A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 7
Irresistível (E)


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, pessoal!

Bjss



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Despertei nos meus habituais nove da manhã, com o meu joguinho que eu nunca desativava as notificações. Fiz um enorme esforço para conseguir colocar os pés no chão de tanto sono. Esforcei meus ouvidos um pouquinho. A casa estava silenciosa. Sem mamãe e papai na cozinha preparando o café, ou Ness em seu banho.

Tomei um banho um pouco demorado. Peguei uma troca de roupa simples, pois a preguiça falava mais alto. Uma calça jeans, um tênis e uma regata eram o suficiente.

Peguei meu celular e fui à sala. Ninguém estava lá. Fui até a cozinha. Vazio. Franzi o cenho. Fui até o quarto da Nessie. Ninguém. Fui ao quarto dos meus pais. Mesma coisa. Franzi o cenho de novo.

Quando fui pegar algo na geladeira, notei um papel pendurado. Era um bilhete na perfeita caligrafia do meu pai. Dizia que eles estavam caçando. Ness estava com vovô Charlie.

Será que faria mal eu ir até a reserva? Ver Seth mais uma vez não mataria ninguém.

Corri até La Push. Cheguei lá, bati na casa dele. Quem atendeu foi a Sue.

—Olá, Carlie, como vai? – Perguntou gentilmente. Me deu espaço para entrar. Vi minha irmã com Jake, vovô, Leah e Billy.

—Estou ótima. E você?

—Bem. – sorriu. – Charlie vai gostar de te ver aqui outra vez.

—Também gosto. Logo vamos nos mudar. – dei de ombros. - Quero aproveitar Forks até onde eu conseguir.

—Carlie!

Quase não deu tempo de me virar: já fui capturada em um de seus deliciosos abraços.

—Olá, Clearwater. – ri de sua empolgação. – Um minuto.

Fui cumprimentar os que estavam na sala. Billy me deu um sorriso caloroso e um abraço, e fiquei contente que não era só Ness que ele parecia gostar. Leah me deu um abraço também.

—Meus pais estão... fora. – falei, quando vovô perguntou.

—Te deixaram sozinha?!

—Vovó está em casa com tia Alice e tia Rose. – minha irmã falou quando não respondi.

Ninguém sabe que está aqui? Eles vão surtar.

Engoli em seco, me dando conta disso agora.

Você pode mandar mensagem depois, não pode? Não quero que gritem comigo.

Não se preocupe, respondi-lhe.

—Vou andar um pouco. – falei, me levantando.

—Eu vou com você. – Seth rapidamente se prontificou.

Não neguei. Era o que eu queria.

—E aí, alguma novidade? – perguntei quando saímos da casa.

—Aham... – Ele se animou, depois pareceu pensar melhor. – Bom, não é bem uma novidade que possa interessar...

—Fala! – exclamei quase o interrompendo.

Ele hesitou um pouco, mas resolveu falar.

—Jake está me ajudando a restaurar uma moto. – Ele admitiu.

—Não brinca! – Exclamei chocada – Isso é demais. Por que você falou que isso não é interessante?

—Ah... Que eu pensei que você não ia se importar, não é grande coisa...

—Você deve estar brincando! O máximo que eu consegui andar foi em uma de três rodas com o meu pai na garupa, e todo o equipamento de segurança necessário.

Ele sorriu e eu retribui.

—Já está pronta?

—Ainda não. – Ele suspirou – Mas a gente podia dar uma volta na moto do Jake, tem um lugar que eu queria te levar, há algum tempo.

—Aonde? – Eu estava muito interessada.

Ele fingiu fechar o zíper da boca e jogar longe.

—Ahh, Seth. – Choraminguei. – Não vai mesmo me falar?

Ele só balançou a cabeça e eu soltei um suspiro.

—Tá legal, pode abrir o zíper. – Eu meio que brinquei. – Não vou perguntar mais nada. – Eu cruzei os braços e fiz uma cara de desapontada.

Ele riu, e em seguida fingiu abrir o zíper.

—Pensei que você tivesse jogado seu zíper fora - Brinquei.

—Eu tinha um de reserva – Ele disse entrando na brincadeira. Nós rimos.

Olhamos nos olhos dos outros por três segundos intermináveis. Eu não conseguia desviar o olhar, então ele desviou, e fiquei agradecida. Eu abaixei a cabeça envergonhada.

