– Boa noite, Orochimaru. Irei me deitar.

Despediu-se, subindo às escadas.

– Boa noite, Sakura. Tenha bons sonhos.

Olhou Orochimaru atentamente pela última vez naquela noite, antes de subir de uma vez. Por mais que estudasse à fisionomia de Orochimaru, não conseguia encontrar ameaça nele.

Entrou em seu quarto o trancando, entrando em seu banheiro em seguida. Molhou seu rosto, se olhando no espelho.

– O que eu faço?

Perguntou para seu reflexo, com uma expressão confusa. Não sabia o que fazer, e isso á estava enlouquecendo.

Folheou o álbum mas não encontrou fotos de Orochimaru na infância, mas seu pai tinha deixado uma carta lhe deixando o moreno como tutor. O que deveria pensar? O que deveria fazer?

– Por quê tudo tem que ser tão complicado?

Perguntou secando o rosto, pendurou a toalha voltando para o quarto.

Deitou em sua cama, se cobrindo.

– Seria tão mais fácil com o Sasuke-kun aqui.

Sussurrou, enquanto olhava para o número do moreno na tela de seu celular, ligando.

Não contaria para o moreno de suas suspeitas sobre Orochimaru, ele já estava passando por um momento muito difícil, e isso só o preocuparia mais. No terceiro toque pode ouvir à rouca e apaixonante voz de seu moreno:

– Sakura.

– Sasuke-kun.

Sorriu, falando o nome do moreno.

– Está tudo bem?

– Sim, não se preocupe. – o tranquilizou. – Mas e você, como está?

– Eu acabei de ver a minha mãe. Ainda estou tentando entender se estou furioso ou preocupado.

Mordeu o lábio inferior, preocupada. Sabia que pelo tom de voz de Sasuke ele estava triste, e com certeza precisaria dela. Queria estar com Sasuke para abraça-lo.

– Você sabe que eu estou aqui para você, né?

– Sei.

– Quando quiser desabafar, não exite em me ligar.

– Tudo bem. Agora preciso desligar, Itachi está me chamando.

– Ok. Boa noite, Sasuke-kun.

– Boa noite, irritante.

Sorriu, desligando o celular.

Fechou os olhos, se aconchegando melhor embaixo dos lençóis. O moreno conseguia com sua voz espantar suas preocupações em relação à Orochimaru.

Sorriu tendo à certeza de uma coisa: Amava Sasuke com toda às suas forças...

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Sasuke acordou sentindo seu irmão o balançar.

– O que foi?

Perguntou coçando os olhos, se sentando melhor na cadeira.

– Você não foi para casa?

Balançou à cabeça em negação, ainda sonolento.

– Pode ir descansar um pouco, Sasuke. A mamãe ainda está em repouso.

– Eu estou ótimo.

Diz após um bocejo. Não queria sair do hospital sem ver a sua mãe.

– Vai ver a mamãe bagunçado desse jeito, sabe que ela odeia quando não dormimos bem.

Sasuke olhou para o irmão, com uma expressão de puro tédio.

– Qual é Itachi, não tenho mais cinco anos.

O mais velho cruza os braços, o olhando em divertimento.

– Ah é? Só quero ver a cara da mamãe quando te ver parecendo um mendigo.

– Hum. – murmurou sem dar muita importância. – E o pai? – perguntou indiferente.

– Já deve estar chegando, ele foi para casa para tomar um rápido banho. Ou seja, o único sujinho é você.

– Não enche, Itachi. – diz emburrado.

– Com licença. – Uma enfermeira os chamou. – Vocês são os acompanhantes da Senhora Uchiha, estou certa?

– Sim. – responderam os irmãos juntos.

– A Senhora Uchiha acaba de acordar. – Fala sorrindo.

Olhou rapidamente para o irmão, sentindo um ansiedade o invadir. Queria o mais rápido ver sua mãe, e pela expressão do irmão, eles compartilhavam disso juntos.

– Podemos vê-la? – perguntou, achando sua voz.

– Sim. Podem seguir-me, irei levá-los.

– Obrigado. – agradeceram a seguindo.

Sasuke se sentia nervoso, fazia alguma tempo que não falava com a sua mãe, e depois de tanto tempo sem falar com ela, a veria numa cama de hospital.

Parou em frente à porta do quarto, segurando à maçaneta com força, olhou para Itachi encontrando um sorriso encorajador vindo de seu irmão.

Abriu à porta, sentindo a garganta secar, e seus olhos marejarem ao olhar para o rosto machucado de sua mãe. A viu abrir os braços, o chamando para um abraço.

Correu em direção à morena, a abraçando gentilmente para não machuca-la.

– Que saudades, meu menininho. – sentiu o tão amado cafuné de sua mãe em seus cabelos. – Tive tanto medo de não olhar mais para o meu amor.

– Nunca mais faça isso. – sua voz estava embargada. – Nunca mais pense em me deixar.

Sentiu às lágrimas de sua mãe molharem sua camisa, mas não se importou. Ter sua mãe segura em seus braços era a melhor sensação do mundo.

– Mas sem choros, é momento de alegria. Aliás, cadê o meu meninão?

– Mamãe?

