- Não acho que você deva sair espalhando pra todo mundo que é filha de Apolo, vão te achar louca.

- Mas você não achou. - Disse ela com um ar de presunção.

- Claro que não, mas você confiou em mim. Por quê?

- Eu tenho esse dom, reconheço um semideus só olhando pra ele, mas não reconheço o parente divino.

- Sou filho de Hades.

- Ah. - disse. - Qual sua história trágica?

           A pergunta o atingiu como um balde de água fria, ele encarou o chão e falou um pouco mais rude do que pretendia:

- Não te interessa.

- Então tá. - Ela se levantou e saiu andando na escuridão.

- Ei, ei, ei. Aonde vai?

       Ela não respondeu, continuou andando, ele começou a apressar os passos, até que ela tirou sua pulseira e balançou, se transformou em um arco e ela mirou em Nico.

- Que estresse, por quê?

- "Não te interessa".

Com uma risadinha nico rolou os olhos.

- Você, como todos os filhos de Apolo, convencidos, cheios de si mesmo, não podem ser contrariados, parecem até os filhos de Athena.

- Se eu fosse você mediria as palavras.

- Você nem mesmo me disse seu nome, e esta me apontando uma flecha, mas esse é o seu único ponto.

  O chão começou a tremer e a garota quase recuou.

Quase.

Abriu uma pequena fenda e dois esqueletos sairão de dentro, ela dispara uma flecha contra um, mas a flecha apenas crava nem uma costela, ela bate com o arco na cabeça de um e o crânio sai rolando, mas ele volta e encaixa, ela se prepara pra sair correndo mas o primeiro esqueleto segura um braço e o outro segura o outro. Nico balançou a cabeça negativamente quando a garota ainda tentava se soltar.

- O que você quer?

- Saber por que você saiu toda braba quando eu disse que não te interessa.

- Sem motivos maiores, eu quase falei o motivo pra você, mas você foi idiota, eu finalmente achei que estava começando a me socializar. - Uma filha de Apolo que não tinha amigos, que novidade.

- Começando a se socializar? Você nunca teve amigos?

- Se você não confia em mim pra falar do seu passado por que eu confiaria em você pra falar do meu?

   - Nós acabamos de nos conhecer, na verdade, nem nos conhecemos ainda, então entendo você.

    A fenda tremeu e os esqueletos a soltaram e foram engolidos pelo buraco que se fechou.

- Você é louco.

- Você apontou uma arma perigosa pra mim. Mas você é uma semideusa perdida, então eu ajudo você e ... pera se você é uma semideusa perdida aonde ganhou aquele arco?

- Esse é um assunto delicado pelo qual eu gostaria de não comentar.

 - Mas a cena de ver você chorando é de cortar o coração, você gosta de aventuras?

- Sim.

- Então isso te faz minha parceira, vou te levar até o acampamento meio-sangue.

- Acampamento meio-que?

- Acampamento para semideuses, lá nós ficamos protegidos.

- Ah, e depois disso você... some? Ou você fica lá também? 

- Eu não fico lá, eu fico viajando pelo mundo.

- Você já conheceu a Itália?

- Sim, não foi uma experiência divertida.

- Eu quero que você me prometa uma coisa.

- Sim?

- Que antes de me levar para o acampamento, eu vou conhecer o mundo com você.

          Nico com uma expressão incrédula percebeu que não dava pra discutir, então suspirou e se tocou de uma coisa.

- Qual o seu nome?

        A pergunta a fez ser pega de surpresa pois ela empalideceu e fumaça começou a surgir de seus ombros, mas Nico não comentou.

- A...A...Aghata.

- Aghata?

- Lucy, Lucy!

- Okay, Lucy. Mas e sua mãe?

- Vamos na minha casa pegar roupas, dinheiro e comida pra nós. Minha mãe nem está em casa. Temos uma viagem a fazer.

- É... temos. - " Só vou levar ela a 2 países e depois depois enganá-la e deixar ela no acampamento ", Nico disse a si mesmo.