Herança escrita por Janus


Capítulo 49
Capítulo 49




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     Sailor Terra se levantou ainda cambaleante, apenas para levar outra seqüência de pontapés no rosto, têmpora e ouvidos – estes já estavam zunindo há algum tempo. Sailor Miranda apenas abraçava a barriga sentindo seu corpo se rebelar contra sua vontade, e Europa finalmente caiu sem sentidos. Titã ainda tentava mover seu braço deslocado de volta a posição correta e Ariel era a única que ainda conseguia ter todos os movimentos dos membros sem seqüelas aparentes. Ela era uma coringa inesperada naquilo.
     Ray levou o copo de chá frio a boca e sorveu o líquido devagar, mas sem tirar os olhos da cena do seu jardim. Os juniores estavam sendo massacrados sem piedade e eles não acreditavam nisto. Quando recolocou o copo na mesa de piquinique percebeu que aquela doida ainda não estava fora de combate. Era a quarta vez seguida que ela ressurgia por dentre as árvores onde foi lançada. Realmente, Diana era uma surpresa enorme, e em dois sentidos.
     A oponente das jovens sailors se virou em direção a malviana que saltara das árvores e girou o corpo com precisão para atingir a perna no seu rosto, mas como em todas as outras vezes, ela torceu o corpo e escapou ilesa. Pousou do lado de Fobos que estava desacordado e impulsionou-se de volta, ao redor da mulher que estava mostrando por todos os meios que eles ainda não tinham a menor idéia do que era lutar de verdade. Ao menos, como senshis.
     O primeiro motivo de Diana ser uma surpresa era o fato de ter uma capacidade de esquiva impressionante. Ela escapou de ser atingida por cerca de meia hora, até que em uma distração foi socada sem piedade e jogada longe.
     A mulher novamente começou a atacar Diana sem piedade, e esta continuava escapando. E falando...
     - ERROU – disse ao girar o corpo para escapar do soco – IUPI! – comentou quando torceu a cabeça e evitou a perna – FUROU! – agora foi a cotovelada que apenas raspou na sua roupa – HEHEHE! – fez ao escapar de ser agarrada pelos dedos ágeis – PEGUEI! – comentou quando pegou a pulseira da mulher.
     Este era o segundo motivo da surpresa. ELA ERA IRRITANTE! E como irritava. Coitado de seus oponentes daqui para a frente. Era uma mestra da esquiva e da destreza, mas simplesmente não atacava. Na verdade, talvez nem soubesse como fazer isso.
     Ela gritou de dor ao ser pega pela cauda e agora, sem meios de se esquivar, levar outra enorme quantidade de golpes muito doloridos. Golpes que fariam uma pessoa comum ficar com os ossos em pedaços, mas ela não era comum. Seus ossos eram flexíveis e podiam se dobrar um pouco. Mas logicamente não era a prova de dor.
     Finalmente em um soco violento, ela perdeu os sentidos e ficou no chão. Apenas Titã e Ariel vinham para cima dela agora. Titã era a mais perigosa devido a sua força, assim, foi a primeira a ser cruelmente atingida enquanto que os golpes de Ariel eram apenas bloqueados. Quando sentiu que a uraniana estava mais incapaz de fazer algo, foi a vez de Ariel sofrer toda a sua fúria.
     Ray prestou muita atenção neste momento. Ariel tinha sido a segunda surpresa da tarde. De uma forma impressionante ela tinha uma habilidade enorme! Chegando mesmo a inventar golpes na hora e surpreendendo a guerreira que estava massacrando os jovens. Mas mesmo isso não a deixava páreo para conseguir um bom efeito ali. Mais um ano e todos estariam bem melhores.
     Ariel dobrou o corpo ao ser atingida pela joelhada e viu estrelas quando um cotovelo quase dilacerou sua nuca. Um pontapé bem dado a fez apagar de vez.
     - Tempo? – pediu a guerreira mal olhando ao redor.
     - Duas horas... – respondeu Ray - está muito enferrujada, Mina.
     - Estou é? – ela começou a se aproximar da mesa em que a amiga estava sentada – tente enfrentar todos eles ao mesmo tempo e depois me conte como foi.
     - Eu já treino meus dois filhos toda manhã. E esta manhã alias foi Nicholas quem os treinou. Até que se portaram melhor do que eu esperava.
     Mina se sentou a mesa e pegou o copo de chá pela metade. Espreguiçou-se um pouco e observou as crianças espalhadas pelo gramado. Deram trabalho, sem dúvida. Mas em uma luta de verdade, não teriam durado tanto.
     - Fiquei impressionada com Diana. Ela... ela é mais ágil que a mãe.
     - É... e fala bem mais que esta também.
     As duas riram um pouco disto. Realmente, Diana enfrentando os inimigos do reino com esta postura seria muito constrangedor. Para dizer o mínimo.
     - O que achou de Suzette?
