Basket Case escrita por schristinef


Capítulo 19
Stay The Night


Notas iniciais do capítulo

I gotta know if you're the one that got away, Even though it was ever meant to be, Say you'll stay the night, 'Cause we're running out of time, So stay the night, I don't wanna say goodbye...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/437423/chapter/19

Mil anos depois...

Os últimos dias não têm sido dos melhores. Loki está tendo alguns sinais de fraqueza, o que indica que sua morte pode estar perto. Ele se sente ótimo, lamentavelmente toda noite eu choro pelo medo de perdê-lo.

Ele já deu a posse do trono para Thomas, pois ele desejava estar vivo para vê-lo governar. Mesmo que ele não possa ver por muito tempo. E eu passo todo meu tempo com ele. Ele há vários anos atrás me disse que eu não envelheceria. E é estranho vê-lo velho e eu do mesmo jeito. Mas ele nunca me explicou o porquê, já que pela lógica eu morreria quando ele morresse.

– Minha donzela... Que pena que eu não viva por muito mais tempo. Eu adoro ficar lhe admirando.

– Não diga uma coisa dessas. Até parece uma despedida, o que nós sabemos que não será o caso.

– Você tem que se acostumar com essa idéia. Mas saiba que eu te amo e muito mais do que você pode imaginar.

– Na verdade eu tenho uma idéia sim.

Ele ri. Mas geme com uma dor que sente no peito.

– Tudo bem?

– É claro meu amor. Eu preciso lhe contar uma coisa.

– Fale...

– Eles estão vivos...

– Eles quem?

– Os heróis. Mas estão congelados, como uma vez Rogers esteve. E é por isso que você não envelheceu, Rogers ainda está vivo e com a aparência jovem.

– Tudo bem. Já não penso em procurá-los há muito tempo.

– Mas quando eu morrer quero que você vá procurá-los. Ou melhor, fale para nosso filho levar você até eles.

– Como desejar meu amor. Posso lhe fazer uma pergunta?

– Não sei por que ainda me pergunta, mas... É claro.

– Por que não os matou?

– Por você, eu acho.

– Que amor. Muito obrigada... Por fazer isso. E por me ensinar os feitiços.

– Você tem um grande dom, você nasceu para isso. Ser uma grande feiticeira. Que bom que eu pude lhe ensinar.

– Obrigada. Mas você está me assustando Loki. Até parece que vai morrer hoje.

– É claro...

Ele me beija e eu correspondo seu beijo. Ficamos assim por algum tempo.

– Bem, vou dormir um pouco. Me acorde para o almoço, tudo bem?

– Claro meu amor.

Quando chega à hora tento acordar Loki. Entro em pânico, pois ele não responde o meu chamado. Grito para que alguém me ouça. Meu filho entra no quarto.

– O que foi mãe?

– Seu pai... Chame as curandeiras! Agora!

Ele sai correndo e em questão de minutos elas chegam. A notícia é, infelizmente, a que eu mais desejava não ouvir. Ele morreu e sabia que hoje era o dia. Mais uma vez perco alguém que amo, e mesmo com a ótima noticia sobre os heróis, sinto como se meu mundo tivesse acabado. Mais uma vez.

O funeral é feito a noite. Não consigo conter o choro desde que falaram que ele morreu. Quando termina meu choro também acaba o funeral. Agora são só lembranças.

– Quer que eu durma com você mãe? Durmo em um dos sofás do seu quarto.

– Não meu amor. Se fosse para dormir comigo seria na cama, como quando você era pequeno.

– E com você me contando as histórias daqui de Asgard e também as de Midgard.

– Sim, tenho saudades daqueles tempos.

Contenho outras lágrimas que se formam.

– Mamãe, não precisa conter o choro. Chore!

– Não. Eu não quero.

Parece que cada vez que eu começo a amar alguém o universo dá um jeito de tirá-la de mim. Basta com essa choradeira. Por isso não sei se quero voltar a Terra.

– Mãe... Vamos te levo para o quarto.

Thomas e eu entramos em meus aposentos. Ele fecha a porta. Ficamos em silencio por algum tempo.

– Você vai realizar o ultimo desejo de meu pai ou não? Sei o que está pensando.

– Eu vou realizá-lo. Mas tenho muito receio se devo fazê-lo.

– Então... Vamos quando a Midgard?

– Logo.

– Por que não amanhã?

– Eu preciso de um tempo.

– Tudo bem. E vou passar a noite aqui com a senhora.

– Ótimo.

Sento na cama e ele deita no meu colo.

– Sabe o que é engraçado e que seu pai me falava sempre?

– O que?

– Que ao mesmo tempo em que você se parece com ele fisicamente, você também se parece com seu tio Thor, também fisicamente.

– E eles não eram irmão de sangue, não é?

– Isso.

– Que estranho. Mamãe...

– Sim?

