A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 52
2x10 Decepção (E)


Notas iniciais do capítulo

SINTO MUITO pelo longo tempo sem postar. Acabei confundindo as datas e eu jurava que tinha atualizado. Mas aqui está finalmente, espero que gostem!



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Eu acordei há uns trinta minutos e fiquei futricando no meu celular. Um raro sol se formou de manhã, e invadiu sem permissão a janela. Não o bastante para acordar Seth, mas sim para cintilar minha pele. Ela não é como a de um vampiro, que é tão indiscreto a ponto de terem que se esconder dos olhos humanos. Somente olhos super sensíveis podiam enxergar minha pele diferente.

Seth e eu havíamos dormido de conchinha ontem à noite, e a chuva da madrugada nos presenteou com um clímax mais do que perfeito entre nós dois. Seu braço ainda serpenteado em minha cintura, seu corpo respirando em meu cabelo solto, provavelmente bagunçado. Sua mão queimava em cima da parte nua de minha cintura.

Seth nunca foi tão acostumado com o brilho da minha pele, mesmo que mínimo. Jake também era assim com minha irmã. Sempre parecia a primeira vez que estavam vendo. Não posso mentir, meu noivo a vendo me deixava feliz, porque parecia uma criança obediente observando algum objeto raro. Eu também adorava, já que desde pequena Renesmee e eu queríamos ser vampiras. Queríamos a velocidade, que só tínhamos a metade, ou a força, que também era pela metade. Até o meu dom e da minha irmã foram um pouco divididos; mamãe com o seu escudo, e papai lê mentes. Então nosso dom é o dom revertido dos dois; podemos mostrar o que quisermos para qualquer um, e agora temos a nossa mente bloqueada para o papai, a não ser que não queiramos ter. Ness pode pensar para mais de uma pessoa, e eu posso conversar com quem estiver sob meu escudo.

Mamãe também teve seu dom “atualizado” com seu escudo de choque. Tio Emmett fez sua estreia involuntária ao irritá-la na nossa festa. Fez mais duas vítimas ao nos salvar em Volterra dos Volturi. Aqueles sádicos foram obrigados a nos soltar para não continuarem a sentir choque. Pelo menos foi assim que tio Emmett descreveu.

Aro ficou surpreso e impressionado, ou devo dizer, maravilhado, quando viu como funciona o poder da mamãe. Mas ele não falou nada, não fez nada. Isso me dá medo. Papai deve saber o que ele planejava naquele momento, porém eu não fiquei sabendo de nada. Quero dizer, depois dos Volturi, nós os Cullen somos o maior e mais poderoso clã. E eles não iriam querer que sua reputação fosse rebaixada. Maldita sede por poder que eles têm.

Afastei esse pensamento inquieto e voltei a me concentrar no coração dele, e a mexer no celular. Achei uma foto, tirada um dia antes de eles irem à minha casa jogar vôlei conosco. Ele nem percebera que eu tirei. Ele estava sem camisa porque havia acabado de se transformar, e imagine só! Eu ficava dia e noite apenas a observando, desejando tê-lo só para mim. Se eu soubesse dessa coisa toda de imprinting, não teria levado tanto tempo para ficar com ele. Mas por causa de Seth e dos meus pais, tive que esperar e sofrer por um amor platônico que nunca existiu. O que pareceu uma eternidade para mim, para poder tocar seus lábios nos meus, sentir suas mãos passeando pelo meu corpo, enquanto eu irradiava de desejo. Sua boca em meu pescoço, o beijando, e em meu ouvido, sussurrando coisas, seu corpo colado ao meu, me fazendo sentir cada músculo seu. Seth é tudo de bom, por fora e por dentro. Eu podia arriscar todo o meu dinheiro que Seth é o sonho de todas as garotas do mundo.

Segundo meu pai, ele tem uma das mentes mais puras, mais sinceras e mais gentis que já ouviu. E fiquei impressionada quando ele disse isso. Não surpresa, somente serviu para aumentar a admiração que eu já tinha pela sua pessoa.