     - Eu? – Ray olhou para a mercuriana caída perto de Allete – ainda não acredito nisto. Onde ela aprendeu a lutar desta forma?
     - Alguns dos golpes eram do seu estilo, outros da Lita. Mas pareciam mesmo várias combinações diferentes – ela olhou para o seu antebraço esfolado em um golpe potente que tinha levado – foi uma das poucas que me acertou de jeito. Amy deve estar orgulhosa.
     - Bom, qual a sua avaliação?
     - Precisam de muito treino individual e em grupo. Muito mesmo. Seus corpos estão prontos, o que atesta o bom trabalho do treinador, mas as habilidades precisam de muito refinamento. Acho que em dez anos elas podem trabalhar ombro a ombro conosco. E em mais uns duzentos nos substituir.
     - Yokuto e Herochi têm a obrigação de fazer isso bem antes. Eles já conhecem os golpes e sabem lutar muito bem. Apenas precisam se livrar destes freios que possuem.
     - Não se muda oitocentos anos de hábitos de uma hora para a outra, minha amiga. Tenha mais paciência.
     - Quer que eu espere eles serem mortos em combate? – perguntou com a voz mais elevada – não minha cara, não vou esperar. Eles foram os primeiros a cair nesta avaliação, e nem enfrentaram uma sailor transformada.
     - Eu os ataquei primeiro porque eram a minha maior ameaça. E nem você escaparia de alguns dos golpes que eu apliquei, lembra?
     - Não é desculpa – ela suspirou – e sua filha? O que achou dela?
     - Rita acabou me surpreendendo com a sua velocidade, mas ainda está muito lenta. E fica usando seus ataques demais. E estava um pouco desajeitada também.
     - Deve ser de família... EI!
     Ela precisou dar um pulo para não levar um disparo bem no traseiro.
     - Olha como fala.. você também não era nenhuma senhorita perfeita no começo.
     - Mas eu aprendi, está bom? – disse com as mãos na cintura. Mas logo depois começou a rir.
     As duas ficaram algum tempo apenas observando a noite começar em decorrência do fim do crepúsculo. Era um lindo espetáculo aquele, especialmente com o castelo refletindo as luzes deste de forma linda e quase mágica.
     Herochi foi o primeiro a despertar. Ele olhou ao redor e ficou um pouco impressionado. Seu corpo todo doía, mas o que mais estava machucado era sua auto estima. Fora massacrado pela mãe de Rita e esta nem ao menos tinha se transformado.
     - Boa noite, dorminhoco.
     - Oi mãe... no mínimo está decepcionada, não é?
     - Não muito. Não esperava mesmo que fizesse um milagre, mas não esperava que fosse continuar a se segurar. Acorde seu irmão e vão tomar banho.
     - E as outras?
     - Deixe-as ai – disse Mina – precisam descansar mesmo.
     Ela observou ele acordar o irmão e juntos seguirem para o interior da casa. Depois pousou os olhos na sailor Europa e ficou matutando sobre a força de vontade desta. Ficou atacando sem parar e não parecia que ia desistir por nada. Mesmo esgotada, continuava a se levantar e a atacar, sempre tentando, sempre se esforçando, sempre acreditando que poderia fazer algo e nunca esmorecendo. Essa havia realmente puxado a mãe.
     Calisto por sua vez era a que mais tinha a habilidade de luta de Lita. Mas pareceu que ela ficou sem confiança quando percebeu que não tinha nenhuma chance, sendo facilmente derrotada. Terra como sempre lutou mais usando sua força do que habilidade, apesar de possuir esta. Titã como sempre atacou para minar o adversário. Miranda não chegou a ser uma surpresa mas não a decepcionou propriamente. Mas bem que ela podia ser um pouco mais dedicada. Ariel foi incrível mostrando habilidades que jamais sonhou que uma mercuriana poderia ter. Até parecia uma das filhas da Lita ou até de Ray. E Diana...
     Diana era uma malviana com todas as habilidades naturais desta raça, mas ainda estava em uma fase meio infantil e meio adulta. Seria uma guerreira impressionante no futuro, mas por enquanto era uma habilidosa malviana que torrava a paciência.
     Hum... ela não tinha recuperado ainda sua pulseira.
     - Bom, eu vou fazer o jantar – disse Ray enquanto se levantava – vai curar as feridas delas depois?
     - Não... – ela sorriu levemente – elas têm a princesa e Titã para fazer isso. E... estou quase com pena delas... as famílias vão treina-las duramente daqui para a frente.
     - Já estava na hora. Mas ainda acho que Serena está muito teimosa em não revogar o juramento. Não percebe o problema que isto está nos causando?
     - Ela percebe Ray... mas também sabe que há um motivo para este juramento existir.
     Ray se afastou deixando Mina entregue aos seus pensamentos. Será que ainda ira demorar muito para que elas acordassem?
    

