Marry me, Ib escrita por Larissa A


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Será que estamos de volta à galeria? Enjoy~~ 。゚( ゚^∀^゚)゚。



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Enquanto os dois amigos seguiam caminho para a lanchonete, a atmosfera da galeria mudou. Ib começa a ficar apreensiva.

– Garry...

– Sim?

– Não tinha mais gente... Nesse andar?

– Tinha? Desculpe, eu nem percebi. Em que andar seus pais estão? – Garry sabia que Ib estava com medo de voltar ao submundo daquela maldita galeria.

– Lá em cima...

– Então vamos procurá-los. Quem sabe você não está enganada? – Garry solta o sorriso mais verdadeiro para Ib, mas a mesma continua nervosa e pega a mão do garoto, apertando-a.

Eles sobem para o andar de cima, mas as luzes estão fracas – outras estão até falhando, piscando de dois em dois segundos. Garry fica atônito, sem saber o que dizer para a garotinha.

– Eles não estão aqui... Nem eles nem ninguém – Ib levanta a cabeça para encarar Garry e sussurra com urgência. – Vamos sair daqui! Agora!

Garry assente e bota Ib nas costas. Quando chegam à porta de entrada, ela está trancada.

– M-mas...! Que merda... Ib, não se preocupe. Está tudo bem. Ok?

– Ok.

Mas ela sabia que não estava. Ela sabia que eles voltariam para o mundo de Mary e que desta vez poderiam nem voltar. Garry esmurrava a porta. Não adiantava.

– Vamos andar por aí e achar outra saída.

E assim fizeram. Optaram por passar pela rosa gigante e Ib notou uma coisa diferente.

– O cheiro... Garry, o cheiro... – A garotinha tentava identificar o cheiro.

“É de sangue e rosas” Garry pensou. É claro que ele não falaria isso para Ib.

– Va-vamos Ib.

O homem novamente tossiu. É como um replay da última vez. “Que droga... Isso não pode acontecer. Não!” Garry estava mais do que indignado. Ele não conseguia acreditar que todas aquelas coisas estavam acontecendo de novo. O jovem então pirou.

– Ib.

– Sim?

– Quero que me escute e que faça o que eu pedir. Sabe o balcão que fica na entrada da galeria?

– Sei.

– Quero que se esconda lá. Fique bem escondida. Não faça nenhum barulho. E não saia de lá. Nunca. Até que eu vá te buscar.

– E quando você vai me buscar?

– Em cinco minutos. Eu prometo. Agora vá.

– Certo.

Assim que Ib foi, Garry não hesitou. Foi direto para o maldito quadro e ateou fogo. Agradecia imensamente por nunca tirar o isqueiro do bolso, por mais que tenha perdido o hábito de fumar. Esperou exatos cinco minutos e o quadro estava quase em cinzas. “Devo ir agora, não posso preocupar Ib.” Foi até o saguão de entrada. E lá estava a garotinha, devidamente escondida embaixo do balcão.

– Garry, o que você fez?

– Eu... – Devo contar? – Eu queimei aquele maldito quadro.

– Ah...

– Vem. Vamos andar um pouco mais. Agradeço que pelo menos seja a galeria do mundo real... Do nosso mundo.

Após várias voltas eles escutam um choro. Vem daquela escultura do sofá “Assento Reservado”.

– Garry, tem alguém chorando.

– Será que é...

– Espero que não.

Eles vão para o local da escultura. É claro. Uma garotinha loura com um vestido verde está sentada com a cabeça baixa, chorando. Garry vai para a frente dela.

– Garry... – A garota chamou. – POR QUE VOCÊ FEZ ISSO?! – Mary levanta a cabeça, mostrando suas lágrimas de sangue. Subitamente, assustado, Garry coloca Ib para trás, escondendo a horrível cena. – POR QUE VOCÊ QUEIMOU O QUADRO?! – Um piano começou a soar no fundo. Garry não sabia de onde o som vinha. – O que foi que eu te fiz? – Mary tinha um tom de voz tranquilizante e assustador. Arrepiava a espinha do garoto. Ela suspira, acariciando uma rosa negra que tinha em mãos. – Eu só queria amigos, sabe?

– Não. Você queria tomar nosso lugar. Queria nos matar.

– Eu sobrevivi mesmo assim, sabe? – Mary ignorou a fala de Garry. Só uma coisa pode me matar.

– E o que é? – Mary riu desgraçadamente.

– E você acha que eu falaria?! Como você é estúpido! Bem, mas eu tenho uma proposta.

– Que consiste em...?

– É como um quiz... Sobre a galeria. Se você acertar, eu te conto como você deve fazer para me matar. Caso contrário, vocês se rendem e morrem.

– E você toma nosso lugar.

– Como você é esperto! Ok! Podemos começar! – Mary agora levantou do sofá e estava profundamente animada.

– Ib, fique agarrada em mim – Garry sussurra.

– Tomarei seu silêncio como um sim. Então... No total, quantas obras Guertena tem?

O que Garry aprendeu enquanto estava naquele maldito submundo foi que aquela galeria tinha as verdadeiras obras de Guertena. Tudo o que estava exposto na galeria do mundo real não eram exatamente as verdadeiras. O garoto começou a pensar. Ele teria que juntar as duas galerias.

– Não demore muito... Você tem apenas cinco minutos... E sabe como o tempo passa rápido – Mary voltou a sentar.

– O que acontece se eu errar?

– Você fica com um ponto negativo, claro.

– Quantas perguntas são?

– Garry, Garry... O tempo está passando...

– Ib... Me ajude... Temos mais três minutos!

– Você tem mais 20 segu...

– 110! 110 OBRAS! – Mary cerra os dentes.

– Ok... – Mary pensa rapidamente. Ela nuca imaginaria que Garry acertaria sua única pergunta, então rapidamente pensou em outra.

– Garry, a Mary não tem outra pergunta. Ela nunca imaginou que acertaríamos a sua única. Ganhamos. Nos dê sua morte, Mary.

A garotinha loura ficou sem palavras.

– Eu...

– Vê, Garry? Ela está segurando uma rosa preta. Por que, em circunstâncias normais, ela estaria com uma?

– Não sei... – Garry tenta raciocinar um motivo.

– Porque está é a rosa que guarda sua vida – Ib sussurrou ao pé do ouvido de Garry. – Temos que destruí-la. Agora.

Mary percebe sobre o que Ib e Garry estão falando.

– Não... – Ela se agarra à rosa. – Por favor, não! Eu... Eu posso explicar!

– Você não tem nada para explicar. Regras são regras, e essas foram as do seu joguinho – Ib solta-se de Garry e vai andando para cima de Mary.

A loura, numa tentativa fracassada de escapar, acaba se enrolando na proteção da escultura.

– Garry, agora! – Avisa Ib segurando os punhos de Mary, completamente enrolada aos cabos de corda no chão.

Garry, sem pensar duas vezes, pega a rosa negra da mão da pequena malévola e acende seu isqueiro, queimando as pétalas e depois o caule.

O que se segue não é agradável. Mary fica envolta numa enorme chama, ardendo e gritando. Ib olha para o lado. Garry respira aceleradamente. Em três puros minutos de agonia, Mary vira cinzas.

Garry corre para pegar Ib no colo e eles voltam ao saguão de entrada.


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Notas finais do capítulo

Sobre o quiz: No final do jogo eu peguei o Bonus Dungeon, e quando você termina ele te dá a verdadeira galeria de Guertena. Contei apenas as obras nomeadas de lá.