A Vingança escrita por Lara Ramos


Capítulo 19
Festinha social


Notas iniciais do capítulo

Oie! É a CupCake!
Eu sei que demorei MUIIIITO para escrever esse capítulo, e eu sei que vocês querem me matar por causa disso, mas a culpa não foi minha! Foi da minha criatividade, é, ela mesma, foi dar uma voltinha no labirinto de Dédalo e se perdeu! Mas conseguiu voltar. O capítulo ficou longo para recompensar o tempo que ficamos sem postar um novo.
Espero que gostem. Bjs



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Quando Jôh acordou estava deitada em uma rede improvisada com panos velhos entre duas árvores.

Jôh se sentou e olhou ao seu redor, os outros não estavam por ali, já era noite e as chamas de uma pequena fogueira crepitavam ali perto, sem fazer quase nenhuma fumaça. A garota deduziu que estava em uma floresta ou em um bosque, as árvores ao seu redor eram altas e densas, quase não era possível ver o céu, e apenas as chamas da fogueira iluminavam o ambiente.

Jôh esperou, esperou, e esperou. Quando não agüentava mais ficar sentada levantou e começou a andar de um lado para o outro, e quando cansou de andar foi praticar golpes em árvores.

Quase uma hora e meia depois Nico, Leo e Anne apareceram.

– Pelos deuses! – Jôh disse, se voltando para eles. – Que demora!

– Você não sabe como é difícil chegar ao supermercado sem ser atacado por monstros a cada esquina. – diz Leo, largando duas sacolas no chão.

– Tudo bem. – Jôh se sentou perto da fogueira para se aquecer. – Descobriram mais alguma coisa?

– Na verdade, sim! – Nico disse, sentando-se ali perto encostado em uma árvore. – Topamos com mais um semideus traidor, esse conseguiu fugir, mas deixou isso para trás. – ele tirou um papel meio amassado do bolso da jaqueta. – É o endereço de um hotel.

Anne se sentou ao lado de Jôh com um pacote de salgadinho. – Acho que é importante, devemos ir dar uma olhada. – disse.

– Mas o que, exatamente, está escrito?

– Aqui diz: Hotel Embassy Suites, Columbus, Ohio – Nico leu. – Tem umas palavras soltas também, tipo: social, festa, 19 horas, encontrá-la, dia 18.

– Que dia é hoje? – Jôh perguntou.

– Hoje é 17. – Leo respondeu.

– Então temos que ir para Ohio amanhã para encontrar alguém em uma festa social ás 19 horas? – perguntou Anne.

– É o que tudo indica. – Nico disse. – É melhor vocês irem dormir, vamos sair cedo amanhã. Eu fico de vigia primeiro.

– Eu fico também. – Jôh disse, levantando a mão. – É mais seguro duas pessoas acordadas.

Leo e Anne concordaram e foram procurar um lugar para dormir.

Nessa noite Nico teve um sonho estranho, mas resolveu não comentar com ninguém.

O sol estava nascendo quando os quatro semideuses chegaram a uma rodoviária em uma cidadezinha da Pensilvânia.

– Acho que não é uma boa ideia irmos de ônibus de novo, depois de tantos monstros. – Leo disse.

– É mais rápido. – diz Nico. – Não podemos perder tempo.

Leo cruzou os braços, mau-humorado.

– Depois não digam que eu não avisei se um monstro nos atacar, o ônibus explodir e todo mundo morrer.

Nico pegou uma barrinha de chocolate no bolso da mochila e ofereceu a Leo.

– Na boa Leo, come um snickers.

– Por que?

– Porque você fica insuportável quando ta com fome.

(N/A: entendedores entenderão!)

Depois de um tempo Valdez concordou em ir de ônibus. Nico comprou as passagens com o resto do dinheiro que tinham.

Ás 7 horas já estavam na estrada.

A viagem foi longa e cansativa. Leo não parava quieto, o que parecia incomodar os outros passageiros. Anne estava dormindo, e Jôh esperava que a qualquer momento fossem atacados por alguma coisa. Nico olhava as pessoas ao seu redor, procurando alguém que parecesse suspeito, mas desistiu de continuar fazendo isso depois de 6 horas de viagem, quando chegaram a Columbus.

– O que vamos fazer agora? – Leo perguntou. – Temos 6 horas até a festa.

– Precisamos de roupas. – Anne disse. – Não vão nos deixar entrar vestidos assim.

