Incandescente escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Hey, boa tarde doces... Vamos aquecer com o prólogo. Espero que agrade-os. Comentem, critique, devaneie, enfim... Exponha sua opinião! Bj, nos encontramos lá embaixo.



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PRÓLOGO:

Algumas memórias de horas atrás estavam fixas em minha mente: olhos verdes enfezados, sorriso frouxo e aspereza. Ele não era nem de longe o tipo de príncipe encantado que eu idealizava. Um homem muito bonito, elegante, incrivelmente sexy quando fala. Seu sotaque italiano é de tirar o folego, mas ainda assim Christopher Molina não era meu tipo de cara perfeito. Primeiro: ele é anos mais velhos que eu, mas precisamente sete anos. Eu estava nascendo enquanto ele já pensava em beijar as amiguinhas da escola, suponho. Segundo: eu nunca seria boa suficiente para estar com ele. Quando eu digo isso, não quero dizer sobre não ter beleza suficiente para chamar sua atenção, ou ter um bom papo, eu sou legal, sou inteligente, mas enfim, o que eu quero dizer é sobre poder “aquisitivo”. Minha grana não se compara a dele, obviamente é nula. Zero. Nada. Nem existe. Porém, o destino brincou conosco hoje. Estivemos juntos. Ele foi um idiota, teve seu carro roubado e eu quase perdi meu emprego por ele.

— Você ainda está pensando no moreno encantador de hoje à tarde? — Frankie tiniu suas unhas no balcão onde eu estava encontrava debruçada. Não me assustei, afinal ela já estava me encarando há alguns minutos em silêncio. Também não respondi, não queria assumir e não queria mentir. Omitir era o melhor a se fazer.

— Por favor, pode me dar espaço? — Uma senhora com um pacote de fraldas na mão pediu, Frankie sorriu docemente e afastou seu corpo dando espaço, peguei o pacote em sua mãos e registrei o código de barras.

— São cinco dólares, por favor — Recebi o pagamento e embalei a compra da senhora que se foi sorrindo gentilmente agradecida. Frankie voltou para seu lugar anterior.

— Se por acaso a tia Marta ou o tio Greg, imaginar, cogitar, sonhar que a filha deles está atrás de um balcão servindo de “caixa” eles vão surtar! Você sabe disso, não é?

— Eu sei! Mas preciso do dinheiro.

— Esse bairro é perigoso! — Ela me censurou em um sussurro. Minha melhor amiga afinal não era tão cabeça oca quanto eu. Nós duas ficamos quietas durante alguns segundos — Ei, vamos embora? Ok? Eu te empresto essa grana... — Fazia dias que ela tentava me convencer... Mas eu não iria.

— Ninguém vai descobrir Frankie!

— Deus, Christopher Molina pode contar aos seus pais, sabia? Ele disse que seu nome não lhe era estranho.

— De onde diabos ele poderia me conhecer Francine?

— Ei, ok! Não digo mais nenhuma palavra a você senhorita eu-sei-das-coisas. Nós nos vemos amanhã. — E assim ela se foi com a maior cara de quem estava furiosa, mas ao mesmo tempo preocupada.

Talvez Fran tivesse sua razão em toda essa história, mas o dia de hoje estava terrivelmente um fiasco e deixar o trabalho estava fora de cogitação. Eu sabia que nada daria errado se eu me mantivesse longe de confusão. O bairro é sim perigoso, mas o caminho que eu faço e a hora que eu deixo a farmácia são totalmente cheio e iluminado e ainda há luz do dia no céu.

E assim foi, a hora da saída era sempre cheia e tumultuada. Não podia ser a área nobre de Seattle, mas no fim não era tão perigoso quanto dizem. Só quem vive sabe. Porém, o que não me sai da cabeça é o que um homem como aquele estava fazendo aqui. Eu não o conheceria se não fosse por seu pai, na noite de segunda-feira há duas semanas o noticiário da noite informou que Joseph Molina e sua esposa sofreram um grave acidente de carro e estavam internados em estado grave em uma das redes hospitalares mais importantes dos Estados Unidos, papai até rosnou e bateu forte no braço do sofá ao ver o rosto do homem e a mulher que estavam sorrindo em uma foto exibida. O cara é simplesmente um dos dez mais endinheirados do país. Um dos trintas do MUNDO, o cara só tem dinheiro pra CARALHO, que me desculpem, mas ás vezes tudo que pode explicar o significado de quantidade é um palavrão. Mas voltando ao início, dois dias depois o mesmo noticiário comunicou o falecimento do marido e a esposa deixando como único herdeiro Christopher Molina, não só dono de toda a fortuna dos pais, mas também o dono de uma fama de canalha absoluto.

