedecer, mas assim que eles partiram o medo começou a tomar conta dela. Olhava de um lado para outro para ver se algum animal pequeno passaria por sua frente, mas nada aconteceu. Então Schnaps escutou uns passos. "Finalmente, minha salvação se inicia!", mas nada apareceu.

De repente aparece um melro grande e gordo, chegava a parecer um urubu.

— Do que você precisa, jovem?

— Meu rei quer que eu prove que posso trazer alimento à colônia somente com magia. Não consigo. Meu pai inventou isso.

— Façamos um trato: Dê-me algo que você possui e trago uma primeira parte do que precisa.

Feito. Schnaps deu um argola que nunca havia tirado. Sua mãe a dera antes de morrer. Pela manhã, Räuber, Krieger, um casal e protetores da colônia, e o Rei Lügner foram à região que Schnaps foi posta e lá estava, um abundante monte de carne.

No segundo dia, o melro voltou e pediu de novo o que de mais valioso Schnaps poderia ter. Ela deu-lhe a parte mais dourada de seu pelo, era dourada, pois quando criança, Schnaps sofreu um acidente e sua mãe fez uma espécie de trato com os urubus que se a curassem, daria sua vida por ela e assim o fez, e de novo havia mais carne que o necessário para todo o reino, se leões dividissem sua comida.

Ainda insatisfeito, o Rei Lügner a deixou por ali por mais um dia e ela teria de capturar com sua magia mais alimento do que nos dois dias anteriores e assim se sucedeu. O melro voltou e como Schnaps não tinha mais nada para lhe dar, ele pediu que a primeira prole que nascesse seria dele. No terceiro dia, o Rei estava maravilhado com o poder que sua futura rainha traria ao reino. Casaram-se e Schnaps se esqueceu do melro metido.

Nasceram Blitz e Licht, macho e fêmea. Pouco depois O melro voltou exigindo sua parte do trato. Schnaps, a Rainha, ficou desesperada, pois não queria dar suas crias a um animal tão repugnante. Nem queria imaginar ele bicando a carne tenra dos filhotes.

— Dou-te três dias para descobrir meu nome, se não conseguires, eles são meus.

Na primeira noite, Schnaps errou. Na segunda também. Pouco antes do anoitecer, Krieger vê um melro grande e gordo, feliz da vida, pois vai ter comida fresca em pouco tempo. Cantava algo estranho e o Guerreiro conseguiu entender boa parte.

Já na caverna...

— Minha Rainha, nada consegui encontrar entre os outros seres daqui, mas vi uma ave do jeito que me descreveu e seu nome é...

Quase de madrugada, Schnaps acordou e viu a sombra do pássaro.
Conseguiu, Rainha Schnaps, descobrir meu nome? - ele tinha uma espécie de sorriso triunfante.

— Por acaso seu nome é Witzbold?

— Não, senhora.

— Que tal Täuschen?

— Errou de novo. Só mais uma chance.

A Rainha sorriu e disse rugindo: "Gaukler"

O melro ficou com tanta raiva, mas tanta raiva que começou a inchar mais que o normal até soltar um assobio surdo e explodiu quando Schnaps passou suas garras por seu corpo.

Tudo voltou ao normal e toda a colônia e o reino ficou livre de maldições e sempre abundante em comida e água.

Moral: Não seja ganancioso, nem arrogante, nem egoísta. Caminhos como a honestidade e o arrependimento trazem bens muito maiores que coisas as erradas.

Fábula baseada no conto alemão Rumpelstilzchen. - Irmãos Grimm