—Então, vamos? – ele perguntou.

—Vamos. – Respondi animada. Estava louca para saber aonde ele iria me levar.

Logo chegamos à garagem.

—Desde quando Jake tem duas motos? – perguntei confusa quando vi mais de uma em sua garagem.

—Uma é da sua mãe.

Senti a minha boca escancarar. Minha mãe tinha uma moto aqui em La Push? Ou melhor, minha mãe tinha uma moto?

—Sua mãe dirigia com o Jake quando ela era humana. – ele explicou.

—Ah! – Foi só o que consegui dizer.

Minha mãe era tão desastrada. Será que aconteceu algo com ela enquanto ela pilotava? Bom, a moto parecia inteira.

—E cadê a sua moto? – perguntei quando me recuperei.

Ele apontou para o canto mais distante da garagem e eu vi uma moto bem bonita.

—Uau, ela está em um bom estado! – observei apenas alguns arranhões pela lataria. Nada que fosse grave. – Eu tenho pedido para papai uma Y2K Turbine Superbike. Mas a NCR Leggera 1200 Titanium Special está em segundo lugar se ele ficar muito apavorado com a Y2K. Quem sabe até a MV Augusta se eu tiver sorte.

Olhei para Seth, estranhando seu silêncio. Ele estava boquiaberto.

— Não se preocupe. – sorri, maliciosa. – Vai ser o primeiro a andar comigo.

E então ele se recuperou, sorrindo de volta.

— Pode apostar que vou cobrar.

Pisquei o olho, e ele corou.

—Tem uma condição para você andar comigo. – falou, cutucando uma ferramenta com o pé, evitando contato visual. – Ainda quero estar vivo quando me encontrar com Edward novamente.

—O que? – desconfiei.

Puxou uma jaqueta e um capacete de dentro de uma sacola.

—Sério? – gritei. – Eu não quero usar!

—Vamos, não quero que aconteça nada com esse lindo rostinho. – sorriu de lado, esticando os objetos.

Não era para ter passado o tremor em minha espinha com suas palavras. Tratei de enterrar isso no fundo da minha mente.

Bufei, mas vesti tudo.

—Isso realmente fica bem em você. – vi seu pomo de Adão se mexer, denunciando que ele engoliu em seco. Seus olhos passearam pelo meu corpo. Pigarreou e olhou em meus olhos. – Agora estamos prontos.

Fez a moto funcionar, e esperou até que eu estivesse sentada e confortável atrás dele. Com um movimento silencioso, tirei o capacete e o coloquei na moto ao lado. Não fez nenhum barulho.

—Pronta?

Sim.

E arrancou com a moto dali. Apertei mais meus braços em sua cintura, e soltei um grito quando ele deu um cavalinho.

—Sabia que você tinha tirado o capacete. – ele acusou, rindo.

—Sei que estou segura com você. – me encolhi em suas costas, me xingando por não ter sido mais discreta.

—Você tem um ponto. – deu de ombros.

Inclinei-me, encostando levemente meus lábios em sua orelha.

—Então, vai me dizer onde vai me levar? – Perguntei deixando meu hálito raspar em sua pele.

Senti seu abdome se contrair por baixo do meu braço por algo desconhecido. Afastei-me rapidamente.

—Não mesmo. – Ele balançou a cabeça, mas havia algo mais profundo em sua voz. Agora era certeza. Eu tinha causado repulsa nele. Ótimo.

—Você é um chato. – resmunguei.

Ele riu, e isso não o fez falar mais.

Pareceu uma eternidade para chegarmos lá, desde que eu queria evitar tocá-lo para não dar uma impressão errada.

Ele finalmente estacionou.

—Nós vamos fazer trilha? – Perguntei animada. Eu adorava fazer isso.

—Aham. – Ele me ofereceu a mão e eu aceitei. Quando nossa pele entrou em contato, senti levemente um choque. Olhei pra cima para saber se ele também sentiu, mas só tinha uma máscara de indiferença. Eu e a minha imaginação boba.

Eu tinha que parar com essa besteira. Ele era o meu melhor amigo. Nada mais. E nunca seria.

Fomos andando por um tempo. Chegamos a uma linda clareira.

—É linda! – Exclamei admirada.

—Não mais que você. – Ele sussurrou no pé do meu ouvido colocando os braços ao redor da minha cintura por trás, e eu me arrepiei. Me amaldiçoei por esse sentimento platônico. Coloquei minhas mãos por cima das suas enquanto encostava a cabeça em seu peito.

