Amor Proibido escrita por MisaChan


Capítulo 4
Capítulo 4




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Capítulo 4

O dia passou rápido. Escondi minha pintura d'baixo de minha cama, para que não fosse descoberta por ninguém. E agora, era hora do chá da tarde, com algumas senhoras amigas de minha mãe.

Foi uma tarde como outra qualquer, entediante. Não via a hora de poder encontrar meu amado novamente, nem que seja pela última vez.

Logo era noite. Deite-me em minha cama e rezei um pai nosso como de costume. Olhei para o teto por alguns segundos, e depois fechei meus olhos para dar-me o direito de um bom descanso.

Um estalo soou em meu ouvido. Levantei-me na mesma hora para ver o que estava se passando. Escutei novamente. Era como se algo estivesse sento atirado contra minha janela.

A atitude correta, era que eu chama-se alguém para ver o que era. Mas já era tarde e eu não queria incomodar ninguém.

Ousei e fui até a janela e a abri. Era Damon, ele estava atirando pedras em minha janela.

– O que vosmecê estas fazendo aqui? - Perguntei assim que o vi.

Se meu pai o visse aqui, um camponês atirando pedras contra a minha janela, era capaz dele o matar com um tiro certeiro de sua espingarda.

– Não consegui dormi. Desça, quero te dar uma coisa. - Ele pediu.

– Não posso. Por favor, vá embora. Não me perdoarei se algo de ruim acontecer com vosmecê. - Supliquei.

– Não irei sem lhe dar isto. - Ele levantou um papel.

– O que és? - Perguntei curiosa.

Meu coração batia forte. Minha vontade era de jogar tudo pelos ares, casamento, títulos, nomes... Eu só queria viver ao lado de quem meu amava. Meu Damon.

– Uma carta, escrevi nela, um pouco do meu amor por vosmecê, já que ele é tão vasto, que não pode ser descrito.

Meus olhos enxeram-se d'água. Em um movimento súbito, me joguei pela janela do segundo andar de minha casa, com minha camisola, e caí em cima do colo de meu amado.

– O que foi isto? Poderia ter se machucado. - Ele se mostra desesperado, conferindo toda a minha face e meus braços afim de conferir se havia algum arranhão.

– Estou bem. - Sai de cima dele.

Damon aproximou seu rosto do meu. Sabia que era errado fazer isso no quintal de minha casa, qualquer um poderia ver, mas eu estava fora de meus pensamentos sensatos.

Quando seu nariz tocou o meu, eu fechei meus olhos e à medida que ele se aproximava eu sentia meu estômago se movimentar bruscamente, como se houvesse borboletas dentro dele.
Seus lábios tocou os meus. Meu coração que bateu tão violentamente falhou uma vez para inflar logo após.
Como sempre, seus lábios macios e moviam-se contra os meus, que se moviam pelos dele também.
O ar de repente estava escasso. Então, ele libertou meus lábios. Assim que abri os olhos, lembrei-me de toda a rebeldia que eu estava fazendo, e o risco que ambos poderiam pagar por isso. Levante-me.


– Nós não podíamos ter feito isto! - Me recompus.

– Amar? Agora é proibido amar? Katherine, eu estive pensando... Vamos fugir! - Ele propõe.

Seus olhos estavam com um brilho de sonhador. Aqueles lindos olhos azuis. Não só seus olhos, mas aquela proposta era tentadora. Fugir... a única opção que eu tinha para viver esse amor proibido.

– Não posso. - Minha voz falhou. - Não deixarei o nome de minha família parar na lama. - Completei.

Fugir e deixar meus pais pagando pelos meus erros... eu não iria. Não mesmo, seria egoísmo demais.

Ele sorriu.

– Sua bondade sempre foi uma das suas maiores qualidades. E é por essas e outras razões que eu me apaixonei por ti. - Ele passou a mão em minha face.

– Damon... - Perdi as palavras.

– Tome. - Ele me entrega a carta e se afasta devagar de mim.

– Sem despedidas? - Perguntei quando ele estava partindo sem ao menos se despedir.

– Despedidas nunca foram o meu forte. - Ele olhou para mim, depois voltou a seu rumo.

Olhei para a carta e depois para o local onde eu o avistei pela última vez nesta noite, e ele não estava lá.

Escondi a carta em minha camisola, e fui até a porta dos fundos de minha casa. Não havia ninguém na cozinha, para a minha sorte. Subi as escadas cautelosamente, me certificando que não faria nenhum barulho.

Abri a porta dos meus aposentos e a tranquei. Deslizei as minhas costas pela a porta, e sentei no chão.

Desdobrei o papel amassado, e comecei a ler a carta de meu amado.

Meu amor,

Por mais que seja difícil escrever essa carta para descrever algo indescritível. Peço que perdoe meu pobre vocábulo. Não estudei na melhor escola, nem nasci em uma família nobre.

Sou apenas um pobre camponês. Tão cheio de nada, mas ,quis dar tudo para vosmecê. E por isso, dona do meu coração e ladra dos meus sonhos. Peço para que nunca se esqueça desse pobre camponês, que sempre te amará e que quer que você seja feliz, mesmo nos braços de outro alguém. Vosmecê merece tudo que eu, infelizmente não posso lhe dar.

Mas te falo uma coisa, minha donzela, ninguém nunca te amará como eu amo. Por isso, peço que seja feliz, independentemente do que aconteça.

Com amor, Damon.

As lágrimas escorreram em meu rosto. As lindas e simples palavras do Damon tocaram-me de uma forma que ninguém nunca conseguiu e tenho certeza que nunca conseguirá.

– Eu te amo. - Sussurrei colocando a carta contra meu peito com ajuda de ambas as mãos.


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