—Sua pele fica linda quando brilha ao sol.

Pulei ao ouvir sua voz.

—Pensei que estava dormindo. – falei baixinho, e em minha voz ainda tinha um pouco de surpresa. Deixei o celular de lado e me virei em seus braços.

—Acabei de acordar. – ele falou. Levou sua mão até meu cabelo, e seus dedos o afastaram do rosto. – E você? Acordada antes de mim? – perguntou, seguido de um beijinho na ponta do nariz.

—Mendy está me mandando mensagem. – falei azeda.

—Carlie, acho que você devia falar com ela antes de pensar que ela poderia estar falando mal de você pelas costas.

Descobri ontem no nosso passeio. Renesmee me contou.

Eu queria falar com ela e resolver isso, mas eu estava muito magoada. Eu nunca pensei em fazer zoação pelas costas porque não queria que isso voltasse para mim de nenhuma forma. Mas se mexesse comigo, ia ter que falar na minha cara. Um dos meus ditados sempre foi: se você tem problemas comigo, fale para mim, não para os outros.

—Minha irmã não mentiria para mim.

—E se foi um mal entendido?

Fiquei quieta.

Ele suspirou longamente.

—Tudo bem. – Seth se rendeu. – Vou parar de insistir.

—Você sabe o que eu penso sobre brincadeiras. Nunca liguei, porque tenho liberdade com Mendy e Ness. Mas é uma linha tênue para ferir sentimentos.

—Eu sei, meu amor. Eu sei.

Ele me trouxe para mais perto dele. Enterrei meu rosto em seu peito e o abracei.

— Só não acho certo você não falar mais com ela por uma coisa que nem sabe se é verdade.

—Ness me contou, ela não iria inventar.

—Só não desista antes de ouvir o outro lado da história. Bom, não vou mais contestar se pensa assim. – ele ficou do meu lado. Sorri. Ele é perfeito. – Mas o que estava falando com ela pelo celular?

—Não estava. Apenas a ignorei.

—Aposto dez dólares que você não vai conseguir ficar muito tempo sem falar com ela. – ele zombou, ainda assim, falou sério. – Você é uma manteiga derretida que assim que enxergar a situação completa, vai se desculpar com todo mundo.

—Dessa vez vai ser diferente, vou ser forte. – minha voz vacilou.

—Você é forte. – ele me assegurou. – Apenas não guarda mágoa de quem não merece.

Suspirei, em conflito com os meus pensamentos.

—Para mim, você ainda está sendo dura com ela.

—Com o tempo a gente descobre.

Mais tarde a gente se levantou e tomamos banho para ir visitar Billy.

—Nessie? – perguntei, assim que atendeu o celular.

—Ela está tomando banho. – uma voz masculina respondeu. Jacob.

—Podemos visitar Billy? Aliás, como ele está?

—Ele vai bem. – ele concordou rapidamente. – Reclamando que você deve uma visita a ele. Sabe como o velho gosta de você.

Eu ri.

—Vou pagar essa visita daqui a pouco. – prometi feliz. – Mais tarde a gente está aí. Tchau.

—Tchau.

Nesse meio tempo ouvi uma movimentação no quarto, mas não me importei. Devia ser Seth. E eu não estava errada. Porém ele me surpreendeu quando segurou em minha cintura, por trás de mim, e beijou meu pescoço. Soltei um riso quando fez cócegas.

Soltou-me e foi se trocar.

Billy estava bem, como sempre. Mas o que não esperei era encontrar Mendy lá. Ela estava com Embry. Quando entrei na casa de Jacob, ela me olhou um tanto surpresa e ansiosa. Eles haviam encontrado nós quatro antes de entrarmos na livraria, foi aí que Nessie me contou tudo.

“Flash Back On”.

Acabamos de entrar na livraria para comprar os livros que queríamos. Estávamos escolhendo, foi aí que noto que Nessie está estranha. Fui até ela, um pouco preocupada.

