– Desde quando sabem que Alison DiLaurentis está viva? – As quatro meninas estavam sentadas e Gabriel fazia essa pergunta como se fosse algo normal. – Quem vai responder primeiro?

– Ali não está viva. – Hanna falou. – Nunca esteve.

Spencer a encarou com um olhar de julgamento, mentir para a policia não ajudaria em nada. Afinal de contas eles tinham provas de que Alison está mesmo viva.

– Hanna, eu acho que Spencer deveria começar...

– Cale a boca, senhorita Montgomery. – Ele interrompeu Aria. – Continue, Marin.

– Como eu disse, Alison não está viva. – Ela suspirou. – Aquela garota na foto é Rebekah Dawson e...

De repente a loira foi interrompida mais uma vez, agora por um policial que abriu a porta sem antes nem bater. Ele chamou Gabriel e cochichou algo com o detetive.

– Parece que temos uma visitante. – O homem sorriu para elas. – Devo traze-lá até aqui?

– Se for a Mona de novo eu vou arrancar aqueles olhos. – Aria disse já se levantando. – Não agüento mais ela metida em tudo que se relaciona a nós.

– Duvido muito que queira arrancar meus olhos, Aria. – A voz doce e cheia de confiança saiu dos lábios lindos e lambuzados de gloss de Alison DiLaurentis. – Bom dia, garotas!

– O que você ta fazendo? – Ela olhou confusa para Hanna. – Eu estava prestes a te salvar.

– E se encrencar na policia. – Alison riu. – Não seria muito esperto da sua parte, Hanna Fortinha.

– Eu quero que as quatro saiam e deixem apenas a senhorita Dilaurentis aqui. – O detetive deu um sorriso e puxou uma cadeira para Alison sentar. – Aproveitem e liguem para a mãe dela. O que ela fez não é justo.

– Eu não vou demorar, Gabriel. – Os dois se entreolharam. – Podemos manter isso apenas entre nós?

– Eu acabei de colocar minhas mãos no ouro, acha que vou distribuir aos pobres?

Foi a ultima coisa que as liars ouviram antes dele fechar a porta e ficar sozinho com Ali naquela sala fria e com luzes que incomodava os olhos.

...

Não muito longe da delegacia estavam Logan e Duncan esperando pela volta de Alison. Os dois tinham esperança de que tudo seria resolvido e a policia liberaria a loira, mas será que seria isso que aconteceria?

Logan viu de longe seu professor Ezra, ele parecia preocupado, devia está esperando Aria. O garoto pálido resolveu atravessar a rua e cumprimentar Sr. Fitz,

– Sr. Fitz! – O professor sorriu forçadamente para ele. – Está tudo bem?

– Claro, Logan. E você?

– Bem. – Logan olhou na direção da delegacia. – Ninguém pode prever quando isso vai acabar, né?

– Isso é verdade. – O mais alto estava aparentemente desconfortável. – Só quero que Alison saia logo dessa delegacia.

– Alison? – Como Ezra sabia que a loira estava lá? Isso era estranho. – Você quis dizer Aria, não ?

– E o que eu disse?

– Alison.

– Corrigi tantas provas ontem, devo está confuso.

– Por que não toma um café comigo e meu amigo?

– Fica para a próxima. – Ele deu dois leves tapinhas no ombro de Logan. – Não diga a Aria que eu estive aqui. Não quero que ela ache que tem que lidar com minha preocupação além de tudo isso.

– Tudo bem. Será nosso segredo.

E do outro lado da rua Duncan observava os dois com uma expressão estranha.E nem tentava disfarçar.

...

– E por acaso... – Alison já estava se levantando quando olhou confusa para Holbrook. – Já nos conhecemos?

– Não. – Ele respondeu rápido e em seguida se odiou mentalmente por isso. – Você não tem idade das pessoas que eu ando.

– Naquela época eu andava com todas as idades, e sempre fui a mais madura.

– Enfim senhorita DiLaurentis, você aceita o nosso trato?

– Não tenho nada a perder. – Disse dando de ombros. – E mesmo que tivesse, não me arriscaria.

– Vou mandar um dos meus homens te levar. – Ele esticou a mão para a loira. – Foi um grande prazer.

– Digo o mesmo. – Ela sorriu pegando na mão dele. – É sempre um prazer conhecer um homem tão poderoso.

