Travessura de Halloween escrita por Hiklaus


Capítulo 1
Travessura de Halloween (One-shot)


Notas iniciais do capítulo

Esta é a minha primeira fanfic concluída no site e eu escolhi o tema Halloween para homenagear. Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/433049/chapter/1

O despertador do celular toca. De cara amassada, a garota, resmungando, desliga com preguiça o aparelho. Começa mais um dia que tinha tudo para ser um tanto quanto tranquilo no bairro do Limoeiro. Mônica abriu os olhos, levantou de sua cama e pensou consigo mesma que o dia seria incrível. Ela se levantou da cama e percebeu que o clima estava escuro para ser hora de acordar. Andou até a janela de seu quarto. Abriu as cortinas. Do lado de fora não se via quase nada, apenas neblina, devido à chuva que tinha acontecido. O céu estava tampado, escuro, um pouco triste. Aquele dia que estava para começar estava com uma cara de três da manhã. “Meu Deus, desse jeito não vai dar para eu ir à escola sozinha” pensou a garota. Ela rapidamente trocou a sua roupa. Pega sua mochila e sai do seu quarto para sem demora descer as escadas e ver se conseguia carona com o seu pai. Ela chega na cozinha e não encontra ninguém. “Mãe? Pai?”, chamava a garota enquanto andava pela casa a procura de seus pais. “Que estranho, eles nunca foram de sair esta hora da manhã, principalmente durante a semana.” Mônica voltou até seu quarto, pegou seu celular, discou o número de telefone da sua mãe. Com o telefone no ouvido e apoiado em seu ombro, a garota tirava dos olhos o pedaço da franja que atrapalhava a visão enquanto escovava os dentes. “Desligado? Como assim?!”. Terminou de escovar, guardou a escova dentro de um armário que fica no banheiro, secou o excesso de água que tinha no rosto. “Estou vendo que o jeito é ir para a aula hoje de pé mesmo.”

Ela abriu a porta da frente da casa. Olhou em volta e não viu ninguém na rua. Tirou o celular do bolso. “Vou ligar pra Magali, quem sabe ela me acompanha? Vamos lá Magali, atend...” “TU-TU-TU-TU-TU...” “Oi?! O celular dela está ocupado!”. Mônica deu alguns passos até chegar na esquina de sua casa. Devido à neblina, que tomava conta da rua, se via apenas os faróis de uns poucos carros que de vez em quando ali passava. Mônica, que sempre foi a garota mais corajosa da turma, se sentiu na obrigação de não ficar com medo diante daquele cenário tenebroso. “Vamos lá, Mônica. A escola nem é tão longe da sua casa.” Dizia consigo mesma tentando não se mostrar com medo. Cada passo parecia uma eternidade. De vez em quando ela escutava o barulho de alguns animais. Cachorros que latiam para ela enquanto passava em frente de portões, corujas que piavam enquanto ela passava sob as árvores de seu bairro. “O dia está muito estranho! Esses bichos nunca fizeram tanto barulho assim comigo.”

A caminhada rumo ao colégio do Limoeiro parecia nunca acabar. Mônica estava achando estranho o fato de não ter encontrado ninguém durante o caminho, o que é raro acontecer, pois naquele bairro, todo mundo se encontrava. De repente, os animais se acalmam. O silêncio passa a tomar conta do ambiente, o que deixava o cenário um tanto propício, melhor dizendo, perfeito para um filme de terror. O sol ainda não tinha nascido. Ainda se via a lua escondida estre às nuvens que a cada hora aumentavam. Mônica estava sozinha passando por ruas escuras cheias de neblinas e com o celular sem sinal. “Se acontecer algo comigo estou ferrada. Meu Deus, que situação.”. Ela pensou em voltar para trás, mas logo desistiu da ideia ao se virar para trás e ver que o clima de filme de terror estava em todos os lugares.

Então, sem direito de escolha, Mônica continua seu trajeto até a escola. Faltava apenas uma quadra para ela chegar ao seu destino. Isto seria uma boa notícia, se ela não precisasse passar pelo campinho. Sim, o tradicional campinho onde a turma sempre brincou na infância. E porque o motivo de tanto medo dela? Simples. Aquele lugar em dias assim parecia uma floresta tenebrosa devido ao seu número exagerado de árvores e arbustos. Ela respirou fundo e foi. Aquele lugar estava silencioso demais o que a deixava a cada passo com mais medo e com vontade apenas de voltar para casa e pensar que aquilo tudo era um sonho. “Ai meu senhor! Desta vez vou ter que concordar, não tem como ficar pior...”. De repente, ela percebe que tem companhia. CLIC. Ela escuta o barulho de um galho sendo quebrado ao ser pisado. Ela se assustou. “Eu esqueci que não posso falar isso em histórias assim.” A vontade da garota era de perguntar quem era, mas parecia que a sua voz não saía por mais que ela tentasse. Ela virou para ver se via algo e nada. Então, ela sentiu uma dor na espinha de tanto medo ao perceber que atrás dela alguém havia passado correndo. Ela virou mais uma vez. Não viu ninguém e não pensou duas vezes. A garota se entregou ao medo e começou a correr. A cada passo que dava algo ou alguém a seguia. “NÃO! Fiquem longe de mim. Por que estão atrás de mim?” dizia desesperada a garota enquanto corria olhando para trás tentando ver o que estava atrás dela.

