Storybrooke Goes To Hogwarts escrita por Paula Greene


Capítulo 20
Gomenasai - Epílogo.


Notas iniciais do capítulo

Oi.

Capitulo inspirado nessa musica:

O que eu achei que não era meu, era um tipo único de pérola preciosa.
O que eu pensei que não era tudo tão inocente.
Era uma boneca delicada de porcelana.
O que eu pensei que não era real, uma miragem era tão real quanto parecia, um privilégio. (Gomenasai - t.A.T.u)



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Emma vinha caminhando pelo corredor acompanhada de Ruby e Belle e Regina não conseguiu segurar um sorriso quando viu que a loira não usava gravata. É claro que ela devia ter outra, todos tinham mais de uma gravata, mas provavelmente ela estava sem de propósito somente para provocar a Sonserina. Na noite anterior depois de fazerem amor elas haviam conversado bastante sobre como deveriam agir já que Regina achava melhor que não assumissem o relacionamento e entraram em um acordo que era bom pras duas. Quando se vissem pelos corredores não brigariam ou distribuiriam insultos como antigamente, elas simplesmente tentariam ignorar a presença uma da outra, o que é claro seria impossível já que toda vez que via Regina Emma tinha vontade de tomá-la em seus braços e mordê-la. Elas passaram lado a lado no corredor, Regina abaixou a cabeça escondendo o sorriso, mas Emma fez questão de encostar nela enquanto passava. Só o fato de sentir o calor do corpo da outra já faria de todo o seu dia um bom dia.

– Quando poderemos contar? – Emma perguntou enquanto vestia as suas roupas. – Ou será que vamos esconder isso pra sempre?

Regina sorriu.

– Vamos ver Emma, talvez quando nos formarmos... Ou quando formos independentes... Não sei.

– Você sabe que ainda faltam dois anos não é? – Emma ergueu uma sobrancelha, o que Regina achava muito fofo.

Ela caminhou até Emma ainda não tinha vestido a camisa.

– E você acha ruim vir me encontrar aqui todos os dias pelos próximos dois anos? – Disse com a voz rouca no ouvido de Emma.

– Eu acho que posso suportar... Rainha.

Regina gargalhou com o apelido, o riso dela enchia a sala e contagiava Emma, era o som mais lindo que ela já ouvira...

***

Algumas semanas atrás...

Belle segurava a mão de Ruby quando o professor Longbottom a fez beber o antídoto para o veneno do Sonho Sombrio. Ela estava inconsciente e respirava com dificuldade, a ferida que se abria na sua face esquerda já havia sido completamente curada por ele e por madame Pomfrey, só o que restava era uma linha fina e pouco visível.

– Isso também vai desaparecer. – O professor disse enquanto recolhia o seu material. – Ela acordará em breve e estará meio confusa, o ferimento dela foi um pouco mais grave que o de Killian então pode ser que ela demore um pouco mais a se recuperar.

– Obrigada professor. – Belle sussurrou, ainda usava as mesmas roupas do dia anterior e não tinha se alimentado, tinha medo de sair do lado de Ruby e algo ruim acontecer.

– Você devia descansar criança, também passou por muita coisa. – Ele falou.

Killian estava a algumas camas de distancia e dormia, tinha o lugar onde costumava estar sua mão envolta em uma faixa, mas parecia bem. Tinker Bell estava deitada na cama ao lado da dele, ela não conseguia dormir e por isso toda hora se levantava e ficava velando o sono de Killian, talvez por não ter nada melhor pra fazer. Regina e Emma estavam mais distantes dela e conversavam em sussurros, mais cedo os pais de Emma a tinham vindo visitar e fizeram acusações sem nenhum fundamento contra Regina e a orientarão a ficar longe de Emma. O que obviamente ela não estava fazendo. Seu pai também tinha vindo e ficara pouco tempo, mas fora tempo suficiente para fazer Belle se questionar de porque aquele homem bondoso e carinhoso teria sido casado com uma mulher feito Cora. Killian tinha planos de passar uma semana em casa, o ministério estava pressionando a avó de Ruby sobre o fato de ela ser um lobisomem e por isso ela não conseguiu vir e Belle preferiu não incomodar os pais, pois eles moravam muito longe e seria apenas um incomodo se viesse, afinal, ela estava bem.

– Eu vou ficar até ela acordar, obrigada. – Ruby se mexeu na cama e apertou mais a mão de Belle, mas não acordou.

– Certo. Então até logo, peça a alguém que me dê noticias, ok? – Ele disse se despedindo, era um bom homem, o Longbottom, mas não sabia muito bem como lidar com adolescentes, nunca soube.

Algumas horas depois Ruby começou a acordar, ainda estava muito fraca, mais ao ver Belle um sorriso se abriu em seus lábios. Ela tentou se sentar, mas não conseguiu.

– Fique deitada Ruby. – Belle se sentou na berada da cama e Ruby deu espaço pra ela. Primeiro achou que não seria apropriado, mas não resistiu e se deitou ao lado da morena. – Não vai se acostumar.