—Hey, - empurrei suavemente seu ombro com o meu, chamando sua atenção. - Está tudo bem?

—E-está. – e continuou a ver os livros nas prateleiras.

Revirei os olhos.

—Sabe que pode confiar em mim, não sabe?

—Não é questão de confiança... E sim medo de te machucar. – ela disse triste, abaixando a cabeça.

—Somos melhores amigas desde sempre, sabe temos que contar tudo uma para a outra, por mais ruim que ele seja. – falei, a relembrando. Tínhamos feito esse juramento de mindinho, ainda pequena.

—Você não vai gostar do que eu tenho para te dizer. – ela me avisou. Agora eu desfoquei completamente a atenção dos livros e a olhei atentamente.

—O que você tem de tão ruim para me dizer? – perguntei tentando parecer calma, mas só ficava mais ansiosa à espera de sua fala.

—Ouvi Mendy falando e rindo de você com a Denise. – ela desabafou.

—Falando e rindo? Falando o que de mim?

—Não sei bem, mas apenas escutei seu nome, foi mais um “É, a Carlie caiu da escada, aquela desastrada...”, depois elas pararam quando me viram.

Um aperto de formou no meu peito. Mendy contando meus segredos vergonhosos para colega de escola?

Denise é a monitora da sala junto a mim e Renesmee.

—Me desculpe. – ela falou quando viu meu rosto – Eu falei que não iria gostar.

—Está tudo bem. – forcei um sorriso. – Eu... só estou desapontada... Eu... Nessie, você sabe que eu não gosto disso! – reclamei tentando conter o tom de voz.

—Eu sei, eu sei. – ela me abraçou forte, tentando me confortar. – Eu não queria te deixar assim.

Balancei a cabeça, sinalizando que não era sua culpa. Soltei a respiração presa, de uma vez. Não podia acreditar que minha prima debochou de mim pelas minhas costas. A gente era acostumada a se zoar, tínhamos liberdade. Mas uma na cara da outra.

—Carl, o que acha desse livro... – fiquei quase desesperada quando ouvi a voz de Seth se aproximar atrás de mim. Não queria que ninguém visse minha chateação. – Carl? – ele me chamou quando não me virei.

E agora? O que eu faço? Perguntei-lhe por pensamento.

Droga, não sei... Ela pensou, cogitando algumas possibilidades de desculpa.

—O que está havendo aqui? – Seth voltou a perguntar, quando ninguém se manifestou.

E então vi a resolução em sua mente.

—Probleminhas femininos. – ela falou finalmente, e fiquei muito agradecida. Apesar de não ser totalmente mentira. – Fique fora disso. – ela o avisou.

—Está me falando para ficar fora de problemas com a minha noiva? – perguntou ele, sem acreditar.

—Ainda bem que você entendeu direitinho o recado. – ela sorriu sarcástica para ele antes de se virar e se afastar.

Virei-me cautelosa em sua direção, finalmente o olhando.

—O que aconteceu? – ele me perguntou. – Probleminha feminino? Desde quando tem algum problema feminino que você não divide comigo?

—Não é nada demais. – fiz pouco caso disso.

Girei meu corpo, pronta para ir ao lado oposto quando ele segurou meu braço, me impedindo de ir. Virei-me em sua direção, mudando meu peso para o lado esquerdo, o olhando exasperada, à espera de respostas para ele não me deixar ir. Não falou nada, apenas se aproximou de mim segurando minhas mãos. Minha guarda caiu nesse momento. Não resisti ao fechar os olhos quando encostou sua testa na minha.

—Sinto que há algo de errado acontecendo, e não são simples problemas de mulheres. – ele sussurrou de forma suave.

—Não quero falar disso. – assim que falei isso, lágrimas encheram meus olhos fechados. Abaixei minha cabeça, me sentindo ridícula. Ele encostou seus lábios em minha testa.

—Carlie, - me separei dele quando ouvi Mendy me chamar por trás. – o que acha desse? O Morro Dos Ventos Uivantes?

Não falei nada, apenas passei por Seth e fui para outro corredor.

