Storybrooke Goes To Hogwarts escrita por Paula Greene


Capítulo 5
Eu Tentei Jack, Eu Tentei Gin.


Notas iniciais do capítulo

Drink You Away - Justin Timberlake.
Leiam esse cap escutando essa musica porque eu não consigo parar de escutar. Na verdade eu to num vicio filho da mãe por todas as musicas do 'The 20/20 Experience'
Mas isso é irrelevante, esse cap ta meio grandinho, espero que não esteja enjoativo, tenho uma paixão incondicional pela Ruby e então vou deixar ela entrar mais um pouco na fic. Eu ainda não escrevi a continuação então não fiquem bravos por eu ter parado logo lá naquela parte rsrsrsrs'
Minha cabeça ta meio bugada essa semana :T
Mas, enfim, aproveitem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/437414/chapter/5

– Lumus!

Ruby e Emma subiam as escuras escadarias em direção a torre de Astronomia quase correndo, Ruby ia à frente mal se agüentando de ansiedade, ela precisava diminuir a velocidade sempre que ia falar.

– Porque o Bae não quis vir?

Emma tentava recuperar o fôlego.

– Ele esta obcecado com aquela história com o Killian, acha que foi culpa dele e também porque era pra ser uma ‘noite de garotas’.

Ruby não olhou pra trás, mas podia imaginar a cara mal humorada que Emma fez.

– Porque ele acha que foi culpa dele? Era pra ser uma ‘noite de garotas’, mas deixou de ser quando a Aurora chamou o Philip. Ainda não sei por que ela fez isso.

Emma já estava cansada e ofegante.

– Porque ela não queria segurar vela. Agora somente eu farei isso.

Ruby lançou um olhar a Emma que a fez parar no lugar.

– Isso... Não... Emma Swan!.. Isso...

Ruby bateu o pé, mas não achou o que falar.

– Acho que você devia falar pra ela Ruby, eu falaria, sabe se eu tivesse alguém com quem me importasse tanto assim eu não guardaria pra mim.

Emma nem se lembrava de quantas vezes tiveram essa conversa, mas Ruby nunca escutava.

– Você não entende, eu a amo Emma e eu não posso arriscar perdê-la, então se eu puder ter ela por perto, mesmo que seja assim, então eu acho que é melhor do que não tê-la de nenhuma forma.

Ruby tinha um olhar tão triste que fazia Emma querer abraçá-la.

– Mas você nunca vai saber se não...

Emma tentou insistir, mas Ruby a interrompeu.

– Emma eu sou um lobo, na lua cheia eu me transformo em uma fera e ela é provavelmente a mulher mais doce e bonita que já passou pelos meus olhos. Não tem como isso dar certo.

Ruby recomeçou a andar e Emma seguiu em silêncio, ela já sabia onde ia dar se ela não se calasse, já tinha estado naquilo antes.

Ao chegarem ao topo, Belle e Aurora já estavam lá conversando e com uma garrafa de vinho com elas, Emma tinha levado cerveja amanteigada, não gostava de vinho, achava que quanto mais forte a bebida, melhor. Belle deu um pulo quando as meninas apareceram, passou por Emma como se ela nem estivesse ali, deu um longo e apertado abraço em Ruby. Emma duvidava que Belle a achava uma fera.

Não demorou muito até Philip chegar trazendo uma garrafa de Firewhisky que fez os olhos de Emma brilhar, ela era de longe, a que mais gostava de beber ali. Ele deu um beijo demorado em Aurora e Emma logo se apossou das bebidas. Emma não sabia muito sobre Philip, sabia que ele era amigo de Bae e Mulan com quem Emma tinha uma longa história, que estava no time de quadribol da Lufa-Lufa, mas que não era muito bom, o time na verdade era quase todo carregado por Mulan, que era uma ótima jogadora.

Os dois estavam tão grudados que Emma achou que nem mesmo com a maldição imperius conseguiria desgrudá-los. Belle estava encostada na parede com as pernas no colo de Ruby. ‘Dois casais lindo’ pensou Emma, ‘parece que somos só eu e você hoje’ apertou a garrafa e bebeu um grande gole.

#

Já havia passado mais de uma hora quando Emma decidiu que já tinha suportado demais, os quatro provavelmente nem notariam se ela saísse, nem notariam que ela tinha bebido quase tudo, exceto o vinho, mas ela não desistira dele, ela era Emma Swan, mas ficar ali vendo aquelas cenas de comédia romântica estava fazendo seu cérebro derreter. Agarrou a garrafa e saiu.

