Após a ''Esperança'' escrita por HungerGames


Capítulo 48
Capítulo 48


Notas iniciais do capítulo

..'', um sorriso surge no meu rosto e eu tenho cada vez mais certeza que eu não poderia querer nada melhor pra mim, por que isso é tudo que eu preciso. Nós dois juntos. Sempre!''..



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ALGUNS ANOS DEPOIS...
Abro meus olhos e o outro lado da cama está vazio, rapidamente eu me desperto e levanto meu rosto procurando por Peeta, mas o quarto está vazio.
– Peeta! – eu chamo, ele não responde então eu ouço o barulho da água do chuveiro e me relaxo um pouco, mesmo assim chamo mais uma vez e ainda mais alto – Peeta! – o barulho da água caindo para.
– Tô no banho! – ele grita e só de ouvir a voz dele eu me sinto mais calma.
– Tá! – eu grito mais uma vez e então ouço o barulho da água de novo, encosto minha cabeça no travesseiro enquanto fecho os olhos e respiro fundo. Ontem ele teve mais um dos flashes e sempre que isso acontece eu fico mais alerta que o normal. Eu continuo deitada esperando que ele saia do banheiro, olho para o relógio ao lado da cama e vejo que ele levantou cedo demais, o que significa que ele deve ter perdido o sono. Alguns minutos depois eu o ouço abrindo a porta do banheiro e como eu já estava com vontade de ir ao banheiro me levanto rapidamente, quando eu fico em pé eu sinto como se todo o quarto estivesse girando, como instinto coloco a mão na cabeça e tento me manter em pé, mas é impossível, eu sinto tudo rodar e quanto mais me forço a me manter de pé mas rápido as coisas giram, então eu caio sentada na cama novamente, fecho meus olhos respirando profundamente, minha cabeça inclinada pra frente enquanto eu tento convencer a mim mesma que as coisas não estão rodando, eu ouço a voz de Peeta e me forço a abrir os olhos de novo, olhando na direção dele, eu tento me concentrar no que ele está falando mas só consigo ver o movimento dos lábios dele e é como se as palavras se embaralhassem, ele se aproxima de mim e aos poucos as coisas começam a entrar nos seus devidos lugares, o quarto parou de girar, minha cabeça não parece mais está rodando e eu consigo entender o que ele diz.
– Katss! Fala comigo! Você está bem? – ele insiste segurando minha mão e visivelmente preocupado, eu confirmo com a cabeça forçando um sorriso.
– Eu estou bem! – eu falo já me levantando e dessa vez eu consigo sem nada girar – Eu acho que levantei rápido demais – eu tranquilizo ele e já começo a andar na direção do banheiro mas ele me faz parar.
– Você está bem mesmo? – ele pergunta ainda preocupado.
– Peeta, eu estou ótima! – eu falo e minha voz sai animada demais – É sério! Eu tenho que ir no banheiro! – eu falo puxando meu braço que ele estava segurando, ele me dá um sorriso fraco e me solta, eu vou até o banheiro, encosto a porta e paro de frente pro espelho, embora agora eu esteja bem e tenha dito isso pra ele, eu ainda não sei por que disso, essa não foi a primeira vez já tem alguns dias que isso vem acontecendo mas hoje foi mais forte.
Eu não posso ficar doente! – eu peço em pensamentos.
Essa semana na escola está agitada e eu não posso ficar doente logo agora, eu estou cheia de coisas pra fazer, me olho novamente no espelho respiro fundo e afasto esse pensamento, lavo meu rosto e já me sinto bem melhor, então começo a escovar meus dentes enquanto Peeta entra no banheiro de novo.
– Tudo bem? – ele pergunta enquanto para no meio do banheiro.
Eu me viro pra ele e concordo com a cabeça.
