Contra as Regras escrita por Nina Malfoy


Capítulo 3
Capítulo II - Assassino de Aluguel


Notas iniciais do capítulo

Olá! :D

Outro capítulo, espero que gostem.

Sugestões são bem-vindas!



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Hawkes iria tentar de novo. Não sabia se ia conseguir, mas oferecer carona parecia melhor do que um jantar. Ele se aproximou dela, que estava sentada em sua mesa, extremamente concentrada em seu trabalho. Apesar de ser madrugada.

- Kate?

Ela respondeu com um oi fraco, sem tirar os olhos do computador.

- Há quanto tempo você não dorme?

- Eu dormi ontem, Sheldon. – ela virou para ele.

- Vem, vamos sair daqui. Isso não está te fazendo bem.

- E o que você está fazendo aqui?

- Não posso vir na minha advogada favorita? – ele disse sorrindo, mas quase engasgou quando percebeu o que tinha dito.

Ela não achou estranho. Apenas sorriu e pegou o casaco da cadeira.

- Certo, vamos.

- Você tem que... – ele foi interrompido pelo celular. – Hawkes. O QUE? Certo, chego aí em dez minutos.

Kate revirou os olhos. – Você tem que ir?

- É o meu trabalho.

- Mas são duas e meia da manhã.

- Meu chefe foi atingido durante uma troca de tiros.

...

Ela sabia que ele não morreria por um tiro no braço. Mas se sentia culpada. Se ela não tivesse desviado...

Ele tinha dito para ela preservar a cena do crime enquanto ele ia atrás do homem que havia pulado de cima do metrô. Stella não conseguiu quando ouviu o primeiro disparo. Ela foi lentamente com o dedo no gatilho até onde tinha visto um vulto. Outro tiro a fez se apressar. Uma parede a separava do suposto assassino e Mac. Stella viu por um buraco na parede que os dois se encaravam com as armas apontadas e prontas para disparar. Duas cápsulas estavam do chão, uma perto de Mac, outra perto do assassino. Onde as balas acertaram não era visível. O homem se mexeu de leve, Mac atirou na parede ao lado. Tudo parecia exatamente como o velho oeste. Nenhum tinha coragem de largar a arma. Nenhum tinha coragem de acertar o alvo.

O assassino a viu e disparou contra a parede. Ela saiu de trás de onde estava e atirou duas vezes antes de Mac acertar a perna dele. O homem caiu no chão gritando e atirou uma última vez na única direção que conseguiu. Stella pulou para o lado e a bala foi direto para Mac.

Agora toda a equipe estava ali. O homem estava com a perna enfaixada e as mãos algemadas. Mac havia a agradecido e a dado um sermão ao mesmo tempo. Ela não devia ter desobedecido a uma ordem. Ela não devia ter atirado. Ela não devia nem ter tentado estancar o sangramento na perna do homem que havia acabado de atirar nos dois. Stella tinha dito que se deixassem sangrar até morrer não saberiam quem matou o maquinista. Flack interrogou o suposto assassino, que não confirmou nada, mas foi preso por atirar em dois policiais.

- Stella, você está bem? – perguntou Lindsay.

- Sim. Eu dei sorte, não fui atingida.

- Infelizmente para Mac...

O corpo do maquinista Jean Potter estava sendo retirado da cena do crime. A equipe ficou por mais um bom tempo recolhendo provas.

Adam chegou perto de Danny e o entregou um dos pacotes com evidencias.

- Achei epiteliais em um dos bancos do primeiro vagão.

- Certo, vou mandar para o laboratório.

- Danny, eu não sou de fofocar, mas você soube que ela recebeu um sermão do Mac?

- Não duvido. Se ele disse para ela preservar a cena do crime era melhor ela ter ficado.

- Achei legal ela ter ajudado ele.

- Sim, Adam. Mas ela desobedeceu Mac.

- Você a chamaria para almoçar?

- Adam! – ele repreendeu, mas depois sorriu – Sim. Até que é uma boa ideia. – ele olhou para Stella que estava sentada no chão da cabine, rodeada por saquinhos amarelos, procurando mais alguma coisa.

- Eu a vi primeiro. – disse ele dando um passo para frente.

...

Ele se aproximou da sua próxima vítima. Era uma pena que ele fosse um amigo de infância, mas trabalho era trabalho.

Um trabalho que exigia sangue frio e paciência. Uma inteligência para entender o que se passa na cabeça dos peritos também era importante. Não deixar nenhum rastro ou pista, mas deixar o corpo à mostra. A escolha daquele emprego não tinha sido inteiramente dele. Sua tendência a sangue frio veio de seu pai da máfia e a necessidade por dinheiro rápido era incessante. Era um emprego para poucos, e que pagava bem.

Os ricos de Nova York e de todas as cidades da volta requisitavam seu serviços com frequência. Era conhecido como o melhor do ramo pelos entendedores.

Nova York era a pior cidade para se matar alguém. Sebastian sempre preferia Chicago ou Salt Lake. A polícia de Chicago era fraca e a de Salt Lake acabara de perder a única policial que mantinha tudo em ordem.

Ele tentou levar a vítima para outros lugares, sem sucesso. Ele teria de enfrentar a perícia de Nova York.

Sebastian respirou fundo e então sorriu cinicamente. O homem deu seu último grito e uma faca de cozinha atravessou seu tórax.

Ele queria assinar sua obra. Como os grandes pintores e escultores fazem. Mas seria imprudente. Deixar marcas desnecessárias iria chamar mais atenção do que o indispensável.

Certo, o assassino pensou. Gelo seco para dar incerteza da hora da morte, limpar digitais, colocar a arma do crime em uma cozinha qualquer. Limpar o quanto der de sangue. Trocar de roupas. Tomar banho. Colocar as roupas em uma casa qualquer e o último, mas não menos importante, colocar pistas falsas.

O homem tirou as roupas e se jogou no rio ao lado. Limpou o corpo falecido, limpou a cena e a si mesmo com uma maleta que já fora usada muitas vezes. Ele não poderia deixar nada passar. Até porque nada passa por Mac Taylor.

...

As duas horas nos metrô não adiantaram de nada quando o assassino confessou meia hora depois. A equipe havia sido mandada para casa, Stella recusou a oferta de um bom sono depois do que havia acontecido. Resolveu acabar com ele em um copo de café. Mas pareceu que Adam havia lido seus pensamentos quando a entregou um copo de café com creme e açúcar.

Stella tomou um gole e sentiu uma onda de alívio que a bebida quente a proporcionou. Suspirou agradecida.

Voltou à atenção a mesa a sua frente, mas notou que seus dedos estavam manchados de caneta azul. Virou o copo de café e sorriu. “Que tal almoçar comigo?” estava escrito em letras de forma, com a assinatura de Adam. Stella olhou para ele que sorria ao lado de Danny. Ela assentiu para Adam, que mostrou a língua para Messer. O outro virou a cara.

Lindsay observava tudo de sua sala. Com uma cara de desapontamento, abriu o ultimo pacote de evidências.


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Notas finais do capítulo

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