A New Day Has Come?a História daqueles que Foram contra a Profecia. escrita por Kai oliveira, Eire


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Tanta coisa tem acontecido na vida de Sakura... Dificil é saber se ela vai aguentar todas....



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         Tomoyo enxugou as lágrimas e retornou para dentro deixando Kai perdido em seus pensamentos. Ele não sabia ao certo o que deveria fazer, contar a verdade para Sakura ou omitir o que ele sabia, seu coração estava dividido, se ele contasse provavelmente Sakura iria querer ficar ao lado da mãe, e seus planos iriam por água baixo, mas Sakura era tão doce, Kai sentia que ela merecia saber a verdade.

         Tomoyo entrou e viu Sakura lavando a louça, ela sorriu, Sakura era uma menina tão doce, Tomoyo não incomodou Sakura, ela foi ver como Kagome estava, e a surpresa e susto foram grandes, ao entrar no quarto ela viu aquele estranho ser dormindo ao lado da cama, com umas orelhas de cachorro, ela sabia que aquele ser só poderia ser um demônio.

         _Aaaaa!!!!!

         Kai ouviu o grito e correu para dentro, ele pensou que ela tivesse descoberto quem era Sakura, mas não era , Sakura estava ao lado da pia, escutando os gritos.

         _O que aconteceu?

         _Não sei Kai.

         Kai correu em direção ao quarto onde Kagome estava.  Tomoyo se assustou ao ver Inuyasha sentado ao lado de Kagome, ele acordou espantado, tinha adormecido, o que não poderia ter acontecido.

         _Calma.

         _Um demônio em minha casa, saia da minha casa, ou eu serei capaz de....

         Sakura entrou correndo parou na frente de Inuyasha.

         _Não faça nada contra ele, ele é meu amigo.

         _Ele é um demônio.

         _Eu sei, mas está conosco, e não pode feri-lo,  se vai feri-lo por ser um demônio tem que ferir a mi...-Sakura foi interrompida pelo grito de Kai.

         _Sakura não!

         _Não o quê? O que está acontecendo aqui? Afinal de contas quem são vocês?

         Kagome se remexeu na cama e abriu os olhos, ela não estava entendendo nada, mas sabia que Inuyasha estava em perigo, pois Sakura permanecia na frente dele como se quisesse protegê-lo.

         _Inuyasha!?

         Kagome levantou com dificuldade e se aproximou de Inuyasha. Tomoyo pode perceber pelos olhos de Kagome que ela estava disposta a protegê-lo e a razão não era a mesma de Sakura.

         _Porque estão fazendo isso? Ele é um demônio!

         _Eu não sei porque estamos aqui, nem sei quem é você, só sei que não vou permitir que você machuque o Inuyasha, ele não é mau, ele é nosso amigo.

         _Kagome! – disse Inuyasha emocionado com a atitude de Kagome.

         Tomoyo teve pena de Kagome, ela parecia falar tão sério, Tomoyo se afastou do quarto, Inuyasha ajudou Kagome a se deitar Kai olhou feio para Inuyasha.

         _Você é um idiota, viu o que fez, e se ela resolve nos expulsar daqui por sua culpa, será que não vê que a Kagome precisa de cuidados, seu imbecil?

         Inuyasha se virou para Kai, Kagome segurou as mãos de Inuyasha, para que ele não fizesse nenhuma besteira.

         Kai saiu do quarto sendo seguido por Sakura, Tomoyo estava sentada no sofá, algo na atitude de Kagome a fez pensar na filha que ela deveria ter protegido, mas não o fez. Deixou que a tirassem dela sem que ela lutasse por ela Kagome era tão valente de enfrentar tudo para proteger aquele demônio.

Sakura sentou-se ao lado de Tomoyo.

         _Tudo bem com a Senhora?
         _Sim.

         _Não se preocupe o Inuyasha é bom, assim como....

