- Guardian Angel. escrita por Steh Costa


Capítulo 3
- Are not You Seeing Me.




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P.O.V Roberta.

 

Finalmente estava na faculdade, esperei isso minha vida toda. Meu maior sonho era seguir os passos do meu pai, profissionalmente falando.

Estava entrando no campo da faculdade, passei boa parte da minha vida estudando, nunca fui muito de festas e essas coisas, era um pouco nerd pelo ponto de vista das outras pessoas, sou quase um cliché.

Quando criança costumava ter um amigo imaginário, certa época poderia jurar que vi uma mulher loira e vestida de branco conversando comigo, na época minha mãe disse que não era pra me preocupar com isso, que era só meu anjo da guarda, nunca acreditei muito nessas coisas, e com o tempo esqueci esse assunto, agora já estava bem grandinha pra ter amigos imaginários ou acreditar em anjos.

Entrei no grande prédio da faculdade e vi vários alunos passeando por ali, era meu primeiro dia e estava realmente muito nervosa, poderia dizer que me sentiria melhor se conhecesse alguém ali, se tivesse um amigo por perto, mas isso seria ironia por que eu não tinha amigos, meus únicos amigos eram meus pais.

Caminhei rapidamente para sala do diretor como fui informada que deveria fazer assim que chegasse, estava tão distraída que não notei uma garota que vinha em minha direção, trombamos derrubando ela e seus livros que se encontravam em suas mãos.

 

—_ Desculpa.__ Falei assim que vi a menina caída no chão. __ Não tinha visto você, sinto muito.

 

—_ Tudo bem, também não estava prestando muito atenção no caminho. __ Ela sorriu pra mim e aceitou a mão que eu tinha estendido para ajuda-la a levantar.

 

Ela era bem mais baixa que eu e vestia uma blusa larga que eu posso jurar ser capaz de hospedar mais duas pessoas e uma saia xadrez abaixo do joelho,  nunca fui de julgar, mas diria que ela tinha um jeito...Peculiar.

 

—_ É nova aqui né? __ Ela perguntou depois que ajudei  recolher os livros que tinham caído no chão.

 

—_ Sou sim. Estou indo na sala do diretor.__ Nunca fui muito boa com o apelidado por mim; papo tapa buraco. Aquele assunto que nem é necessário mas você puxa do mesmo jeito pra não ficar um silêncio constrangedor. Já era difícil pra mim participar de um assunto,  criar então,  impossível. 

 

—_ Que tal eu mostrar o lugar pra você? __ Ela perguntou apertando os livros de encontro ao peito.

 

—_Seria bom, agora tenho que ir. __ Disse sorrindo um pouco, até que não estava sendo tão difícil conversar com ela.

 

—_ Eu acompanho você, também tenho que passar lá e buscar alguns livros. __ Ela disse já começando a andar ao meu lado, sorri pra ela novamente.

 

...


P.O.V Sarah.

Vinte anos tinham se passado, acompanhei Roberta em todos os momentos, vi ela falar a primeira palavra, vi nascer o primeiro dente dela, acompanhei ela na escola pela primeira vez, entrei em desespero quando ela ficou doente pela primeira vez, a ouvi chorar quando levou o primeiro fora do namoradinho. Estava com ela em cada minuto da sua vida, e me sentia feliz com isso, me sentia feliz em poder está na vida dela, mas a verdade era que oficialmente eu não estava, ela não podia me ver, não podia conversar comigo, não podia me ouvir responder as perguntas que ela fazia pra si mesma ou para mim quando pensava que eu era um amigo imaginário.

Tive a sorte ou o azar, dela me ver uma única teve vez, foi em um momento que ela estava doente, meus superiores sempre deixaram bem claro que ninguém poderia aparecer para os humanos, mas eu estava tão preocupada, tinha que fazer ela saber que eu estava ao seu lado, ela estava queimando em febre, e eu apareci, falei que tudo ia ficar bem, únicas palavras e desapareci novamente, e isso me fez ter que ficar afastada dela por um mês, tive que enfrentar grandes problemas com os arcanjos, por muito custo consegui voltar pra minha criança que agora já não era tão criança assim.

Acompanhei-a pelo corredor da faculdade e conseguia sentir como ela estava nervosa.

Roberta era muito inteligente lidaria com tudo aquilo sem problema nenhum, só que diferente dos outros humanos ela não tinha muitos amigos, ela não se dava muito bem com pessoas. Posso ter dado uma mãozinha pra fazer ela esbarrar com a garota das roupas estranhas, não deixaria minha menina ser solitária pro resto da vida.

Estava parada em um canto na sala do diretor enquanto Roberta conversava com ele sobre alguma coisa de dormitórios. Não vi quando meu melhor amigo apareceu do meu lado, fazendo o que ele fazia de melhor, me dando um susto.