Emma vagava pela escola como já fizera centenas de vezes se escondendo de fantasmas e monitores, ela conhecia cada curva, cada entrada, cada escada traiçoeira, cada atalho do castelo. Andou por alguns minutos procurando um bom lugar pra ir com a garrafa escondida no casaco e ainda perdeu um tempo fugindo de Pirraça, o poltergeist. Já estava quase desistindo e indo pra cama dormir quando teve uma idéia brilhante, pelo menos naquela hora parecia brilhante. Desceu alguns lances de escada, passando pelos corredores desertos até chegar a uma enorme porta de madeira, Emma já havia estado na enfermaria antes devido ao quadribol ela tinha se machucado algumas vezes (muitas), mas nunca estivera tão nervosa por estar ali. Certamente era a bebida ou o medo de ser pega, pois não havia outro motivo pra estar tão nervosa, colocou a mão na maçaneta e ela estava branca mais branca que o normal, devia estar horrível, pensou e automaticamente passou a mão pelos cabelos dourados e ajeitou o casaco, Emma nunca se preocupava com a aparência, o máximo que encontraria ali dentro seria Killian, Regina ou Jefferson, não entendia o próprio comportamento.

Abriu a porta com cautela e logo foi entrando fechando a porta atrás de si, a enfermaria estava praticamente deserta. Um aluno do sétimo ano que havia entendido mal um dos produtos Weasley e tinha perdido um pedaço do dedo estava ali para recuperá-lo e roncava em alto e bom som. A única outra cama ocupada era a de Killian que estava acompanhado de uma figura que Emma reconheceu como sendo de Regina Mills, a morena estava debruçada sobre a cama e provavelmente tinha pegado no sono também, madame Pomfrey não estava em nenhum lugar visível e Emma não resistiu ao impulso de se aproximar. Seus passos faziam eco na imensa sala silenciosa e escura, ao se aproximar pode ver que Killian não estava nada bem, sua pele tinha um tom de verde e os lençóis estavam ensopados de suor, Regina estava sentada em uma cadeira com o rosto repousado sobre os braços em cima da cama, dormindo ela chegava a parecer serena, Emma teve vontade de lhe tocar pra saber se era de verdade, mas resistiu a esse impulso com muita dificuldade e deu meia volta com intenção de ir embora, mas uma voz chamando seu nome à fez congelar no lugar.

– Emma?

A loira estremeceu ao ouvir a voz sonolenta de Regina chamando seu primeiro nome pela primeira vez, ela se virou de uma vez pedindo que seu nervosismo não aparecesse. Regina se levantou rapidamente ajeitando os cabelos pretos de uma forma realmente elegante, esfregou os olhos como se voltasse de um transe e recuperou a postura arrogante.

– O que faz aqui Swan?

– Vim ver como vocês estavam... Quer dizer... Como ele estava, como ele esta... Jones, como o Jones esta.

Se atrapalhou nas palavras e se xingou mentalmente pela sua lerdeza. Fechou os olhos, respirou fundo e encarou a outra que parecia querer rir. Emma naquele momento desejava ser igual Regina, poder mudar o humor quando quisesse.

– Como ele esta?

– Dormindo. - Emma a olhou como quem dizia ‘é eu estou vendo isso’

– Isso é uma grande coisa Swan. Ele tem passado as noites em claro, foi preciso poções fortes pra ajudá-lo a dormir. - Regina voltou pra cadeira onde estava sentada antes, Emma reparou que ela parecia muito cansada e mesmo assim estava linda. – Tem certeza de que não foi o seu namorado que te mandou aqui bisbilhotar?

Emma estava de frente pra ela do outro lado da cama.

– O que você tem contra o Bae? Que eu saiba, ele nunca fez nada pra você, mas parece que você tem um espaço especial pra ele no seu ódio.

Emma observava a morena que tinha os olhos perdidos nas grandes janelas da enfermaria, a pouca luz que entrava a fazia ficar ainda mais linda, seus lábios vermelhos, seus cabelos negros, sua postura de rainha, suas sobrancelhas que se juntaram em uma expressão de impaciência ao ouvir Emma defendendo Bae.