         Sakura foi interrompida por Kai, que a segurou pelo braço.

         _Calma Kai, ela é nossa amiga.

         _Vem.

         Tomoyo se levantou puxou Sakura para perto dela.

         _O que está acontecendo aqui? Porque você a impediu de falar, o que você iria falar Sakura?

         _Sakura olhou para Kai que mantinha a cara amarrada.

         _Nada.

         Sakura saiu.

         _Tem alguma coisa errada, eu posso perceber. E eu vou descobrir o que é.

 

         Tomoyo saiu atrás de Sakura, ela estava sentada, Tomoyo pode perceber que ela olhava para as palmas das mãos tão pensativa, Tomoyo se aproximou devagar e ela pode ver que nas mãos de Sakura havia estranhas marcas, as mesmas marcas que ela viu nas mãozinhas de sua filha, Tomoyo sentiu um aperto no peito, aquele bebê que ela tanto evitou estava na sua frente, não era mais um bebê era um menina, uma garota linda, era sua filha.

         _Sakura!

         Sakura se virou e viu Tomoyo olhando para ela com os olhos cheios de lágrimas, Sakura tentou esconder as mãos , mas Tomoyo as segurou  e olhou nos olhos de Sakura.

         Sakura estava assustada as marcas sempre lhe deram problemas.

         _Sakura, eu me lembro dessas marcas, eu as vi há onze anos atrás.

         _Como?

         _Eu a vi nascer.

         _Você conheceu a minha mãe?

         _Sim.

         _E aquele que dizem ser o meu pai.

         _Sim.

         _Como?

         _Você cresceu muito, minha filha.

         Sakura sentiu seus olhos se encherem de lágrimas, ela não queria acreditar, mas sabia que algo dentro dela, dizia que era verdade, as duas se abraçaram.

         Kai viu a cena e correu para tentar impedir Sakura e Tomoyo de saberem a verdade, mas ele chegou tarde. Agora todos os seus planos estavam perdidos.

 

 

 

         As duas últimas semanas foram as melhores para Sakura, ela estava feliz, estava ao lado de sua mãe, e ela pretendia ficar ali, ao seu lado, mesmo com Kai tentando convencê-la do contrário.

         Kagome se recuperou depressa, Inuyasha permaneceu ao seu lado, a manhã estava tão linda, Kagome se sentia tão bem que decidiu dar um passeio pela floresta, junto com Inuyasha. Desde o dia em que haviam se declarado um para o outro que estavam agindo diferente, sempre sorriam quando se olhavam e ficavam vermelhos. Kagome não se arrependia de ter falado sobre seus sentimentos para ele, já Inuyasha se culpava o tempo todo e evitava ficar sozinho com ela. Aceitara passear com ela depois de muita insistência de Kagome que queria porque queria sair sozinha e ele, preocupado não permitiu que ela fizesse isso, na verdade ela estava procurando uma desculpa para ficar sozinha com ele. Precisavam conversar e na casa de Tomoyo isso era meio difícil. Eles não se afastaram muito, apenas foram até uma clareira onde havia uma espécie de jardim natural com muitas flores. Era um lugar especialmente lindo, também havia um pequeno lago. Kagome sentou-se em um tronco de árvore que estava caído no chão. Inuyasha ficou em pé de braços cruzados, como se fosse o segurança dela. Kagome olhou para ele e pediu para que ele sentasse também.

         _Não vai se sentar? Vai ficar aí em pé por muito tempo?

         _Tenho que ficar de guarda para vigiar o lugar. Preciso proteger você, nunca se sabe quando outro demônio pode querer te atacar.

         _Quer deixar de ser paranóico, nenhum demônio vai aparecer pra me atacar. Não apareceu nenhum nas últimas semanas! Eu acho é que você está me evitando.

         _Agora você é que está sendo paranóica. Não estou te evitando.

         _Tem evitado ficar sozinho comigo.

