Meu Destino é Você escrita por Paty S Duarte


Capítulo 4
CAPÍTULO 4 - PACIÊNCIA TEM LIMITE. - Por Noélia.


Notas iniciais do capítulo

Depois de séculos, voltando a postar na fic :)



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A tarde estava extremamente entediante, eu andava pela casa, mas nada me satisfazia, parecia que eu não mais pertencia a aquela "vidinha pacata e tranquila da fazenda", e que eu precisava voltar o mais rápido possível para a cidade, além disso, por mais que tivesse feliz em ter deixado todo o trabalho da empresa nas mãos do idiota do Carlos Alberto, aquele executivo de quinta categoria, ainda temia que ele fizesse alguma burrada, ou coisa do tipo. Definitivamente essa tranquilidade já não tinha mais nada a ver comigo. Voltei para o meu quarto e comecei a revirar minhas coisas a fim de me distrair um pouco. Vi fotos antigas da mamãe, minhas e bem lá no fundo da caixa vi uma que me chamara bastante atenção... Lá estava ela, um pouco amassada e descolorida, mas que ainda se via nitidamente nossos rostos, eu e ele, Fernando...

Ao ver aquela foto passou-se um filme pela minha cabeça e de pronto eu já comecei a lembrar daquele dia tão distante. Estávamos eu e ele na festa do Peão. Não perdíamos nenhuma, era tão bom... Uma pena o tempo passar tão depressa, e acabar transformando as pessoas... Em fração de segundos despertei dos meus pensamentos, era uma luz no fim do túnel que aparecia em minha frente...

– Ah, não acredito! _ Dei um pulo da cama ao avistar meu laptop guardadinho na mala. _Meu bebê lindo! _O abracei como se fosse o melhor dos meus amigos_ Olha só que surpresa, mal podia imaginar que a Rosa tinha te posto aqui! _ Tratei de entrar rapidíssimo nas minhas redes sociais e "regressar ao mundo". Fiquei alguns minutinhos conectada quando fui interrompida com batidas na porta [...]

–Boa Noite Noelinha! Seu pai está chamando para o jantar! Anda menina! _Maria Inácia era um amor de pessoa, quem praticamente nos criou, eu e minha Belzinha. _ Claro Naná, fala pra ele que num minutinho desço ok?! _ Deixei o computador ligado e saí tranquila, já estava morta de fome mesmo [...]

O jantar estava divino e a mesa farta como sempre. Tinha de tudo, eu quase não comi nada, pois minha dieta não seguia muito os padrões daquela refeição "gorda", às vezes as coisas da cidade, aquela paranoia de peso adequado sumia de minha mente e, de repente voltava. Minha dieta era detalhada e seguida por nutricionista, e eu realmente não pude nem devia comer "bem". Apenas tomei um pouco de sopa e comi um pedacinho de pão.
–Só isso minha filha? _Perguntou papai, querendo me empurrar mais e mais comida. Ainda gostava de me ver como aquela garotinha gordinha de anos atrás [...]
–Sim pai ! Pra mim já está ótimo, raramente janto... Hoje foi uma exceção, aliás, você é minha única exceção paizinho! _Ele segurou minha mão e deu um beijo carinhosamente. Nem precisou falar mais nada.

_ Que lindas palavras Noelita, você fazia muita falta aqui, eu recordava de você todos os dias! Falava pras minhas amigas que tenho uma professora de balé clássico como irmã, e que você ia me ensinar a dançar igual aquelas princesas dos filmes! _Desabafou Bel. Após terminar a refeição eu olhei para ela, me levantei rápido e sentei ao seu lado._ Own minha linda, eu também senti muito a sua falta sabia? Vocês aqui são tudo pra mim, de verdade! E quando quiser e puder, eu prometo te ensinar todos os passos de balé, até você se tornar uma grande bailarina! A mais lindinha de todas _Sorri apertando suas bochechas e ela devolveu-me sorrindo feito um anjinho _ Sério mana? Assim como você? _ Hum, acho que bem melhor meu amor! _Seus olhos brilhavam de felicidade e ânsia. _Claro... Mas, já está tarde! Hora da Srta. dormir porque tem colégio amanhã bem cedo, não é mesmo Sr. Antônio? _Claro!_ Olha só, já ganhei outra mãe, viu pai? Que ironia não?!_Ai meu Deus, olha isso! _ Nós rimos e após conversar mais um pouco, cada um foi para o seu aposento. Subi para o meu quarto tranquila, sacudindo meus cabelos que estavam enormes por sinal. Fazia um frio insuportável, ventava muito e eu estava apenas de camisola, me sentindo desprotegida. Entrei no quarto, ainda com um como d'água na mão, que um piscar de olhos foi-se ao chão junto com um grito escandaloso [...]


–AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! _Calma, não grita, por favor, Noelinha, eu imploro sô!

O descarado calou minha boca com as mãos tentando me acalmar diante de tamanho absurdo.
– O que você tá fazendo aqui? Quem pensa que é pra invadir o meu quarto seu caipira maldito? _O olhei com o pior dos meus olhares, pra falar a verdade, a minha vontade foi de torcer o pescoço dele como o de uma galinha. Num ato de nervosismo ele se aproximou de mim mais ainda, e segurou forte nos meus braços, instinto de um verdadeiro caipira mesmo! Parecia nervoso, como quem não sabia o que fazer ou dizer. Suas mãos cada vez mais me apertavam e eu pude sentir sua respiração acelerada muito próxima da minha, que até então estava mais descontrolada ainda. Eu estava completamente dependente dele para continuar ali, de pé, como se ele fosse os meus próprios pés ou meu ponto de equilíbrio, enfim...(...)


CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

maninhas espero que vocês gostem da continuação! Beijo :*