Como assim um bebê?! escrita por MariGuedes


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Muito obrigado a quem favoritou, comentou ou mesmo acompanha sem comentar! Vocês me deixam MUUUUITO feliz!!



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Enquanto eu caminhava até a casa de Peeta, as imagens daquele dia inundavam a minha mente.

FLASHBACK ON

Faz pouco tempo que eu e Peeta voltamos da arena. A culpa é uma coisa com a qual eu não esperava lidar. Raiva, dor, confusão. Tudo, menos culpa. Culpa por não ter protegido Rue do jeito que devia. Culpa por ter demorado a achar Peeta, por tê-lo deixado se machucar e perder a perna e – por incrível que pareça – culpa por TODAS as mortes que causei. Não é exatamente culpa, é mais parecido com remorso. Sim, eu sei que eles eram Carreiristas e tudo mais, mas isso não impede que eles me persigam incessante e dolorosamente todas as noites.

Antes mesmo que eu perceba, lagrimas escorrem por meu rosto. Céus, eu odeio chorar, há muito tempo não me permito um ato tão frágil e fraco, então não impeço as lagrimas que querem cair desde que cheguei e quando vejo, choro compulsivamente. Ponho as pernas em cima da cadeira, as abraço e apoiando minha cabeça nelas, continuo a chorar por Rue e pela primeira vez, por mim mesma. Pelo que estou passando. Quando meu pai morreu, eu chorei muito pouco, pois percebi que era minha obrigação cuidar da família, então libero as lágrimas de anos atrás.

–Katniss – uma familiar voz me chama.

Tentar me esconder é inútil. Ele sabe que eu estou aqui então, numa tentativa ridícula, seco rápido minhas lágrimas enquanto respondo.

–Katniss, estava chorando – não foi uma pergunta, por que ele sabe que eu mentiria.

Ele me surpreende me abraçando, sem perguntas ou afirmações, só seu abraço surpresa, do qual eu não tinha forças nem vontade de sair. Fiquei ali segundos, minutos ou horas, eu não percebi. Quando afastei meu rosto de seu peito e olhei seu rosto, ele me olhava também. Algo se apossou de mim, a mesma coisa que não queria terminar o beijo na arena. Não sei quem se aproximou primeiro,mas quando sei por mim meus lábios tocavam os seus e não queria que se separassem. O que deu em mim? Estou mais dispersa que nunca! Minha mãe e Prim saíram. Foram atender um mineiro acidentado e deviam demorar, e uma coisa levou a outra e vocês sabem muito bem o que aconteceu.

FLASH OFF

Bater na porta de Peeta foi um martírio. Temos nos evitado o máximo possível. Deve ser devido ao fato de que ignorei por completo o ocorrido entre nós, o que eu sei que o magoou profundamente, mas eu não soube como reagir, até por que eu nem gosto dele, certo? Falamos-nos o mínimo possível, um “oi” e “tchau” é como se resume nossas conversas desde então.

–Bom dia, Katniss, quer entrar? – Sr. Mellark atendeu a porta.

Ainda bem que não foi a mãe de Peeta que atendeu a porta. Ela é uma mulher rabugenta, terrível, de mal com a vida e com todos, completamente oposta ao marido.

–Quer entrar? – ele perguntou, cordial.

–Não, não, obrigado. Preciso dar uma palavrinha com ele – torci para que mentalmente ele não me ignorasse enquanto seu pai sumia pela casa, procurando por ele.

–Katniss – ele apareceu e me assustou. Sua forma fria de dizer meu nome me incomodou.

–Precisamos conversar, a sós.

Ele me seguiu em silencio até a minha casa, que de novo estava vazia por que minha mãe e Prim foram vê um menininho muito doente da Costura e devem demorar.

–Onde estão sua mãe e Prim?

–Saíram – respondi indiferente.

–Meu pai disse que quer falar comigo.

–Quero, é algo muito sério, é melhor sentar.

Ele me olhou meio desconfiado e se sentou no sofá.

–Bem, você se lembra DAQUELE DIA? – perguntei meio sem graça.

–Como se algum dia eu pudesse esquecer – o que me faz corar instantaneamente.

–Bem, o que eu quero dizer que eu meio que estou grávida.

Vi a confusão, o esclarecimento e a alegria passarem por seu rosto, ele de supetão me abraçou.

–Essa noticia é maravilhosa, Katniss.

–Perdeu o juízo, Peeta?

–Nem venha me dizer eu está pensando em...

–Claro que eu não tiraria nosso bebê. Acha mesmo que eu seria capaz de uma atrocidade dessas? Você sabe a frequência com que um filho de um tributo é selecionado? Agora, imagine os dois pais tributos. Não preciso que ninguém me diga que eles não estão felizes com a gente – lágrimas já corriam por meu rosto e eu involuntariamente o abracei.

–Calma – ele sussurrou numa voz incrivelmente calma.

–Estou com medo –confessei num murmúrio.

–Também estou. Eu vou fazer tudo que eu puder fazer e o que eu não puder fazer para cuidar de vocês. Eu prometo.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, sintam-se completamente livres para comentarem a fic, ok? Só um "gostei" já me faria ganhar o dia #ficaadica. rsrsrs.
BeijosBeijos, -M