         _Se eu estivesse te evitando não teria vindo pra cá com você.

         _Você só veio porque eu disse que ia sair para passear sozinha.

         _Você armou tudo isso, não foi?

         Kagome não respondeu nada, apenas desviou o olhar para observar as borboletas que estavam voando pelas flores.

         _Eu sabia! Eu devia deixar você aqui sozinha.

         _Seria capaz de me deixar sozinha?

         Foi a vez de Inuyasha ficar sem palavras e desviar o olhar.

         _Eu não consigo entender você. Declarou-se pra mim, mas depois disso não aconteceu mais nada, simplesmente evitou ficar sozinho comigo só para não termos que conversar sobre nós. Por que disse que me ama, se na verdade não demonstra isso? Se não quer nada comigo, se tem medo do que pode acontecer entre a gente, então por que ainda continua  nos acompanhando? Vai me dizer que é por causa da promessa que fez pra mim, por causa da dívida que tem comigo. Eu acho que ela já está muito bem paga.

         _Então, você quer que eu vá embora?

         _Não, eu não quero que vá embora, só quero entender você.

         _Kagome, o que eu disse pra você naquele dia, eu queria não ter dito. Preferia que você nunca soubesse, que você não sentisse o mesmo. Sabe que nós estamos errados. Entre humanos e demônios não pode existir amor.

         _Mas é o que eu sinto por você e ninguém vai mudar isso.

         Kagome levantou-se e foi até perto de Inuyasha que não se afastou dela, mas desviou o olhar, ela pegou nas mãos dele e tocou em suas garras.

         _Eu não me importo se as suas unhas são maiores que a maioria dos rapazes que conheço, muito menos com essas orelhinhas  que você tem, ou com a cor dos seus olhos. – Ela segurou no rosto dele e o forçou a olhar para ela, sorriu para ele e tentou beijá-lo, mas tudo que conseguiu foi um rápido selinho, pois Inuyasha deu um jeito de se afastar um pouco dela.

         _O que foi que você viu em mim?

         _Eu não sei, nunca se dá pra explicar como a gente se apaixona ou porquê. Simplesmente a gente se apaixona. As razões do coração ninguém compreende, mas de uma coisa eu tenho certeza, eu consigo enxergar quem você é por dentro, não que o que está por fora seja ruim, pelo contrário, você é lindo. Sabia?

         _Bonito eu? Tem certeza de que não bateu com a cabeça alguma vez?

         _Devia confiar mais em si mesmo, Inuyasha. Você é bonito sim, por dentro e por fora.

         Inuyasha corou e desviou o olhar.

         _Está na hora de nós voltarmos.

         _Mas já! Nós acabamos de chegar. – ela olhou para o lago e sorriu, chegou perto dele e tocou com as mãos a água – Sabe que essa água parece estar uma delícia! Faz tanto tempo que eu não nado num lago assim. Talvez não seja uma má idéia.

         _Nem pense nisso. Não quero que fique resfriada e depois não vou deixar você sozinha aqui nadando nesse lago.

         _Então você podia nadar comigo?

         _Está ficando maluca? Perdeu o juízo. Você nem bem se recuperou e já está querendo nadar e ainda por cima quer que eu nade com você! Onde é que você está com a cabeça? Se quiser fazer isso chame a Tomoyo ou a Sakura para nadarem com você. Eu não vou fazer isso. “Não sei do que seria capaz.”

         _Você fica uma gracinha quando está vermelho, sabia?

         Inuyasha ficou mais vermelho ainda com o comentário de Kagome.

         _No que é que você estava pensando, heim? Não era em besteira, era?

         Inuyasha sentou-se de braços cruzados e olhou para o outro lado.

         _Você é que começou com essa história de tomar banho no lago comigo, o que é que você queria que eu pensasse?

         Kagome fez uma cara de brava que assustou Inuyasha.

         _Seu pervertido! Seu safado! Eu só disse aquilo de brincadeira para ver como você ia reagir. Que tipo de garota você pensa que eu sou?