Foi então que sem perceber, a garota tropeça em um galho de árvore e cai no chão. O que estava a seguindo, estava se aproximando. Deitada no chão, sem forças para se levantar e continuar andando, ela suplica que a deixe em paz. Por trás de uma árvore, saiu uma pessoa com uma vestimenta preta. A pessoa usava uma capa que cobria todo o corpo e um capuz que impossibilitava descobrir quem era. Com uma foice na mão, a pessoa se aproximava de Mônica. A garota já estava em prantos, pensando que sua hora tinha chegado, e que a morte havia ido lhe buscar. Então, a pessoa para. Coloca a mão sobre o capuz e descobre o rosto. Mônica tentava não olhar, colocando suas mãos sobre o rosto, mas a curiosidade não deixou. Ela fica surpresa ao ver que a “morte” em quem ela estava pensando que era, era apenas... “Cebola?!!”, grita Mônica sentindo-se com raiva do susto, porém, muito aliviada. Ele ajudou a garota a se levantar e não se continha de tanto rir dela.

— HÁ! HÁ! HÁ! HÁ! HÁ! – Ele ria da garota com um tom de deboche. – Foi muito engraçada sua cara de medo, Mônica. HÁ! HÁ! HÁ! Finalmente eu consegui te assustar. E eu considero isso como uma vitória! Sendo assim, eu te derrot...

POF! – A garota deu um soco de machucar o braço no garoto.

— Por que você fez isso?! – disse ela nervosa.

— Eei, Mônica, relaxa! Não precisa apelar também, né?! Hoje é Halloween, dia das bruxas, dia de assustar as pessoas! – disse Cebola. – Não vai me dizer que você esqueceu?!

— Eu? O que você acha?! E o que aconteceu com todo mundo que não vi vindo para o colégio hoje? – disse ela se limpando da terra que havia sujado sua roupa devido à queda.

— Mônica, você tá maluca? Você viu que horas são?

— O que? – Mônica pega seu celular que estava no bolso de sua calça e liga a tela para ver as horas e diz. – Uai, agora já são sete horas da manhã. Inclusive, já estamos atrasa...

— HÁ! HÁ! HÁ! HÁ! HÁ! (...) – O garoto começa a rir de Mônica.

— Posso saber qual é a graça? – disse ela fechando a cara e perdendo a paciência.

— Mônica, você caiu em uma travessura de Halloween! HÁ! HÁ! HÁ! – Cebola retira seu celular do bolso, liga a tela dele e mostra para Mônica. – Olha só!

— O QUÊ?!! Agora são TRÊS DA MANHÃ??! – disse ela desesperada e continuando sem entender nada do que estava acontecendo.

— Isso mesmo, Mônica, alguém pegou o seu celular e mudou as horas. Bela travessura de Halloween. Por que eu não tinha pensado nisso antes? – disse ele pensando.

— M-mas... COMO?! – disse a garota surpresa, mas sua reação mudou no mesmo instante para furiosa. – GRRRR! DENISE! Então foi pra isso que aquela traidora, duas caras pediu meu celular ontem à noite?!!!

<< PAUSA PARA O FLASHBACK >>

Na noite anterior, era mais ou menos dez e pouco da noite. Denise estava na casa de Mônica. O assunto estava fluindo até que Denise pede o celular da amiga emprestado para que ela ligasse ao seu pai para que ele a buscasse. Denise saiu do quarto de Mônica e demorou um pouco, e quando voltou, estava toda sorridente. Mônica perguntou o que era, mas Denise mudou de assunto...

<< DE VOLTA AO PRESENTE >>

— Hááaáá! Hora que eu por as mãos naquela dissimulada, ela vai ver só! – disse ela não se controlando mais de tanta raiva.

— Calma aí, Mônica. Como eu já tinha falado. O Halloween é hoje, então você tem o dia todo para dar o troco nela. Sem violência. Já basta eu ser o alvo.

— Você está certo, Cebola. E você vai me ajudar a bolar um plano infalível contra a Denise! Vai ser um Halloween cheio de travessuras pra ela! Muhuhahaha! – Mônica disse essas palavras determinada o que deixou Cebola sem entender nada e impressionado ao ver esse pedido da namorada. Ela continuou: – Mas o que você está fazendo fantasiado às três horas da manhã?!

— Eu estava terminando minha fantasia para a festa de hoje à noite na casa da Denise, aí como somos vizinhos, eu vi você saindo da sua casa a essa hora da madrugada, então eu resolvi seguir você... Não que eu seja ciumento... Eu só fiquei preocupado.

— Mas não precisava me assustar né?! – disse ela brava pelo susto levado.

— Foi mal, Mô, mas eu precisava realmente testar se a fantasia funcionava e pelo que vi... Ficou ótima! HÁ! HÁ! HÁ!

— Não vou negar, assusta mesmo... – falou ela aliviada. – Falando nisso, ainda faltam algumas horas para a aula começar e ainda dá tempo de dormir mais um pouco. Vamos pra casa porque esse campinho tá me deixando assustada.

— Vamos nessa. – ele falou sorrindo para ela. Cebola pegou na mão de Mônica e os dois foram embora...

( Mônica ) – Mas por que será que meus pais não atenderam o telefone? Ai que burra, é claro, eles desligam para dormir...

Os dois começaram a rir e continuaram seu caminho.

(...)

Era três horas da manhã do dia trinta e um de outubro e os dois caminhavam naquele campo escuro que mais parecia um bosque de filme de terror. De longe, ela observava o casal e pensava consigo mesma...

— É melhor deixa-los em paz. A garota já passou muito susto por hoje... Ela só não imagina que eu tive uma pequena participação nesta travessura. Hê! Hê! Hê! Feliz Halloween! – Dona Morte pegou sua foice e partiu para assustar outra vítima.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, então é isso, pessoal, espero que tenham gostado, até a próxima fanfic e Feliz Halloween!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Travessura de Halloween" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.