—Eu fiz algo para ela? – a ouvi perguntar preocupada.

—Sinceramente não sei.

 

“Flash Back off”.

Mendy abriu a boca para falar algo. Virei o rosto na hora. Ela deve ter desistido, pois não dirigiu nenhuma palavra a mim.

A gente passou algumas horas do dia paparicando Billy, que estava adorando aquilo tudo. O gosto pela gastronomia que vovó me passou ajudou a fazer uma comida saborosa e saudável para ele. Havia um desejo escondido em mim que também queria preparar refeições para Seth ao morarmos sozinhos, deixar o café da manhã, almoço e janta prontos para quando ele chegasse em casa do serviço.

Desde que Seth me pedira em casamento, as vezes me pego pensando em como vai ser minha vida depois de casada. A casa separada dos meus pais vai ser bem diferente. Por isso estou tentando aproveitar ao máximo o tempo que estou debaixo do teto deles. Apesar de um pouco de falta de privacidade, sei que o preço que vou pagar para tê-la vai ser “cortar” o cordão umbilical.

Seth está cismado com essa coisa de “fingir sustentar a família”. Pensando em seu ponto de vista, dou razão a ele. Meus pais têm uma poupança preparada para Ness e eu quando estivermos independentes, então eu não me sinto bem com ele me “sustentando”, e vice-versa. Mas o amo e não vou ficar protestando contra isso. É o que ele quer, então vou deixar. Queremos uma casa em La Push e uma perto da minha família. Ele concordou em construirmos a casa na reserva, e eu decidir sobre a de Boston. Seria bom também voltar de tempos em tempos para Forks.

Foi aí que me ocorreu uma ideia.

—Seth. – o chamei. Ele está sentado no sofá ao lado de Jacob e Embry. Mendy, Nessie e eu estamos sentadas no chão. – Que tal se a gente for à casa grande?

—Acho uma boa ideia. – ele sorriu.

—Eu posso ir também? – Mendy se intrometeu. O sorriso do meu rosto se foi.

—Não sei. – respondi sem humor, sem me dar ao trabalho de olhá-la, voltando minha atenção a TV. – A dona da casa é vovó.

—Carlie. – Seth me repreendeu. Apesar de ele me apoiar nisso meio forçado, ainda mantinha sua opinião de esclarecer as coisas.

—Escuta, Carlie. – falou ela, se alterando um pouco. Até Billy que estava em sua cadeira de rodas olhou para nós. – Eu não sei o que eu fiz de errado, e seja o que eu tenha feito, me desculpe se te magoou ou te machucou! Mas será que dá para parar de me ignorar pelo que eu não sei para que eu possa ter como me defender?!

Ignorei-a, ficando com raiva e me levantei.

—Carlie... - Seth segurou minha mão, me impedindo de dar mais um passo.

—Solta! – rosnei.

Ele o fez de imediato, e estava claro que não esperava minha feracidade. Fui para fora pisando duro. Bati porta ao sair. Mais tarde me desculparia com Billy e Jacob.

Quem ela pensa que é? Fala mal de mim e depois finge que não sabe de nada!

Andei sem rumo por um tempo, e uma chuva fina começou a cair.

Argh! Nessa droga de estado só sabe chover e chover? Nunca presta para sair um sol!

E para piorar, um idiota passou em cima de uma enorme poça de água lamacenta. E acabei toda ensopada.

—Ahhhhh! – bati os pés, grunhindo alto. Eu não queria voltar, não queria encarar ninguém, ninguém mesmo. O mais inteligente agora seria voltar para casa do vovô.

Foi o que fiz. Tomei um novo rumo e fui para casa dele. Não demorou muito para eu chegar lá.

—Carlie, o que houve com você? – meu avô me perguntou quando me avistou entrando na cozinha.

Ele estava no sofá com Sue deitada em seu peito. Estava com uma roupa normal, e assim querendo dizer que não foi trabalhar. Senti meus dentes trincando e meu corpo tremer de frio. Eu estava acostumada com o clima quente na casa dos Black, e sair de forma repentina fez meu corpo sentir a mudança brusca de temperatura.

