Basket Case escrita por schristinef


Capítulo 9
Boulevard Of Broken Dreams


Notas iniciais do capítulo

My shadow's the only one that walks beside me, My shallow heart's the only thing that's beating, Sometimes I wish someone out there will find me...



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“Emma on”

Estou morrendo de sono, não consigo nem agüentar meu peso. E o infeliz do Homem Rena está me fazendo de escrava. Agora estou limpando o quarto e o banheiro pela sexta vez, por que ele insiste que está vendo uma sujeirinha. Quando terminei, ele me disse para arrumar o que está no armário, mas quando eu vou pegar uma das pilhas ele aumenta o peso dela e eu caio.

– Ah, não, não, não. Uma tarefa tão simples! Você ainda não fez praticamente nada do que quero que faça e veja só, já está quase desmaiando! Mas imagino que possa me contar algumas coisas agora. – Diz me observando.

– Loki, você acha mesmo que por que você está me fazendo de escrava eu irei lhe contar algo? Ah, não, não, não. Como te disse sou mais forte que isso.

Ele se levanta da cama. Agarra meu braço e aperta meu corpo contra o seu.

– Minha donzela! – E afaga meu rosto. –Se é tão forte assim por que caiu? Vejo que apenas sua mente não é tão frágil assim. Porém, você acredita que seu corpo é também e as coisas não são bem assim.

Eu o encaro. Não sei como o responder. Pois comecei a pensar no que ele disse.

– Vejo que não tem uma resposta. – Me empurra em direção à cadeira que eu me encontrava antes. – Então podemos começar logo com os procedimentos.

– Antes de tudo... Você poderia me responder algo? – Pergunto, ele está de costas para mim.

– Talvez... Faça a pergunta e quem sabe eu lhe responda. – Ele diz ainda sem olhar para mim.

– Já que é tão poderoso como diz, por que não entra na minha mente e simplesmente tira as informações de lá?

– Pois assim não é tão divertido e eu só farei isso em ultimo caso, é claro, se você ainda se recusar. E eu já lhe falei isso, por que insiste nessa pergunta, a resposta será sempre a mesma. Mas se eu tiver que fazê-lo provavelmente você estará morrendo. E não queremos isso, não é? – Fala e dá para sentir o sorriso se formando em sua boca.

Ele finca duas estacas de metais em mim, uma em cada coxa. Liga uma ponta de um fio em uma fonte de energia elétrica e a outra em cada estaca. Ao lado dessa fonte tem um interruptor.

– Bem dessa vez será um pouco mais doloroso. Principalmente em uma das pernas. – Diz olhando para meu ferimento. – Então cada vez que eu perguntar algo e você não responder uma descarga elétrica será enviada até você, assim que eu aperte o interruptor. Vamos começar com a diversão?

––––––––––––––––––––––––––––––––

Duas semanas após a última tortura...

“Stark on”

– Senhor, eu concluí as pesquisas. – Anuncia J.A.R.V.I.S.

– Ótimo! – Digo meio sonolento, pelo jeito cochilei, ou dormi a noite inteira. – E então?

– Bem, o senhor me deu detalhes importantes, mas ainda se igualam a certas casas.

– Ok, onde elas ficam? Checo todas se precisar!

– Posso só fazer um comentário, senhor?

– Sim! Mas depressa! – Digo, a ansiedade toma conta na minha voz.

Meu Deus, eu preciso sair! Preciso encontrá-la!

– Só quero lhe dizer que, as casas possíveis são todas vizinhas, a mais longe está a dois quilômetros de distancia da sua.

– Hum, interessante. O mais intrigante é... Por que ele faria isso? – Digo, mais para mim do que para alguém em especial.

Alguém bate na porta.

– Bom... Não quero interromper, mas... Bem, você está no laboratório e eu quero fazer algumas pesquisas. Tentar encontrar o Loki. – Diz Banner.

– Humm, então, eu acho que o encontrei. Não exatamente, mas é só procurar bem.

– E como fez isso? – Pergunta.

– Loki perturbou meu sono e acabou me mostrando um dos quartos da casa...

– E você mandou o J.A.R.V.I.S. procurar! Fantástico.

– É.