– Ah Katss, de novo! – ele reclama com a voz sem preocupação, ao contrario com uma certa diversão na voz, eu faço uma cara de confusa olhando ao redor, então ele se aproxima de mim rindo – Essa é a minha escova! – ele fala rindo e arrancando a escova da minha mão e começando a escovar os dentes dele, eu faço uma cara feia mas ele ignora e se aproxima da pia ainda escovando os dentes, eu lavo minha boca.
– Eu perdi a minha! – eu falo dando de ombros saindo do banheiro.
Ele me olha sorrindo com ironia – Claro que perdeu! Você anda pela casa inteira enquanto escova os dentes! – ele fala alto para que eu escute.
– Tudo bem! Eu compro uma pra mim hoje! – eu falo alto também enquanto abro a gaveta pra pegar uma roupa, eu reviro os olhos mesmo que ele não esteja vendo.
– Não revira os olhos pra mim! – ele grita me fazendo parar surpresa e rindo – É, eu conheço você! – ele fala já dentro do quarto me olhando sorrindo.
Eu dou de ombros, mesmo estando impressionada.
– Você vai almoçar em casa? – ele pergunta e eu me viro pra olhar pra ele, então me distraio quando vejo ele ainda sem camisa e parado na minha frente, mas desvio minha atenção dele e vou até a cama.
– Acho que vou almoçar na escola mesmo! – eu respondo já dobrando um lençol – Hoje tem o Campeonato de luta lembra? – eu pergunto e viro o rosto pra ver ele, ele parece estar tentando lembrar – Eu falei com você semana passada! – eu volto a dobrar o lençol – Vai ter aula normal até o intervalo e depois eu vou ter que ajudar com as outras turmas.
– É, acho que eu lembro! Só não lembrava que era hoje! – ele fala enquanto vai até a gaveta dele – Você viu minha blusa cinza? – ele pergunta depois de abrir todas as gavetas e revirar tudo.
– Tá aí! – eu falo sem olhar pra ele.
– Não está não! – ele rebate.
Eu me viro pra ele e vou até o armário abro a gaveta e puxo a blusa.
– Serve essa? – eu pergunto estendendo a blusa e erguendo a sobrancelha.
Ele me dá um sorriso forçado, eu volto a arrumar a cama.
– Então aquele tal de Tom vai estar por lá hoje não é? – ele pergunta com a voz tentando sair normal, mas eu sinto a ironia ainda.
– Bom, ele é o professor de luta e coordenador do Campeonato, espera-se que ele esteja lá! – eu falo indiferente enquanto estico o lençol na cama.
– Eu não gosto dele! – ele fala com certa irritação na voz, eu me viro pra ele com a sobrancelha erguida o encarando.
– E por quê? – eu pergunto sem entender.
– Eu não gosto do jeito que ele te olha! – ele fala dando de ombros.
Eu reviro os olhos – Isso não tem nada a ver!
– Ah tem sim! Vai me dizer que você nunca reparou? – ele pergunta se aproximando mais de mim.
– Não, por que não tem nada pra reparar! – eu falo também dando de ombros.
– Eu vou te mostrar – ele fala e dá mais um passo na minha direção, ficando próximo demais porém sem me tocar – Ele te olha mais ou menos assim! – ele fala e então me olha dos pés a cabeça, mordendo os lábios, numa tentativa de parecer sedutor mas que só consegue me fazer rir, quando eu começo a rir ele me segura pela cintura.
– Com certeza ele não me olha assim! – eu falo ainda rindo.
– Talvez não aparentemente, mas na mente dele é exatamente assim! – ele fala dando de ombros.
– Ah então alem de fisicamente atraente, meu marido também lê mentes? – eu pergunto implicando com ele, e ele abre um sorriso grande demais.
– Repete! – ele fala sorrindo.
– O quê? Que você é fisicamente atraente? – eu pergunto com ironia.
– Não! – ele nega com a cabeça.
– Lê mentes? – eu pergunto enrolando mesmo já sabendo o que ele quer que eu diga.
– Não! – ele nega novamente.
Eu faço uma cara de pensativa.
– Não sei do que você está falando! – eu falo fingindo confusão.
