Mudanças escrita por Thay


Capítulo 52
Capítulo 52


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, feliz ano novo com uma semana de atraso. Espero que tenham rompido bem o ano! Enfim, sem mais delonga o capítulo



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A viagem seguia um padrão totalmente diferente das que já fizeram, Tony, tendo mais uma de suas ideias mirabolantes decidiu que fariam a viagem de carro e até seria uma boa ideia se eles não tivessem que cruzar o país pra poder chegar em Vermont, depois de muita discussão entre ele e Pepper ficou acordado que pegariam um voo para Nova Iorque e de lá iriam de carro para Vermont, pois, era mais perto e também traria a mesma diversão, pra ele essa era a primeira vez que faria esse tipo de viagem, pra ela nem tanto, pois, já tinha feito muito isso em sua infância e parte da adolescência, a novidade, no entanto, estava no fato de que essa era a primeira vez que faria isso com a família que construiu.

– Tony, você tem certeza que sabe o caminho, não é?- ele assentiu.- Você colocou as informações certinhas do destino no GPS?
– Pepper, eu sou um gênio da tecnologia e você tá preocupada com isso? Se o GPS falhar o JARVIS nos salva, não é mesmo, JARVIS?
– É, senhor.
– Oi, Javinho.- cumprimentou Claire empolgada.
– Olá, pequena Stark.
– Ela fala com ele todo dia e todo dia é essa mesma empolgação.
– Ela gosta dele, ué, deixa.- disse Pepper dando de ombros.- Ah, tenho uma coisa pra te dar.- Tony arqueou a sobrancelha e Pepper tirou da bolsa um boné de cor preta.- Todo pai de família que se preze usa um boné nas viagens.- ela colocou o acessório na cabeça dele e riu ao vê-lo de boné, era a primeira vez que o via assim.- Você está lindo, senhor meu marido.
– Cadê, papai, deixa eu ver?- ele olhou pra trás e ela ergueu o polegar em um sinal positivo. Tony voltou a se virar e antes que ele ligasse o carro Pepper virou seu boné e achou melhor que o resultado anterior.
– Bem melhor.- ela diz e ele da uma piscadinha, põe seus óculos escuros e olha pelo retrovisor central mais uma vez pra ter certeza de que Claire e Theo estão devidamente assentados em suas cadeirinhas.
– Já foi ao banheiro, bolinha?- ela assente e ele olha para Theo que está fascinado com a descoberta de que pode passar um objeto de uma mão para outra com mais agilidade, Tony, riu ao ver o filho tão empolgado por tá jogando o seu chocalho de uma mão para outra, ligou o carro e partiu dando início a uma promissora viagem.

Eles já estavam há algumas horas na estrada e apesar de estarem se divertindo com as piadas, músicas aleatórias que passava no rádio, brincadeiras inventadas por Claire e as tentativas falhas de Theo de se falar algo que possa ser compreensível, precisavam estirar um pouco as pernas e também comprar algo pra comer, pois, as besteiras que trouxeram pra beliscar já tinha acabado, parando em um posto Tony cuidou do abastecimento do carro enquanto Pepper cuidava em levar Claire no banheiro, trocar Theo e comprar algumas coisas na loja de conveniência, ele estava de cabeça baixa esperando o enchimento do tanque quando ouviu o ronco de uma moto, só o barulho causado pela aceleração chamava atenção de qualquer um, mas quem pilotava conseguia tanta ou até mais atenção que a moto em questão, a mulher de roupa de couro e corpo curvilíneo parou sua moto na bomba ao lado de Tony e do mesmo jeito que ele passou a aguardar o abastecimento e ele não poupou olhares.

– Bonita, não é?- ele ouviu alguém dizer e concordou com um aceno.
– E como. Ah! Em outros tempos.- ele falou intencionalmente pois sabia que a pessoa que elogiou a mulher era Pepper, ele levou uma bofetada e riu sabia que apanharia.- Por que estou sendo agredido? Se você tivesse deixado eu terminar de falar saberia que se fosse em outros tempos eu montaria na moto e sairia sem rumo.
– Eu sei onde você montaria, Anthony Stark, sei muito bem.- ele riu e levou mais duas bofetadas.- Nós podemos ir agora ou quando você parar de babar? Por que a bomba já disparou faz tempo, a comida está no carro e as crianças também.- ele pagou, foi ao banheiro e voltou ao carro, durante os primeiros minutos tudo o que ele pedia Pepper rebatia dizendo que era pra ele ir pedir a motoqueira, mas logo ela parou e seguiram a viagem tranquilos.

