Seres Ocultos escrita por Nana


Capítulo 4
Surpresa escolar --> P3




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Olhei para o professor tentando prestara atenção, mais não deu muito certo. Olhei de volta para Dylan e admirei ainda mais a sua beleza, era como um colírio para os olhos, um granulado para a nega maluca.

Quando terminou de desenhar colocou a mão sobre  a mesa como convite para tocá-la, mas eu não poderia e assim lutei atentamente contra aquela tentação.

Quando me apresentei aquela mão era macia e quentinha de uma forma que me deixava segura e confortável.

Um desejo repentino me deu de abraçá-lo e sentir sua forma contra mim.

Eu estava estranha e não queria aquilo.

Levantei-me lentamente sem olhar nos olhos do ruivo, caminhei até o professor interrompendo suas explicações.

- Professor Taylor... Não estou me sentindo muito bem... Posso me retirar?

- É muito grave? Senhorita Green?

O encarei. Não sabia o que responder. Definitivamente eu não poderia dizer que era porque eu estava me sentindo estranha com uma certa companhia.

Peguei em seu braço o levando até um canto da sala.

- Eu estou... – Murmurei tão baixo que acho que ele mal ouviu. -... Com muita, muita cólica professor.

Ele forçou um sorriso e então me deixou sair da sala.

Esse truque funciona com qualquer um. De certa forma chega a ser até engraçado.

Sentei-me no banco ao lado do refeitório e então comecei a pensar.

No fim conclui que era somente uma atração justificada, pois fazia tempos que não via alguem tão bonito.

Apoiei meus braços no banco para conseguir levantar. Mas acabei caindo de volta. Eu estava cansada...

- Quer ajuda? – Perguntou-me Dylan estendendo a mão.

Pousei minha mão sobre a dele e então ele me puxou.

- O que você esta fazendo aqui? Não deveria estar na aula? – Perguntei

- Como seu primo, tenho o direito de saber como você esta se sentindo.

Sorrimos um para o outro voltamos para sala.

Foi bom ele não insistir com a pergunta, pois eu não teria resposta. Não adequadamente.

- Já esta melhor senhorita Green? – Perguntou o professor ao entrarmos de volta a sala.

- Sim senhor. Bem melhor!

Sentamo-nos de volta a carteira e tudo voltou ao normal. Finalmente consegui me controlar.

Respirei fundo e só pensava em Kelder e meu pai que pensavam muito em mim. Claro, até hoje não sei qual era o assunto que o professor esta explicando, mas pelo menos não cometi nenhuma loucura.

Logo quando o sinal tocou, com a pressa e a preocupação me pus de pé num salto. Mas como aquela frase diz: “Quem tem pressa como cru e quente’. Acabei deixando tudo cair.

- Ta com pressa? – Perguntou Dylan ao meio sua gargalhadas.

Eu lhe respondi com um sorriso e comecei a juntar meus livros rapidamente.

Parei na porta como se estivesse esquecendo alguma coisa. Mas não fazia idéia do que fosse e continuei caminhando no que seria.

- Bell! – Gritou Anny no fim do corredor.

Corri até ela e caminhamos até a nossa próxima aula.

- O que houve? Esta com rosto de mãe preocupada... – Comentou ela

- Esta tão na cara?

Ela me olhou e sorriu

- O que aconteceu amiga? – Perguntou já se sentando.

- Coloquei meus livros na mesa em sua frente e me apóie na cadeira.

- Acho que esquecia alguma coisa na sala de Física.

- O casaco?!

Claro! Que burrice, sai tão rápido que me esqueci do meu sobretudo. Tudo bem, no intervalo eu iria pega-lo.

- O que lhe fez esquecer? Ficou muito agitada?! Ou abalada por não poder dar uns pegas?!

- Há. Há. Há.

Sentei-me preocupada, quem me deu aquele casaco foi Kelder de dias dos namorados e não fazia muito tempo.

A professora entrou em silencio e então começou com as apresentações dos alunos e eu paguei o maior mico, pois tropecei e com o nervosismo acabei errando meu nome.

A vida não era justa, e nunca foi. Nascemos simplesmente por nascermos...? Nas ultimas aulas, dei uma de intelectual, e comecei a pensar sobre o assunto.

Nessa vida, não existe nada de bom que nos faça querer continuar sobre ela. Este mundo pelo qual todos desconhecem... Pelo qual todos querem esconder, pelo qual temem. Morrer não parece tão assustador quando paramos para pensar.

Um arrepio me subiu pela espinha e dei um pulo da cadeira na ultima aula, a sensação de desconforto me inundou ainda mais.

 


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