– Só não entendo porque você está com um cara que não tem química nenhuma com você. Ele é um covarde, filinho de papai e fica parecendo uma criança assustada perto de você.

Regina articulava com as mãos enquanto falava, Emma se quer conseguia prestar atenção ao que ela dizia com aquela boca perfeita, aquela cicatriz que desviava toda a atenção da loira. Suspirou profundamente sentindo a garrafa fazer volume na frente do seu casaco.

– Ele não é meu namorado, somos amigos.

Regina deu risada, e olhou pra loira no momento em que ela tentava arrumar a garrafa pra que não caísse.

– O que esta fazendo?

– Não, sério, nós não namoramos, ele é como um irmão pra mim.

Emma era tão distraída que não percebeu que Regina a observava.

– O que é isso?

– Isso o que, Regina?

Quando Emma se deu conta da situação em que tinha se metido já era tarde, Regina já estava de pé a encarando.

– Nada!

Emma se encolheu e Regina achou aquela cena extremamente engraçada. A loira a olhava com cara de culpa, cara de quem estava aprontando, adorável.

– Nada?

– Nada!

– Você esta escondendo alguma coisa ai.

Regina deu a volta na cama, caminhando em direção a Emma que recuou batendo na cama ao lado que estava vazia.

Emma olhou em volta não tinha escapatória.

– Regina... Não me obrigue a usar magia em você.

Mas a ameaça de Emma não surgiu efeito na morena que continuava a se aproximar até estar bem de frente da loira, quase encostando seus corpos. Ela tinha aquela expressão de ‘eu posso ler sua mente, sei que você me quer’.

Emma a queria.

Mas ela não poda ler mentes.

– Não vou deixar você sair até me mostrar o que esta aprontando.

Regina sussurrou com a voz ainda sonolenta e as pernas de Emma fraquejaram. Queria desviar os olhos do olhar da morena, mas o mais longe que conseguia ir era até a sua boca e isso não ajudava em nada, Emma desejou beijar aqueles lábios vermelhos e no mesmo instante se repreendeu e empurrou Regina de perto dela antes que fizesse algo idiota.

– Ok, certo, mas você tem que jurar que não vai me entregar...

A morena balançou a mão de forma esnobe.

Emma insistiu - Jure!

– Eu juro Swan... Tanto faz.

– Jure pelo Estige.

Regina cerrou os olhos e direção a loira que tinha um sorriso divertido.

Percy Jackson, Swan? Sério? – Regina segurou um riso.

– Você reconheceu, então também é culpada.

Emma, na verdade estava tentando desviar a atenção da morena, mas ela era da Sonserina não desistiria assim e muito menos seria enganada facilmente.

Ela relaxou os ombros admitindo a derrota e então tirou a garrafa de vinho do casaco, como se Regina já não soubesse o que era.

– Eu estava caçando um lugar... Pra você sabe... Encher a cara...

Regina mordeu o lábio, pensativa, olhou mais uma vez pro rosto adormecido de Killian e por um instante Emma pode ver a sombra de um sorriso.

– Eu sei de um lugar.

Antes que Emma pudesse formular uma pergunta ou ao menos pensar em alguma coisa Regina já a havia puxado pela mão e a arrastado para fora do salão.

– Mas e Killian?

– Madame Pomfrey da conta dele por alguns minutos, Swan.

Elas saíram da enfermaria, Emma ainda sendo puxada por Regina e começaram a seguir para os andares mais baixos de Hogwarts, Emma segurava firme a garrafa contra o peito. O ar ficava mais frio e as paredes mais grossas conforme desciam. Elas corriam ofegantes sem parar nem mesmo quando o Barão Sangrento que dava arrepios em Emma passou por elas apressado. A loira se sentia tão esquisita quanto uma pessoa poderia se sentir, correndo pelos corredores do castelo de madrugada rumo às masmorras de mãos dadas com Regina.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu sei que a quantidade de 'porque's' é infinita. Tem mais 'porque' do que estrela. Só sei usar um tipo. Beijos.
Eu sei que a maioria do Swan Queen shiper's não gostam do Neal, mas aqui ele é Bae, o doce e inocente Baelfire. Eu gosto dele :T
Muitoooooo obrigadaaaaa pelos reviews, vocês são tão atenciosos, tão fofos. Vocês me inspiram tanto quanto a Mina inspira a Lucy hehe' (Alguém shipa Lumina ai?) Sério, vocês são foda.