– Por favor? – ele pede aproximando o rosto do meu, eu dou um pequeno sorriso.
– Meu marido! – eu falo revirando os olhos, ele sorri e me beija.
As mãos dele escorregam da minha cintura pra minhas costas e então ele me deita na cama e continua o beijo, as pernas de cada lado meu e seu corpo colado em mim, as mãos dele descem pelas minhas pernas e ele continua com o beijo, os lábios dele descem pelo meu queixo e meu pescoço, então enquanto eu ainda tenho algum controle do meu corpo eu me lembro.
– Peeta! – eu chamo ele, mas ele não responde continua o caminho pelo meu pescoço e eu preciso de toda a minha concentração e auto controle pra continuar a falar – Não era hoje que ia chegar os suprimentos pra padaria! – eu finalmente consigo falar e ele levanta o rosto rapidamente.
– Droga! – ele fala enquanto gira o corpo saindo de cima de mim e quase caindo da cama, ele estica a mão pra pegar o relógio que fica próximo e quando ver as horas o desespero aumenta mais ainda – Ai caramba! Vai chegar as seis! – ele fala já de pé e pegando a blusa do chão.
Eu olho para o relógio e faltam dois minutos – É melhor correr! – eu falo rindo.
Ele tropeça enquanto anda rápido pelo quarto ainda tentando colocar a camisa, eu me divirto com a cena.
– Você foi salva pelo gongo! – ele fala rindo mas ainda com pressa, então sai do quarto correndo – Eu te amo! – consigo escutar ele gritando enquanto corre descendo as escadas.
Eu continuo na cama mais um tempo me divertindo cada vez que lembro da cara dele e tentando me preparar para o dia de hoje que parece ser bem longo. Depois de um tempo eu me levanto, termino finalmente de arrumar a cama, escolho uma roupa confortável e vou tomar um banho e me arrumar, quando já estou pronta sou assustada pelo barulho do meu estomago, ultimamente eu tenho tido muito mais fome que o normal, então quando o barulho se repete eu desço.
Pelo barulho que escuto vindo da cozinha sei que Greasy já chegou, ela continua vindo aqui mas agora apenas duas vezes na semana, na verdade é mais pelo dinheiro que eu sei que ela precisa e ela se recusa a receber se não trabalhar então nós mantemos ela aqui.
– Bom dia Katniss! – ela me cumprimenta assim que eu apareço na porta da cozinha.
– Bom dia! – eu respondo entrando e pegando um morango da cesta que está em cima da mesa, eu mordo e quase suspiro quando sinto o sabor invadindo minha boca, Greasy ri da minha reação – Eu estou morrendo de fome! – eu falo já pegando outro morango.
– O café já está pronto! – ela fala e puxa uma bandeja que já estava pronta.
Eu puxo a bandeja pra mais perto de mim e pego o pão de queijo e como sempre está ótimo, então eu pego uma fatia do pão trançado de nozes que Peeta fez ontem e antes que eu pudesse morder o primeiro pedaço o cheiro faz meu estomago se revirar de um jeito que nunca tinha acontecido, antes que eu pudesse falar algo eu já estou correndo pelo corredor em direção ao banheiro ao lado do escritório e foi exatamente o tempo certo por que quando eu chego eu coloco tudo pra fora, Greasy veio correndo atrás de mim e me ajuda, eu ainda estou tentando entender o que aconteceu quando a vontade volta e mais uma vez eu coloco tudo pra fora, depois de alguns minutos eu convenço a mim mesma que não vai acontecer mais, então me levanto e lavo meu rosto, Greasy me oferece a toalha eu me enxugo e ela me escolta até a cozinha novamente, mas só de ver o pão meu estomago se embrulha, então eu passo direto e vou pra sala, ela vem junto comigo.
– Está melhor agora? – ela pergunta quando eu já estou sentada no sofá.
Eu concordo com a cabeça – Acho que meu estomago não está tendo um bom dia! – eu falo forçando um sorriso, ela continua me encarando.
