O Mundo do Outro Lado escrita por Alasca


Capítulo 14
America? Mellynda? O que?


Notas iniciais do capítulo

OIIIIE! Baby BOOOOOM na área.
Desculpa o capítulo pequenooooo.
Beijus!



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POV Maxon

A imagem é turva, mas evidente. America pula em cima de mim com aqueles braços que há tempo eu não chegara a ver. O perfume inconfundível adentrava minhas narinas de modo gracioso. Saudade não define o meu sentimento nesse momento. É mais do que isso. É alívio. Minha Meri aqui, me abraçando.

Fomos para o meu quarto. Os beijos ficavam cada vez mais ousados. O desejo que eu tenho por ela, junto com a saudade de seu contato com minha pele, me deixou louco. De repente não era a America. A imagem se distorceu e pude ver claramente. Mellynda.

O que ela fazia ali? Não era a America? Eu estou ficando louco!

Ela me fazia carícias no pescoço, mas a sensação era tão boa, tão extraordinariamente boa, que não vai ser eu o primeiro a deixar isso escapar de mim.

Descemos para o jardim e eu fiquei paralisado. Vi minha imagem sentada no banco, junto a America. Nós estávamos rindo. Um ao lado do outro. Mas como isso é possível? Espera...

Eu estou em pé, aqui, ao lado de Mellynda. Como pode...? De um jeito tolo, senti ciúmes daquele Maxon do banco. A visão foi se afastando toda vez que eu tentava impedir a aproximação dos dois. Não era “eu” ali. Ou era? Estou confuso demais. Como eu posso ser duas pessoas ao mesmo tempo?

Já não estou mais no jardim. A imagem de Mellynda em cima de mim na cama era estranha. Mas eu não estava embaixo dela. Estava assistindo uma cópia exata de mim embaixo dela. Eu só observava no canto da parede, vendo “eu” trocando carinhos e saliva com uma menina que não era a Meri.

Foi Celeste que invadiu meu campo de visão dessa vez. Onde foi a Mellynda? Celeste me dá um cheiro no pescoço que me faz arrepiar. Depois passa as unhas no meu peitoral sem camisa. Imagens diversificadas mudavam no seu rosto. Uma hora era Meri, outra Melly, outra ela. Eu não aguento mais! Foi quando uma Celeste com presas afiadas crava os dentes no meu pescoço.

Acordo exasperado, suado e ofegante. Demorei para perceber que tinha um olho nas minhas lágrimas. Agarrei o travesseiro e coloquei a cara ali. Comecei a gritar. Não sei o por quê, nem pra quê, mas grande parte da tensão que se encontrava em meu corpo se foi.

Era possível eu estar tão desesperado pela America a ponto de ficar louco? Acho que sim, porque é isso que tá acontecendo.

Até parece que eu conseguiria ser forte.

Peguei o telefone e pedi para me trazerem leite e um pedaço de torta de limão, e não demorou mais de 5 minutos para eu tê-los em minhas mãos.

Na torta, o rosto da Meri aparecia, sussurrando meu nome. Taquei o garfo no pedaço para ver se a tortura cessava. A imagem desapareceu, mas os sussurros não. Demorou uns 10 minutos tapando os ouvidos e dizendo a mim mesmo:

“Isso não é real, Maxon. Não é real. É um truque da sua mente. Seja forte.”

Aquilo acabou gradativamente. A angústia de saber que o sonho fora somente um sonho inundou meu peito. Um ardor invadiu minha cabeça e um gosto amargo minha boca. 5 segundos foram necessários para que eu corresse para o banheiro para vomitar a torta que eu havia comido. Chequei minha temperatura com as mãos. Febre.

Ouvi dizer que quando se sente uma saudade muito grande, uma tristeza ou situação muito complicada na vida, a pessoa fica doente. Não acreditava nisso até agora. Eu estou doente por causa da minha Meri? A que ponto isso vai chegar?

Depressão? Não. Desespero? Talvez. Na verdade, me sinto sem rumo. Sem porto-seguro. Onde minha vida vai acabar nesse estado? Eu nunca estaria pronto para uma coisa dessas.

O melhor que tenho de fazer agora é me arrumar para o baile, mas ainda faltam algumas horas. Tirei as roupas molhadas de suor e coloquei roupas limpas.

Zanzei pelo castelo, na esperança de que minha febre passasse sem remédios. Sem sucesso. Não me lembro de mais nada, porque assim que comecei a descer as escadas, senti-me desabar no chão.

Acordei e vi uma imagem embaçada de uma garota. America...Não...Celeste. O que ela faz aqui?:

–Você está bem, docinho?-Perguntou ela.

–Ahn, o que aconteceu?

–Você ia caindo da escada, mas aquela tal de Mellynda te segurou antes que você caminhasse para a morte.

Nossa, isso soa tão bem, Celeste... Caminhar para a morte? Poxa...

Mellynda salvou minha vida? Tenho uma dívida com ela agora. Não gosto de dívidas.

–Vamos, porque temos um baile para ir, e eu quero você bem legalzinho para dançar comigo, hein?- Diz ela.

E o baile nos espera...


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Notas finais do capítulo

C
.O
..M
...E
....N
.....T
......E
.......M
........!