– Um paciente baleado foi trazido para cá. - Alison falou apressada com a mulher atrás do balcão. - O nome dele é Duncan...

– Primeiro diga o seu nome, senhorita.

– Vivian Darkbloom. - Aria olhou para a televisão e viu uma foto dela e de suas quatro amigas. A polícia sabia sobre Alison, e já estavam procurando. - Pode apenas me dizer que ele está bem?

– Um minuto!

Aria puxou a mão de Alison e sussurrou:

– Você tem que sair daqui, nossas fotos estão nos noticiários. - Elas se entreolharam, alguém as observava. - Encontre as meninas, eu fico aqui e levo notícias assim que possível.

A loira caminhou até o elevador e quando entrou viu um encapuzado de máscara indo em sua direção, mas a porta fechou-se a tempo. -A nem imaginava que era isso que elas queriam.

Ela correu o máximo que pode, mesmo sabendo que o encapuzado já tinha a alcançado. Quando chegou a um parque abandonado ela sorriu e -A puxou seu braço.

– Peguei você. - Ele riu. - Vamos brincar?

– Vá para o inferno.

Ao tentar correr ela levou um chute forte em suas pernas e foi ao chão, a pessoa de preto subiu encima dela a deixando imóvel.

– O jogo acabou!

– Não. - Ela pegou um spray de pimenta e atingiu os olhos do mascarado. - Não acabou.

– Pegamos você! - Spencer e as outras duas saíram de trás de uma arvore com ar de vitoriosas. - Você está cercado.

– E se eu não for -A? Ele pode ser -A. - Disse apontando para outro mascarado com capuz que apareceu atrás delas. - Ou talvez ela seja.

Alguém com máscara de Alison veio seguida por várias pessoas com mascaras sinistras, de palhaço, animais, personagens de filmes. Eles gritavam: "Eu sou -A!" enquanto andavam em círculos.

– Eu peguei vocês. - O que tinha seguido Alison gritou no meio de todos os outros. - Qual a sensação?

A policia que tinha recebido uma denúncia de um dos moradores dos arredores chegou achando que era algum encontro de gangues, mas quando ouviram a sirene todos os encapuzados se foram e as meninas se esconderam.

...

– Ali, acabamos de chegar ao hospital. - Logan disse ao telefone. - Onde vocês estão?

– Voltando para Rosewood, vou contar toda a verdade.

– Está certa disso?

– Sim. - Ela não hesitou. - Se protejam, e protejam Duncan. Vou estar com vocês assim que puder.

– Ok! - Logan passou alguns segundos em silencio. - A cirurgia acabou.

– Retiraram a bala? Como ele está?

– Eu e Rebekah vamos entrar agora, porém ele não está consciente ainda. Aria já está indo encontrar com vocês.

– Me mantenha informada.

– Se cuide, Ali!

– Tudo bem. - Logan notou a tristeza em sua voz, Alison devia está assustada por voltar, e ainda mais por Duncan está ferido. - Temos que ir.

...

– Shana? - Emily ficou incrédula ao ver a morena entrar no teatro. - O que faz aqui vestida assim?

– Lugar perfeito para morrer, Alison. - A morena ignorou Em. - Adorei a escolha. Bem dramático.

– O que você está falando? - Ela assustou-se. - Por onde tem andado?

Shana era mais uma do enorme leque de ajudantes que Alison tinha. As meninas já sabiam disso, assim como sabiam que Noel também era um ajudante.

– Escolha suas últimas palavras com cuidado. - Ela apontou uma arma para a loira e Emily instantaneamente se colocou na frente dela. - Fiquem fora disso, o meu problema é só com ela.

– Seu problema? Ou o de Jenna? - Alison estava chocada com aquela traição. - Não posso acreditar que você realmente se apaixonou por aquele ser desprezível.

– Cale a boca!

– Se quer matá-la, terá que matar todas nós.

