The Moon Princess escrita por maruchu


Capítulo 19
A bomba.


Notas iniciais do capítulo

Demorou um pouco, eu sei çwç mas é que eu to viajando, e é raro conseguir pegar internet no pc :v Então, aqui vai nwn



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Quando olhei para o lado de fora do quarto, fiquei pasma. Um gás rosado se espalhava, tomando conta do ar doce e agradável de lá.

– Mãe? Jujuba?- Perguntei, enquanto olhava em volta. A cabeça de uma pessoa estava esmagada contra a parede, manchando-a de sangue, com o crânio perfurado.

–Tsuki! TSUKI! – Jujuba passou correndo, com uma máscara de gás.- O que está fazendo aqui? Era pra ficar de repouso no quarto!

– Eu fiquei curiosa, sei lá. Onde está a minha mãe? E Luke?- Perguntei, tentando ver além daquela fumaça.

–Sua mãe saiu, disse que á noite vem vê-la, e Luke...não faço ideia de onde foi.

– Não me importo pra onde ele foi! O QUE ESTÁ FAZENDO? O que é essa fumaça? – comecei a tossir, o que me impediu de gritar.

– Também não sei, surgiu de repente. Meus súditos e visitantes estão sendo mortos!- Reclamou ela.

Aquela pessoa de crânio perfurado não era um ser doce, então.

–Quando surgiu isso? Quanto tempo eu fiquei ali? COMO ASSIM? ME EXPLIQUE!- Tentei gritar novamente, mas minha voz falhou no final.

–Você dormiu por muito tempo! Sua mãe ficou preocupada e veio falar comigo, falei que você estava repousando e trouxe-a até aqui, mas é que...no momento em que ela saiu e foi embora, uma bomba de gás foi lançada aqui! E quando você foi até a porta, o gás já estava espalhado! –Explicou ela, não foi clara. Quando sua mãe foi embora, você ficou olhando para o teto e dormiu, provavelmente estava pensando, te vi pelas câmeras.- Respondeu.

Ela estava me observando pelas câmeras, sério mesmo?

Eu juro que não tinha dormido, me levantei assim que terminei de pensar! Eu já não sabia. E aquelas vozes infantis na minha cabeça? O que significavam.

–Certo, me ajude.-continuou ela, me entregando uma máscara de gás.- Me siga, temos coisas importantes para ver.

–Tá...- Não pensei duas vezes, coloquei a máscara na cabeça, que pinicava um tanto.

Jujuba foi andando até sair do castelo, e o lado de fora não estava diferente do lado de dentro. Logo, a rosada já havia adentrado outro local: O orfanato.

–O que vamos fazer aqui?- Perguntei, olhando em volta, esperando as crianças aparecerem correndo. Nada aconteceu.- Onde estão as crianças?

– Bom...isso é uma das coisas que eu queria falar com você...Algumas delas...bem...não resistiram ao gás.- Ela respondeu, indiferente.

–QUÊ?

Eu ainda estava muito confusa quanto á esse assunto, não sabia o que havia acontecido. Eu não dormira depois de ter falado com minha mãe, e isso é algo que tenho certeza. Quando esse gás foi lançado? Por que, se eu tivesse mesmo dormido, não acordei com esse barulho? Por que a própria Jujuba não havia me acordado? Isso não fazia sentido algum para mim.

E saber crianças inocentes do orfanato haviam morrido, só ajudava a perturbar ainda mais.

–Venha comigo.- A princesa ordenou, me levando até uma sala com um cheiro terrivelmente forte, o que me forçou a fazer uma careta, pois cheirava a carne podre. Ela abriu a porta lentamente, revelando vários corpos infantis jogados em um canto, já deteriorando, a pele da maioria já não estava lá para cobrir aquele monte de carne e sangue que jogava do corpo de cada jovem.

– Q-quem...-Falei, tentando recuperar o fôlego.- QUEM FEZ ISSO?

–Se eu soubesse já teria dito! JÁ DISSE QUE NÃO FAÇO IDÉIA DE ONDE SUGIU ESSA DESGRAÇA DE GÁS! – Gritou ela.