         _Já disse que da forma como falou me deu todos os motivos para  pensar isso, além disso, você é muito “saidinha”. Lembre-se de que foi você que começou nosso primeiro beijo.

         _Ora, você é muito lerdo pra esse tipo de coisa. Além disso...espere um pouco aí, o que é que você está insinuando com isso? Vai dizer que não gostou do beijo que eu dei em você?

         _Não, eu beijo muito melhor do que você.

         _Então prova!

         _Lembre-se de que foi você quem pediu.

         Inuyasha a enlaçou pela cintura e a beijou delicadamente, apenas para sentir o sabor dos lábios dela, depois ele aprofundou o beijo de uma forma que logo Kagome já estava sem ar e se separou dele para respirar melhor, mas ele não queria se afastar dela, a beijou no rosto, deu-lhe vários beijos no rosto e depois novamente nos lábios. Eles perderam completamente a noção de quanto tempo estavam ali, Kagome sentiu as pernas amolecerem e teria caído se não estivesse sendo segurada pelo abraço de Inuyasha. Separaram-se depois de muito tempo. Kagome o abraçou e Inuyasha correspondeu, procurou acariciar os cabelos dela, percebeu que ela estava chorando no peito dele.

         _Está tudo bem, Kagome?

         _Por que as coisas têm de ser do jeito que são? Por quê?

         Inuyasha logo imaginou porque ela estava perguntando aquilo.

         _O mundo é assim Kagome, injusto, e não há muito que possamos fazer para mudar ele.

         _A Sakura cresceu longe da mãe dela e a Tomoyo parece ter sofrido tanto por ter ficado longe da filha dela. O Kai sofre tanto pelo jeito que o pai dele o trata, tudo porque um demônio matou o irmão dele, um amigo que eu estimava tanto e que se foi tão cedo. E você e eu, nós nos amamos e não podemos viver isso como todo mundo. É tudo injusto demais. Será que alguém consegue ser feliz de verdade em algum lugar desse mundo?

         _Eu sou feliz quando vejo seu sorriso, quando beijo seus lábios, quando tenho você do meu lado.

         Kagome sorriu para Inuyasha que a beijou novamente, dessa vez apenas um beijo de conforto.

         _As coisas nem sempre são do jeito que  queremos, mas há momentos em que dão certo, não  vê a Sakura e a mãe dela agora. Estão tão felizes.

         _É verdade!

         Inuyasha levou Kagome até perto do lago e fez com que ela sentasse ali, sentou-se do lado dela e a abraçou pelas costas, ela então encostou a cabeça nos ombros dele.

         _O que é que vamos fazer? Sakura está tão feliz com a mãe, não podemos tirar isso delas. Ela quer ficar aqui.

         _O que vai fazer se deixar a Sakura aqui, Kagome?

         _Eu saí nessa viagem para ajudar o Kai, deveria ser a primeira caçada dele. Mas aconteceram tantas coisas no meio do caminho. Kouga deve estar atrás de mim, está louco de raiva porque tirei você dele.

         _E vai morrer de ciúmes se souber de nós.

         _É, ele já deve ter dado um jeito de falar mal de mim e do Kai para muita gente, talvez até no nosso vilarejo. Além disso, continuei com a Sakura porque ela pediu minha ajuda, acho que queria no início vigiar ela e agora, quero muito acabar com tudo isso, ajudar os demônios e as pessoas, mas se ela resolver ficar aqui. Não sei o que o Kai vai querer. E você? Não precisa se sentir obrigado a ficar aqui, eu já estou melhor, além disso, tem a sua missão pessoal.

         _Eu também não sei o que fazer. Eu sei que já está melhor, mas não é por isso que estou aqui, ainda tenho uma dívida com você.

         _Acho que já a pagou.

         _Não, definitivamente não.

