Capitulo 5Sakura caminhou em direção à arvore que haviam enfrentado há pouco tempo, ela a abraçou.

_ Está tudo bem agora.

 

Kai e Kagome se sentaram para conversar e resolver o que iriam fazer.

 

_ Kai, você mentiu para o seu pai.

 

_ Eu sei, e sei que ele vai me odiar por isso, mas a minha mãe me convenceu a fazer isso, no começo eu também fui contra, mas depois, e agora ...

 

Kai olhou para Sakura abraçada à árvore. Ele sabia que não poderia contar qual era sua real intenção, se contasse provavelmente Kagome seria contra.

 

_Kagome, se a gente encontrar o meu pai por aí, não conta para ele essa história, ele iria me odiar.

 

_Seu pai te ama, jamais iria te odiar, ele iria ficar irritado isso sim.

 

_Iria odiar sim, você pensa que ele não iria porque não o conhece como eu conheço.

 

_ Eu conheço seu pai sim, e sei que tudo que ele faz é para o bem da sua família, ele é um bom homem.

 

_ Claro que você gosta dele, ele sempre te tratou bem, ele nunca olhou para você com aqueles olhos, como se cada vez que ele te olhasse ele te machucasse.

 

_ Não fale assim do seu pai.

 

_ Como você esperava que eu falasse?

Tudo que eu faço, ele diz que não é bom, que o meu irmão fazia ou faria melhor. Ele sempre me culpou. Como eu poderia ter impedido? Eu só tinha 5 anos.

 

Kai virou a cara, ele sentiu uma lágrima escorrer em seu rosto, ele a secou para que ninguém a visse.

 

Sakura se voltou para junto de Kagome e Kai.

 

_ Porque aquela árvore se tornou demônio?

 

Sakura tinha feito uma pergunta que ninguém sabia exatamente a resposta, os demônios existiam há tanto tempo que ninguém sabia porque eles existiam e de onde eles tinham surgido.

 

_Ele era apenas uma árvore, e isso significa que todos os demônios já foram criaturas boas e normais.

 

Sakura poderia estar certa, e isso tocou o coração de Kagome, fazendo a pensar que se todos os demônios já tinham sido seres normais isso significava que Inuyasha também já havia sido uma criatura normal e boa.

 

_Precisamos ajudar esses demônios.

 

Kai não gostou muito da idéia, fechou a cara, e cruzou seus braços.

 

_ Sakura tem razão Kai, nunca pensei dessa maneira, mas se pararmos para pensar, era uma simples árvore, quantos outros devem ter por aí precisando de ajuda? O demônio que me ajudou, por exemplo, ele era bom, eu vi através de seus olhos uma imensa bondade.

 

_Deixa de ser idiota, ele é um demônio e não tem como ele ser bom.

 

_Ele me salvou.

 _Grande coisa, ele provavelmente planejou isso direitinho.

_Kai!

 

_E você se diz uma caçadora de demônios. Você é uma tola.

 _E a Sakura? Porque você a deixou vir até aqui com a gente?

_É....eu...

 

_Anda Kai, fala.

 

_Parem! - gritou Sakura - Não quero que briguem, por favor.

 

_Se você não está disposto a ajudar, eu estou.

 

_Tá bom.

 

Sakura correu e abraçou Kai.

 

_Obrigada!

 

Kai empurrou Sakura para o lado e saiu caminhando deixando as duas para trás.

 

_Vocês não vêm?   

 

Os três seguiram juntos para essa nova aventura.   

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Caminharam por horas, todos calados mergulhados em seus pensamentos: Kagome pensava em Inuyasha, em como ele a havia salvado; Sakura pensava em como poderia ajudar todos os demônios  e em como essa missão seria difícil de se cumprir, mas ela não pensava em desistir nunca; Kai pensava em sua casa, seu pai e como ele poderia deixar ele orgulhoso.

 

Sakura foi quem quebrou esse silêncio ao ver um rapaz com um arco na mão vindo em direção a eles.

 

Kagome observou e viu que era um caçador de demônios e não era um caçador qualquer, era de sua vila, e vivia no pé de Kagome.

 

_Kagome, é você!

 

_Oi. - Kagome não parecia muito feliz ao vê-lo.

 

_É uma honra encontrá-la aqui. Está caçando muitos demônios?

 

_Sim.

 

_Esse garoto com você é o Kai, não é? O filho do maior caçador de demônios de todos os tempos. E essa piralha?

 

Sakura fez uma cara feia para ele.

 

_Não sou piralha.

 

_Ela é uma caçadora de demônios? - disse Kai empurrando Sakura para trás.

 

_Me desculpem, eu adoraria ficar um pouco mais, principalmente fazendo companhia a você, Kagome,mas tenho que ir. Conversamos outra hora, estou na pista de um demônio.

 

Ele sorriu para Kagome e continuou sua caminhada atrás de demônios.

 

_Se ele está na pista de um demônio temos que ajudar esse demônio, senão ele vai matá-lo.

 

_Está maluca, se formos atrás dele, ele vai descobrir quem você é de verdade.

 

_O Kai tem razão Sakura, ele vai acabar descobrindo. Ele é um dos melhores caçadores do nosso vilarejo, é também muito cruel, não quero nem pensar no que ele pode fazer com você se descobrir a verdade.

 

Sakura não queria deixar esse demônio nas mãos daquele caçador, mas que escolha ela tinha?

         _Tem uma cidade aqui próxima podemos ir até lá e comer alguma coisa.

 

E foi isso que fizeram caminharam para a cidade, onde poderiam descansar para sua próxima jornada.

 

Não era uma cidade muito grande, mas havia restaurantes e pensões, um bom lugar para passarem a noite, descansando.

  Continua....