– Você sentiu mais alguma coisa hoje? – ela pergunta com a cara pensativa.
– Não! – eu nego com a cabeça – Só fiquei um pouco tonta, mas não foi nada demais! – eu complemento sem dar muita importância já me levantando do sofá, ela continua me encarando e sorrindo.
– O que foi? – eu pergunto parando no meio do caminho.
– Eu acho que eu sei o que você tem! – ela fala com mistério na voz.
– Eu acho que eu estou ficando doente! – eu falo dando de ombros e volto na cozinha, tento não olhar pro pão, pego mais alguns morangos e volto pra sala, ela continua me observando.
– Fala logo, o que foi? – eu pergunto já me irritando com ela me olhando desse jeito.
– Katniss, eu acho que você ... – então ela pausa como se decidisse se fala ou não.
– Fala! – eu insisto olhando pra ela.
– Eu acho que você está grávida! – ela fala direto e com a voz decidida.
Primeiro eu me assusto e depois começo a rir.
– Não! Com certeza é só uma gripe, sei lá! – eu falo tentando não rir.
– Katniss, você ficou tonta, está enjoada com um pão que você come quase todo dia, sem contar que você está com mais fome que o normal – ela explica.
– Eu não estou grávida! – eu falo pausadamente começando a me irritar com isso.
– É impossível? – ela pergunta me encarando.
E embora eu esteja achando isso completamente louco, eu não posso falar que é impossível, então eu apenas me paraliso por alguns segundos, tentando achar algo que quebre essa ideia dela mas não tenho nada a dizer, a não ser o fato que eu não posso ser mãe por que obviamente eu vou estragar tudo, ela percebe que eu fiquei quieta.
– Você está bem? – ela pergunta preocupada se aproximando de mim, eu me afasto dela respirando fundo.
– Eu estou ótima e não estou grávida! – eu falo e saio com passos rápidos batendo a porta com força, eu paro do lado de fora e tenho que controlar minha respiração que está forte demais, eu fecho meus olhos e tento convencer a mim mesma que isso não é verdade.
– Katniss! – Effie está saindo de casa me gritando, eu olho e vou na direção dela – Oi querida, já está indo pra escola? – ela pergunta me abraçando.
– É - isso é a única coisa que eu consigo dizer.
– Eu queria tanto falar com você – ela fala já começando a andar e eu também sigo o caminho pela saída da Aldeia – Chegou um vestido lindo, fabuloso – ela fala no seu sotaque ainda percebido – Verde, com algumas folhas desenhadas, é simplesmente a sua cara! – ela fala empolgada e continua falando o quanto o vestido é lindo enquanto estamos andando, mas a verdade é que eu só consigo escutar uma coisa, a voz de Greasy me dizendo que eu posso estar grávida, eu tento afastar isso mas é mais forte do que eu.
– E então? – Effie pergunta parando, eu olho ao redor e já estamos próximo a praça.
– O quê? – eu pergunto confusa.
– Posso separar pra você? – ela pergunta batendo palmas.
– Pode, pode! – eu confirmo sem nem saber o que ela disse, ela dá alguns pulinhos e então segue o caminho pela praça enquanto eu pego o caminho oposto pra escola, sigo o caminho tentando pensar em todas as coisas que eu tenho que fazer na escola hoje e durante a semana mas ainda não é o suficiente pra afastar o outro pensamento, mas chego a escola, algumas crianças já estão chegando também, eu vou até uma sala que nós professores temos e me sento em uma das cadeiras, apoio minha cabeça na mesa e tento apagar qualquer pensamento.
– Bom dia! – a voz grossa quase me faz pular da cadeira – Desculpa, não quis te assustar! – eu olho e vejo Tom, entrando na sala.
– Tudo bem, eu que me distrai! – eu falo já me endireitando na cadeira.
– Dia ruim? – ele pergunta se sentando de frente pra mim, eu forço um sorriso e balanço a cabeça como quem diz mais ou menos, ele sorri.