 

—_ Oi pra você também. __ Ele disse rindo da minha cara de susto. __ Você sempre tem a mesma reação, é incrível.

 

—_Você que deveria deixar de ser idiota e parar de me assustar. __ Disse dando um soco no ombro dele. __ Ela está incrível né? __ Perguntei sorrindo e olhando na direção de Roberta.

—_ Esta sim, você é um ótimo anjo da guarda. __ Ele piscou pra mim e andou em direção a Roberta parando na frente dela. __ Ela parece nervosa.

 

—_ Ela não se da muito bem com pessoas, mas ela está bem. __ Me sentei na cadeira ao lado de Roberta, olhei pra Rodrigo dessa vez com uma expressão seria no rosto. __ Nunca quis que eles vissem você ?

—_ Você sabe muito bem que isso não pode acontecer, sabe o que aconteceu quando você deixou que ela a visse quando ainda era uma criança, os arcanjos só deixaram passar por que ela era uma criança e estava delirando com a febre.

 

—_ Eu sei disso, estou perguntando se nunca quis que sua protegida visse você. __ Me levantei e parei de frente pra ele.

 

—_É claro que sim, e ela me viu. __ O rosto dele agora estava triste e me arrependi por entrar naquele assunto. __ Nos últimos minutos dela eu contei que estive ao seu lado todo aquele tempo, pude segurar a mão dela e saber que estava olhando pra mim.

 

—_ Queria que ela soubesse que estou com ela, que estou cuidando e protegendo. __ Disse me sentado em frente à mesa do diretor, olhando diretamente pra Roberta, que tentava sorrir enquanto falava alguma coisa com o diretor.

 

—_ E ela sabe minha amiga, pode ter certeza que no fundo ela sabe.

 

—_Queria conversar com ela.

 

—_ Eu realmente não sei o que acontece com os anjos que não seguem as regras, mas não deve ser nada bom, então por favor, não faça besteira. __ Rodrigo disse e como sempre desapareceu antes que eu conseguisse responder.

 

...

P.O.V Roberta.

 

Não vou mentir, fiquei feliz quando o diretor acabou o longo discurso de boas vindas na universidade, quando sai da sala a menina me esperava do lado de fora encostada em uma das paredes, assim que me viu sair ela sorriu e veio em minha direção, notei então que não sabia o nome dela, devia ser uma coisa fácil, perguntar o nome de uma pessoa, mas nem isso eu conseguia fazer direito.

 

—_Seu nome ?...Quer dizer... Eu não sei seu nome. __ Nossa como eu era idiota cara, não conseguia nem manter uma conversa com uma pessoa que estava sendo gentil comigo, devia ter uma coisa de muito errado comigo.

 

—_ Erro meu. __ Ela respondeu sorrindo. __ Sou Sabrina.

 

—_ Roberta Conon. __ Apertei a mão que ela estendia pra mim. __ Pegou seus livros?

 

—_ Sim, vem vou te apresentar a universidade. __ Ela pegou na minha mão e foi me puxando.

 

Conheci muitas coisas, mas a que eu mais tinha gostado foi a biblioteca, não ligava de ficar sozinha se estivesse em uma biblioteca, na verdade nunca liguei de ficar sozinha, sempre preferi, não sei por que não consigo conviver com outras pessoas, era difícil pra mim.

Logo Sabrina se despediu de mim e foi pro dormitório dela, eu segui o corredor em direção aos outros quartos, queria chegar ao meu e ligar para meus pais, eles pediram pra eu ligar assim que tivesse uma folga.

Entrei no quarto do número indicado no papel que o diretor me entregou, só tinha uma menina lá e pelo que eu entendi não era muito educada, só me apontou a minha cama e logo saiu do quarto, desfiz minhas malas e peguei meu celular na bolsa, discando os números de casa.

 

...

P.O.V Maryanna.

Estava sentada na cama olhando Roberta desfazendo as malas, quase tinha perdido meu ótimo autocontrole e batido naquela menina que saiu do quarto, quem ela acha que é pra tratar minha menina com ignorância?

Pelo menos Roberta estava conseguindo fazer amizade com a Sabrina, por mas que ela tenha se atrapalhado toda só pra perguntar o nome da menina.

Sentei na cama ao lado de Roberta enquanto ela discava os números que até eu já conhecia.

 

—_Oi mamãe. __Ela mudava completamente quando falava com a mãe ou o pai, ficava muito mais relaxada e tranquila.

 

—_ Oi minha menina, como estão as coisas por ai?

 

—_ Estão ótimas mãe, fiz amizade com uma menina e a menina aqui do dormitório foi muito legal comigo.__ Ela tentou parecer animada ao falar da menina do dormitório.

 

—_ Mentir é feio Roh. __ Falei perto do ouvido dela.