...

Duas quadras depois eu estava dentro de um táxi de volta para casa. Não teria que explicar muita coisa já que minha mãe ficava o dia inteiro fora fazendo o que se sabe lá na rua, e meu pai tentando salvar a nossa empresa da falência. O que eu sabia que não tinha jeito e isso tornava a convivência em nossa casa insuportável já que minha mãe grita por todos os lados que não nasceu para ser pobre, o que me faz refletir e perceber que sempre fomos pobres. Perto de um Molina sempre seríamos pobres. E lá estava ele de novo em minha mente, os olhos verdes furiosos e a cólera em suas palavras. Visivelmente de luto e um pouco alterado.

... — Eu só preciso de camisinhas, que porra! — Ouvi a voz esganiçada. Terminei de empacotar algumas caixas de remédio na sacola e recebi o pagamento do senhor que parecia nervoso com o que estava acontecendo. Truddy, a nova estagiaria parecia nervosa explicando alguma coisa para o homem. Eu só conseguia admirar suas costas. Ele era alto e vestia jeans Levi’s escuro, sapatos pretos e uma blusa preta com as mangas dobradas até o cotovelo, deixava a melhor parte do seu braço musculoso exposto. “Camisinhas” a palavra estourou em minha mente. Se ele precisava de preservativos estava interrogando a garota errada. Agarrei com minhas mãos dois pacotes de camisinha que ficava pendurada numa arara perto do caixa principal. Dei a volta da minha bancada e andei hesitante até eles. Truddy gaguejava. Ela não sabia lidar com gritos.

— Ei cara. Não precisa gritar com ela. Aqui suas Camisinhas. — Quando ele se virou eu agi por impulso e joguei-as em seu peito. Ele não as pegou e os pacotes caíram ao chão.

— Quem-quem... — Ele se interrompeu no meio da frase. Um barulho de alarme surgiu, algum carro estava gritando pela rua. O motor rugiu enquanto o idiota que o dirigia acelerava. O rosto lindo de anjo me olhou com raiva e os olhos deles estavam furiosos e só então eu percebi quem ele era... Minha boca abriu e caiu e eu forcei-me a fechá-la — Meu carro! — Ele gritou.

— Esse carro era seu? — Tentei não rir. Tinham levado o carro do Christopher Molina! — Bom quem mandou vir comprar camisinhas no subúrbio, não é Truddy? — A menina ainda estava pálida. Também pudera, enquanto eu pegava os pacotes do chão e observava Christopher ligar para alguém desesperadamente, o dono do estabelecimento nos olhava carrancudo.

— Senhorita Sullivan o que está acontecendo aqui?

— Roubaram meu carro e isso é culpa sua! — Christopher rosnou para mim raivoso. — Quem é você? Diz!

— Ela é Felipa Sullivan. E o senhor quer que eu chame a polícia? —

— Sullivan? — Ignorando o Sr. Baulen ele murmurou — Seu nome não me é estranho.

— Fê? — E salva pelo gongo! Frankie entrou e parecia bem assustada. Christopher a fuzilou com os olhos. — Tem um louco dirigindo um carro que está apitando sem cessar! Ele quase bateu no meu bebê!

— Você está bem Fran?

— Não precisa chamar a polícia. — Ele nos interrompeu, tirou uma nota de cinquenta? Sim, oh sim! Cinquenta dólares do bolso e puxou os preservativos da minha mão — Pode ficar com o troco — Em seguida um carro esporte amarelo parou em frente ao estabelecimento que eu trabalho, Christopher escorregou para o banco traseiro e o motorista arrancou deixando apenas fumaça no ar.

— Aquele era mesmo Christopher Molina? — Sr. Baulen e Frankie murmuraram ao mesmo tempo.

... E foi tudo intensamente real. Ele existia. Grosso, ríspido e longe de ser um príncipe encantado, mas realmente existia.

— Mãe, pai? — Nada de resposta. Passei pela sala apreciando o silencio. Parei em frente à secretária eletrônica que piscava uma luz vermelha indicando que havia recados.

Jose você ainda não me ligou, estou realmente preocupada querido. Ligue-me”. A doce voz de minha vó sussurrou apreensiva. Por que ela estava preocupada? Papai estava muito bem de saúde obrigada. Não tinha motivos para preocupação. Não mesmo. O que estava errado no paraíso?


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Notas finais do capítulo

É isso. Desculpe-me pela sinopse, sou simplesmente péssima! Um pouquinho bagunçado esse prólogo, mas no capítulo um as coisas já estarão em seu lugar! Bjs, até a próximaaaa... Ahhhh, vocês estão a fim de algum spoiler aqui nas notas finais? Comentem!!!



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