         _Por que não diz que quer ficar comigo para sempre de uma vez?

         _Porque eu sei que isso é algo impossível de acontecer.

         Kagome sentiu um aperto no coração ao ouvi-lo dizer aquilo. Ela também sabia que era algo praticamente impossível de acontecer, mas queria poder ouvi-lo dizer que queria ficar com ela, viver com ela para sempre. Se ele lhe proposse isso ela seria capaz de aceitar mesmo sabendo de tudo que teria que enfrentar, mas Inuyasha nunca iria dizer algo assim para ela. Não queria fazer mal a ela, como ele mesmo dizia. Isso significava que um dia ele iria embora e eles iriam se separar, era algo que ela não conseguia conceber. Como fora ficar tão apaixonada por alguém que conhecia há tão pouco tempo?

         _Mas, mesmo sendo impossível, quero aproveitar o tempo que tenho.

         _Por isso ainda não foi embora?

         _Gosto de ficar perto de você, não consigo ficar muito tempo longe do seu cheiro, do seu sorriso. E não é só isso. Lembra-se de que lhe disse que não podíamos deixar a Sakura sozinha, de que ela precisava de nossa proteção? Continuo achando o mesmo. Por isso acho que nós não devemos deixá-la sozinha neste lugar.

         _Mas o que vamos fazer? Nós não podemos ficar pra sempre na casa da Tomoyo. Já estou me sentindo melhor, logo não vamos ter mais motivos para ficar por aqui e a Sakura com certeza vai querer ficar. Talvez ela fique bem agora, que está com a mãe.

         _Tenho minhas razões para achar  que não. Você sabe muito bem Kagome, uma hora o pai dela vai aparecer para buscá-la e a mãe dela não vai poder fazer nada. Talvez nem nós consigamos fazer alguma coisa... Não podemos deixar a Sakura sozinha.

         _Quando isso tudo vai acabar? Não agüento mais ver as pessoas sofrendo por tudo isso. Nós não temos o direito de tirar a Sakura de perto da mãe dela, nós nem sabemos se o pai dela vai realmente aparecer. Apesar de que, elas podem se separar apenas por um tempo, pelo menos até tudo isso terminar.

         _E você acha que depois que tudo terminar elas vão poder ficar juntas? Provavelmente, se ele for derrotado, com ele vão embora todos os demônios. Talvez a Sakura não sobreviva, muito menos eu. Acho que é nosso destino.

         _Isso é injusto demais. É injusto com você, injusto com a Tomoyo, com a Sakura, com nós dois. Não quero perder você. Nem a Sakura, ela é minha amiga e você é a pessoa que eu amo, o homem que eu amo.

         _Shiuuu! Está sofrendo antes da hora. Eu estou preparado pra isso  há muito tempo. “Pelo menos estava antes de te conhecer.” Eu sempre soube que poderia me tornar um demônio completo, ou poderia ser morto por um caçador. Se eu morrer protegendo você ou ajudando outras pessoas vai ter valido a pena.

         _Não vou deixar você morrer. Eu juro! Você não deixou que eu morresse.

         _Olha, talvez eu apenas esteja dizendo um monte de besteiras, nunca se sabe. As coisas podem ainda não estar escritas.

         _É...Talvez você possa se tornar humano e a Sakura também, afinal a mãe dela é humana.

         _Quer mesmo acreditar nisso?

Kagome ia responder mas notou que Inuyasha estava atento com outra coisa, cheirava o ar e suas orelhas estavam se movendo para todos os lados.

         _O que foi?

         _Tem algo de estranho no ar.

Kagome olhou para o céu e pode ver  que ele estava ficando escuro, ao longe ela viu uma nuvem negra.

         _Está indo em direção a casa da Tomoyo.

         _O que está indo para lá?

         _O veneno de que lhe falei.

         _O quê? Fala do veneno que te transformou em demônio?

         _Uhum. Preciso impedi-lo de chegar lá.