 

Ela se arrepiou e deu um pulo, fiquei paralisada de medo, não poderia estar visível pra ela, parei na frente dela e nada aconteceu, então ela não estava me vendo, suspirei aliviada.

 

—_ O que foi filha ?

 

Ouvi a voz da mãe dela um pouco mais alto agora, ela parecia preocupada com a demora da filha em responder.

 

—_ Nada mãe, só um calafrio, acho que é alguma corrente de ar. __ Ela voltou a se sentar. __ Só liguei mesmo pra dizer que tudo está correndo bem, mande um beijo pro papai por mim.

—_ Tudo bem filha, qualquer coisa ligue para nós, amo você.

 

Assim que desligou o telefone ela se jogou na cama com os olhos fechados, sabia que alguma coisa estava a perturbando, e me sentia ridicularizada em não poder perguntar o que estava deixando ela assim.

 

—_ Eu estou com medo de parecer estranha, sei que não lido bem com as pessoas. __ Ela disse pra si mesma e eu fiquei feliz em ela pelo menos falar em voz alta o que estava se passando.

 

—_ Você não é estranha e qualquer um vai dar o braço pra se tornar seu amigo, você é perfeita do jeito que você é. __ Falei mesmo sabendo que ela nunca iria me ouvir, coloquei a mão na cabeça dela e fiz carinho em seus cabelos, por um momento eu quase tive certeza que conseguia sentir os fios em meus dedos.

Ela levantou da cama e começou a trocar de roupa, enquanto eu estava deitada na cama olhando para o teto, assim que ela acabou de se trocar e começou andar em direção à porta eu me levantei e andei atrás dela.

Ela passava pelos mesmos lugares onde passou mais cedo com Sabrina, ela tinha um olhar perdido enquanto andava olhando para o chão, tentei desviar ela de uns quatro meninos que se aproximaram, mas não deu tempo, ela esbarrou na muralha que eles estavam formando com os corpos grande, pareciam jogadores pelos uniformes.

 

—_ Oi novata. __ O garoto que se encontrava no meio foi o primeiro a falar e depois todos os outros seguiram falando a mesma coisa. __ Acho que devemos te dar as boas vindas.

—_ Já...fui...Não preciso...__ Coloquei a mão no ombro dela passando uma corrente de calma, pra que ela conseguisse continuar o que queria dizer. __ Não preciso de boas vindas.

 

—_ Que isso, agora que já estamos com tudo preparado. __ O garoto que se encontrava do outro lado sozinho riu pra ela enquanto os outros a seguraram pelos braços.

 

—_ Me soltem! __ Ela gritou e se debateu um pouco, mas os meninos a seguraram.

 

—_ Filhos da mãe! __ Xinguei mesmo sabendo que eles não poderiam ouvir e que era muito errado um anjo xingar, por mas inocente que fosse o palavrão. __ Se machucarem ela vou transformar a vida de vocês no inferno, literalmente.

 

Os garotos continuaram arrastando ela pra dentro de uma sala vazia, pelos estrumentos musicas, aquela era a sala musical. Todos riam muito, uma brincadeira pelo visto, que ninguém estava curtindo a não ser eles, logo um dos meninos que tinham sumido antes, apareceu com uma sacola na mão, todos se olharam e começaram a rir, em poucos minutos estavam tacando ovos nela.

 

Meu coração apertava pra fazer alguma coisa, mas eu simplesmente não podia, não agora, tinha que ter conseguido fazer ela mudar de ideia em sair do quarto, ou ter ajudado ela a mudar a rota, mas não tinha feito nada disso, estava tão perdida em pensamentos que não prestei atenção nos caras vindo em  sua direção.

Depois de tacarem mais de trinta ovos nela todos saíram rindo e zombando, Roberta escorregou e caiu no chão, tentando tirar os ovos que escorriam pelos seus olhos.

Me abaixei na frente dela e vi aqueles lindos olhos azuis se desmanchando em lagrimas, ela abraçava os joelhos e chorava.

 

—_Eu sabia que não deveria ter vindo, eu sou estranha e sempre vou ser. __ Ela gritou.

 

Estava partindo meu coração ver ela chorar daquela forma, coloquei minha mão no ombro dela para tentar acalma-la, mas não surtiu o efeito esperado, ela continuava chorando e cada vez mais o choro aumentava, sentei no chão ao lado dela com o coração parecendo uma fruta sendo esmagada.

 

—_ Você não é estranha. É especial. __ Disse pra ela já com lagrimas nos olhos.

 

No momento que eu disse isso ela deu um pulo pra trás, novamente senti aquela mesma sensação, meu corpo todo parou de funcionar, rezei mentalmente pra ela não ter me visto.

 

—_ Quem é você e como apareceu assim ?! __ Ela perguntou olhando diretamente pra mim.