– Será um prazer, Hanna. - Ela sorriu de forma doentia e tirou o capuz. - Você é uma pessoa horrível, Alison DiLaurentis. Te matar de forma rápida é um favor que eu faço a você.

– Shana!? - Aria apareceu por trás da morena que ao virar-se teve uma surpresa quando levou uma forte batida de uma espingarda cenográfica que estava nas mãos da mais baixa. - Ninguém encosta nela sem passar por mim primeiro.

Enquanto seu corpo caia em meio as poltronas do teatro ela disparou um tiro no refletor encima de Alison e fez com que os vidros fossem parar nos longos cabelos loiros. E então Shana estava no chão, tinha sangue saindo de sua cabeça, provavelmente por ter batido contra o chão com muita força.

...

– Como você está, Duncan? - Logan estava feliz em ver o amigo sorrindo. - Ficamos tão preocupados, eu estava prestes a enlouquecer.

– Quanto tempo eu fiquei desacordado? - Ele estava atordoado. - Todos estão bem?

– Quem está em piores condições é você. - Rebekah sorriu. - As garotas vão voltar para Rosewood, Alison e você não terão que fugir mais.

– Quem é Alison? - O loiro lembrava de ter salvado Hanna, Aria, Emily e Spencer. Nem sequer sabia como as conhecia, mas não lembrava de nenhuma Alison. - De quem estão falando?

– Você está brincando? - Logan ficou assustado. - Alison é o seu amor épico. Não se lembra?

De repente uma alteração no aparelho de monitoração do coração dele fez com que tivessem que chamar os médicos. Duncan realmente não estava bem.

Um tempo depois o médico alto e simpático apareceu na sala de espera.

– Ele já está bem. Foi apenas uma pequena crise.

– Doutor, ele não lembrava quem eu era. - Rebekah mentiu para obter informações. - Isso é normal?

– Talvez apenas um choque pós traumático. - O senhor disse acalmando a loira. - Porem se isso for permanente eu sinto muito em informar que ele não voltará a lembrar de você ou nada relacionado ao seu nome.

...

Alison entrou na delegacia seguida por suas quatro melhores amigas, ela tremia, teria que contar tudo, até mesmo algo que poderia incriminar sua mãe a prisão perpetua.

– Holbrook! - Ela forçou um sorriso. - Eu sou Alison DiLaurentis e estou aqui para contar toda a verdade.

– Estou feliz por você ter voltado. - Ele fingiu não ter ajudado Alison a se isolar em uma cabana. Era um alivio ela ter fugido depois dos sinais de uma luta pesada que tinha ficado no local. - Que tal contar tudo sobre o seu desaparecimento. Desde o início.

A loira abriu a sua bolsa e rapidamente mudou sua expressão ao ver em seu celular uma mensagem de um numero bloqueado: "A verdade te enterrará como em um minuto de nova Iorque."

– Eu não desapareci. - Aquela mensagem mudava todos os seus planos. - Eu fui sequestrada e mantida em cativeiro por dois anos.

– E o que me diz sobre essa foto?

– Foi quando eu fugi pela primeira vez, estava tão assustada. Minhas amigas me ajudaram a me esconder e continuar segura fora da mira dos meus sequestradores.

– Por meses? Onde estava?

– Em uma cabana na floresta. - As mentiras saiam da boca dela como se fossem verdades e as meninas se perguntavam o porquê daquilo tudo. - Precisava voltar e continuar minha vida.

– Como escapou? Não viu quem era o sequestrador?

– Não. - Ela negou. - Eu consegui pular para fora do carro em movimento, estava vendada o tempo todo. Você não imagina o quanto eu sofri com isso tudo.

– Precisamos disso tudo em detalhes.

Horas depois o pai de Alison entrou na sala de interrogatório, ele estava pálido e tremendo.

– Pai! – Ela suspirou e correu para os braços dele como uma criança em apuros. – Onde está a mamãe? Senti tanta falta de vocês.