-x-

 

     Quase duas horas depois, uma impressionada e abalada Anne chegava em casa. Ainda custava a aceitar ter sido surrada por Mina, e sem que esta se transformasse. Nossa! Ela tinha razão... eles nunca tinham lutado de verdade até então. Não tinham mesmo. E como ela era rápida. Muito rápida alias. Hum... estava sentindo suas mães em casa. Voltaram cedo no fim das contas.
     Ela entrou pela porta e viu a Michiru na sala de estar. Foi correndo para esta para lhe dar um abraço.
     - Oi filha. Boa noite – disse ela abraçando-a com gosto – como foi a tarde?
     - Uma surra! Meu Deus... Mina nos fez em pedaços. Ninguém acertou nada nela, bom, quase ninguém.
     - Foi é? – disse Haruka sentada em um dos sofás – e quem conseguiu esta proeza?
     - Suzette e Diana.
     - DIANA! – perguntaram as duas ao mesmo tempo.
     - Pois é... ela agora faz parte do time... pior que é do meu – murmura ela em voz baixa - e tem uma habilidade que ninguém acredita.
     - Ela é uma malviana filha, é algo natural para a raça dela.
     - Ficar dando risada e piadas quando não conseguem acerta-la faz parte da raça?
     - Bem.. – Michiru ficou surpresa – não. E por falar em acertar... Haruka quer ter um treino com você antes do jantar.
     - O que! Eu estou toda arrebentada e...
     - Sem conversa – ela já estava de pé e na frente dela – vamos para o porão. Já tem um bom lugar para praticarmos, e nada de se transformar. Vai ter que aprender em sua forma humana.
     - Mas...
     - Não machuque ela muito Haruka, ela ainda tem um treino forte amanhã.
     Sem saber o que fazer, Anne se deixa ser puxada por Haruka para o subsolo. Parece que sua vida iria mudar para sempre a partir daquele dia.
     Uma hora depois, Anne, como rosto marcado de hematomas sentava-se a mesa, no mais absoluto silêncio. Não podia acreditar em como sua mãe era rápida e impiedosa. E o treino só acabou quando ela conseguiu atingi-la forte no olho.
     Que maluca! E Anne era mais maluca ainda por compactuar com aquilo.
     Na verdade... até que ela gostou.
     - Como foi a viagem a Índia?
     - Ótima! Fomos ao mausoléu... – comentou Haruka sorrindo levemente.
     - O Taj-Mahal? Nossa! E ele é bonito mesmo?
     - Só eu não sabia disto?
     - Bem Haruka – Michiru sorria de forma levada – parece que você precisa estudar mais...
     - Vamos deixar isso de lado. Onde está Hotaru?
     - No templo. Foi conversar alguma coisa com Ray. Mas não sei o que. E as outras foram para casa descansar, ou melhor, acho que todas foram apanhar mais...
     - Não posso falar pelas outras, mas a partir de hoje você vai treinar ou toda noite ou de manhã cedo. Pelo menos para estar bem preparada se precisar se defender.
     - Posso saber o que deu em vocês para começarem a nos massacrar de uma hora para outra!
     - Hotaru não lhe contou? – perguntou Michiru colocando as travessas na mesa.
     - Bom, contou uma coisa ou outra. Mas não tudo. Mas ela me contou que vocês podem fazer umas coisinhas mesmo sem se transformarem...
     - Foi é? – Haruka estreitou seus olhos e sorriu levemente.
     Ela a segurou no braço com a mão e logo depois Anne sentiu uma vibração no seu corpo inteiro, como se estivesse no meio de um terremoto. Mas a sensação lhe fez o que sempre lhe faria: cócegas, e ela desatou a rir um pouco. Haruka, satisfeita com aquele som que adorava, parou com aquilo.
     - Ai... – murmurou ela agarrando sua barriga – como... como fez isso?
     - Mesmo tendo o planeta dos ventos como guardião, meu poder está ligado a terra. Não me pergunte o porque. Suzette é uma mercuriana e tem poderes de vento.
     - Pois e mocinha – disse Michiru jogando um pouco de água na cara dela com as mãos – agora você sabe. E as outras?
     - Preciso de uma toalha – disse ela olhando para ambas de forma impressionada – e não sei se as outras sabem. Mas Mina estava incrível, melhor que o mestre Nicholas...
     - Ele nunca mostrou a vocês o que podem fazer. Bom... pode ir comendo menina. E nada de pirraça. Amanhã tem a festa da Joynah, vai ter treino ainda?
     - Não sei... mas acho que por enquanto não. Só semana que vem. Talvez seja o último treino. E eu que pensei que sabíamos lutar...
     - Vocês sabem usar seus poderes, e aprenderam uma coisa ou outra para proteção pessoal. Mas é só. Sohar não poderia e nem iria querer lhes ensinar a lutar no corpo a corpo. Ele não quer passar para a frente o que conhece.
     - Porque? – ela ficou muito intrigada.
     - Não sei – respondeu Michiru – não sei mesmo. Talvez ele responda um dia se lhe perguntar.
    