 

—_Você está me vendo? __ Perguntei por não querer acreditar que tinha feito essa besteira.

 

—_É claro que estou te vendo, agora pode me explicar como chegou perto de mim sem eu perceber? __ Ela continuava em pé com ovo escorrendo por todo seu corpo e eu continuava sentada no chão, sem saber o que fazer ou falar.

 

—_Eu não sou ninguém, fecha os olhos que eu nem vou estar mais aqui. __ Respondi rápido e me levantando do chão.

 

—_ Disse... Disse que eu não era estranha... Que... Que era especial. __ Ela arriscou um passo em minha direção e senti meu coração parar uma batida.__ Você me conhece?

 

Desde o dia que você nasceu, era isso que eu queria dizer, mas sabia que não podia, não tinha como, já era pra guarda toda está atrás de mim agora e ainda não tinha aparecido ninguém, mas eu não poderia arriscar.

 

—_ Eu tenho que ir. __ comecei a andar e então senti a mão dela no meu braço. __ Como você fez isso !? __ Perguntei me virando pra ela, eu senti o toque dela, levemente e rapidamente mas senti.

 

—_ Fiz o que? Por que você fala coisa com coisa? __ Nunca tinha visto ela conversar com uma pessoa assim como ela estava conversando comigo, não parecia assustada ou com medo de falar. __ Quem é você ?

 

—_ Se eu te falasse você simplesmente não acreditaria. __ Dei as costas pra ela novamente e sai correndo dessa vez. Controlei cada célula do meu corpo pra não pensar em ficar visível pra ela e voltei pra sala, ela ainda estava parada lá no mesmo lugar olhando para a porta.

 

...

P.O.V Roberta.

 

Me encaminhei para um dos banheiros, senti todo mundo olhando e comentando sobre mim, só que naquele momento não liguei muito, ainda estava tentando descobrir de onde aquela estranha tinha aparecido, e pior que eu não conseguia tirar a ideia de que já tinha visto aquela loira antes. Ela estava toda de branco, então poderia ser médica, ali era uma faculdade, deveria ter um hospital pra atender tantos alunos, com certeza ela deveria ser médica de lá.

Entrei no banheiro mas me lembrei que não tinha roupas, voltei ao meu quarto e a menina mal educada estava lá, comecei a procurar uma roupa pra mim e ela disse pra eu ser rápida por que estava contaminando o quarto, pequei minhas roupas e voltei para o banheiro tomando um longo e demorado banho, assim que sai já limpa esbarrei com Sabrina no corredor.

 

—_ Oi Roberta, estava mesmo procurando você __ Ela sorriu pra mim e eu não consegui retribuir. __Foi você o alvo dos ovos né?

 

—_ É, parece que todo mundo já está sabendo. __ Continuei andando e Sabrina me seguiu.

 

—_ Pensa pelo lado bom você é bonita, isso não vai acontecer de novo. __Ela sorriu e deu um soco leve no meu ombro.

 

—_Como assim? __ Parei e encarei ela.

—_ Isso aconteceu com você por que é novata, todo mundo gosta de dar ‘’as boas vindas’’ __ Ela fez as aspas com as mãos o que me fez sorrir. __ Mas você é bonita não vão implicar com você. Já levei muitos pra saber como acontece. Não é tão diferente do colegial não é mesmo ?

 

—_ Isso é tão ridículo e injusto! __ Falei me sentando em um banco e apontando o lado para Sabrina. __ Você não é feia.

 

—_ Mas sou esquisita. __ Ela disse sorrindo. __ Sei disso e não me envergonho do meu jeito.

 

—_ Aqui tem alguma ala hospitalar? __ Perguntei de repente.

 

—_ Sim, eles te machucaram ? __ Ela pareceu preocupada agora e Roberta se sentiu bem com isso, ninguém além de seus pais mostravam preocupação por ela.

 

—_Não, quando eles me tacaram os ovos uma mulher loira vestida de branco apareceu e falou comigo.

 

—_ Conheço todas as mulheres do hospital, por que faço estagio lá e não tem nenhuma médica ou enfermeira loira. __ Sabrina abriu o livro que estava carregando e começou a rabiscar algumas coisas.

 

—_ Quem será essa mulher? __ Perguntei pra mim mesma , como sempre tinha mania de fazer.

—_ Talvez seja seu anjo. __ Ela respondeu distraidamente como se a pergunta tivesse sido feita para ela.

—_ O que ? Como assim?__ Balancei a cabeça pro lado.

 

—_ Quando eu era pequena minha mãe sempre me fazia orar para meu anjo da guarda, vai que você viu o seu e nem se tocou. __ Ela sorriu um pouco dessa vez.

 

—_ Você só pode estar louca, anjos não iriam aparecer assim, isso se eles existirem.

Anjos da guarda?...Não não, isso era muito fantasia pra uma pessoa só.


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