Ruby riu sem forças e voltou a fechar os olhos. Sussurrou alguma coisa inaudível e apertou os braços em volta de Belle. Ela sempre parecera tão forte, tão feroz, mas não passava de uma peça delicada, uma coisa quebrável. Belle se permitiu ficar ali por um tempo, pois ali dentro daqueles braços ela sentia que eram invencíveis mesmo que ah algumas horas atrás tenha descoberto que não eram.

– Eu te amo lobinha. – Sussurrou sabendo que a outra não podia ouvi-la, mas isso não importava, pois tinha intenção de dizer isso a ela todos os dias.

***

Emma olhou através de Regina e viu que Ruby começava a acordar, mas achou melhor não ir falar com ela Belle estava lá e não queria interromper nenhum momento.

Sentia dores no braço, pois tinha sido arremessada por cima dele por aquele moleque, mas isso não era nada comparado ao que sentia por dentro. Primeiro tinha sido enganada facilmente por Bae e feita refém, depois não fora rápida o suficiente para bloquear um feitiço simples e deixara Regina sozinha para combater um bruxo poderoso. Sentia-se tão inútil quando pensava no assunto mesmo tendo Regina dizendo o tempo todo que ela não tinha como prever aquilo. Mas o que mais a estava atormentando era a visita que seus pais lhe fizeram aquele dia mais cedo. Ela ainda dormia quando eles chegaram, sua mãe gritava coisas com a diretora Mcgonagall a chamando de irresponsável em proteger seus alunos e que tiraria Emma imediatamente daquela escola. Depois culpou Regina pelo que tinha acontecido, dizendo que aquela família estava sempre disposta a fazer o que fosse para machucar os Charming, Emma ficou furiosa, mas de nada adiantou. Bateu o pé dizendo que não deixaria Hogwarts e seu pai ficou do seu lado como previsto, David era louco pela garota e sempre fazia suas vontades.

Quando finalmente foram embora Emma quis se desculpar com Regina imediatamente, mas o pai dela já havia chegado. Era um homem um pouco baixinho e meio careca, tinha um sorriso gentil e ficava a todo tempo perguntando se Regina estava bem, se precisava de alguma coisa. Disse que ficaria com ela até que alguém do ministério chegasse, mas ela o dispensou dizendo que precisava descansar, ele só se convenceu e foi embora quando ela concordou que ele não deixaria o castelo e que acompanharia ela enquanto isso ainda durasse. Ele sabia que o ministério não deixaria aquela história morrer e que aquilo estava longe de terminar.

As portas da enfermaria mal haviam se fechado quando Emma se levantou e foi até ela. Ela sorriu sem jeito e Emma começou a se desculpa pelo que os pais haviam dito, segurou as mãos dela e postou um beijo pedindo que não ligasse para eles, Regina estava surpresa.

– Então... Você não concorda com eles? Não acha que isso tudo foi culpa minha ou que eu acabarei como a minha mãe? – Regina perguntou sem olhá-la nos olhos.

– O que? Regina é claro que não. – Emma se sentou ao lado dela na cama. – Eu conheço você. Você salvou a todos nós, eles irão entender isso eu prometo que farei com que entendam.

– Obrigada. – Regina disse acariciando a face de Emma com uma das mãos. A loira sorriu pra ela e seus olhos mostravam claramente que queria beijá-la.

Emma se inclinou e postou um selinho em seus lábios.

– Se seus pais vissem isso mandaria você para estudar em Marte.

Emma sorriu.

– E o que eu faria em Marte sem você? – Ela perguntou fingindo um drama.

– Nada, pois eu seguiria você até lá no segundo em que você partisse. – Regina disse fazendo as duas sorrirem. Ganhou mais um selinho e repousou sua cabeça no ombro dela.

Emma achava que estar com ela fosse um sonho, uma miragem. Aos poucos foi descobrindo que era tão real quando parecia, era um privilégio.

***

Tinker Bell não conseguia fechar os olhos, não estava machucada nem nada e por isso não sabia porque tinha que ficar ali na enfermaria, queria voltar pra casa. Killian Jones estava na cama ao lado dela e era difícil não olhar pra ele. Era tão bonito mesmo dormindo, os cabelos pretos bagunçados, as roupas desleixadas, os brincos e jóias de garoto rebelde, tudo nele era charmoso e tentador. Mas ele era somente um humano e ela era uma fada, bem, era uma fada.

– Como eu poderia descansar se você fica me encarando moça? – Ele murmurou ainda de olhos fechados, ela arregalou os olhos, confusa e ele abriu um olho dando risada dela.

– Me desculpe... Eu... Eu estava apenas pensando... Sabe... Imaginando porque você não deixou que recuperassem a sua mão.

Ele parou de sorrir, olhou profundamente pra ela, tinha olhos muito azuis e profundos.