O resto dos Avengers entra.

– O que foi? – Pergunto.

Eles me olham como se tivessem visto um fantasma.

– Hum... é que... Nós achamos que você deveria ir até a sala. – Fala Rogers.

Parece-me que eles vão vomitar. O que aconteceu?

Chegamos a sala. E encontro a ilustre figura do Homem Rena e mais uma coisa... Minha filha. Meu Deus, ela parece um monte de panos e bolas de cabelo. A sua aparência é horrível!

– Bom dia Stark! Viemos fazer uma visitinha, já que acabamos de nos divertir. Vamos querida, diga olá ao seu pai!

Ela geme, acho que ela está sedada. Ou melhor, está passando o efeito do sedativo. Ela grita, a cena só piora a dor que sinto.

– Vejo que isso está te fazendo mal, Stark. Então, vamos logo ao ponto. – Ele fala mais alto, para que possamos entender, pois os gritos pioram. – Você terá uma chance de conversar com ela, mas terá que dizer a ela que coopere. Por que caso eu a leve para casa e isso não aconteça eu irei matá-la. Sem nenhum dó. Ela é uma adorável companhia, mas está me irritando.

– Por que agora? Você não tem um plano? Você não é um mestre dos magos e tal? – Falo.

– Ah Stark, eu tenho quase tudo que preciso, mas o que eu preciso desesperadamente ela ainda não quer me dar. E se eu tentar pegar entrando na mente dela eu a mato. E não quero isso agora. Estou esperando para o grand finale.

O infeliz não tira o maldito sorriso do rosto. Mas o dia que eu destruir ele, aí sim, o filho da puta vai ver.

– Bem... Minha donzela, agora você vai fica com o seu papaizinho, ok? – Ele se ajoelhou em frente a ela e enquanto falava afagava o seu rosto. Mas o pior foi ver que ela concordava com a cabeça, e ver o medo e a dor que ela tinha, mas acho que ele não vê isso ainda. Pois está com a cara, agora, carrancuda. – Eu volto depois de amanhã. É melhor que vocês a convençam, caso contrário eu a matarei antes do previsto.

Ele a empurra, ela cai no chão. Não me movo, pois vejo o Capitão correndo para pegá-la.

– Calma, calma. Tudo vai ficar bem agora. Não chore mais. – Diz ele tentando conter suas lágrimas.

Vou até o sofá onde eles estão. Pego ela do colo dele. Sua aparência é assustadora, pelo jeito não come há dias e olho para suas pernas, pois quando estava a segurando senti algo áspero, estão totalmente machucadas, queimadas, enfim. Ela está sangrando. Não agüento mais vê-la nessa situação, levo-a para o hospital improvisado aqui da torre.

Algumas horas depois...

–Tudo bem meu amor? – Pergunto.

Ela acabou de acordar. A levamos para o seu quarto. Acabei de entrar lá, o melhor é ver que ela consegue se mover sem sentir muita dor. Se eu descobrir tudo que ele fez com ela... Bem não importa vou matá-lo mesmo sem saber.

– Pai? Pai? Você está me ouvindo? Paaaai? –Ela diz sorrindo. Meu Deus que saudade!

–Me desculpa... Eu estava concentrado em umas coisas. E então? – Forço um sorriso.

Ela ri. Mas sua aparência ainda me assusta um pouco.

– Tá pai eu sei que estou horrível. E eu estou... hum... melhor.

– E então o que vamos fazer?

– Não sei pai. Mas ainda temos o outro dia para pensar. Por que não senta aqui do meu lado?

– Nem pensar, você está muuuito feia. E Tony Stark não pode ser visto com alguém assim!

Ela ri. E eu vou até lá.

– Bem, Senhor Stark, não sei se você sabe, mas o primeiro sinal de loucura é falar em terceira pessoa. – Ela diz – E sabe... Eu sempre achei que você era meio louco.

– Meio? Acho que sou completamente louco.

Nós rimos.

– Um louco não admitiria isso.

– Sou um louco especial. – Digo dando um sorrisinho malicioso.

Ela ri. Sinto que meu corpo vai desabar a qualquer hora de tanta preocupação que sinto. Não agüentarei vê-la sendo levada pelo Loki novamente.

