Percy estava rolando de rir de Annabeth, acompanhado pelos meninos. Mas eles pararam imediatamente depois que viram a cara de Annnabeth.

Ela tremia, e lagrimas escapavam de seus olhos marejados. Percy não pode deixar de se sentir culpado.

Acordou de seus pensamentos quando Piper e Thalia correram para ajuda-la a sair da piscina. Ele estava tão culpado olhando para Annie que nem sequer se tocou a ponto de ir ajuda-la. Ficou ali, apenas a observando.

POV PERCY

Enquanto ajudava Annie, Thalia tinha praticamente uma conversa mental comigo

Ela: eu te arrebentar, Mané!

Eu: eu?

Ela: Claro! Quem empurrou ela de la de cima?

Eu: mas era só brincadeira!

Ela: com medo não se brinca Perseu!

Eu estava pronto para responder quando Piper belisca Thalia para ela ajuda-la com Annie.

Eu estava em frente as portas do fundo da casa de Leo, por isso as três meninas tinham que passar por mim para entrar na casa. Annie não consegui nem andar direito, pois suas pernas tremiam descontroladamente.

Quando ela passou por mim, disse num sussurro:

– Eu odeio você, Perseu.

Cara, isso doeu.

A verdade? Annie mexia comigo. Não como nenhuma das meninas que eu pegava: que eu beijava e logo depois não me lembrava nem mesmo do seu nome. Ela era especial. Mexia comigo de uma maneira totalmente diferente. Algo que eu não conseguia explicar.

Sabe, apenas uma vez, eu senti algo parecido com isso. E foi com Calipso. E no final, não eu nada certo.

E foi com essa motivação, de fazer tudo diferente dessa vez, que eu entrei na casa do Leo com o objetivo de me desculpar com a princesa.

Se deu certo? Vocês vão ter que tirar suas próprias conclusões.

POV ANNIE

Thalia e Piper ficaram comigo para me ajudar. Eu já havia parado de chorar e tremer. A única coisa que eu sentia agora era raiva.

Eu não tinha a mínima idéia de como ele havia descoberto sobre meu medo. Será que estava tão na cara assim?

O medo mesmo, eu comecei a ter quando conheci Thalia. Ela morre de medo de altura, e com o passar do tempo eu passei a compartilhar esse medo com ela.

Eu estava com muita raiva de Perseu. E as minhas amigas estavam decididas a me ajudar.

– que tal um pote de sorvete?- sugeri Piper

– Depois do vento e da água fria vou acabar ficando gripada. – respondi

– Uma salada de frutas?

– ate a gente picar tudo, já deu o horário de ir embora.- rebati de novo

– Já sei, Piper! – disse Thalia- um brigadeiro é fácil e fazer e não te deixaria doente!

Não encontrei nenhum argumento, e comecei a gaguejar. Quando thalia viu minha confusão, falou que nem mesmo eu tinha argumentos e saiu gritando para Leo se podia fazer brigadeiro.

Pelo jeito, Leo não ouviu e ela teve que sair, deixando eu e Piper sozinhas.

Uns cinco minutos depois, ela não havia voltado ainda, e Piper estava ficando impaciente, e estava me irritando. Quando cheguei ao meu Maximo, disse:

– Piper, por que não vai la fora hein? Chame Thalia e volte.

Como eu tinha dito mais como uma ordem que uma sugestão, ela fez cara feia e foi.

Foi ela sair, e uma figura de olhos verdes entrou.

–Hun, Annie, eu....- eu não disse nada, mas estava me divertindo com o desajeito dele- Eu... queria pedir desculpas,

– Por que Perseu?- eu disse desafiadora

– Porque eu fui um idiota?

– E....

– e? E nao vou fazer de novo?

–e...- ele fez uma cara de “ainda tem mais?” e eu segurei o riso

– E.... E que eu não devo mais descobrir coisas ruins sobre você? – não consegui agüentar e comecei a rir.

Ele deu um sorriso sem graça e se sentou do meu lado. Um silencio incomodo se instalou por uns minutos. Dava quase para ver a tensão no ar, quando eu não agüentei mais e disse:

– esse silencio esta me incomodando. Vamos fazer... sei lá... vamos fazer brigadeiro!

Levantei e fui para a cozinha, não dando opção a ele a não ser vir também.

E comecei então a separar as coisas para fazer o brigadeiro. Peguei a panela e liguei o fogo. O silencio se instalou sobre nos de novo, de modo que dava apenas para ouvir o barulho do resto da gangue la na piscina.

– Hun, Annie?- percy perguntou, e eu senti um arrepio, porque já sabia o que ele falaria. Não daria mais para fugir agora. ( tanto porque ele fechou a porta, também, não sei se para ninguém ouvir, ou para eu não fugir).

Me virei para ele e ele me encarou com aqueles olhos verdes.

– Voce ainda me deve uma resposta – ele disse.

Suspirei. Era agora ou nunca, não dava mais para adiar. Mas era só um beijo, por que ele queria tanto saber se eu gostei?

– Percy, foi muito rápido, e eu fui pega de surpresa, não tive nem com avaliar! Por que quer saber tanto sobre esse beijo?

Ele pareceu pensar um pouco. Quando finalmente acordou do transe, ele me encarou de novo, e foi se aproximando de mim, e sussurrou no meu ouvido:

– não teve como avaliar, Chase?- sua voz tão perto de mim me causou um arrepio. Não sei se ele percebeu.

E de surpresa, quando me virei para ele para respondeu, ele entrelaçou minha cintura e me puxou para um beijo. Rápido e urgente, eu correspondi, sem ter nada para dizer. ele passou a afagar meus cabelos, e eu, a arranhar seu pescoço.

A sensação dos seus lábios dos meus eram deliciosas, fazia tempo que eu não me sentia assim.

Mas ai eu acordei. Empurrei ele para trás e disse furiosa, não sei se com ele por ter me beijado ou comigo por ter correspondido.

– O QUE PENSA QUE ESTA FAZENDO?!- Eu perguntei.

–Te beijando. -Ele disse simplesmente- Agora, princesa, você não tem como escapar. Vai ter que me dizer se gostou do beijo ou não.