—Não foi nada. – falei murcha, e fui para o quarto de Seth.

Percebi que a chuva estava ficando mais forte. Revirei os olhos quando me lembrei dos meus pensamentos maldosos sobre Forks. Eu adoro essa cidade e a chuva, só estava com raiva naquela hora.

Peguei uma troca de roupa e fui tomar banho. Coloquei um conjunto de moletom e uma meia de cano longo. Olhei no relógio do despertador do Seth, e me surpreendi quando vi já ser quase de noite. Meus olhos estavam quase se fechando pelo cansaço do que eu passei na rua hoje.

Escutei a porta da frente se abrir e me deixei ser levada pelo sono quando presumi ser Seth. Não queria encarar ele agora.

PDV Mendy.

Carlie saiu rápido daqui, pisando duro, e ainda bateu forte a porta. Se ela está brava comigo, venha falar comigo e descontar em mim, e não quebrar as coisas dos outros.

Olhei para Seth, que estava com uma expressão um tanto magoada, porém preocupada.

—Me desculpe. – falei sincera, colocando minha mão sobre a sua. Ele me olhou, sorriu triste e disse:

—Eu sabia que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde.

Talvez ele não estivesse esperando a reação tão brava que ela teve com ele.

—Não vai atrás dela? – lhe perguntei.

—Dê um tempo a ela pensar. – ele me sugeriu.

A chuva começou a ficar mais forte e comecei a pensar no que eu fiz; esqueci alguma data importante? Não, lembrei de seu aniversário. E sempre lembrava do dia que nos conhecemos.

... E então lembrei de conversar com Denise sobre incidentes engraçados, e lembrei de quando a Carlie disse que caiu da escada em Nova York. Comentei casualmente, e ela soltou uma risada engraçada, e caímos na gargalhada pela surpresa. E nesse momento eu me assustei por ver Ness de repente.

Será que...?

—Foi você quem contou para ela! – falei de repente para Nessie, que estava sentada ao meu lado.

—Você que estava falando mal dela pelas costas! – ela revidou na defensiva.

—Eu não estava falando mal de ninguém!

—Não grita comigo!

—Não grita você comigo!

Seth e Jacob se levantaram para segurarem Renesmee, e Embry agarrou minha cintura. A gente já estava de pé, pronta para partir uma para outra. Presumi que um lobisomem não é fisicamente forte o suficiente para segurar sozinho, uma híbrida, já que ambos estavam se esforçando para a manter no lugar, enquanto Embry parecia segurar uma criancinha.

—Me soltem! – Renesmee rosnou frustrada, mas olhando para mim. Eu também queria acabar com ela naquele momento, mesmo sabendo que eu tinha quase nulas chances de vencer uma briga com uma meia vampira.

—Ness, por favor... – Seth pediu, tentando acalmá-la.

—Por favor, nada! – ela o cortou, ficando com mais raiva ainda. – Ela magoou minha irmã, eu vou ensinar boas maneiras a ela!

—Eu não fiz por querer! – gritei novamente, e isso pareceu deixar sua ira mais ativa ainda.

—Mendy, pare com isso. – pediu Embry, mas nós duas estávamos pouco nos lixando para o que eles estavam tentando nos dizer.

PDV Seth.

Demorou o que me pareceu muito tempo para que elas se acalmassem. Pedimos desculpas ao Billy e saímos de sua casa. Jake tinha um guarda-chuva, então emprestou para Embry levar Mendy para casa dele. Ele tentou acalmar Nessie, que assim que Mendy saiu de lá, começou a chorar, talvez de culpa ou raiva.

Embry não ficou nada contente com o modo que Carlie tratou sua imprinting, então me disse: “Escuta, Seth. A gente é amigo, mas não vou tolerar Carlie tratando Mendy desse jeito. Não sei por que ela está magoada e nem quero saber, pois não é problema meu, mas peça para Carlie ser um pouco mais gentil com a Mendy, está bem? Não quero de jeito nenhum que haja briga entre nós dois.”