– Não me bajule, se não vou ficar mal acostumado.

– Se precisar de qualquer coisa. – Alison sussurrou em seu ouvido. – Eu tenho você em minhas mãos.

– Do que está falando?

– Eu até sonhava em ser uma estrela de cinema, mas não daquele jeito.

– Não faço a menor idéia do que você está falando.

Ele viu um filme de tudo o que ele e sua turma do N.A.T clube aprontou com a linda garota de olhos enormes e inocentes em sua mente, a cor de sua pele foi sumindo e então ele ficou paralisado sem reação alguma.

– Talvez eu ainda queira vingança. – Alison continuava sussurrando. – Mas se você me ajudar, Jason paga pelo que fez e eu te deixo livre, como um pássaro.

Um policial alto e forte chegou, ele conduziu Alison até uma viatura que estava na parte de trás do estacionamento. Ninguém nunca saberia para onde ela foi.

...

– O que é aquilo? – Mike entrou no café dando de cara com Logan que já estava saindo. – Na verdade, quem é aquilo? Ele parece um armário.

– Mike, relaxa. – Ele riu. – Duncan é hetero.

– Eu também sou.

– Serio? – Logan disse sarcástico. – E por que está morrendo de ciúmes de mim?

– Não é ciúmes. – Mike parecia hesitante. – Achei que estávamos sérios depois do natal.

– E estamos.

– Com licença. – Rebekah abriu a porta do café fazendo com que os dois se afastassem. – Por que não procuram um quarto?

– Comigo ele pode ir para um quarto quando quiser. – Mike disse rindo. – Já com você...

– Mike! – Logan o repreendeu. – Bekah, podemos conversar?

– Não. – A loira o empurrou. – Preciso falar com o dono dessa espelunca.

– O que quer aqui? – Ele tentou se libertar da mão de Mike que apertava seu braço. – Veio procurar trabalho? A Em trabalha aqui. Posso pedir para ela te ajudar.

– Por que não tenta ajudar o seu namoradinho no banheiro? – Ela olhou furiosa. – Soube que quando crianças ficam excitadas o membro começa a doer.

Mike olhou para ela ainda mais furioso.

– Parem com isso. – O garoto pálido disse firme. – Por que não podemos viver em paz?

– Porque cada escolha tem uma conseqüência. – O menor disse. – Você me escolheu e como conseqüência perdeu essa daí.

Rebekah desistiu de esperar para falar com o gerente do bar e saiu batendo a porta com força.

...

Oficial Holbrook estava voltando para sua sala quando Emily o parou.

– Onde ela está? – A nadadora disse seria. – Eu quero vê-la.

– Acho que isso é impossível. – Ele riu. – Sua amiga foi embora.

– O que? – Aria falou. – Ela estava naquela sala e não saímos daqui nem um minuto, como ela sairia sem ser notada?

– Talvez seja coisa de fantasma.

– Alison não é um fantasma. – Hanna estava brava. – Devolva ela para nós.

– Você mesmo disse que ela nunca esteve viva. – Gabriel sorriu novamente. – Quer se encrencar com as autoridades?

– O que está acontecendo? Temos direito de ver Ali.

– Spencer, você me parece a mais inteligente... – O detetive olhou para ela como se tentasse enxergar através dela. – A sua amiga salvou vocês, então que tal você e seu grupinho darem o fora daqui antes que eu me arrependa?

...

Alison estava na viatura, uma chuva forte tinha se iniciado e ela observava as gotas rolarem pelo vidro. O frio a estava incomodando, mas não pediu para o policial mudar a temperatura do ar condicionado.

Por sua mente apenas passava os olhos de cada um que ela deixou para trás, diferente do que aconteceu quando ela fugiu da primeira vez que apenas pensava em está viva, agora ela se preocupava com as pessoas que amava.

A cada curva que a viatura fazia o coração dela ficava mais apertado, parecia está prestes a explodir em lagrimas. Quando o céu já estava escuro indicando que já era tarde da noite e o carro ainda não tinha feito nenhuma parada, talvez pela forte chuva Alison pediu para o policial seu celular.

Aquela era a ultima vez que ela teria o privilegio de usar um, então fechou os olhos e tentou lembrar do numero de Duncan e o de suas amigas. ‘’Chegou à hora de dizer o ultimo adeus. ’’ Ela pensou.