– Eu tenho os meus motivos, amor. – Ele disfarçou o incomodo e voltou a sorrir. – Mas saiba que eu não preciso de duas mãos quando tenho o meu instrumento de magia.

Killian piscou pra ela que ficou vermelha e se deitou olhando para o teto, aquele garoto era um safado, ela pensou, mas mesmo assim...

– Você salvou a minha vida, me ajudou quando não precisava. – Sua voz soava com admiração e Killian não estava acostumado a receber esse tipo de sentimento, estava acostumado a ser o cara mal a ser o cara da Sonserina.

– Eu fiz o que fiz, não importa agora.

– Mas a sua mão...

– Eu disse que não importa agora. – Ele virou para o outro lado para que ela não pudesse sua expressão vacilante. Ninguém nunca esperaria isso dele ou acreditaria se ele contasse que tinha mesmo salvo a garota, só o que esperavam dele eram coisas ruins, era que fosse um cafajeste sem coração, mas tinha provas agora, tinha provas de que vilões também tinham coração.

***

Aurora viu que o professor Longbottom saiu da enfermaria e se arrastava escondida até lá, queria ver se Belle estava bem e se precisava de alguma coisa. Também era amiga de Ruby e Emma então queria saber se todas estavam bem, ainda estava chocada em saber que o doce Baelfire tinha sido mandado para Azkaban. A alguns passos de chegar às portas da enfermaria um pensamento lhe atingiu, Bae era da Lufa-Lufa a mesma casa de Mulan e Phillip e os três sempre estavam juntos. Phillip e Mulan deviam estar arrasados em saber que alguém tão próximo deles pudesse ser tão mal, mas de qualquer forma Belle precisava mais de uma amiga no momento. Ela abriu a porta de vagar e pode ver Emma e Regina conversando e mais a frente Belle e Ruby dividiam a mesma cama. Ela deu um risinho e saiu Belle não precisava dela.

Todos os alunos ganharam a tarde livre devido aos acontecimentos na floresta, por isso sabia que Phillip estava com os amigos no lago e Mulan treinava no campo de quadribol com outros jogadores, sem pensar duas vezes ela correu para o campo.

Mulan não estava voando, discutia times preferidos e torneios com Graham, logo Aurora não gostou daquela cena, Graham tinha uma fama ruim com as garotas. Eles a viram se aproximar e a cumprimentaram, Mulan foi muito mais formal do que pretendia.

– Como vocês estão? – Aurora perguntou, sabia que Graham era um grande amigo de Emma.

– Ok, McGonagall não esta deixando ninguém visitá-los na enfermaria então estamos voando como todos. – Graham falou com aqueles olhos que ficavam mudando de cor.

– Eu acabo de vim de lá, não tem ninguém de vigia. – Ela falou e ele sorriu animado. – Acho que devia ir lá ver se Emma esta bem.

– Claro, vou agora mesmo. – Ele sorriu pra Mulan e se retirou.

Mulan começava a se virar quando Aurora falou com ela.

– Como você esta?

– Acho que você acabou de perguntar isso. Estou bem. – Ela respondeu com a voz rígida.

– Certo. Eu queria falar com você. – Falou com a voz carregada.

Mulan suspirou e começou a caminhar em direção ao lugar em que ficavam os vestiários.

O vestiário da Lufa-Lufa era todo amarelo com belíssimas cortinas pretas, o piso era preto e os bancos também. Uma fraca luz entrava pelas cortinas. Mulan se sentou em um dos bancos evitando os olhos de Aurora.

– Eu quero você Mulan. – Aurora falou fazendo a garota se arrepiar. – Não consigo suportar a falta que eu sinto do seu beijo. - Aurora se agachou frente a ela e tomou suas mãos, quando seus olhos se encontravam uma magia poderosa acontecia.

Mulan não suportava aquela aproximação, tomou o rosto de Aurora com as mãos e a beijou apaixonadamente. Suas línguas se misturavam em um ritmo perfeito, as duas seguravam suas respirações e seus corações batiam desesperados. Quando se separaram mantiveram suas testas coladas, estavam ofegantes, mas o sentimento era tão bom que nem ao menos parecia proibido.

– Você esta com Phillip. – Mulan sussurrou.

– Não, eu estou aqui com você. Eu só preciso que me diga que não fugirá que estará esperando por mim e eu serei somente sua. – Aurora disse encostando seus lábios no pescoço de Mulan e dando uma mordida de leve.

– Eu não ousaria fugir.

A loira se levantou com um sorriso tímido. Piscou pra ela e foi em direção a saída. Mulan nunca achou que estaria naquela situação, quando conheceu Aurora ela já era namorada de Phillip e ela se condenou por aquele sentimento, nunca imaginou que seria correspondida, que Aurora seria dela. Se fosse qualquer garota, ela nunca teria deixado que aquilo chegasse tão longe, mas Aurora era a única, era a sua pedra preciosa.


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Notas finais do capítulo

Desculpe por tudo. Desculpe por deixá-los pra baixo (8)

Tchau ;(