A Batalha escrita por Lola Carvalho


Capítulo 2
Casa nova


Notas iniciais do capítulo

Bom diaaa!
Bom, como o prometido, hoje é domingo (pede cachimbo, sqn) e tem capítulo novooo :D

Quero agradecer todos os reviews lindos de vocês :3 Obrigada :D

Espero que gostem,
Boa leitura!



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Ela quase não acreditava no que estava fazendo, mas sabia que era o certo. De alguma forma era o certo. E ainda tinha que se preocupar quanto ao contar para Jane sobre o Red John.

Não é que ela não queria que ele soubesse, na realidade ele era a pessoa que ela mais queria conversar sobre isso, mas ele ficava tão estranho quando se tratava desse assunto. Estranho de uma forma muito assustadora para ela.

Já estava de noite, e Lisbon esperava por Patrick e Nicolas sentada no sofá de sua sala, ao lado de suas 2 pequenas malas.

Eles iriam morar em um local afastado da cidade, como mostram os filmes com aquele estereótipo de família feliz. Por um lado ela estava contente por estar fazendo isso com Patrick, mas por outro estava amedrontada... “Morar temporariamente com Patrick?” pensava ela “Não sei se sobrevivo a isso”.

Patrick fora buscar as coisas de Nicolas e Sarah, e passou em seu quartinho de motel para pegar alguns de seus ternos, depois dirigiu até a casa de Lisbon.

As malas de Lisbon não eram grandes, portanto foram rapidamente colocadas no carro, e logo em seguida eles deram início ao percurso que demoraria um pouco mais do que o convencional.

É incrível como viagens cansam. Passaram-se horas sentados sem fazer ou falar absolutamente nada, até pegando no sono de vez enquanto, mas assim que chegaram a casa que fora alugada pela CBI naquele lugar longe do agito da cidade grande, Lisbon, Patrick e Nicolas não viam a hora de se jogarem na cama.

–Essa não! – disse Teresa ao constatar que haviam apenas dois dormitórios prontos para o uso. Justo dormitório que ela escolhera, estava cheio de caixas de materiais para reforma.

– O que foi? – perguntou Patrick

– Este quarto não foi reformado, está cheio de materiais de construção.

– Não se preocupe, pequena Lisbon... Você pode dormir no meu quarto.

– O quê? Ficou maluco?

– Tudo bem então, durma naquelas poltronas da sala... – Lisbon se recordara somente agora que na sala, ao invés daqueles sofás grandes, haviam algumas poltronas.

– Ai, droga!

– Lisbon, não tem problema... Eu durmo no chão, ok?!

– Obrigada – foi tudo o que pode dizer.

Todos se arrumaram para dormir, e quase que no mesmo segundo que deitaram, pegaram no sono.

No dia seguinte, Lisbon foi a primeira a acordar. E agora, descansada, pôde observar melhor a casa. Ela era toda planejada, o que fazia com que tivesse bastante espaço. A cozinha tinha um balcão americano com três daquelas cadeiras mais altas. O laranja de alguns objetos e de peças da cozinha se destacavam no branco da parede, do balcão e do chão. Na sala, para tristeza dela, não havia um sofá, a televisão não era uma tela de cinema, mas era enorme! Havia alguns quadros espalhados pela parede, o que deixava o ambiente muito agradável.

O quintal... “É perfeito” pensava. Grama, uma casinha de boneca de madeira, não... Espera... Não é uma casinha de boneca... É uma casinha de cachorro. Uma casa na árvore... Tudo o que ela sempre sonhou em ter quando era criança.

Quando ela voltou para a dentro da casa Patrick já havia levantado, ainda estava de pijama, assim como ela.

– Bom dia! Dormiu bem? – ele perguntou

– Bom dia, sim dormi bem! E você?

– Também... O chão não é exatamente confortável, mas até que eu dormi bem!

– Jane, obrigada. Sabe?! Por ontem...

– Tudo bem Lisbon... Eu disse que se você precisasse eu estaria aqui, não disse?! – ele perguntou enquanto colocava suas mãos nos ombros dela, e ela apenas assentiu com a cabeça como resposta.

– Você come o que de manhã? – ela perguntou mudando de assunto, um pouco constrangida.

– Eu não acho que tenha algo dentro dos armários... Mas eu vi que tinha um supermercado aqui perto.

– Eu vou lá, então... Melhor eu ir rápido, porque Sarah tomou a última mamadeira que deixei de reserva ontem de noite

Ela se arrumou e foi ao mercado. Era realmente perto dali, não deu nem dois minutos de carro. Sua compra também fora rápida, apenas com coisas para o café da manhã. Estava faminta, e precisava urgentemente de um bom café para acordar.

Voltou, retirou as coisas da sacola e preparou sua preciosa bebida.

– Bom dia mamãe – disse Nicolas – sua filha mais nova está com fome...

– Bom dia, que bom que acordou, nós precisamos revisar algumas coisas. – ela pegou Sarah no colo – Bom dia Sarah – fez voz de criança – Vamos comer?