Ficamos um tempo assim, admirando a paisagem, ouvindo a respiração e o batimento do coração um do outro, que a propósito, estavam acelerados.

Eu mal prestava atenção na clareira, apenas em seu corpo colado ao meu.

—Vamos andar um pouco? – Ele disse tirando as mãos cuidadosamente de baixo das minhas e da minha cintura, pegando minha mão.

Andamos lentamente pela trilha que continuava por ali. Ele com um braço ao redor da minha cintura e com nossos corpos encostados um no outro – mesmo de lado, ainda era bom.

Chegamos a um lindo lago, tinha mais flores do que a clareira que estávamos.

—Meu Deus, Seth, como você descobriu isso? – Eu estava vidrada na paisagem.

—Foi por acaso, você gostou?

—Você ainda pergunta? É lindo demais! – Eu sorri pra ele que retribuiu.

—Bom, e-eu queria te dar uma coisa – ele estava gaguejando? Não era muito típico dele. Muito menos ficar nervoso. Sempre foi brincalhão, e não se envergonhava por pouca coisa. Fiquei curiosa pelo que ele queria me dar, que o deixou encabulado.

—O que? – Meu coração acelerou.

Ele tirou do bolso uma caixinha. Ele a abriu e lá estava uma linda corrente. Com um pingente no formato de lua, na cor azul celestial. Dentro tinha fumaças brancas para imitar nuvens.

Peguei-o entre meus dedos. Era de resina. Eu estava maravilhada.

Coloquei de volta em suas mãos, e virei de costas, afastando meu cabelo. Logo senti-o se aproximar para prender ao redor do meu pescoço.

—Muito obrigada, eu adorei. – Falei meio envergonhada.

 

Boys Like Girls - Someone Like You

 

Ele sorriu. Pegou uma flor do chão e colocou no meu cabelo.

Sua mão ficou lá. Era como se não conseguisse tirar. Se aproximou lentamente, colocando nossos rostos a centímetros de distância. Sem querer querendo, deixei meu hálito ir até sua boca, fazendo suas pálpebras se encontrarem. Rocei meu nariz no seu e desta vez fui eu que fechei meus olhos. Coloquei as mãos em seu peito nu e senti-o estremecer. Quando roçamos nossos lábios de leve, senti alguma coisa vibrar no meu bolso – meu celular? – e depois tocar.

Afastamo-nos rapidamente. Peguei meu celular com certa dificuldade porque ainda estava meio zonza por causa da minha proximidade com Seth.

—Alô?

—Oi, filha. – Ouvi a voz do meu pai.

—Oi, papai. Onde você está? Ness mandou mensagem?

—Mandou sim. Estou caçando com Emm e Jazz. Como está com Charlie?

—Hmm, Charlie estava bem desde a última vez que o vi.

—Ontem? – questionou, confuso.

—Há uma hora atrás. – mordi o lábio, nervosa.

—Está aonde? Já voltou para casa?

—Estou fazendo trilha... – Eu falei hesitante esperando pela bronca.

—SOZINHA? – quase gritou. Ele sabia mais do que qualquer um que eu seria perfeitamente capaz de voltar para casa sem me perder. O seu problema era seu jeito super protetor.

—Não, com o Seth.

—O QUE?

—Papai, você está preocupado comigo estar sozinha ou acompanhada?

—Chegar em casa vamos conversar. – sua voz se tornou dura.

—Quando eu acordei, a casa estava vazia. Nem mamãe estava.

—Alice e Rose arrastaram sua mãe e Nahuel para o shopping.

—Nahuel? No shopping? – perguntei divertida. Tive a leve impressão de ver uma pontada de ciúme na feição do Seth ao perceber que eu estava divertida por um fato de Nahuel. De novo.

—A gente saiu para caçar antes de ela falar alguma coisa e sobrou pra ele.

—Coitado. – eu já estava rindo um pouco. Seth desviou o olhar enquanto soltava um suspiro, agora evidentemente com ciúme. Devia estar preocupado de ele tomar seu lugar como meu melhor amigo. Impossível. Totalmente impossível. Esse era a única coisa que ele queria ser para mim, eu não ia substituí-lo por ninguém.

—Bom, quando você vai voltar?

—Ahm... Logo.

—Não demore. Logo vou ligar para Charlie para saber se está lá.

