A Casa Maldita - A Maldição do Labirinto escrita por Flávia


Capítulo 1
A Casa Velha


Notas iniciais do capítulo

Doces ou travessuras?
A história não foi corrigida, eu escrevi em cima da hora e não tive tempo pra corrigir porque eu queria postar hoje, no Halloween.



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UM

A CASA VELHA

─ Doces ou travessuras?!

Disseram as quatro crianças ─exceto a mais velha ─ ao mesmo tempo quando abriram a porta, e com um sorriso a senhora que morava na casa colocou doces nos saquinhos de cada uma delas e afagando seus cabelos.

Era o primeiro halloween de Sam, Alex, Claire, Kristie e Melvin no bairro, eles haviam se mudado quase na mesma época e se tornaram amigos,moravam na mesma rua. Eles estavam gostando do bairro, as pessoas eram gentis, claro que com algumas exceções, mas boa parte agradava.

Toda a rua estava decorada para o dia das bruxas, abóboras, morcegos, aranhas e gatos pretos de brinquedo, todas as casas estavam decoradas, e praticamente todas as crianças estavam se divertindo com o tradicional “doces ou travessuras”, era um bairro tranquilo.

Sam não queria estar pedindo doces com seu irmão, ela queria ir a uma festa, mas sua mãe a obrigou a ir, ou ficaria de castigo. Ela tinha quatorze anos e nunca havia ido a uma festa de verdade, queria ir, mas ao invés disso ficou com o tradicional “doces ou travessuras” a noite inteira fantasiada de bruxa.

─ Doces ou travessuras?! ─ disseram novamente, com exceção da Sam.

Mais um punhado de doces.

─ O halloween daqui é ótimo! ─ exclamou Melvin enquanto olha o quanto recebera de doces.

─ Já passamos por todas as casas? ─ perguntou Kristie.

─ Hum... Senhorita Johnson, a senhorita Sweaton, senhor Washington, senhorita Charlens, senhor Jay Loo... Acho que sim! ─ disse Sam, que mesmo não querendo estar ali continuava com um humor agradável.

─ Eu quero comer meus doces ─ disse a Claire, que já deveria estar com muito sono.

─ Quando chegarmos em casa, Claire ─ respondeu calmamente a sua irmã Kristie.

─ Mas eu não quero esperar ─ a garota continuou.

─ Em casa Claire, não lembra o que a mamãe disse?

A outra apenas assentiu e coçou os olhos com sono.

─ Faltou aquela ali ─ disse o Alex, apontando para uma casa velha e tenebrosa isolada, sem nenhuma casa ao lado, com o mato cobrindo uma parte da escada da varanda, a madeira meio solta, um gato preto que olhava estranho no teto, teias de aranha por todo o canto.

─ Acho que não deveríamos ir ali ─ disse Melvin, que estava com medo.

─ Ah, vamos lá, eu quero acabar logo com tudo isso e voltar pra casa ─ disse Sam, caminhando em direção a casa, mesmo achando que havia algo estranho naquela casa.

Algo segurou no seu braço, ela se assustou, mas era só o Melvin.

─ Acho melhor não entrarmos lá.

─ Vamos lá ─ disse o Alex correndo em direção a casa.

Não havia outra opção senão segui-lo. Os outros quatro correram em direção a casa, chegaram à varanda, estavam hesitantes em bater na porta. Kristie levou a mão hesitante até a adalba com formato de cabeça de morcego.

Bateu uma vez. Nada. Ela olhou para a Sam, esperando que ela dissesse que podiam ir embora, mas não recebeu nada do tipo. Bateu novamente. Nada.

─ Não há ninguém ai. Vamos embora! ─ Kristie disse.

─ Tenta novamente ─ disse a Sam ─ bata com mais força.

Quando a Kristie ia levando a mão à aldaba a porta se abriu. Um senhor com mais ou menos 78 anos de idade com a cara pálida como a de um defunto, olheiras muito escuras, e olhos espantados vestido em um terno preto disse:

─ O que querem?

─ Doces ou travessuras? ─ disse Claire entusiasmada.

Ele demorou alguns segundos para responder e disse:

─ Entrem e esperem eu pegar os doces.

─ Não, obrigada. Podemos esperar aqui fora ─ Sam disse.

O senhor entrou na casa e deixou as crianças esperando. A porta estava entreaberta e dava para enxergar uma parte da sala de estar. Clarie olhava atentamente para a casa, algo a atraia lá dentro. De repente um vulto preto dentro da casa. Clarie olhou alarmada para o Alex, os dois eram bastante observadores e o vulto não era muito perceptível, por isso apenas os dois viram.

Um latido soou lá de dentro e o vulto novamente apareceu rapidamente de um lado a outro da sala de estar. Clarie e Alex correram para dentro entusiasmados, eles adoravam cães.

─ Não! ─ Sam gritou tentando impedi-los, mas eram rápidos.

Entraram juntos, não poderiam deixá-los a sós com esse desconhecido esquisito. A casa estava completamente escura, não dava pra enxergar nada, e nenhum sinal de vida lá dentro.

Eles estavam juntos no centro escuro da sala, esperando pelo senhor que havia desaparecido quando a porta se fechou atrás deles.

─ Acho que não deveríamos ter entrado aqui ─ sussurrou Melvin.

Saiam daqui! ─ sussurrou uma voz rouca feminina, uma voz leve e horripilante, que parecia estar dentro da cabeça das crianças.

─ Quem disse isso? ─ perguntou Kristie.

A proprietária dessa casa ─ respondeu a voz ─ Vocês invadiram a minha propriedade, e eu os amaldiçoou.


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