Vendo a estrada tão boa e tão pouco movimentada Tony aumentou a velocidade e por ser uma SUV potente nem se percebia que ele estava em 120 Km/h, ele dirigia com tranquilidade e nem sequer estava sentindo cansaço, estava realmente sendo bom viajar dessa forma e ele cogitou mentalmente a possibilidade de repetir a experiência.

– Pep, ainda tem comida?
– Tem.- ela respondeu pegando um grande saco de batatinhas.- Você vai querer que eu ponha na sua boca, não é?- ele riu e balançou a cabeça que sim, ela rolou os olhos abriu o pacote passou a comer e dividir as batatas com ele.- Quando eu viajava com os meus pais e o meu irmão a gente inventava um concurso de quem cantava melhor, meu pai sempre foi um desastre.- ela disse sorrindo com a lembrança.- Mamãe e Alex eram os melhores.
– E você?
– Eu não cantava sempre dava um jeito de passar a vez, na realidade eu só gostava de ouvir eles cantando.
– Até seu pai?
– Principalmente ele. Mas, Jack Potts como cantor é um exímio atirador.- Tony riu e ela enfiou em sua boca mais uma porção de batatinha.- Outra coisa que a gente brincava também era de adedonha, já brincou?
– Não sei nem o que é isso.
– Funciona assim quem brinca faz um número com a ou as mãos, mas todo mundo tem que mostrar ao mesmo tempo, daí a gente faz a soma e sai dizendo A, B, C, D, enfim, até chegar na letra que deu, e a partir daí começa o jogo, tipo deu C aí a gente diz nome de pessoa com C cada um diz o nome e passa pra próxima categoria.
– E isso tem quantas categorias?
– Depende, você pode pedir nome de bicho, marca de carro, atriz, cantor, banda, etc. A graça é matar o tempo e somar ponto. Era divertido quando a gente fazia isso.
– Talvez a gente possa tentar quando as crianças ficarem maior.- ele olhou de lado e Pepper assentiu, aproveitando que a estrada seguia em linha reta Tony tentou um beijo que foi prontamente retribuído, não era a intensidade que ele queria, mas era o beijo que ela podia dar devido as circunstâncias.- Acho que...- a frase foi interrompida por uma sirene, os dois olharam no retrovisor e viram uma viatura sinalizando que parassem, Tony, parou o carro no acostamento e ficou a espera do guarda.- Motorista ou carona?- ele perguntou com graça.
– Você vai ser multado, Tony.- ele deu de ombros, não se importava, relaxou a cabeça no encosto e só voltou a levantá-la quando ouviu batidas no vidro.
– É sério? Uma criança?- ele disse referindo-se ao jovem guarda que o importunava, ele abaixou o vidro e no mesmo segundo a boca do rapaz se abriu.
– Boa... Boa tarde.
– Boa tarde.- disse os dois.- Você está bem, rapaz?- Tony perguntou.
– O senhor é, Tony Stark, o Homem de Ferro?
– O próprio. Você não me parou pra pedir um autografo, né?
– Não, não, é que o senhor ultrapassou um pouquinho o limite de velocidade.

O choro de um bebê chamou a atenção dos adultos, Theo havia acordado e acordado Claire também, desprendendo-se do cinto Pepper se virou e inclinou seu corpo para trás o que fez com que seu bumbum ficasse empinado e chamasse a atenção do homem.

