Home escrita por Becca


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Eu estava escutando a música Home do Michael Bublé e tive a ideia da fic ♥ Bella como sempre, me ajudando e escrevendo junto comigo. Minha parceira. *-*
Enfim,
Espero que gostem ;)



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POV Olivia.

- Liv, vem logo! Nós vamos perder o vôo! - Brian grita da porta.

- Já vou, Bri! - coloco o restante das roupas que faltavam na mala e a fecho.

Logo depois corro até Cassidy, que já está com as malas prontas nas mãos.

- Você é uma atrapalhada, sabia? - ele beija minha testa e eu me sinto culpada.

Porque toda vez que esse tipo de coisa acontece, eu penso em alguém, alguém que não é Brian.

- É. Eu sei. - sorrio, tentando demonstrar alegria com a viagem, com ele, com tudo.

Seguimos até o carro, e Brian coloca tudo no porta malas.

- Animada? - ele pergunta sorrindo.

Eu queria poder ficar em casa. Ou talvez ir a um lugar menos badalado... Mas ao invés de responder qualquer uma dessas coisas eu sorrio de volta e digo:

- Claro que estou.

Depois de alguns minutos, estamos indo rumo ao aeroporto... A ideia de viajar para Europa não foi minha, e muito menos a de ir primeiro a Londres. Eu não gosto muito do clima de lá. Toda aquela garoa e a umidade. E também, toda a badalação e as festas. Mas ao contrário de mim, Brian adora. E insistiu tanto para que fossemos, que acabei cedendo. Segundo ele, estamos fazendo nossa viagem de lua de mel. Contando que nem casados somos, parece muito sensato, não é? Eu pareço uma velha. Ele está sendo tão legal, tão romântico e eu? Eu só vejo o lado negativo da coisa.

- Um beijo pelo seu pensamento.- escuto Brian dizer, enquanto estou com a cabeça encostada no vidro do carro, quase adormecida.

- Hum... Eu só estava cochilando um pouco. Posso? - por que sou tão irônica? Qual meu problema?

- Agora não. Porque acabamos de chegar. - ele estaciona o carro naquele lugar aonde guardam veículos quando alguém vai viajar.

Um lugar que cobra o olho da cara. Eu disse a Brian para que fossemos de taxi, pois sairia mais barato. Mas se eu sou teimosa, preciso dizer que ele é mais.

- Deixa que eu levo suas malas. - ele caminha na frente com a bagagem e eu vou atrás com minha bolsa marrom.

Chegamos ao check-in em cima da hora.

- Seu vôo sai em 20 minutos, Sr.Cassidy e Sra. Benson. - diz a balconista com cara de simpatia forçada.

- Obrigada. - eu agradeço por mim e por Brian.

Depois de um milhão de detectores de metais e revistas, finalmente entramos no avião. Poltronas 12 e 13 da primeira classe. Outra ideia dele.

- Essa viagem será inesquecível! - Brian olha pela janela.

- Será sim. - concordo outra vez, tentando ser animada.

POV Elliot.

A garoa insiste em cair. O céu está nublado e as ruas normalmente cheias, estão um pouco mais vazias. Liguei mais cedo para Dickie e ele disse que todos estavam bem. E disse também que odiava o padrasto, nada que eu não soubesse. Eu não sei o que me deu para vir morar em Londres.

Depois que sai da squad tudo piorou em casa, até eu descobrir a traição de Kathy e ir embora. Talvez por não ter ideia do que fazer vim até aqui. E eu pensei mil vezes em ligar para Olivia e perguntar o que fazer. Mas eu havia ido embora, eu quis assim.

E quando vi que a passagem para Londres estava mais barata, não hesitei e me mudei para cá. Essa droga de cidade que mais parece uma prisão. E na solitária ainda por cima. Agora, passar meu gigantesco tempo livre de aposentado é insuportável. Meus filhos estão longe, não tenho meu trabalho, não tenho Olivia. Não que eu não tenha me habituado a isso.