-x-

 

     O velho porão úmido e sem atrativos. Mas desta vez apenas duas mulheres estavam neste. Ou melhor, uma mulher estava neste e outra descia as escadas devagar, com seus passos ecoando levemente pela escadaria íngreme e escorregadia. A base do generais de Klarta...
     Era decadência demais aquilo.
     - Boa noite, senhora confusão.
     - Não perturbe. Já tive um dia muito ruim ontem com aquela sailor me irritando.
     - Mesmo? – a outra não parecia perturbada ou comovida – precisava destruir o prédio inteiro? E nem conseguiu se livrar daqueles pivetes?
     - Não era minha intenção. Nunca foi. Eu apenas fui tirar aquele vira-lata de lá antes que causasse uma confusão maior.
     - Bela forma de ser sutil...
     - Você não estava lá, está bem? – ela ficou bem irritada – de qualquer forma, estamos chegando ao fim mesmo. Depois poderemos deixar este mundo fétido para trás e cada um segue o seu caminho.
     A mulher de cabelos rublos ficou em silêncio. Devia haver algum motivo para Prismey ter ido até lá e brincar com as crianças e com a senshi. Um motivo muito sério considerando o quanto se revelou.
     - Pode ter comprometido toda a nossa operação. O que realmente você queria fazer?
     - Satisfazer minha curiosidade, só isso. Queria ver se aquela de cabelos brancos era mesmo a sailor Titã.
     - E era?
     - Era... mas não a que eu conheci. É outra pessoa que assumiu o seu manto, que em nada se compara a antiga. A não ser no fato de ter sobrevivido. Impressionante o escudo de defesa que ela possui. Nunca houve nada antes que pudesse refletir o meu poder.
     - Estarei sentindo uma pequena pontada de preocupação ai?
     - Laryhei, minhas preocupações não lhe dizem respeito. Estou cumprindo com a minha parte muito bem nos últimos anos. Pode ter sido um erro o que eu fiz, mas agora é tarde. E de qualquer forma, não poderemos mais evitar confrontos com os defensores deste mundo. As partes que faltam estão nas cercanias do castelo. Vamos ter que tira-los da cidade para agirmos com tranqüilidade.
     - Antes precisamos saber quais as defesas que eles possuem. Djogor tem investigado a cidade e a guarda robô desta, e devemos nos preocupar. São muito eficientes e podem mesmo nos capturar.
     Ela não disse nada. Apenas cruzou os braços e ficou observando um globo no piso imundo mostrando um mapa da cidade e alguns pontos desta assinalados.
     - Bom, eu vou caçar um pouco. Você vem?
     - Depois... quero selecionar os próximos locais que iremos procurar. Tem um embaixo daquela construção grande.
     - O shopping.
     - Que seja. Tem um embaixo deste. Eu irei pega-lo amanhã.
     Ela se aproximou do globo e tocou em um dos locais assinalados. Este imediatamente ficou da cor verde para indicar que alguém já o tinha escolhido.
     - Eu vou sair. Quero avaliar o local antes. Espero que não sejam ratos o que teremos para a ceia...
     Meneando a cabeça, a mulher observou com os olhos cheios de desprezo para a mulher que subia as escadas. Desde que tinham chego àquele sistema estelar que ela estava estranhamente mais irritante e misteriosa. Como se soubesse de algo que eles não saiam.
     Na verdade, ela começou a ficar assim quando capturaram aquela sailor naquele planeta insignificante, e ficou ainda pior quando ela viu as novas senshi deste mundo. Mas nunca comentou nada ou sequer falou algo a respeito. Bom... por enquanto talvez não fosse necessário saber sobre isso. Mas sentia que ela estava escondendo algo. Algo que poderia comprometer a todos.
     Ela suspirou um pouco e saiu do porão. Pelo menos ela já tinha indicado o que iria querer de jantar. Cuidaria de conseguir uma boa ratazana para aquela mulher.
     Ela merecia...


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