– Jesus, tá calor aqui, não é?- ele diz após puxar a gola da camisa e inclinar um pouco a cabeça para ter uma visão melhor.
– Você quer os meus documentos e o do carro agora ou quando parar de olhar pra bunda da minha mulher, guarda?- Tony perguntou ao rapaz que rapidamente ficou envergonhado.
– Tony!- Pepper o chamou em seu típico tom repreendedor.
– Desculpe... é...
– Algum problema?- perguntou outro homem, chamando a atenção deles, tal homem era mais velho já tinha chego a terceira idade, sua voz era grossa, suas feições era de um homem rígido e rigoroso e em seu peito usava um broche onde Tony lia a palavra 'Xerife', ele rolou os olhos mentalmente por que certamente ouviria sermões.
– Não senhor.- respondeu o guarda.
– E por que a demora, Warren quer saber, deixa que eu assumo.- o rapaz assentiu e se afastou para que o Xerife tivesse mais espaço.- Viajando com a família?- perguntou ele ao olhar através da janela aberta e ver Pepper sentada no banco do carona com Theo em seu colo o alimentando com um pequeno pote de papinha e Claire sentada em sua cadeirinha prestando atenção no que estava acontecendo.
– Sim senhor, esposa e filhos.
– E por algum acaso você tem amor a eles?- Tony arqueou a sobrancelha, mas não o respondeu.- Por que na velocidade que você estava certamente não tem nem amor a si mesmo. Carteira de motorista e documentos do carro.- Tony pegou com impaciência os documentos no porta luvas do carro e o entregou.- Vá verificar, Warren.
– Senhor, ele é o Homem de Ferro.
– Ah! Foi por isso a demora você estava aí bajulando o homem, não foi? Ora, seja mais profissional, Warren! Eu mesmo parei Frank Sinatra quando tinha a sua idade e o tratei como se fosse um qualquer e sabe por que eu fiz isso? Por que ele era um qualquer a diferença dele pra mim é que ele era rico e aparecia na televisão e eu não, agora vá!- disse ele com autoridade e o rapaz se foi.- Pra onde vai, rapaz?
– Vermont.
– Casa de amigo ou parente?- Tony já estava no limite da sua paciência e só se limitou a olhar com impaciência para o homem que não teve sua pergunta respondida por ele.
– Casa de parente.- respondeu Pepper.
– E de quem é a casa?
– Da minha sogra.
– E quem é a sua sogra?
– O que é isso? Um interrogatório? Você já recolheu os documentos e o seu guarda já fez a verificação.- disse Tony ao ver pelo o retrovisor o rapaz andando calmamente em direção ao carro.- Que tal esperarmos em silêncio?
– Tem algo a temer, filho?
– Estou com cara de quem tem? E certamente se eu tivesse teria posto esse carro pra correr e sua viatura com toda a certeza não me alcançaria.- Tony falou com deboche e o homem riu.
– Mamãe, o papai vai ser preso?
– Não, Claire, o papai só está conversando. Desculpe meu marido, Xerife, ele está estressado, mas respondendo a pergunta que me fez a minha sogra se chama Marta.
– Marta? Vocês são família de Marta Jarvis?
– Somos, vai querer interrogar ela também?- perguntou Tony.
– Senhor, aqui está, não tem nada contra ele e nem nenhuma pendência contra o carro, está tudo certo.- o homem tomou os documentos e a multa da mão do mais jovem e antes de entregá-lo deu mais uma olhada na carteira de Tony.
– Você é o filho adotivo dela, o tal de Anthony Stark.
– É, por que tem alguma bronca com a minha mãe?
– Não, não, Marta é minha amiga.- ele disse sorridente.- Ela fala muito do filho, da nora e dos netos, principalmente da Claire, foi por isso que perguntei quando ouvi o nome Marta e o nome da menina logo me lembrei dela. Por que ela não veio?- perguntou ele vistoriando o carro para ver se ela estava lá.
– Ela tinha mais o que fazer em Malibu. Estou liberado?
– Claro, claro.- ele se afastou do carro e Tony o ligou.- Tenha cuidado, não exceda o limite novamente a cidade não sairá do lugar e você indo no limite permitido lhe ajudará a frear ou desviar mais rápido caso precise. E a senhora ponha o menino na cadeirinha.- Pepper saiu do carro, o colocou em sua cadeirinha e voltou para seu lugar, Tony, já tamborilava seus polegares no volante e ela sabia que ele estava irritado.- Por favor, mande lembranças a Marta por mim e digam que estou com saudades.
– O senhor é namorado da minha mãe, Xerife?- Tony perguntou deixando o homem envergonhado.
– Tony!
– Que é? Ela é minha mãe, eu tenho o direito de saber se ela está namorando.
– Não, sua mãe é só minha boa amiga.- ele responde com um tom ameno.
– Não se preocupe, nós diremos.- disse Pepper, o Xerife sinalizou com a cabeça, se afastou e Tony voltou a estrada.- Da próxima vez contenha a língua, Tony! Eles adoram fazer esses interrogatórios na tentativa de ouvir um desacato e prender, ainda mais sendo você um famoso e esse Xerife já devem ter feito muito isso e ele até demonstrou com aquela história de ter parado o Frank Sinatra.
– Ele gosta da Marta. Pepper, será que ela tá namorando com ele?
– Se tiver o que é que tem?
– Ela não pode namorar.
– Por que?
– Vou lhe dar 3 motivos: é uma senhora de idade, é avó e casada.
– Ela é viúva e ser uma senhora de idade e avó não a impede em nada de ser feliz. E se por algum acaso ela estiver namorando com ele e estiver feliz com isso, eu vou estar feliz por ela e você também deverá ficar.- Tony resmungou não queria saber de ver Marta com um namorado, além de ter esse ciúme como um filho, ele também tinha por conta de Jarvis pois achava que aquilo feria a memória de seu fiel amigo e muitas vezes pai, Edwin Jarvis.

