O Homem que Lê Mentes escrita por Little Panda


Capítulo 5
Capítulo 5




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Capítulo 5

Deixando Ino falando sozinha, tentando ficar longe de todos e revendo a cada instante os livros da escola.

Essas foram as últimas dez horas da minha vida.

–Então meu queridinho, não irá dormir hoje? – encarei mina mãe já de robe.

–Preciso dar uma volta... – levantei indo para fora, mas senti tocar meu braço – Não se preocupe comigo, voltarei antes do amanhecer.

X

Naquela cidade havia poucos lugares onde podia se divertir, a noite era movida apenas pelos jovens, ou então pelos mais velhos que não aceitam a idade. Para um homem jovem, bonito e que pode ler pensamentos, aqui até que é um prato e tanto...

Escolhi uma boate qualquer, aquela onde meus olhos pousaram primeiro foi a escolhida para e dar um pouco de diversão. Entrei sendo amassado por alguns de menores, tentando me manter longe de encrencas apenas olhando para mulheres que no mínimo já tinha uma linha de expressão na testa.

Mas assim que toquei no copo de uísque vi um pequeno reflexo rosa passar por mim, procurei rápido por onde ela estaria, meus olhos então fixaram na pequena garota que subia as escadas.

A segui e nem mesmo a placa “somente funcionários” pode me evitar.

Conforme subia os degraus o som da música eletrônica ficava cada vez mais longe, as pessoas já não eram vistas e uma forte brisa bateu contra meu corpo inteiro. Estava no terraço da boate, o ar gélido da noite, as luzes da cidade eram a única iluminação que podia tirar um pouco da atenção da lua.

–O que faz aqui? – ouvi a voz a minha frente indagar, os cabelos róseos esvoaçantes assim como a roupa curta negra – A placa diz somente para funcionários e você não é um funcionário – Ela se virou e pude ver seu rosto por completo, os olhos verdes, os lábios rosados.

–É, tem razão. – me aproximei vendo que a mesma tinha um pequeno cigarro em mãos – Pelo aroma, isso não é somente um cigarro. – peguei das mãos dela dando somente uma tragada.

–Você é um gênio. – a ironia em sua voz era extremamente sedutora – Mas o que o Grande Uchiha faz por aqui?

–Então me conhece? – sorri de canto lhe encarando, vendo se poderia ser a mesma mulher daquela noite.

–E quem não o conhece? – ela arqueou uma sobrancelha, me aproximei mais tocando sua nuca – Melhor se afastar.

–Porque? Achei que tinha gostado tanto quanto eu de nossa noite... – ela me afastou respirando fundo – Achou que eu nunca te acharia?

–Na verdade não achei que perderia seu tempo me procurando. – ela falava de forma fria – O que houve?

–Eu não sei. – disse me aproximado novamente – Tenho em minha cama uma mulher selvagem, me dizem que é uma mulher doce e agora tenho uma maconheira aqui.

Ela riu alto.

–Nunca julgue um livro pela capa. – disse dando mais uma tragada em seu cigarro – Sou somente o que todos querem que eu seja.

Ser somente eu mesma só me fez ser magoada.

Seu pensamento me intrigou, talvez essa mulher não fosse nada do que eu realmente esperava.

–Às vezes é mais fácil assim. – concordei pegando de volta o cigarro e me sentando no chão, olhando as luzes aproveitando a brisa – Mas quem você realmente é, Sakura?

–Ninguém sabe... – ela se sentou do meu lado – E não importa também.

–Me deixe decidir isso. – novamente minha mão foi em sua nuca, mas ela não se afastou.

Tive aqueles olhos somente para mim por instantes, e tenho que os teria a noite toda se minha vontade de beijar novamente aqueles lábios não fosse tão grande. Aquele sabor de cereja era viciante, sentia nossas línguas lutarem pelo controle e aos poucos o ar faltar. Afastamos nossos rostos e o contraste do nosso calor com o frio era delicioso, tudo ao seu lado era delicioso.

Depois de algumas horas sentia meu corpo doer, acordei vendo que o sol nascia e seria uma ótima vista caso eu não tivesse sido abandonado aqui em cima. Me levantei vendo que minha carteira estava sobre um cano a peguei e pela leveza estava vazia, e mais uma vez na minha vida eu estava totalmente certo, Sakura havia me roubado. Balancei a cabeça negativamente indo em direção da porta pra escadaria, teria que dar uma boa desculpa por estar ali e no momento não poderia subornar ninguém.

–Essa garota...

X

Quando finalmente cheguei em casa todos já haviam tomado café, minha mãe parecia estar dando uma palestra na sala de como ser uma boa esposa para as meninas que anotavam tudo com desespero, tentei passar despercebido dali, mas claro que isso não poderia acontecer, pelo menos não comigo.

–Aonde o mocinho estava? - minha mãe perguntou, o que me fez franzir a testa, quantos anos ela acha que eu tenho.

Está fedendo maconha!

O grito mental dela me gerou uma pequena dor de cabeça e no momento nem ia indagar como minha mãe conhece esse cheiro...

–Apenas perdi a hora, desculpe.

–Hn. - é foi dela que puxei o "hn.".

–Estou faminto, se me dão licença...

–Pode dar meia volta, menino. - o que?! - Está de castigo, esperará até o almoço.

Tá de brincadeira comigo, não é?!


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