A chuva tinha ficado mais forte, mas não compensaria me transformar para ir para casa. Então corri. Estreitei os olhos contra a água quase violenta em meu rosto, conseguindo focar melhor no caminho. Consegui sentir o rastro da minha noiva, quase apagado pela chuva, mas foi o suficiente.

Como eu esperei, dava para casa da minha mãe.

Entrei com esperança de encontrá-la na sala, e uma parte de mim já sabia que me decepcionaria sobre isso.

—Meu filho, o que aconteceu com vocês? – minha mãe perguntou preocupada.

—Carlie chegou com poucas palavras, presumi que queria ficar sozinha. – Charlie relatou tenso, provavelmente queria confortar sua neta.

—Foi um pequeno desentendimento entre as meninas. – falei rápido, ansioso para encontrar com a Carlie. – Ela está no quarto?

—Sim. Ela foi tomar um banho e não saiu do seu quarto até agora.

—Ok. – falei e andei pelo corredor até chegar o meu aposento. Quando abri a porta, encontrei um anjo dormindo na minha cama. Parecia estar cansada. Ela havia trocado de roupa, e então me lembrei de minha mãe dizendo que ela tomara banho. Fui tomar um banho rápido, e coloquei apenas uma bermuda. Mais um dia chuvoso em Forks.

Juntei-me a ela na cama. Ela se mexeu inquieta, mas ainda inconsciente e me abraçou.

—Carlie, Carlie. Sua esquentadinha. – falei para mim mesmo, rindo da minha própria piada sem graça.

Puxei-a mais para mim e encostei o rosto em seu cabelo molhado. Fechei os olhos, sentindo seu cheiro levemente adocicado. Um pouco de doce, e humano ao mesmo tempo, nada ácido como um frio. Na verdade, seu cheiro é delicioso.

Eu não estava chateado com o modo grosseiro que ela me tratou. Talvez na hora eu tenha ficado sim magoado, mas depois passou. Eu sabia que ela estava desse jeito por um motivo. Não a culpo, pois qual for sua decisão, eu estarei lá, apoiando-a, não me importa se eu fosse do contra.

Estava tão concentrado ouvindo seu coração batendo, que percebi ele acelerar, avisando que ela está acordando. Mas ela não se moveu. Talvez querendo fingir que ainda estava dormindo.

Revirei os olhos. A quem ela tá querendo enganar?

—Você não engana ninguém, Carlie. – alertei baixinho.

Suspirou e finalmente abriu os olhos. Pensei que ela iria me olhar, mas enterrou o rosto em meu peito. Ficou um tempo assim, e depois me olhou.

—Me desculpe. – sua voz saiu rouca por causa do sono. – Fui grossa com você.

—Não esquenta com isso. – sussurrei. – Está tudo bem.

Ela respirou longamente e me abraçou.

PDV Carlie.

—Vamos comer? – sugeri, mas deitei novamente em seu peito. - Você deve estar com fome.

—Não estou.

Nesse exato momento, seu estômago roncou. Olhei para cima e vi seu rosto vermelho por ter sido pego na mentira.

—Está tudo bem. – falei sorrindo, deixando claro que ele não estava encrencado.

Seth sorriu aliviado.

Levantamo-nos e fomos para a cozinha. Quando ele ia colocar a comida, a chuva tinha parado completamente. Sugeri de irmos num restaurante de Port Angeles. Ele não ficou muito contente de eu pagar, mas logo cedeu ao meu pedido.

Deixei a escolha do que eu usaria em suas mãos. Ele escolheu um lindo vestido branco, se lembrou que estava frio e desistiu. Eu o lembrei de que não ficaria com frio, mas levei em consideração a sua preocupação e o fato de que estaríamos saindo entre humanos. Depois ele escolheu um vestido para o frio, e me fez usar botas. Aceitei, já que ficava perfeito com o look.

PDV Tifanny.