Eu já estava prestes a chorar, ver aquilo era deprimente. Mas, quando vi aquele corpo de uma criança específica, desabei. O corpo de George, ainda reconhecível, mas não daquela forma gentil de sempre, esparramado como se fosse lixo. A carne da costela já estava espalhada no chão, manchando as suas humildes roupas de sangue. Então, ele não poderia mais ver a Lua nascer, e não poderia mais ser adotado pela família que sempre sonhara. Sua ‘’família’’ agora era um monte de cadáveres.

– NÃO PODE, SÓ NÃO PODE ESTAR ACONTECENDO MESMO! C-como...como aconteceu tão rápido? – Estava inconformada com a situação, soluçando e trêmula, levantei-me, ao prantos, para tentar entender o que estava havendo.

–Depois da invasão, você desmaiou por mais ou menos quatro dias...Não falei isso pra você não se preocupar mais.- Eu sentia que a Princesa também estava chocada, pois fitava as carcaças com um olhar de dó.- Vamos fechar esta sala. Enterraremos os corpos logo após acabar essa tortura.

Assenti, e ela assim fez. Trancou o quarto, e logo abriu outro, mas, dentro desse, ao contrário do outro, abrigava sobreviventes. Não vou dizer que eram poucos, nem muitos, era médio. Contar o número de sobreviventes não era algo que eu adicionaria á minha lista de passatempos. Muito menos contar gente morta. Alguns doces estavam espalhados pelos cantos, tensos, se abraçando, ou tentando confortar os outros.

Mais uma vez eu me pergunto, como uma coisa dessas pode acontecer de um minuto para o outro? Não faz nenhum sentido.

–Hm...então...como isso aconteceu mesmo? – Perguntei novamente.

–Uma bomba desconhecida....você não tem ideia de como isso é grave. – Respondeu ela, suspirando.

–Não, e nem quero saber!- Retirei a máscara, que já estava fazendo meu rosto arder, além de deixar minha voz mais ‘’faiada’’.- Mas...tem como eu ajudar?

–Até tem, mas é um tanto difícil....a bomba caiu na parte de trás do Castelo Doce, então...tá ali, foi incrível a explosão que deu...e quando me vi, meus doces estavam mortos, alguns visitantes com sangue também... E George, ah...foi uma pena! Ele era uma das poucas crianças do orfanato que não eram doces...tinham carne, entende? Um tipo de carne açucarada que eu gostaria de examinar...-Falou, enquanto também tirava a máscara.

–E então....?-Enxuguei as lágrimas que estavam ali, para parecer um tanto mais séria. – Eu tenho que fazer o que?

–Precisa dar um jeito de fechar a bomba, claro! Quem sabe com um pouco de Durex ou Super Bonder? – Olhou para o lado, pensativa.

–Eu tenho que dar um jeito de fechar o local de onde está saindo a poluição, certo?

–Sim, é isso. Luke já está lá, tentando fazer isso...Mas deve estar complicado...- Completou.-Se você for lá, vai ser mais fácil de lacrar a bomba.

–Com que material você pretende usar para consertar?

–Sei lá, qualquer coisa. Ainda não pensei nisso...

Isso foi um ‘’Se vira’’?

–Certo, vou sair daqui então...- Recoloquei a máscara sobre a cabeça, indo em direção á porta. Nada disse, apenas saí. Olhando por uma última vez na sala das crianças mortas, e enfim me retirando daquele esconderijo precário.

Como sempre quando pequenos, Luke chega primeiro em tudo.

Era quase impossível identifica-lo no meio de tanta fumaça, não conseguia ver nada. Se eu gritasse, iria sair um grito abafado, também não seria totalmente possível de escutar. Dei mais uns passos á frente, examinando as ruínas de algumas casas.

Mais a frente, a fumaça começou a aumentar: Eu estava perto do alvo. Me apressei, e, chegando lá, estava ela: Uma grande bomba, estampada de símbolos diferentes e desconhecidos por mim.


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Notas finais do capítulo

Foi só dessa vez çwç Críticas construtivas são bem-vindas ÇAÇ



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