Nyx chega e todos nós nos reunimos. Ela avalia cada um dos cinco, depois se volta para de traz da mesa.

– Eu já sei que três de vocês foram sequestrados – ela começa ao se sentar, ela parecia tensa.

– E o que faremos em relação a isso – pergunto – Natasha já descobriu aonde é o cativeiro.

– Que bom – ela parecia um pouco mais aliviada, mas ainda continuava tensa – Vocês tem que se apressar, pois o ritual já começou.

– Que ritual? – Natasha fala.

– O que vai ser realizado para tomar meu poder. Agora eu vou explicar tudo o que está acontecendo – ela faz uma pausa e depois continua – cinco vidas tem que ser tiradas para realizar o ritual. Um ritual para pegar o meu poder.

– Mas eles só sequestraram três de nós e mais a sua filha, ficamos com quatro e não com cinco – Natasha parecia confusa.

– Eu posso terminar Srta. Roberts? – ela lança um olhar gélido e mortal a Natasha – eles precisam de vidas especificas e cada um delas é sacrificada em certo dia. O primeiro dia que aconteceu ontem foi à vida de um mortal, ela é a primeira vida a ser sacrificada. No segundo dia, que é hoje, um semideus qualquer morre. No terceiro um neto meu é que vai ser sacrificado. No quarto um legado irá ser sacrificado. E por ultimo minha filha. Quando todas essas mortes forem realizadas eu perco meu poder e todos os deuses meus filhos que participaram disso vão ganhá-lo.

– E o que a gente tem que fazer para impedir isso? – pergunto.

– Vocês tem que salvar minha filha e/ou os outros que puderem. Vocês já perderam dois dias, agora só restam três para poderem resgata-la.

– E como iremos fazer isso? –continuo.

– Vocês já sabem a localização, vocês têm poderes e armas, só preciso arranjar o meio de transporte e a armadura. E já tenho tudo pronto.

– E cadê eles – Sophie fala.

Nyx faz aparecer um uniforme (calça, blusa, jaqueta, sapatos) no colo de cada um. O uniforme todo era preto e prata.

– Isso parece uma roupa normal e não uma armadura – Scott reclama.

– Mas isso é uma armadura, só que bem mais leve – Nyx responde.

– E charmosa – Natasha diz estendendo a jaqueta na frente do corpo.

–Isso é uma armadura feita de ônix e prata divina – ela entrega também uma bolsa de cintura para cada um – Isso é mágico e cabe qualquer coisa que quiserem.

– E vamos viajar através das foices? – Marvel pergunta arrumando o uniforme em seu colo.

– Não, porque eles têm uma magia que impede que este meio de transporte seja utilizado.

– Então iremos de que?

– Vocês irão de cavalos vampiros – ela percebeu a duvida nos rostos – os cavalos que puxam minha carruagem.

– A gente vai em uma carruagem? – sorriso crescia um pouco no rosto de Natasha.

– Não, vocês vão montados nos cavalos – o sorriso desapareceu do seu rosto.

– Nós iremos ainda hoje? –pergunta Marvel.

– Não.

– Por que não? – digo – você disse que é urgente e que precisa ser rápido.

– Mas se vocês forem hoje, vocês não vão ter um plano e irão despreparadas e talvez só piorem a situação. Eu quero que vocês planejem cada detalhe da invasão. Vou dar a vocês esse dia inteiro para planejarem cada detalhe da missão, porque é de suma importância que não falhem, para o meu bem, o da minha filha, o de vocês e também o de seus pais divinos. Vocês partem nessa próxima noite.

Ela não diz mais nada e vai embora, todos ficam ali na sala por minutos, em choque pelo que a Deusa falou, por cansaço ou por medo. Eu saio de lá primeiro que todos, pego minha armadura e vou para meu quarto. Tomo um banho rápido, morno e sem molhar o cabelo, visto um vestido cinza, calço botas e amarro meu cabelo em um coque.

Fico parada em meu quarto observando o desenho da garota e o espelho que fiz. A imagem era dramaticamente bela, mas parecia surreal. Parecia aquelas garotas que demonstram um sorriso pra dizer que tudo está bem, mas no fundo ela quer ir pra casa chorar porque sabe que não está nada bem e isso foi o que aconteceu comigo e com a Natasha quando ela perdeu a mãe, ela sorria na minha frente, mas mesmo assim eu sabia que havia algo de errado com ela e não fiz nada pra ajudar, talvez eu tenha a decepcionado e por isso ela não confia mais em mim.