– Engraçado como os adultos viram crianças na frente de bebês, não é? – indagou Nicolas e todos riram

– É que a gente não resiste a essa carinha fofa! – disse Patrick

– Bom, mas mudando de assunto... Precisamos revisar algumas coisas – começou Lisbon – Nicolas, você não pode se esquecer de nos chamar de “mãe” e “pai” na frente das pessoas...

– E você pode começar a me chamar de Patrick... – interrompeu Jane – Ou querido, amor, coração... Sei lá... – Lisbon corou. Ela não havia lembrado que precisaria agir como uma mulher casada... Pensou apenas na parte de ser mãe temporariamente – Não precisa ficar vermelha meu amor... Agora somos um casal! – ignorando totalmente o que ele disse, ela ficou ainda mais corada.

– Uhh – provocou Nicolas – “meu amor” “somos um casal”

– Pare com isso! – advertiu Lisbon – Ok, onde eu estava mesmo?! Ah sim! Nicolas, hoje vamos fazer sua matrícula na escola.

– Uma pergunta interessante surgiu aqui na minha cabeça – disse Patrick – Nós vamos ser aqueles casais de filme, que o pai vai trabalhar e a mãe fica em casa cuidando dos filhos?

– É... Acho que sim! Eu vou trabalhar daqui mesmo...

– Bom, então aos sábados teremos que fazer aqueles passeios de família... E aos domingos vamos cozinhar alguma comida bem cheirosa e comer enquanto assistimos televisão... Isso parece que vai ser bem divertido! – disse Patrick

– Você parece uma criança – eles riram, mas pararam ao ouvirem um batida na porta – Quem será?

– Vamos descobrir agora... – disse Patrick caminhando até a porta, sendo seguido por Teresa e Nicolas. Ele abriu a porta e uma mulher loira de olhos azuis, magra, que devia ter no máximo uns 25 anos estava do outro lado da porta com um prato coberto com um pano de prato em suas mãos – Bom dia!

– Oi, bom dia – disse a moça sorridente – Meu nome é Melanie, eu moro na casa aqui do lado, e vim trazer um bolinho para meus novos vizinhos! – ela parecia uma daquelas menininhas mimadas. Lisbon não precisou de muito mais tempo para chegar a conclusão de que não gostava dela...

– Oh, muito obrigado! Muito gentil de sua parte – disse Patrick que pegava o prato de bolo das mãos da vizinha.

– Fui eu que fiz! – ela disse alegre.

– Obrigado! – Lisbon se aproximava mais da porta. Estaria ela com ciúmes?

– Olá – ela disse um pouco tímida

– Ah, querida, esta é Melanie a vizinha... Ela trouxe um bolo para nós!

– Ah, muito obrigada, mas... Nós somos alérgicos a chocolate... – disse Lisbon após constatar pelo cheiro que o bolo era de chocolate.

– Oh, me perdoe eu não sabia... – disse a moça pegando de volta o bolo – Eu vou fazer um outro bolo, esta bem?

– Não se incomode conosco! Nós estamos bem, e já nos sentimos bem vindos!

– Ah, então, está bem...

– Se nos der licença, temos algumas coisas para arrumar antes do meu... marido ir trabalhar... Sabe como é?! Casa nova... Tudo uma bagunça... – Lisbon tentou disfarçar

– Ah, tudo bem! Bem vindos então...

Lisbon mal esperou a mulher sair ou terminar de falar e já foi fechando a porta. Patrick olhava para ela com um sorriso de orelha a orelha.

– Você está com ciúme de mim!

– Da onde você tirou isso?

– Sim, você está!

– Não eu não estou!

– Você viu que Melanie estava dando encima de mim e você ficou com ciúme...

– Jane, eu não estou com ciúme de você!

– Não se preocupe... Eu não vou te trair!

– Ah Jane... Vai tomar banho vai!

Lisbon voltou para a cozinha terminou de alimentar Sarah e depois foi para o quarto, certificando-se que Jane não estava lá e de que não entraria também, trancando a porta.

Tomou um merecido banho, se trocou e levou Nicolas até a escola para fazer a matrícula, o que foi bem rápido, já que Nicolas não era um dos bagunceiros.

Voltou para “casa”, e quase se esqueceu de Sarah dentro do carro... Mas lembrou bem a tempo, antes que algum vizinho intrometido visse.

Assim que entrou na casa, seu celular tocou. Era Van Pelt.

– Lisbon – ela atendeu

– Chefe, eu estava pesquisando mais sobre o caso... E descobri que um dos agentes do FBI que os pais de Nicolas estavam investigando era Reede Smith... – dizia Van Pelt

– Ok, eu... Eu vou falar com Jane hoje sobre isso e...

– Falar comigo sobre o que Teresa? – perguntou Jane entrando na sala de estar

– Van Pelt, continue investigando e peça para os rapazes te ajudarem, eu te ligo mais tarde. – ela disse e já desligou o celular.

– Sobre o que você vai falar comigo, Teresa?

– Jane, não fique bravo comigo, ok?!

– Bravo por quê?

– Você já sabe Nicolas acha que os pais foram assassinados por agentes do FBI...

– Sim, e?

– “E” os pais deles estavam investigando colegas de trabalho que... Que ajudavam um serial killer...

– Serial killer?

– Red John...


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?

Beijinhos, e até domingo que vem :P