Carlie estúpida. Seth é um gato e eu sempre quis ficar com ele, mas por algum motivo aquele idiota desgraçado recusava. Depois soube por Aro sobre a porcaria do imprinting e não acreditei. O cachorrinho infeliz sempre esteve se guardando para aquela hibrida idiota.

—Pensando em que, meu amor? – saí dos meus pensamentos profundos quando Adrian falou comigo. Eu tinha nojo desse vampiro, mas ele é necessário para o meu plano de acabar com a raça da que roubou o meu troféu.

Ele beijou meu pescoço e me segurei para não o afastar e magoá-lo.

Calma, Tifanny. Relembrei a mim mesma. Logo isso acaba e Carlie logo deixará de existir.

—Em como Carlie e eu costumávamos ser boas amigas antes de ela começar a namorar aquele lobo idiota. – lamentei em minha mentira.

—Você me mostrou como amizades podem acabar por coisas estúpidas. – falou ele ao pé do meu ouvido. Argh. Sai de perto de mim!

Eu havia mentido muito para ele. Tudo necessário, claro. Ele também estava estranho ultimamente. Principalmente desde que ele entrara na escola de Nova York para obter informações sobre os Cullen. Fiquei furiosa quando soube que ela se mudara. Quase arruinou meus planos.

Aro não gostou quando falei que queria um tempo para mim. Eu me arrependi de ir embora por causa do meu fantoche que morreu nas mãos dos Cullen. Depois superei. Ele era um inútil de qualquer jeito.

Carlie foi para Forks com Seth, sua irmã mestiça, o cachorrinho Jacob, a humana adotada e o outro lobo. Eu sei tanto sobre essa família graças ao inútil do Adrian.

Ok, nem tão inútil assim. Ele sempre odiou a escola, apesar de ser inteligente, mas fez o sacrifício de entrar nela apenas para me ajudar. Eu inventei que queria voltar a falar com Carlie, mas para isso eu precisava saber passo a passo que ela dava, tanto sozinha, quanto ao lado do lobo fedorento. Sinceramente, depois que eu virei vampira, passei a gostar menos dele. Seu cheiro é igual a cachorro que andou na chuva. Incomoda demais meu nariz. Não vejo a hora de acabar com isso logo, para eu dar um fim nesse híbrido idiota que cogita eu sentir algo por ele.

PDV Henry.

Minha vida mudou para melhor desde a chegada de Tifanny. Mas ultimamente não me sinto mais tão disposto a ajudá-la a matar Carlie. Uma menina doce que não fez nada de errado para ser perseguida dessa forma. Tifanny pode ser uma vampira bem convincente, mas logo percebi suas nuances de mentiras.

Desde que observei Carlie, eu mudei meus pensamentos. Não tenho mais vontade de acabar com sua vida, e sim de torna-la minha. Espero estar fazendo um bom trabalho disfarçando sobre isso. Não posso dizer nada, porque, com certeza ela vai me matar. Posso ser forte, mas ela acabaria comigo num piscar de olhos.

A gente estava sentado num galho de árvore qualquer na floresta, observando a imensidão de altas árvores tentando esconder o céu de nós.

De repente ela se virou para mim. Surpreendi-me com a sua pergunta.

—Você estaria disposto a me ajudar a matar a Carlie?

Eu não sabia o que responder, e pensei rápido.

—Tifanny! Você não disse que queria voltar a ser amiga dela? – a questionei.

—E quero..., mas não acho que ela está tão disposta tanto como eu. Eu odiaria ver que ela não quer mais ser minha amiga.

Matar Carlie? Não! Como eu poderia a ter morta?

Seu cinismo convincente quase me fazia dar uma salva de palmas para ela.

Uma parte de mim queria abrir o jogo e confessar que tenho sentimentos pela mestiça, e estar disposto a morrer sendo verdadeiro. E ao mesmo tempo queria conseguir ficar com ela, e para isso fingir estar do lado da Tifanny seria crucial.

Ela me tirou dos pensamentos.

—Então...


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