Frustration escrita por Neon


Capítulo 1
oneshot


Notas iniciais do capítulo

Nota do Autor: Este é um pequeno oneshot que me veio ao ler ch 652. Espero que todos gostem da minha tradução, eu fiz o meu melhor, como eu disse está história pertence à KyokoFujimiya e os personagens de Detetive Conan é propriedade de seu autor Aoyama Gosho-sensei.



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FRUSTRAÇÃO

(Frustration)

O por do sol já havia passado há horas atrás, mas ainda a figura solitária de uma criança poderia ser vista no parque abandonado.

Para qualquer um que passasse por ali via apenas a figura frágil de criança aparentemente normal, mais essa “criança” tinha problemas e dificuldades que nenhuma criança de sete anos de idade regular poderia possuir muito menos entender.

Aquele menino era na verdade, um detetive de 17 anos de idade, cujo qual sua curiosidade um dia havia levado a melhor sobre ele levando-o a ser forçado por misteriosos homens em preto a ingerir uma droga que era suposto matá-lo, mas transformou o seu corpo no de uma criança de sete anos de idade. Dependendo do ponto de vista, ele era muito sortudo ou incrivelmente azarado.

Naquela noite, o jovem detetive estava sozinho no parque olhando para uma arvore de grande porte mais próxima. Seus belos olhos azuis sem foco, enquanto seus pensamentos se voltaram no que acontecera horas antes.

Havia perdido sua chance novamente.

Ele havia recebido uma cura temporária de um dos seus aliados e amiga próxima, Haibara Ai, uma mulher que havia criado a droga original e usou em si mesma para que com sua morte escapar da organização, mas o medicamento fez o mesmo a ela como tinha feito a Shinichi aka Conan. E agora ela trabalha ao lado do detetive para encontrar uma cura e trazer a baixo os homens que fizeram isso com ele.

Ela alertou que a droga só duraria algumas horas, um dia no máximo, e ele acabou usando-a para resolver um mistério de assassinato que o obrigou há estar pessoalmente presente em vez de usar “Kogoro adormecido” como seu fantoche, como normalmente faz. Ele terminou o caso com tempo de sobra, então decidiu usar o tempo restante para sair com Ran, e finalmente, dizer-lhe como se sentia.

Mas, sua sorte estava contra ele, mais uma vez, seu encontro foi interrompido mais uma vez por outro assassinato. Em sua defesa, Shinichi tentou desesperadamente ignorar e deixar a policia lidar com isso, mas é claro que o assassino foi demasiado criativo com o uso de seus métodos, e ninguém conseguiu descobrir como o homem morreu. Shinichi foi puxado para o caso por causa da insistência da polícia e Ran constantemente dizer-lhe que estava tudo bem.

Ele resolveu o caso, e foi elogiado por isso, mas já podia sentir os efeitos da droga se desgastando. Ele então, em uma ultima tentativa desesperada para pelo menos tentar dizer-lhe o que sentia. Se pudesse ter apenas uma chance de dizer aquelas três palavras cara a cara com ela, ele não pediria mais nada nunca mais.

Mas é claro que justo naquela hora o destino decidira ser cruel, ele sabia antes mesmo que pudesse estar mais perto dela, se ele não fugisse agora, ele iria mudar na frente de todas aquelas pessoas e revelar seu segredo.

Então ele correu.

E agora, horas depois, ele estava sozinho no parque, olhando para uma arvore. Ele não podia forçar-se a voltar para a casa de Kogoro e jogar seu ato habitual de criança na frente de Ran, ainda, não depois de estar tão perto de confessar tudo a ela e ter sua chance roubada, de novo...

Ele chutou a arvore em frustração. Isso não estava certo, a maioria das pessoas na sua idade estava saindo e se divertindo, sendo adolescentes normais. A maioria deles ainda estava desajeitadamente tentando descobrir os estranhos sentimentos que começavam a surgir em relação ao sexo oposto, negando-os ou agindo letamente como se tivessem todo o tempo do mundo para descobri-los...

... Enquanto isso Shinichi estava lutando com tudo o que tinha apenas para ter tempo o suficiente para dizer três pequenas palavras para a garota que ele amava por, praticamente toda a vida.

Ele chutou a arvore, de novo e de novo. Cada vez um pouco mais forte do que o anterior. Enquanto jogava sua frustração sobre o pobre objeto inanimado, sua mente não para de pensar que isso não estava certo.

Não era certo, não era certo, não era certo, não estava certo!

Ele parou um segundo para olhar para o dano, ou a falta dele. Suas pernas de sete anos de idade não eram fortes o suficiente para causar nem mesmo uma pequena rachadura no tronco groso da arvore. Shinichi rangeu os dentes e se agachou para girar o botão em seu sapato na configuração máxima. Agora com a resistência reforçada, graças a invenção de Agasa, Shinichi deu um ultimo chute na arvore usando tudo o que tinha, Toda a raiva, dor e tristeza que tinha construído ao longo do tempo foram jogados na aquele chute.

Shinichi foi então recompensado com um enorme buraco no tronco da árvore.

O pequeno detetive já estava suando e respirando com dificuldade depois de usar toda essa energia, caiu de joelhos. Sentia-se melhor depois de chutar a arvore ao meio, mas ainda não se livrara da dor e tristeza de perder sua chance novamente.

Ele ouviu um assobio baixo atrás dele e se virou. Um adolescente de pele bronzeada não muito mais do que sua verdadeira idade estava a poucos metros atrás dele, avaliando o dano que o menino tinha acabado de fazer a árvore.

- Uau, agora isso é um buraco impressionante! Quaisquer mais danos e aquela coisa teriam caído. – Hattori Heiji voltou os olhos brincalhões ainda solidários ao jovem. - Nee-chan está começando a se preocupar com você. Porque não voltamos?

Shinichi tirou os olhos do seu amigo e voltou a olhar o dano que causara. Ele sabia que teria que voltar, eventualmente, para cumprimentar a mulher que amava como o garoto que ele deveria ser, para poder manter essa fachada estúpido, para que todos ao seu redor ficassem seguros e para que ele possa ter uma idéia de como dissolver a organização que fez isso com ele ... Que arruinaram sua vida.

Dando as costas para arvore praticamente destruída, ele passou pelo detetive de Osaka em direção há agencia de detetives. Sua franja cobria seus olhos e seu amigo caminha em silêncio ao seu lado, dando o apoio e conforto silencio que Shinichi precisava naquele momento.

- Não é justo... - Ele sussurrou antes de colocar de volta sua mascara infantil, abrir a porta e correr para dentro, cumprimentado a todos com uma saudação muito animada e continuar com o papel que ele foi forçado a atuar por enquanto.

Enquanto isso, uma figura vestida de branco estava em um telhado próximo, olhando pela janela da agência de detetive e em seguida, voltar-se para olhar a árvore recém danificada no parque. Sabendo que não havia ninguém lá para ver-lo, ele permitiu sua máscara cair por um segundo, um olhar muito semelhante de dor e solidão reflete em seus olhos, traindo o sorriso ainda estampado em seu rosto.

- Você está certo, o pequeno detetive. Não é.


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Notas finais do capítulo

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