– Não se preocupe pai. Daremos um jeito nisso tudo. E como foi viver sem minha ilustre presença?

– Foi maravilhoso, sabe nem senti falta. – Digo com sarcasmo.

– Que bom. – Diz rindo. – E ele fez algo com vocês?

– Nos mostrou umas imagens do que poderá fazer com você.

– Mas ele mostrou para todos vocês?

– Sim. Ele provavelmente te usará como esposa. Ou escrava, em todos os sentidos possíveis de se imaginar.

Estremeço com a idéia.

– Humm.

– Sempre colocada aos pés dele. Nas imagens, quero dizer.

– Bem... Ele meio que já está fazendo isso.

– Eu imagino. O que quer fazer?

– Só conversar.

– Imagino que esteja revidando ele com comentários que o irritem e muito, não?

– Na verdade não. – Diz receosa.

– Então está sendo submissa às baixarias que ele faz com você? – Digo já me exaltando.

– Pai...

– Não! Não acredito! Uma filha minha sendo serva dos outros? Isso é inadmissível! – Estou gritando.

Ela começa a chorar. Eu bufo. Minha frustração é tanta que já não sei mais o que fazer. Nem sei se posso fazer algo.

– Não. Não chore. Eu não queria fazê-la chorar.

Eu a abraço.

– Não sei mais como fazer isso. Estou tentando, mas eu só sinto vontade de chorar. O pior é quando ele me vê assim. Não agüento mais. Sou fraca, só queria que tudo acabasse logo. Mesmo que eu morresse.

– Não fale uma coisa dessas! Eu morreria se isso acontecesse com você!

A dor em meu coração, a angústia que senti, volta.

– Não morreria não.

– Claro que sim.

– Não Stark! Você tem um filho que também precisa de você! Me diga, quantas vezes, nesse período que eu estive com o Homem Rena, você falou com o Chase, ou abraçou ele? Você sabia que ele sente falta disso?

– Ok, ok. Eu sei que não dou a devida atenção a ele. Nem à Pepper. Mas é que eu... acho que me sinto culpado por só saber de você agora.

– E como você saberia antes? Eu não ligo para isso e você também não deveria se importar.

– É eu acho que sim. E você não é fraca. Senão, teria dito o que ele tanto quer.

– É talvez.

– Talvez não, com certeza.

No outro dia...

– Então o que faremos? – Diz Rogers sem desviar o olhar da minha filha. O que ele pensa que está fazendo?

– Não podemos arriscar. – Diz Banner. – Loki é uma pessoa perigosa e muito imprevisível.

– Realmente, ainda não sei o que se passa na cabeça do meu irmão. – Diz Thor, ele está abraçado com minha filha. Eles acabaram se aproximando bastante, mesmo que em algumas horas.

– Acho melhor você inventar algo. – Digo e ela me encara como se tivesse visto um fantasma.

“Emma on”

– Realmente, ainda não sei o que se passa na cabeça do meu irmão. – Diz Thor, ele está abraçado comigo a algumas horas. É engraçado como nos aproximamos tão rápido.

Dou uma olhada em volta da sala, pois vi um vulto passar. Meu olhar se fixa atrás de meu pai. Uma figura começa a se formar, mas a primeira coisa que vejo são os olhos verdes daquele maldito.

– Acho melhor você inventar algo. – Ele, meu pai, nota meu olhar de espanto. Apesar de que deveria ser de ódio.

Ele se vira, olha para mim confuso e olha em volta novamente.

– O que foi? – Ele pergunta.

– Hum... – Loki apenas me encara, mostrando a adaga nas costas do meu pai. – Nada, pensei ter visto algo.

– Ok. – Diz ele ainda meio desconfiado.

– Hum... Eu acho melhor não... Aff eu não sei... – Meu corpo amolece, não sinto mais ele. Porém como estou abraçada com o Thor, ele me segura.

– O que foi? – Ele me pergunta. E da uma olhada em volta. Pelo jeito viu algo. – Irmão! Pare! A menina não tem nada a ver com isso.

O silencio toma conta da sala. Até que ouvimos a risada dele, que continua por algum tempo.


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Notas finais do capítulo

E então?



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