O resto da viagem foi seguindo as leis de trânsito e não teve interrupções, já era quase 16:00 horas da tarde quando chegaram na cidadezinha de Stowe, a paisagem ofertada pela folhagem de Outono era realmente muito bonita e transmitia um acolhimento sem igual.

A casa de Marta tem um largo quintal em terra e água pois é próxima de um lago, lá se vê um ancoradouro, duas canoas cobertas e um barco a motor, já dentro ela é apaixonadamente simples, pisos de madeira, janelas amplas, decoração clara o que dava impressão de um ambiente maior e uma lareira de lajotas de pedras circulares, no primeiro andar, a decoração também segue o mesmo tom, possui quatro quartos e dois banheiros e nos fundos uma varanda com duas confortáveis espreguiçadeiras e uma excelente vista da natureza.

POV Pepper On

Aqui é lindo não tem como negar, mas a primeira noite estava sendo totalmente diferente de como eu imaginei, a noite estava passando lentamente, sendo pouco proveitosa e nenhum pouco dormida, como se não bastasse o cansaço da viagem e o calor causado pela a falta de energia que nos atingiu pouco tempo depois da 23:00 da noite, também tínhamos de lidar com a presença de um serzinho que por ser pequeno e inquieto demais não podia dormir sozinho, Theo, dormia largadamente entre nós que estávamos em um silêncio mortal.

Senhor, nem em um milhão de anos eu imaginei que passaria por isso, na verdade eu nunca imaginei que passaria por metade das coisas que passei e apesar do que vivi eu senti vontade de rir e eu não resisti comecei a rir e eu tentava deixar o riso o mais baixo possível para não acordar Theo.

