O Anoitecer

I - Uma reunião muito chata

JOHNATHAN

JOHNATHAN ACORDOU COMO DE COSTUME: dormindo. Ele levantou uma sobrancelha para Catherine, que balançava seu braço e chamava seu nome, então se virou e voltou a dormir.

Infelizmente pra ele, Catherine era insistente.
– Vamos lá Água Oxigenada – ela disse, sacudindo ele de novo – não me faça invocar o um balde de água fria.
– Humphrg – ele gemeu, mas se levantou – Catherine que horas é isso?
– Uma hora da tarde. – ela disse séria – Você pode não ser praetor mas é hora do conselho. Temos assuntos a discutir.
– Eu não quero vestir uma toga e ir falar com um monte de mulambos – ele puxou ela na direção dele e a prendeu com seus braços – vem, dorme comigo.

Catherine deu um golpe de muai tai nele fazendo com que acabasse dendo uma chave de cabeça no filho de Júpiter.
– Vamos – ela disse – já estamos atrasados.

Johnathan após muita insistência de Catherine seguiu na direção do senado em roma. Ele tropeçava na própria toga e seus olhos lutavam pra permanecerem abertos, mas ele continuou em seu caminho.

O céu brilhava quente, a primavera estava chegando. O aniversário de 17 dele finalmente tinha passado no dia 27 do mês anterior, por seus cálculos, devia ser 8 de Março.

Ele entrou em Nova Roma, deixou sua arma com Terminus e deu apenas mais uma olhada para o acampamento atrás dele. Os legionários tinham conseguido reconstruir quase que por completo os alojamentos e a principia, mas ele ainda via um ou dois elefantes perdidos uma vez ou outra.

Era um domingo ensolarado e ele estava indo em direção a uma reunião do conselho. Que desperdício de hora de sono.
– Ah, finalmente você chegou Cesaronni. – disse Leonard, o chefe dos senadores. Ele estava sentado em um dos bancos do senado. John se sentiu tentado a mostrar o dedo médio pra ele.

Ele atravessou os bancos e se sentou na frente, ao lado de Catherine.
– Então, qual assunto vocês tem a discutir? – ele disse mal humorado. Catherine fez uma cara pra ele.
– Nós temos informações de nossos espiões. – disse Leah, outra senadora de 19 anos que estava sentada nos bancos à esquerda de John – Os seguidores da Feiticeira estão se estabelecendo no monte Ótris. Aparentemente, haviam titãs também então ela os chamou ao seu lado. – John colocou os pés no apoio dos bancos a sua frente.
– Ótimo. Ela chamou os gigantes também? Isso seria ótimo.

Catherine deu um chute nas pernas de John, fazendo com que elas caíssem no cham e doessem.
– Ouch. – reclamou.
– Temos que tomar medidas rápidas. – disse Catherine – Compartilhar informações com os gregos, enviar uma missão de ataque. Nossos exércitos já estão restaurados, Roma sempre atacou primeiro.
– Sim, é uma ótima ideia – retrucou Theo – por que não jogamos bombas atômicas também? Acho melhor enviar uma equipe que espione mais afundo sem ser notada ao invés de agentes duplos.
– Agentes duplos? – disse John – Não me diga que...
– Sim. – disse Catherine – Eles estão contratando semideuses. Éolo não estava ao nosso lado, então a sua prima, Elizabeth, não pode perguntar quem era o traidor.
– Deve haver uma profecia a respeito disso – disse David – mas a pergunta é, qual?
– Nunca saberemos – reclamou Johnathan – provavelmente os gregos tem essa profecia, mas já que certas pessoas são orgulhosas de mais pra perguntar....
– Roma já se humilhou o bastante. – disse Lianna.
– Humilhou, pff. Eles retribuiriam um favor, deixem de ser hipócritas.
– Eu acho – disse Theo – que devíamos perguntar, de qualquer jeito. Eles devem ter traidores entre si também.
– A pergunta é – disse Catherine – quem poderia ter informações o bastante para passar aos inimigos? Um soldado comum não teria o que dizer.
– Você está dizendo – disse Lianna – que um de nós é o traidor?
– Quem mais seria? – disse Catherine.

Certo – pensou Johnathan – talvez isso seja um pouco interessante.