Todos concordaram e olharam para as próprias roupas, estavam sujas, rasgadas e furadas, a de Leo estava até chamuscada.

– Mas não temos mais dinheiro. – Jôh disse.

– Não precisamos de dinheiro. – disse Anne, sorrindo.

– Você não está pensando em roubá-las, não é? – Nico perguntou.

– Não, claro que não! Eu só vou pegar emprestado... sem a intenção de devolver.

Nico, Leo, Jôh e Anne foram até o centro da cidade, em busca de uma loja onde pudessem pegar “emprestado” algumas roupas.

– Acho que naquela loja ali deve ter alguma coisa. – Jôh disse, apontando para uma pequena lojinha do outro lado da rua com roupas muito bonitas e elegantes na vitrine.

– É, vou dar uma olhada ali. – diz Anne, atravessando a rua pouco movimentada. – Esperem ai. Já volto!

Anne atravessou a rua e entrou na loja, um sininho fez barulho quando abriu a porta. Examinou a loja rapidamente, não haviam câmeras de segurança e apenas uma senhorinha atendia alguns poucos clientes,

Anne se aproximou do balcão. A senhorinha sorriu.

– Olá, em que posso ajudar?

– Eu gostaria de dar uma olhada em alguns vestidos de festa. – disse, o mais adoravelmente possível.

– É para você?

– É, e para a minha prima também.

– Tudo bem, ali no terceiro corredor deve ter alguma coisa do seu tamanho, também temos alguns sapatos. – a senhora apontou para o último corredor, no fundo da loja. – Se precisar de ajuda é só chamar.

– Ta bom, obrigada! – Anne disse, e foi em direção ao corredor indicado.

Levou uns 5 minutos para escolher um vestido e o sapato para si, o que era um milagre, porque normalmente levaria uma hora. Pegou, também, um vestido azul e um sapato preto que achou que Jôh gostaria. Dobrou os vestidos com cuidado e pôs na mochila, junto com os sapatos. Voltou até o balcão.

– Gostou de alguma coisa? – a senhora perguntou.

– Na verdade, sim, mas preciso falar com a minha prima primeiro, volto mais tarde. – Anne sorriu.

– Claro!

Anne saiu da loja, aliviada e feliz, e por incrível que pareça não se sentia mau por ter feito aquilo. Foi encontrar os outros.

– Conseguiu? – Jôh perguntou.

– Sim! Agora precisamos procurar uma loja com roupas masculinas.

Andaram por mais um bom tempo até encontrarem uma loja com o que precisassem.

Anne trocou de mochila com Jôh e entrou na loja.

Repetiu o mesmo processo que havia feito na outra loja, mas dizendo, dessa vez, que as roupas eram para o seu primo. Demorou um pouco mais, porque o vendedor não saía do seu lado, mas conseguiu distraí-lo a tempo de pegar dois smokings e sair da loja, novamente contente com o seu talento.

– Ta ai a roupa de vocês, mas eu não consegui sapatos. – Anne entregou a mochila a Nico.

– Deuses, você é boa nisso! – Leo disse.

Anne deu de ombros sorrindo. – É, eu sei!

– Agora precisamos achar um jeito de chegar ao Embassy. – Nico disse, enquanto caminhavam em uma direção qualquer.

– Ué! É só perguntar para alguém. – Leo diz, e já vai se aproximando de um cara parado na calçada lendo jornal e tomando café.

– Com licença. – disse Leo, o carinha olhou para ele.

– Pois não?

– Como eu faço para chegar ao Hotel Embassy Suites?

– Ah, o Embassy... bom, você vai por ali, vira a terceira direita, depois a quinta esquerda, daí você vira a décima direita, e por último a sétima esquerda. Entendeu?

– Claro, obrigado!

Leo passou as informações para os outros e eles foram tentar achar o tal hotel.

Se perderam, várias vezes, mas chegaram. E já eram 18 horas.

Pararam em frente ao hotel, haviam alguns seguranças.

– Vamos trocar de roupa e dar um jeito de entrar. – Nico disse.

Foram até uma cafeteria em uma rua próxima. Jôh teve que comprar uma água com os últimos centavos que tinham para poderem usar o banheiro. Nico e Leo foram trocar de roupa primeiro.

– Uau! – Anne disse, quando os meninos voltaram. – Eu, realmente, sei escolher roupas!

Nico vestia uma camiseta branca com um colete preto risca-de-giz, calça social preta, gravata borboleta azul-marinho meio frouxa e seu velho e bom all-star. Leo usava uma camisa branca com as mangas dobradas até o cotovelo, colete preto, calça preta, gravata vermelha e all-star meio-cano preto.