– Do que você tá rindo?- Tony perguntou baixinho e olhando pra mim que estava rindo descontroladamente, provavelmente ele está achando que eu tô maluca ou que não tomei meus remédios.
– Sei lá.- respondi tapando minha boca com as duas mãos.- Acho que tô feliz.
– São 2:30 da manhã, estamos cansados e não pregamos o olho como alguém pode estar feliz?
– Não sei.- respondi em meio a risos que eu tentei a todo custo engolir.- Olha pra gente, acordados a essa hora por que esse folgado não nos deixou dormir.- digo apontando para o lindo menininho que dormia de bruços e todo estirado na cama parecendo mais uma estrela.- Você já tinha imaginado isso alguma vez na sua vida?
– Não, nunca, mas quando for mais tarde nós vamos procurar uma loja e comprar um berço pra ele, quando formos embora eu dou, vendo, taco fogo, sei lá, só sei que aqui ele não dorme mais.
– Tem o meu apoio.- eu digo levantando-me para sair do quarto, está quente demais pra ficar aqui, logo que saí me lembrei da varanda e fui pra lá, quando a abri senti uma brisa contra o meu rosto não era o suficiente para aplacar o calor, mas era melhor que a do quarto.- O ar que estava entrando pela janela não estava dando vencimento.- digo ao sentir a presença dele.- Nem parece que é outono.
– É, hoje tá quente, lembra mais uma noite de verão.- eu concordo com um aceno e olho para o céu que está lindo.
– Deveria faltar energia toda noite, olha como o céu está lindo.- o céu estava completamente estrelado, as estrelas brilhavam tanto que dava até a impressão de que a noite possuía um tom escuro de azul e não de preto como geralmente se vê.- Você tá ouvindo isso?
– O quê?
– O som do vento balançando as árvores e da calmaria.- falo fechando os olhos e apreciando alguns segundos de paz interior.- Isso é tão bom.- digo abrindo os olhos e virando-me para poder envolver meus braços ao redor do pescoço dele.- Me sinto bem, me sinto viva.- eu revelo e encosta meus lábios no dele e foi um beijo tão desastrado que quando chegou ao fim nos fez rir.- Foi esquisito. Quer tentar de novo?
– Acho melhor.- eu o beijo mais uma vez e dessa vez a gente consegue acertar, o beijo lento e tímido da aos poucos lugar a um beijo mais apaixonante e explorador, eu o empurro até a parede e ele me puxa colando-me ainda mais contra o seu corpo, ele beijava e mordia meu pescoço e eu arfava o agarrando, cravando as minhas unhas nele que gemia baixinho, ele me puxou mais uma vez, mas dessa vez estávamos caminhando, não cessávamos o beijo um segundo sequer e também não nos incomodávamos com o caminho a cegas que fazíamos, ouvi um 'plec' e provavelmente esse som veio da maçaneta da porta do quarto quando Tony a abriu ainda me beijando, nem sabíamos que quarto era, mas devido a falta de velas nós sabíamos que estava vazio, ele seguiu me conduzindo até que estancamos pois senti a madeira da armação da cama atrás dos meus joelhos.- Esse foi melhor, não foi?- eu sorrio e assinto, nossas respirações estão descompassadas e com o silêncio que está posso sentir e ouvir as batidas aceleradas de nossos corações, ele põe as mãos ao redor do meu rosto e me acaricia com os polegares fecho os olhos e ele me toma em um beijo calmo e me deita na cama, ele estava por cima de mim e agora eu sentia a minha ansiedade triplicar também o senti ansioso, mas ele tentava disfarçar, também foi perceptível o seu receio em me tocar, mas ele me tocou pôs a mão por dentro da minha camisola e deslizou-a para cima eu me arrepiei e ofeguei por conta do toque, ele deslizou mão para baixo levou minha calcinha e se desfez do beijo para tirá-la por completo, eu não podia ver seu rosto a luz do luar que entrava pela janela me proporcionava apenas a vista da silhueta de seu corpo e fiquei tensa ao vê-lo se aproximar de mim novamente e por isso fechei os olhos.- Pep.- ele chama baixinho em meu ouvido.
– Oi.- falo com a voz vacilante.
– Só quero que saiba que sou eu. Que sempre será eu.- não sei por que, mas me sinto aliviada ao ouvir aquilo, ele mordisca a minha orelha e eu mordo o lábio inferior, volto a senti sua mão por dentro da minha camisola outra vez, mas agora ele põe a outra também e as desliza para cima me acariciando ao mesmo tempo que leva a minha última peça de roupa, ele cola mais seu corpo no meu e sinto sua a ereção ainda coberta pela calça do moletom, a minha boca fica seca e eu sinto me umedecer ainda mais, ele desliza a ponta do nariz sobre meu pescoço e sussurra coisas de forma tão rouca que me faz suspirar em excitação, eu o quero e ignoro com todas as minhas forças um pequeno mau pressentimento.- Diga que eu posso. Diga que eu posso ter você.- ele diz e apesar de sentir toda a excitação em sua voz eu também sinto que ele realmente quer minha autorização.
– Você pode, só você pode.- ele encosta sua testa na minha e lentamente me penetra, eu arranho suas costas e gemo sobre sua boca quando o sinto completamente dentro de mim.

Amor, nunca fizemos amor dessa forma, foi tão simples, mas ao mesmo tempo tão surpreendente, eu me vi rendida a ele de um jeito que nunca estive antes, ele soube me fazer esquecer temores que eu ainda não entendi por que apareceu em minha mente, soube me fazer sentir uma liberdade que eu sequer sabia que havia perdido, ele soube me amar lentamente e me fazer sentir algo tão especial que eu até agora não consigo descrever.

– Tony.- chamo enquanto ainda estou deitada sobre ele.
– Hum.- ele responde meio sonolento.
– Nada, deixa.- eu tento me levantar, mas ele me puxa e aperta o abraço.
– Onde você vai?
– O Theo está sozinho.
– Pepper, eu coloquei tanto travesseiro ao redor dele e da cama antes de ir te procurar que se ele cair é um castigo. Por favor, fique aqui, daqui a pouco eu volto com você pra lá.
– Se ele cair...
– Não vai, eu juro.- eu me dei por vencida e voltei a deitar minha cabeça sobre seu peito.
– Tony, amo você.
– Também te amo, Pep.- ele diz beijando o topo da minha cabeça.

Sem perceber eu vou entregando os pontos ao cansaço e adormeço sobre a melhor cama e travesseiro que existe, o corpo do meu marido.


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