         _Como vai fazer isso?

         _Eu sempre me viro.

         _Mas está sem o tal pó de que me falou.

         _Achei as ervas certas nessa floresta e aproveitei essas últimas semanas em que esteve se recuperando para preparar mais. Você vai me prometer que vai ficar aqui, eu vou atrás da nuvem.

         _Não, não vou deixar você se arriscar sozinho.

         _Eu não quero envolver você nisso. Ainda não se recuperou completamente.

         _Mas você não deve ficar se expondo a esse veneno, se aspirar muita quantidade pode se tornar um demônio completo.

         _Por isso quero que fique longe de mim.

         _Mas alguém precisa avisar os outros.

         _Não, eu contenho o veneno antes de ele chegar até eles. Você deve ficar aqui. Não podemos deixar a Sakura ser exposta ao veneno, não sabemos o que pode acontecer com ela.

         Inuyasha ia sair correndo, mas Kagome segurou sua mão, ele olhou para trás e sentiu um aperto no peito, sempre enfrentara aquele veneno sem medo, mas agora, estava vacilando.

         _Por favor, Inuyasha, tome cuidado. Prometa-me.

         Inuyasha chegou até ela e a abraçou, depois lhe deu um beijo rápido, mas intenso.

         _Eu vou tomar cuidado. Tome cuidado também. Fique com um pouco disso. É o pó de que lhe falei, se o veneno se aproximar de você, jogue-o nele e saia correndo.

         Inuyasha saiu de lá em direção a nuvem e Kagome ficou ali com o coração  quase saindo pela boca. Não iria conseguir ficar ali sozinha sem saber o que fazer. Alguém precisava avisar Kai, Sakura e Tomoyo. Resolveu ir até eles, saiu correndo pela floresta.

 

 

         Kai observava os pássaros voarem, ele viu quando Inuyasha e Kagome saíram juntos, tantas coisas tomavam conta de sua mente, ele precisava provar para o pai, que era um grande caçador, mas para isso precisava capturar um demônio poderoso, assim como Sakura, mas por outro lado, ela era tão gentil, e toda vez que sorria para Kai, ele sentia suas pernas tremerem e seu coração acelerar. Os pensamentos de Kai foram interrompidos pela voz de Sakura.

         _Kai!

         _Sakura!

         _Anda vem minha mãe me ensinou a fazer bolo, e eu fiz.Quer experimentar?

         _Não obrigado!

         _Mas Kai.

         _Vai embora, eu quero ficar sozinho.

         _Kai!?

         _Você não me ouviu, some daqui, eu não quero mais te ver, sai...

         Sakura não entendeu o que estava acontecendo, seu coração parecia estar quebrando ao ouvir as palavras de Kai. Sakura correu para junto de sua mãe, Kai também se sentiu mal ao falar com ela tão rude mas ele precisava tomar uma decisão.

         _O que eu faço?-Kai olhou novamente para o céu, e ele estava estranho, nuvens negras estavam tomando conta do azul, parecia que uma chuva se aproximava.

         _Tenshi, me ajuda, o que eu faço? O que você faria?

         Kai fechou os olhos e lembrou do sorriso do irmão, uma lágrima que insistia em sair, rolou pela face de Kai.Ao abrir os olhos Kai não acreditou no que viu, era um demônio, mas não era um demônio comum, aquele olhar vermelho e aquela garras, Kai se viu com 5 anos perdido na floresta ao lado de Tenshi cercados por um demônio idêntico ao que estava na sua frente.

         _Tenshi!!!

         Kai sentiu como se suas pernas estivessem presas ao chão, estava com medo, assim como ele teve a 10 anos atrás, estava diante do assassino de seu irmão, o demônio que seu pai procurou por toda a vida, era sua chance de mostrar ao pai que ele não era um inútil, mas estava paralisado, as lembranças tristes tomavam conta de Kai, e elas pareciam deixar Kai impossibilitado de lutar.