– É, ficou legal. – Jôh admitiu. – Agora vamos nos trocar. – Anne e Jôh foram ao banheiro.

– Por que garotas demoram tanto para trocar de roupa? – Leo perguntou, impaciente.

– Não sei. – Nico disse. – Espero que tudo isso valha... a pena.

Elas voltaram.

– Meus deuses! Vocês estão... uauuu! – Leo disse.

– Concordo, vocês estão... uauuu. – Nico disse, olhando, em especial, para Jôh.

Jôh vestia um vestido longo azul-marinho: https://www.facebook.com/244031365699880/photos/a.305037566265926.49278.244031365699880/305037639599252/?type=3&theater , e sapatos pretos: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=598693230216450&set=a.494736313945476.1073741826.304930576259385&type=3&theater

Anne usava um vestido claro: https://www.facebook.com/244031365699880/photos/a.305036162932733.49277.244031365699880/305036812932668/?type=3&theater , e sapatos claros também: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=548503195235454&set=a.494736313945476.1073741826.304930576259385&type=3&theater

– Vamos agora, ainda temos que achar um jeito de entrar lá. – Anne disse, saindo da cafeteria, os outros vieram em seguida.

Eles voltaram até a frente do hotel, alguns convidados já chegavam. (N/A: fotos do hotel: http://embassysuites3.hilton.com/en/hotels/ohio/embassy-suites-columbus-CMHCEES/index.html )

– Precisamos passar pelos seguranças. – Jôh disse. – Mas não temos convites, nem nada.

– Não precisamos de convites. – disse Nico. – Venham.

– Como assim? – Jôh perguntou, seguindo ele.

– Apenas me sigam.

Eles se aproximaram do segurança que estava com a lista de convidados.

– Seus nomes? – o segurança careca e baixinho perguntou.

– Nico, Leo, Suzanne e Johanna. – Nico respondeu por todos.

– Ah, sim! Os convidados especiais da Srta. Mac. Podem entrar, por gentileza.

Leo, Anne e Jôh trocaram olhares confusos, Nico apenas agradeceu e entrou.

– Srta. Mac? – Leo perguntou, enquanto seguiam pelo hall de entrada. – Você a conhece Nico?

– Talvez.

– Como sabia que nos deixariam entrar?

Nico deu de ombros. – Ela está nos esperando.

– Ok, deu pra fazer suspense agora.

Eles chegaram ao lugar onde estava ocorrendo a festa. (N/A: vejam a foto do lugar no mesmo link das fotos do hotel, é a 18ª imagem, a que parece um barzinho)

O local já estava cheio, pessoas elegantes andavam de um lado para o outro.

– Como vamos achar alguém que nem conhecemos aqui? – Leo perguntou.

– Vamos caminhar, ela está por ai. – Nico respondeu.

Jôh e Nico iam na frente, enquanto Leo e Anne ficavam mais atrás.

– Gostou da roupa? – Anne perguntou.

– É, gostei. – Leo respondeu, sorrindo. – Acho que eu fiquei muito... gato!

– É, você está bonitinho. – respondeu Anne, rindo.

– Você também está... linda. – disse Leo, olhando Anne nos olhos. – Eu queria...

– Achei ela! – mais a frente Nico disse, interrompendo Leo. – Vamos!

Eles foram até o balcão onde se serviam as bebidas. Em uma das últimas cadeiras, estava sentada uma mulher alta, com pele clara, muito clara, quase branca, e cabelos negros, presos em um coque, ela vestia um vestido vermelho-sangue. Ela sorriu para os semideuses com uma taça de vinho na mão.

– Olá, meus queridos! – disse ela.

– Olá, irmã. – Nico disse.

Os outros ficaram boquiabertos.

– Ela é sua irmã? – Valdez perguntou.

– Sim. Essa é...

– Deixe que eu me apresento queridinho. – a mulher disse, sorrindo. – Eu sou Macária, deusa da boa morte.

(N/A: roupa da mulher: http://www.polyvore.com/mac%C3%A1ria/set?id=114870699 )


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Notas finais do capítulo

Olha eu aqui de novo! Gostaram? Merecemos reviews?
Aviso: no capítulo anterior, na parte do Augustus, os semideuses não ficam inconscientes, eles ficam sufocando, foi um pequeno erro, nos desculpem.