– Sua mãe não atende, não está em casa. Deve estar com Jason.

– Podemos ir para casa?

...

– Ela está mesmo de volta, meninas. – Spencer sorriu. – Conseguimos trazer Alison para casa, e acabamos com –A.

– Está tudo seguindo o caminho certo. – Hanna olhou para Aria. – O que aconteceu? Por que não está comemorando?

– Meu namorado é um fingido, minha melhor amiga morta voltou e eu matei alguém. – A mais baixa respondeu. – Tente isso.

– Aria, não é sua culpa. – Emily pegou na mão dela. – Você nos salvou. Shana mataria Alison e a nós se você não tivesse impedido.

– O que não entendo é porque Alison mentiu sobre ter sido sequestrada. – Hanna estava confusa. – Nós nem tínhamos combinado sobre aquilo, o trato era contar toda a verdade.

– Eu menti para proteger Aria. – A loira saiu do banheiro entrando em seu quarto de repente. – Alguém que não é –A sabe o que aconteceu no teatro. Podemos ter nos livrado da vadia, mas não era a única que tínhamos que temer.

– Preciso ir para casa. – Aria se levantou da cama e pegou sua bolsa que estava jogada no chão. – Preciso pensar no que eu vou fazer. Sobre tudo, inclusive Ezra.

– Hey, lembre-se de uma coisa. – Alison a puxou para um abraço. – Dessa vez eu estarei aqui por você. Todas nós. - Aquele abraço fez a pequena Aria baixar a guarda, Alison sabia como fazer alguém se sentir seguro. Talvez por isso Aria nunca desistiu de acreditar que ela estava viva. – Meu pai não vai me deixar sair, alguém devia ir com Aria. Ela está tremendo.

– Eu vou! – Spencer foi rápida. – Não estou pronta para as perguntas dos Hastings, muito menos agora que Melissa voltou.

– A vadia voltou? – Hanna falou sem pensar. – Desculpe, eu só...

– Se quiser eu posso ficar essa noite, Ali. – Emily disse inocente. – Deve ser estranho estar de volta.

Era o que a loira mais queria, ter alguém por perto, aquela casa ainda a deixava com calafrios por todo o corpo. Quando todas foram embora elas foram deitar, sentir Alison tão próxima deixava Emily com uma sensação estranha, porém era muito bom.

– Ali, você está acordada? – A morena perguntou envergonhada.

Ela virou-se com seus lindos olhos encarando Emily. Ela não sabia o que fazer, aquele momento era sem dúvidas um dos mais embaraçosos que ela tinha passado.

– Eu sei que quer me beijar... – Alison falou de forma lenta e sensual. – Senti saudades dos seus beijos, sinto que estou pronta para algo mais.

Sem pensar duas vezes a morena tomou os lábios avermelhados de Alison, começou com um beijo lento, mas em segundos tornou-se forte e cheio de desejo de ambas. Emily passava suas mãos por cada centímetro do corpo de Ali, estava diferente, ela amadureceu enquanto não estava em Rosewood. Seu maior sonho estava prestes a se realizar quando alguém bateu na porta.

– Alison, você já dormiu?

– Ainda não, pai. – Ela riu baixo da situação. – Emily está aqui, vamos ficar conversando.

– Olá Emily! – Sr. DiLaurentis falou. – Eu só queria dizer que qualquer coisa eu vou estar lá na sala. E que eu te amo, filha.

Uma lagrima rolou pelo rosto da loira e Emily a secou com o polegar. Ela ouviu seu pai afastando-se e sussurrou:

– Quais as chances de continuarmos com isso?

– Agora? Impossível. – Emily disse envergonhada. – Queria sumir de tanto medo que senti dele nos pegar.

– Eu te amo. – Alison a beijou. Um beijo rápido, porém apaixonado. – Durma bem, Em.