—Pai. – gemi, imaginando meu avô colocando todos os policiais de Forks a minha procura. – Eu estou bem. Estou voltando logo.

—Tudo bem. Tchau, querida.

—Tchau, papai. – e desligamos.

Seth e eu estávamos evitando o olhar um do outro.

—Err... Acho que a água não está muito gelada...

—Nem termine! – eu disse já sabendo o que ele queria dizer.

Ele sorriu malicioso enquanto vinha até mim.

—Não, Seth. – eu disse apavorada enquanto eu me afastava.

Eu pensei em correr, só que ele foi mais rápido. Num movimento rápido e ágil, pegou pela cintura, me jogando pelo seu ombro e correu pro lago enquanto eu gritava e me esperneava.

Se jogou no lago comigo ainda por cima de seu ombro. Eu fiquei agarrada a ele enquanto ele estava com os braços ao redor da minha cintura. O lago era claro e raso, não havia preocupações.

—Vem comigo. - Seth disse respirando fundo e prendendo a respiração. E o imitei. Me puxou para o fundo. Ficamos brincando lá em baixo até acabar o nosso fôlego. Ele nunca me soltando.

Quando fomos até a superfície novamente, suas mãos seguraram a dobra dos meus joelhos e minhas costas me deitando e me rodopiando na água. A água passava pela lateral de meu rosto, já morna pela temperatura de Seth. Foi uma sensação maravilhosa. Quando ele me colocou reta, coloquei as mãos hesitantemente em seus ombros enquanto ele estava com as mãos em minha cintura. Seus cabelos caindo levemente sobre a sua testa. Seu rosto molhado, o deixando sexy.

Ele levantou uma mão, acariciando meu rosto. Fechei os olhos, aproveitando seu toque. Era tudo o que eu podia fazer se não fosse agarrá-lo e beijá-lo ali mesmo, estragando o clima.

Senti sua respiração no meu rosto, e quando abri meus olhos, seu rosto estava a centímetros de distância. Aproveitei esse momento para admirar o escuro de seus olhos. Eu me perdi neles. E sua boca. Tão perto quanto eu imaginei nos últimos dias. Como seria beijá-lo? Pela primeira vez não me repreendi por tais pensamentos. Não conseguia pensar coerentemente.

Nós nos inclinamos ao mesmo tempo, roçando nossos lábios num quase selinho. Isso foi o suficiente para uma corrente elétrica de emoções atravessar meu corpo. Eu me contentaria com isso, se ele quisesse. Com esse pensamento, esperei que ele fosse recuar e dizer que era errado. E foi o que fez. Se afastou, porém sem abrir os olhos ou pronunciar uma palavra. Meu coração se despedaçou, entretanto me deixou confusa por um segundo.

E então me beijou.

Seus lábios eram calmos, como se tivesse medo de me assustar. Sem me conter, deixei minhas mãos irem ao seu cabelo e nuca. Deus, como é bom experimentar seus lábios. Era perfeita a sincronia entre eles. Eu honestamente torcia para que não fosse um sonho, ou um devaneio real demais. Isso meio que se foi quando a sua mão que estava em meu rosto, desceu por meu pescoço, braço, e foi se enroscar em minha cintura. Suspirei contra sua boca ao sentir nossos corpos colados.

Sua língua pediu passagem timidamente, e eu não hesitei em ceder. Pensei que não podia ficar mais gostoso, até que nossas línguas se tocaram, deixando uma explosão de um único sabor. Estava dividido do jeito certo: lábios e língua quando precisava. Na medida perfeita.

Ele explorou minha boca um pouco, e eu me derreti em seus braços. Senti meu lábio inferior tremer tamanho o prazer era que ele me proporcionava. Teve que segurar-me mais contra seu peito para eu não afundar.

O beijo se transformou num selinho, e depois um beijo na bochecha. E na testa, na ponta do nariz, no queixo, e subiu. Seus lábios voltaram a massagear os meus.

Não sei quanto tempo havia se passado. Segundos, minutos ou horas. Quando escutei um barulho de árvores farfalhando, como se o vento tivesse de repente mais forte. Porém não senti mudança alguma no clima, e depois raciocinei: Seth não me deixaria sentir frio tão perto assim.

Mas isso tudo foi descartado quando escuto alguém gritando meu nome. 

—CARLIE MASEN CULLEN, O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?


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