         O demônio levantou suas garras em direção a Kai, que se jogou para o lado, sendo atingido no ombro, pelas garras.

         _O que você quer comigo, saia daqui, me deixa em paz. –A imagem do mostro diante dele e de Tenshi, a imagem do pai o chamando de assassino tomavam conta de sua mente.

         O demônio caminhou em direção a Kai.

         _Não posso fugir, preciso derrotá-lo pelo Tenshi.

         Kai se levantou e correu em direção ao demônio deu um soco em sua barriga, o demônio reagiu e passou suas garras no rosto de Kai, e deu um soco em Kai que caiu longe, Kai passou a mão no rosto e observou o sangue. Kai respirou fundo, o demônio caminhou devagar em direção a Kai.

         _Eu prometo Tenshi que eu vou vencer.

         Kai levantou correu em direção ao demônio que corria em sua direção o demônio deu outro soco em Kai e jogou longe. Kai tentou se levantar mas com muita dificuldade, como ele poderia vencer aquele demônio?

         O demônio olhou feio para Kai e correu com as garras apontadas para Kai, que não tentou fugir, pelo contrário correu em direção a ele outra vez, mas novamente sem êxito, o demônio passou as garras em seu peito, Kai cai no chão.

         _Tenshi, me perdoa eu não consigo, não posso, eu estou com medo.

         Kai foi chutado pelo demônio.

         _Fica longe dele.

         Kai levantou o rosto e viu que Sakura estava de frente para o demônio, e sua mãe estava  na porta segurando uma espada.

         _Sakura?!

         Sakura olhou para Kai com uma cara séria, ela sempre estava sorridente e naquele momento ela estava tão diferente. Sakura não pensou duas vezes para atacar o demônio, ela precisava proteger Kai e acima de tudo sua mãe, mas no interior Sakura sabia que não poderia ferir o demônio, ela poderia apenas atordoá-lo para depois purificá-lo.

         Sakura sentiu suas mãos queimarem, e uma energia surgir em suas mãos, a mesma energia que ela enviou em direção ao demônio, que pulou desviando do ataque, Kai se espantou o demônio era muito rápido, Tomoyo observava tudo.

         O demônio se movimentou com muita rapidez, em direção a Sakura, ela tentou atacá-lo mais uma vez, mas foi inútil, ele a atingiu por trás, Sakura sentiu uma forte dor nas costas.

         _Sakura!

         Tomoyo correu para amparar a filha que se ajoelhara no chão por causa da dor.

         _Mãe sai daqui, é muito perigoso.

         _Não vou deixar minha filha sozinha, não dessa vez.

O demônio se moveu em direção as duas, Sakura parou-o com as mãos construindo uma estranha barreira de energia.

         _Saia daqui, mãe!

         Kai observava tudo e pensava.”_ Ela está lutando para proteger  a mãe, mas os demônios são seres insensíveis, ela seria capaz de tudo para proteger a mãe que ela acabou de conhecer. Sakura!!!”.

         SaKura soltou outra bola de energia em direção ao demônio. Ela conseguiu acertar, mas não foi o bastante ele se levantou, e foi em direção a Sakura, que tentou um novo ataque, mas foi em vão, novamente ele a atingiu.

         Sakura caiu no chão, ela sempre vencera os demônios com tanta facilidade, mas esse parecia ser tão forte, ela sabia que não poderia desistir,  estava começando a se sentir fraca, sem forças para se levantar. O demônio não teve pena, Sakura estava caída e isso não o impediu de atacar novamente. 

         _Sakura! –Gritou Kai, na esperança de que ela se levantasse.

         Sakura levantou o rosto e a imagem que ela viu fez seu coração doer, sua mãe estava na sua frente servindo de escudo para proteger Sakura,. Os olhos de Sakura se encheram de lágrimas, ao ver a mãe se ajoelhar e cair no chão ensangüentada.


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