Nós marcamos uma reunião ainda nessa noite na biblioteca. Eu chego lá primeiro que todos, mas antes passo na cozinha para pegar uma maçã. Quando todos estão reunidos eu falo:

– Nós temos que planejar a invasão, mas primeiro precisamos saber da Natasha sobre como é o local.

– Lá aonde nós vamos é um espaço cheio de armazéns cenográficos abandonados – ela começa a falar – o nome do nosso armazém é Brothers in the Dark e a porta secreta está localizada atrás de um cenário de uma casa, mais precisamente de uma sala. Esse cenário era um dos últimos.

– E tinha guardas por lá? –Scott pergunta.

– Não – ela responde –o que significa que quem for tentar nos parar vão estar no nosso caminho até lá e também estarão na caverna para tentarem uma emboscada.

– Então no caminho precisaremos de poder de fogo a longo alcance –digo.

– Sim, ma só quem tem é o Scott com a varinha, Sophie que pode fazer o anel virar um arco e flecha ou um missel, o Marvel com os servos anemoi thuellai do norte, você Katie com as bombas de romã, o Alec como arco e flecha dele só – a Natasha estava pensando se tinha mais alguém, mas não tinha – mas o Alec esta preso.

– Eu dou um jeito nisso – digo – vocês tem mais algo a comentar sobre isso? – nenhum deles fala nada – Natasha vem comigo.

Saio da biblioteca junto com a Natasha e sigo direto para o quarto do Alec.

– Para onde nós vamos? – ela pergunta.

– Vamos testar minha teoria – abro a porta do quarto do Alec e procuro pelo Iphone dele, acho em uma das gavetas da cômoda –Segure – entrego o Iphone a ela.

– O que eu faço?

– Clica no botão de ligar.

Ela clica, mas nada acontece.

– O que era pra acontecer?

– Era para aparecer o arco e flecha do Alec. Eu pensei que se abriria para você porque você é prima dele, filha do irmão gêmeo do pai dele.

Eu pego o Iphone de volta e saio do quarto com ele. Vou para o quarto do Erick e procuro pelas armas dele (uma adaga e um relógio de bolso). Acho os dois rapidamente.

Minha segunda teoria é que o colar vá me obedecer porque minha mãe é rainha do mundo inferior e esposa do mestre da Melinoe. Clico no botão d abrir o relógio e sinto como se meu corpo tivesse mais leve. Olho para minhas mãos e levo um susto, elas estavam quase transparentes e se eu forçasse mais ela ficava totalmente transparente, sigo para a parede que dava para a varanda da casa e passo por ela facilmente, só sentindo um formigamento ao passar. Volto para dentro do quarto de novo, desligo aquele poder, pego a adaga e o colar do Erick, o Iphone do Alec e vou para o quarto da Kitty.

Minha terceira é de que como sou irmã da Kitty, poderei usar o seu colar e a adaga. Chego lá e encontro os dois em cima da escrivaninha. Com sorte só terei que usar até salvar minha irmã. Pego o colar e a adaga e junto com as outras coisas que peguei, não posso testar o poder do colar agora, isso vai ter que ser testado na hora.

Saio do quarto da Kitty e sigo para o meu, aonde Natasha já se encontrava dormindo. Coloco todas as coisas que peguei na minha cômoda e tranco ela. Visto o pijama e vou dormir.

O resto do dia se passa calmo, nós estávamos nos relembrando do plano. Marvel irá usar os seus anemoi thuellai para atacar alguns, eu uso bombas de romã e meu chakram, Sophie usará um arco e flecha e Scott usará seus feitiços, eu emprestarei minha adaga de drakon para a Natasha e ela vai usar para brigar “mano a mano” com os inimigos. Quando acabarmos com os inimigos do caminho, iremos seguir para o armazém e lá eu irei usar o colar da Kitty para fazê-los brigarem uns com os outros, se isso não der certo eu irei usar o colar do Erick para passa-los enquanto os outros seguram os monstros. Mas tem uma ponta solta que não consegui resolver, o espião.

Quando chega à tarde, já escurecendo, todos saem para se alimentar de humanos para a batalha.