– Bom, se você quiser eu posso conseguir colocar você no Campeonato! Quem sabe dá uns socos em alguém não ajude! – ele fala sorrindo.
– Acho que não seria muito legal uma professora que soca os alunos! – eu falo rindo.
– Ah é, tem isso! – ele fala como se tivesse se esquecido – Eu posso conseguir algumas mães ou pais ou irmãos mais velhos! – ele fala piscando pra mim.
– Não é uma má ideia! – eu concordo sorrindo.
– Então está combinado, eu pego uma dessas mães chatas que ficam reclamando por aí e te entrego depois da aula! – ele fala com a cara determinada.
– Eu agradeço! – eu concordo e me levanto – Mas agora eu tenho que ir antes que eles derrubem o colégio – eu falo rindo.
– É, não seria muito legal! – ele fala e eu saio da sala.
Vou pra sala de aula e ainda bem que fiz isso por que como eu disse eles quase quebraram tudo, estão agitados e correndo, mas quando eu chego eles se acalmam e obedecem, eu começo a aula e o tempo parece está contra mim, mas depois do que pareceu muito tempo, a diretora aparece pra nos dizer que podemos ir para o Ginásio, eles se animam o que me faz levar um bom tempo para acalma-los de novo, mas consigo, fazemos duas filas, uma de menina e outro de meninos e vamos para o Ginásio, as outras turmas já estão lá mas ainda não começou, nós ficamos mais a frente e os maiores ficam mais pra cima, estou distraída tentando fazer eles continuarem sentados quando Tom aparece.
– Ei – ele me chama balançando a mão.
– Oi! – eu olho pra ele enquanto ele se aproxima – Já conseguiu minha vitima? – eu pergunto e ele ri.
– Ainda não, mas vou trabalhar nisso! – ele fala rindo, então se aproxima mais de mim.
Eu estranho mas continuo parada embora não esteja sorrindo.
– Em troca eu queria um favor – ele fala mais sério e com a voz baixa.
Eu junto as sobrancelhas confusa.
– O quê? – eu pergunto sem entender.
Ele indica com a cabeça a Simone, a nova professora de artes, eu olho pra ela ainda sem entender.
– Você é amiga dela não é? – ele pergunta baixo.
– É, mais ou menos! – eu falo a verdade.
– Você sabe se ela... sei lá, tem namorado? – ele pergunta meio sem graça e posso ver ele quase vermelho, o que é engraçado já que normalmente ele é descontraído e muito falante.
– Não! Não tem! – eu falo sorrindo, ele abre um sorriso maior e respira aliviado.
– Por quê? – eu pergunto mas eu sei o por que.
– É que eu sempre achei ela muito bonita – ele fala ainda sem jeito e eu tenho que concordar por que ela com seus longos cabelos castanhos e olhos verdes típicos do Distrito quatro de onde ela veio realmente é muito bonita – E eu pensei em convidar ela pra um almoço ou jantar – ele sugere me olhando.
– Hum, entendi! – eu falo sorrindo – Acho que um almoço seria muito bom!
– Então será que você pode... – ele não termina de falar apenas rir sem jeito.
– É, acho que eu posso – eu confirmo sorrindo.
Então como eu estava distraída me assusto quando Marie sai correndo pelo meio do Ginásio.
– Marie! – eu grito por ela enquanto ela já se afasta, ela para e se vira pra mim.
– É, o tio Peeta! – ela fala e então eu o vejo se aproximando e ela pulando no colo dele, eu sorrio com isso enquanto eles se aproximam, ela agarrada no pescoço dele enquanto bagunça o cabelo dele.
– Katss! – ele se aproxima me dando um beijo rápido e parando do meu lado.
– O que você está fazendo aqui? – eu pergunto surpresa.
– Eu vim ver minha esposa não posso? – ele fala com certa ironia que eu não entendo até ele esticar a mão para o Tom que ainda está ao meu lado.