Itachi fechou à porta, se virando para a mãe.

– Mamãe.

O moreno correu em direção à mãe, a abraçando fortemente, esquecendo-se do estado delicado de sua mãe, só queria sentir sua preciosa mãe em seus braços. Mas logo sr afastou, após um gemido de sua mãe, a olhando preocupada.

– Você a machucou, seu burro!

Sasuke empurrou o irmão para o lado.

– Não foi por mal, mãe você está bem?

– Sem brigas, meus meninos. – Sorriu gentilmente. – Eu estou bem.

– E eu amo vocês. – Diz os puxando para um abraço.

– Também te amamos, mamãe. – Sasuke sorriu docemente, olhando para um de seus maiores tesouros.

– Mamãe, a Senhora sabia que o Sasuke não quis ir para casa tomar banho? – entregou o irmão, recebendo uma fulminada do mesmo.

– Posso saber porque o mocinho não tomou banho? – Mikoto perguntou, arqueando às sobrancelhas.

– Eu não queria sair daqui sem vê-la.

– Awn meu amor, isso é lindo da sua parte. Mas quero que vá para casa tomar banho depois, está bem?

– Tudo bem, mamãe. – respondeu, dirigindo um sorriso sarcástico à Itachi.

– Senta aqui filho. – Mikoto pede, batendo na parte ao seu lado da cama.

– O que foi, mãe? – perguntou sentando ao lado da mãe.

– Eu soube que está namorando. – diz sorrindo animada. – Me conta, quem é ela?

– Itachi. – o moreno murmurou entre dentes, dirigindo um olhar feio ao irmão.

– Me conta, filho.

Sua mãe pediu, fazendo uma expressão adorável, e nunca conseguia dizer não. Lembrava-se que sua mãe sempre conseguia lhe convencer a fazer algo que não queria, usando aquela expressão como arma.

– Tudo bem. – rendeu-se, ganhando um sorriso animado dr sua mãe.

– O nome dela é Sakura Haruno, ela é a garota mais irritante que conheci. – Diz sorrindo. – Sakura é uma pessoa incrível, ela não se aproximou de mim por saber quem eu era, se aproximou de mim por ver exatamente quem eu sou. Aquela irritante é incapaz de fazer mal à alguém, mesmo se essa pessoa merecer, ela é tão doce e incrível quanto à Senhora.

– Que lindo, filho. Você está apaixonado. – Diz abraçando ao moreno, o deixando corado.

Sasuke pôde ouvir uma risada divertida vinda do irmão, fazendo-o sorrir maldoso.

– Eu quero conhecê-la, filho! – diz sorrindo.

– Você irá conhecê-la, assim que estiver recuperada, a apresento à Senhora. – diz sorrindo. – Mas mudando de assunto, Itachi lhe contou à novidade? – perguntou, lançando um sorriso debochado ao irmão.

– Não, que novidade?

– Mãe, eu ia contar à Senhora... – interrompeu Itachi.

– Itachi está noivo.

– O que?! – a mãe olhou surpresa para o mais velho. – Como assim não me contou que está noivo, Itachi Uchiha?!

– Eu ia te contar, mas a Senhora sofreu o acidente. – diz dando um leve tapa na cabeça do caçula. – mané.

– Isso é maravilhoso, filho. E Sayumi, como está? Não me diga que está grávida? – perguntou animada com o possível netinho.

– A Sayu está bem, mãe. – respondeu rindo. – Não, ela não está grávida, mas não pense que por opção, viu? Ela está louca para ter um bebê. – diz sorrindo.

– Que lindo! Já imagino minha casa cheia dos meus netinhos, filhos seus e de Sasuke. – diz sorrindo, ouvindo à risada rouca dos filhos.

– Calma, dona Mikoto. Ainda estou novo para ser papai. – Sasuke diz rindo. – Se contente por enquanto com a creche que o Itachi logo montará.

– Engraçadinho. – Itachi ri, revirando os olhos.

Logo ouviram batidas na porta, e Fugaku entrar com uma expressão ansiosa.

– Mikoto?

Olhou para a esposa, sorrindo. Os filhos contemplaram à face sorridente e emocionada do pai, que viram em anos.

– Nunca mais me assuste assim, mulher. – Fugaku beijou Mikoto com todo seu amor.

– Que nojo, estamos aqui.

– Acho que nós que teremos um irmãozinho, Itachi.

– Engraçadinhos. – Mikoto diz sorrindo.

– Eu te amo, Fugaku. – diz abraçando o marido. – Prometo não te deixar.

Sasuke desviou o olhar da cena de seus pais, para seu celular que começara a tocar, levantando ao ler o nome de Suigetsu piscar na tela.

– Eu já volto, preciso atender. – informou indo até à porta.

– Tudo bem, filho. – Ouviu a voz de seu pai pronunciar-se. – Mas depois precisamos conversar.

Balançou à cabeça em afirmação, saindo do quarto. Atendeu o celular, pronto para ter sua preciosa informação.

– Então, quem foi?

Perguntou direto, odeiava rodeios. Ouviu um suspiro cansado do outro lado da linha, seguido da voz receosa de Suigetsu.

– Akasuna no Sasori.