A Batalha escrita por Lola Carvalho


Capítulo 25
Interrogatório


Notas iniciais do capítulo

Boa noite galeritcha! :3
Esse capítulo era para ter ficado maior, porque eu ia acrescentar uma parte do plano do Jane, mas aí ia ficar muita informação em um capítulo só. Então eu dividi. :D
Espero que gostem!
Quero agradecer a todos que estão comentando *-* Aqui no Nyah! e lá no grupo do face, e no FanFiction.net :3
MUITO OBRIGADAA



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Dois sentimentos não tão bons de se sentir, e tão diferentes um do outro, estavam predominando a mente e coração de Patrick Jane naquela bela manhã de quarta feira: ciúmes de sua filha e medo de descobrir a verdade sobre sua mãe.

Mas foi assim, sem remédio para anestesia, que as duas situações aconteceram no mesmo dia, e agora, Patrick caminhava seus últimos passos para a sala de interrogatórios no antigo prédio da CBI.

Ele teria que enfrentar todos os medos que o assolaram durante toda sua vida, desde que sua mãe o abandonara com seu pai. Teria que, dependendo do quê saísse de lá de dentro daquela pequena sala com pouca iluminação, fazer uma intensiva viajem em seu inconsciente para limpar-se de todo resquício de dor, desprezo, traição, ódio, abandono e raiva.

Suas mãos repousaram na maçaneta fria da porta, e ele respirou fundo antes de girá-la e empurrar a porta para que pudesse entrar, e quando entrou, encontrou sua mãe de cabeça baixa, provavelmente exausta da noite que passara sentada naquela cadeira desconfortável e gelada.

Ela levantou a cabeça quando ouviu o som da porta se abrir e encontrou seu filho lá. O filho que ela se arrependera cada dia de ter abandonado. Aliás, se pudesse voltar no tempo, teria ao menos o levado consigo, ou teria pedido uma separação formal para o pai de Patrick, ou ainda teria lutado para salvar sua família, teria dito que não queria mais aquela vida, e quem sabe ela fosse ouvida... E essa era sua melhor opção. Queria ter lutado por sua família.

– Patrick... – ela disse quase que em um sussurro

– Olá... – Patrick fechou a porta atrás de si e virou-se novamente – eu vim te fazer algumas perguntas sobre o Red John

– Patrick, filho... Eu não tive nada a ver com aquilo...

– Mesmo? – desafiou Patrick – Pois não é isso o que eu vejo em seus olhos...

– Eu sabia que meu marido tinha algum segredo que ele escondia de mim... Os negócios dele, tudo sempre tão misterioso e, ele sempre ficava agressivo quando eu entrava no escritório dele. Mas eu nunca imaginei que ele ajudasse um assassino em série – Patrick podia ver que ela dizia a verdade – Algumas coisas ilegais nos negócios, talvez, mas... Ajudar um assassino? Nunca!

– E quanto a Melanie?

– Melanie sempre fora muito reservada... Apesar de seu jeito extravagante de ser em público, em casa ela era muito quieta, desde muito pequena. Também não percebi nada que indicasse o envolvimento dela com Red John, ou nem sequer com o pai... Ela odiava os negócios do pai...

– Eu não acredito em você! – mentiu Patrick para ver como ela reagia sob pressão – Eu acho que você sabia de tudo, acho que você ajudou Red John fornecendo informações minhas para ele, e que o ajudou a arquitetar o plano...

– Patrick, eu sei que você tem todos os motivos do mundo para não acreditar em mim. Sei que fui uma péssima mãe, e destruí a nossa família – os olhos de Patrick começaram a se encher de lágrimas, mas ele soube controla-las – Me perdoe, filho! Se eu pudesse voltar, eu faria tudo diferente. Eu sei que o que eu fiz é irreparável, mas se você me permitir, eu quero tentar te recompensar pelos anos perdidos, por todo o mal que você teve que passar por minha culpa. – Patrícia estendeu a mão até o rosto de Patrick e limpou uma lágrima que caía sobre suas bochechas – Eu te amo muito, filho!

– Por que você... – Patrick limpou a garganta e afastou a mão de sua mãe de seu rosto e continuou – levou Sarah no dia da festa para casa?

– Melanie veio me avisar que você havia pedido para eu cuidar de Sarah naquela noite para você e sua esposa saírem para namorar. Já estava ficando tarde, e Sarah estava quase dormindo enquanto vocês estavam dançando, então eu fui para casa... – esclareceu ela

Patrick não aguentou ficar ali nem mais um minuto. Levantou-se e saiu da sala.

Do lado de fora, Abott que saía da sala anexa onde ele escutava o interrogatório, lhe perguntou se ela era ou não inocente.

– Inocente! – foram as únicas palavras que Patrick conseguiu pronunciar, por causa do nó em sua garganta.

Teresa, que também havia ouvido toda o interrogatório, viu que Patrick estava prestes a explodir em lágrimas. Então ela entrou em uma sala qualquer junto com Patrick, e assim que a porta fora fechada, ele não segurou mais as lágrimas de seus olhos.

Para confortá-lo, Teresa abraçou-o e fazia carinhos em suas costas para que ele se acalmasse. Ele retribuiu o abraço de uma forma necessitada, como se o mundo ao seu redor estivesse desmoronando, e Teresa fosse a única coisa que o mantivesse de pé e seguro.

Com o passar de cinco minutos, o choro de Patrick cessou, e Teresa o afastou do abraço para poder olhar em seus olhos.

– Está tudo bem agora! – ela disse enxugando o rosto dele

– Sim, está! – ele respirou fundo – Me desculpe por isso.

– Não precisa pedir desculpas por chorar Patrick!

– Não, eu estava falando disso – ele apontou para o ombro dela que estava encharcado por causa das lágrimas

– Ah – ela riu, fazendo Patrick rir levemente de volta – Não tem problema! Podemos ir agora? A reunião já aconteceu enquanto você estava no interrogatório. Foi apenas para nos demitir oficialmente...

– Vamos! Mas antes eu... Quero fazer uma coisa.

Patrick saiu da pequena sala, determinado e caminhou em direção ao elevador, onde avistou a mulher que ele procurava: sua mãe.

– Espere! – ele gritou enquanto corria para alcança-la. Ela se virou e quando Patrick chegou mais perto, ele a abraçou.

– Eu também te amo, mãe! – ele sussurrou em seu ouvido.

Patrícia sorria como uma criança que acabara de ganhar o melhor de todos os presentes. E ela havia ganhado o melhor de todos os presentes.

O perdão.


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Notas finais do capítulo

:'( Tô chorando aqui! buáááá...
O que acharam?