Exercito-me dez vezes mais do que antes e estou ainda mais em forma. Mas do quê adianta? Isso não tira minha solidão. Passo o dia inteiro lendo ou me exercitando. Às vezes corro no parque, às vezes passo a tarde na cafeteria e em dias como hoje, eu simplesmente fico dentro do apartamento me deprimindo ou jogando guitar-hero. Hoje estou na primeira opção. O pior de tudo isso é a saudade.

Saudades das crianças, saudades do trabalho, saudades dela. É o que mais aperta o coração. Já faz dois anos que estou aqui e fiz algumas amizades, mas por incrível que pareça, não arrumei nenhuma namorada. Acredite, eu tentei. Mas toda a vez que me aproximava delas eu me lembrava daqueles olhos castanhos e colocava tudo a perder. Se ela pelo menos fosse esquecível... Mas não é.

Meu telefone toca, me despertando de todos os pensamentos.

- Stabler. - digo atendendo.

- Ah, cara! É com você mesmo que eu quero falar.

- Jura, Edu? Eu achei que fosse engano.

Conheci Eduardo logo depois de me mudar. Ele é um cara de 30 e poucos anos que adora uma festa. Aliás, foi em uma festa que o conheci.

- Eu tenho uma proposta irrecusável para hoje a noite. Topa?

- As suas "Propostas irrecusáveis" não são lá muito boas e eu sempre acabo na pior.

- Olha, Elliot. Eu juro que não vou bancar o cupido dessa vez. Vamos ser só nós dois e a bebida. - pude ouvir sua risada através do fone.

- Hum... Eu não sei. Aonde iríamos se eu aceitasse?

- A uma balada de turismo. Daquelas que só as pessoas que estão passeando vão. Vai ser maneiro.

- Sei, sei...

- Eu passo aí às 8h, ok?

- Tudo bem. - logo depois eu desliguei.

É, parecia mentira, mas eu ia a uma festa.

POV Olivia:

Eu não gostei do hotel. É um lugar todo sofisticado, com aquelas arquiteturas finas, que você vê pela televisão. As pessoas que frequentam aqui tem cara de limão azedo. Com aquelas caras de poucos amigos. E pensar que terei que aguentar isso durante uma semana. É, minhas férias começaram bem.

- Vem, Liv. - ouço a voz de Brian atrás de mim.

- Estou indo.

Ele pega minha mão e entramos no elevador , nossas malas em um carrinho ao nosso lado. Depois de alguns minutos chegamos ao nosso quarto. Cassidy abre a porta e eu entro logo atrás empurrando o carrinho. Ele fecha a porta.

- Depois a gente arruma isso. - Brian me puxa e segura minha cintura.

- Bri... Eu... Eu preciso dar uma volta. – murmuro.

Eu passo por baixo do braço dele e abro a porta.

- Agora!? - ele faz uma cara de descrença.

- Mais tarde a gente se vê. Desculpa.

Saio de lá o mais rápido que posso. Desço pela escada mesmo. Eu só queria sair de lá. Eu devia me sentir culpada por fazer isso. Eu fugi do meu, abre aspas, marido, fecha aspas. Mas eu realmente não estou com nenhuma vontade de sexo. Não assim. Não com ele. Eu realmente sou uma pessoa horrível.

Mas de verdade? A culpa é dele. Ele é sempre tão... Sem graça. Já faz mais de uma semana que venho fugindo, acho que talvez esse seja o principal motivo da viagem. Brian tem quase certeza de que assim vai me "reconquistar" o que é uma ideia muito idiota. Agora só estou com mais vontade de fugir.

Caminho até a entrada do hotel. De todas as coisas que eu queria, a última era estar aqui.

- Olivia. - era Cassidy logo atrás de mim.


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Notas finais do capítulo

Não é Bensidy, antes que vocês perguntem.
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