– Me conte de novo as histórias de Midgard, faz tanto tempo que não as ouço. Como são chamadas mesmo?

– Contos de fadas.

– Isso... A senhora conta novamente?

– Claro meu amor...

Passo o resto da noite lhe contando histórias da Terra e até sobre os super-heróis que existiram lá. Contei-lhe fatos históricos e também os contos de fadas. Era engraçado ver as reações que meu filho tinha.

– Você vai amanhã não é? – Ele me pergunta.

– Vou sim.

– Ok.

Ele senta na cama e faz com que eu me deite nela.

– É bom a senhora dormir. Eu vou ficar mais um pouco acordado.

– Não fique muito tempo. Boa noite meu filho.

– Boa noite mamãe.

Durmo tão rápido que se pudesse me impressionar com certeza eu estaria.

No outro dia...

– Está pronta mãe?

– Sempre.

Chegamos a Terra. Ela está muito diferente, mas o melhor é saber que não é mais controlada por Asgard. Eles retomaram alguns procedimentos antigos, mas posso dizer que só mudou em aparência mesmo. O que faz com que eu me sinta em casa novamente. Estar aqui me alivia. Asgard é um lugar maravilhoso, mas não é o lugar onde eu nasci.

Meu filho me disse que os heróis foram descongelados há dois anos e que não sabem que eu estou viva. Eles foram informados dos acontecimentos e de quanto tempo se passou. Mas ainda não se acostumaram com todas as mudanças. Eles vivem meio contrariados, mas vivem bem.

A torre Stark foi mantida e meu pai ainda é uma pessoa brilhante, mesmo fora do seu tempo. Banner também. A terra envelheceu e ainda sim continua a mesma.

– Bem, os avisei que eu viria fazer uma visita e dar-lhes algumas explicações. Vamos entrando? – Meu filho diz.

– Claro.

Subimos até o último andar. O que me faz sorrir. É tão bom reviver esses momentos aqui. E é melhor saber que vou vê-los novamente. Eles estão todos na sala, rindo. Eu quase choro e tanta felicidade, mas qual será a reação deles ao me verem?

– Olá Avengers! – Diz meu filho.

Todos se viram e se aproximam rindo para cumprimentá-lo. Até então eles não me notaram.

– E aí grandão? Como está Asgard? E o doido do Loki? – Pergunta meu pai.

– Bem, Asgard vai bem como sempre. Já meu pai... Bem, não posso dizer o mesmo.

– O que aconteceu ao meu irmão Thomas? – Pergunta Thor preocupado.

– Bom... Meu pai... Faleceu.

O silencio se instala por alguns instantes.

– Sentimos muito. – Eles dizem em uníssono.

– Muito obrigado.

– E então, quais são as explicações que você quer nos dar? – Diz Steve sorrindo.

Meu coração bate mais rápido, tão rápido que parece querer sair pela minha boca. Meu estomago revira. Que bom que ainda não me viram.

– Bem... Como já sabem meu pai fez vocês caírem no local mais gelado que ele pode encontrar...

– Isso. – Eles dizem novamente em uníssono.

– E como... Bem, Emma não os encontrou ele teve que partir com ele.

– E? – Eles perguntam juntos.

– Então... Antes de continuar com as explicações... Vocês sempre quiseram conhecer minha mãe, não é?

– Isso. Ela veio? – Diz Barton.

– Sim.

Thomas sai da minha frente, até agora eu só pude ouvir e ver de relance eles, mas quando os vi realmente todos estavam pálidos.

– Oi... – Digo, segurando o choro. É claro.

– Emma... O que... – Meu pai diz. Ele para com o que ia dizer e me abraça. – Meu Deus que saudade do seu abraço. Filha... Que bom te ver!

Nós dois estávamos chorando.

– Achei que por Loki estar morto você também estaria... Espera...

– Você disse que ela é sua mãe? – Pergunta Steve.

– Sim minha mãe e Loki meu pai. Vocês deviam esperar isso.

– Hum. – Steve murmura. E fica me olhando.

– O que importa? Ela está viva! – Meu pai diz. Me abraça mais forte, me levanta do chão e me gira.

Nós começamos a rir. Ele me solta e os outro vem me abraçar, menos o Capitão. Thomas e os outros heróis vão até a sala para conversarem. Eu vou até o Capitão, que não tinha saído do lugar.

– Eu... – Começo, mas não faço a mínima idéia de como continuar.

Ele caminha até mim e para mais longe do que eu desejo.

– Eu morri de saudades de você meu amor... – Ele diz.

Eu abro o maior sorriso que posso e diminuo o espaço entre nós com um abraço, assim esse espaço deixa de existir. Ficamos assim por muito tempo, mas o tempo não parecia passar.

– Mãe?

– Sim? – Digo ainda abraçada com Steve.

– Precisamos resolver só uma coisinha, tudo bem?

– Claro.

O que será que é? Não sei o que esperar...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem aí...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Basket Case" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.