– Tudo bom? – ele pergunta encarando Tom.
– Tudo! E você? – Tom repete a pergunta e Peeta dá um pequeno sorriso – Agora eu tenho que ir! – ele fala já se afastando – Posso contar com você? – ele pergunta sorrindo.
– Pode! – eu confirmo também sorrindo.
– Pode? – Peeta pergunta me encarando.
Eu reviro os olhos .
– Marie, nunca mais sai desse jeito sem me avisar entendeu? – eu falo séria e ela faz uma cara triste mas concorda – Agora senta com os outros! – eu falo e Peeta a coloca no chão.
– Senta aqui! – ela fala puxando Peeta.
– Depois! Eu quero falar com a tia Katss! – ele fala me encarando.
– Eu sei o que você vai falar e a resposta é não! – eu falo rapidamente quando ele se aproxima.
Ele não fala nada só me olha.
– É sério! Ele só me pediu ajuda! – eu falo dando de ombros, ele se aproxima mais, colocando os fios de cabelo atrás da minha orelha.
– Pra? – ele pergunta esperando resposta e eu aponto com a cabeça na direção da Simone, ele olha e sorri.
– Até eu ajudo então! – ele fala e me da um beijo rápido, mas é o suficiente para as crianças rirem e ficarem comentando.
– Eu estou trabalhando! – eu reclamo com ele.
– Eu vim ver o Campeonato! – ele fala dando de ombros.
– E a padaria?
– Tudo certo! – ele fala e vai se sentar do lado da Marie.
O campeonato começa e nós ficamos assistindo e torcendo. A tarde tem uma segunda parte mais Peeta não pode ficar e volta pra padaria, eu fico pelo colégio até que acabe tudo, então vou direto pra casa. Eu chego em casa e Peeta ainda não está então vou para o quarto pra poder tomar banho já que passei o dia todo na rua, eu entro no quarto e tiro a blusa, jogando na cadeira, solto meu cabelo e vou no banheiro lavar o rosto, então escuto os passos na escada.
– Katss? – Peeta me chama quando entra no quarto.
– Banheiro! – eu falo ainda parada me olhando por que meu estomago ainda não está legal e eu me recuso a pensar em outra opção.
– Então quer dizer que o cara não está afim de você? – ele fala.
– Eu disse que não! – eu falo ainda no banheiro.
– Mas ele te olhava daquele jeito! – ele fala mas posso sentir o sorriso quando ele fala.
– Bom, muitas garotas te olham assim! – eu revido, saindo do banheiro, ele está deitado na cama com o braço em cima do rosto – Na verdade a maioria daquelas mulheres que vão na padaria pulariam o balcão e arrancariam sua roupa com os dentes.
Ele solta uma risada alta e levanta a cabeça pra me olhar, quando ele me olha o olhar dele muda, ele me olha dos pés a cabeça, eu estou sem blusa, de sutiã. Ele se levanta da cama e vem na minha direção, seus dedos percorrem meu pescoço e descem pelo meu ombro.
– Bom, eu arrancaria as suas agora! – ele fala com a boca próxima a minha.
Eu finjo uma cara de assustada, e ele continua descendo o dedo enquanto a outra mão arranha minhas costas, ele não devia o olhar do meu e eu continuo apenas encarando ele.
– Você estava falando o que mesmo? – ele pergunta com a cara confuso – Que você ia arrancar minhas roupas com os dentes? – ele pergunta com a voz divertida.
Eu sorrio – Não lembro disso! - eu falo aproximando meu rosto dele.
– Eu faço você lembrar! – ele fala e me beija com muita intensidade e desejo, prendendo meu corpo nele, minhas mãos na costas dele e nós estamos colados cada vez mais.
– Acho que eu lembrei – eu falo sorrindo e ele volta a me beijar, ele me pega no colo e me deita na cama e mais uma vez todo o resto não tem a menor importância quando estamos juntos e a única coisa que eu quero é ele.


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