Após olhar para os lados, viu que não aviam apenas “Aboborigenes”, mas também seres baixos e quadrúpedes. Quatro não, oito patas! Aranhas, fantasmas, lobos, bruxas, entre outros. Irish não acreditava no que via. Num momento de desatenção, Jack se perde da manada. Agora, andava sozinho, assistindo a parada.

Quando criança, Jack foi levado pelo pai ao centro de Halloween Town, sua cidade natal, para assistir a um desfile. O pai lhe disse:

“- Filho, quando você crescer, vai participar de um desfile assim.”

Jack estranhava, já que não era muito chegado a essas coisas. Mas percebendo agora, seu pai poderia ser vidente. Ou apenas louco. Tinha certo problema com bebida... Além de bêbado, chegava em casa constantemente machucado. Nunca contava o que acontecia. Jack e sua mãe ficavam preocupados. Quando Jack fez 12 anos, seu pai morreu. Morreu não, foi morto. Num jantar de Ação de Graças, levou um tiro nas costas. Suspeita-se que foi o mesmo homem que matou Kennedy, em 1965.

Com a lembrança do pai, veio a da mãe. Dois anos após a morte do pai, a mãe morreu de infarto. Não se sabe ao certo qual o motivo, mas Jack suspeitava que fosse relacionado ao acúmulo de tristezas: A morte do marido, o atraso do aluguel, a ameaça de expulsão do condomínio, o filho ter sido expulso do colégio pela segunda vez. Jack ficou com o tio... Mas o tio dele estava sempre fora, então era como se não estivesse lá. Com vinte anos, Jack deixou a casa do seu tio e foi morar sozinho.

Já estava acostumado a se virar. Infelizmente o tio não o colocou numa outra escola, então não tinha uma boa formação. Com o dinheiro que pegou emprestado do tio, sem que ele soubesse, alugou um apartamento pequeno. O tio nem deu falta do dinheiro, já que tinha muito. Arrumou um trabalhinho razoável, com um salário mínimo. Dava pra viver.

Jack caiu em um sono profundo...