Another Hogwarts escrita por Sorrow Queen, Ciba, Rafeullas, brubs


Capítulo 31
Prazer, eu sou o drama em pessoa


Notas iniciais do capítulo

oeee, babys. Esse cap. tá meio bleh para mim
Nossa, esse cap. nem ficou grande ~le ironia~ não foi minha intenção, mas ok
A Annie Salvatore Potter é uma leitora nova e eu dedico esse cap. para ela
E James (Crazy Boy), você falou que eu sou dramática, então sinta o drama de verdade nesse cap.
Obs.: Os personagens ainda estão na semana de natal.



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POV Anne Green

A Grifinória venceu o primeiro jogo da temporada, mas o castelo estava tipo “Quê?! Isso realmente aconteceu?”. A nossa fabulosa vitória foi ficando cada vez mais enterrada que já deve estar junto com os fósseis dos avós da Gabriella, ou seja, os dinossauros. A animação para o passeio de Hogsmeade foi totalmente pisoteado, já que a Melissa SemSobrenome foi envenenada, mas não sabemos nada sobre esse caso, só fomos informados que a nossa visita ao vilarejo ia ser adiada para depois do Natal e que ela foi enviada para o St. Mungus. Aquele castelo estava uma loucura total, mas, mesmo assim, eu iria continuar em Hogwarts para o Natal porque minha mãe me enviou uma coruja dizendo que o mundo lá fora dos portões do castelo estava pior ainda por causa dos constantes ataques de comensais. Eu tentei protestar, mas ela falou que seu eu voltasse para casa, adeus Nimbus.

O nosso drama diário foi interrompido quando Lena e Thalia voltaram para Hogwarts. Não me perguntem o porquê do “voltaram”, pois eu não faço a mínima ideia de onde ela se meteram durante o domingo. Enfim, quando elas voltaram, chegaram com estilo, já que a Lena teve suas ideias mirabolantes e nos empurrou até o quarto de Emily.

–Agora vamos falar de coisas importantes. –disse Lena quando fechou a porta do dormitório da Emily. Eu e as meninas nos entreolhamos.

–Ok, Lena, só me dê um minuto. –eu pedi e fui até a janela, abri-a e respirei fundo, olhando para a noite lá fora. –Pronto. Pode falar. –voltei a me sentar na cama de sei lá quem e esperei que ela continuasse.

–O que foi isso, Anne? Bateu a cabeça ou a titica de hipogrifo dominou seu cérebro? –Thalia me olhou como se um chifre de unicórnio tivesse brotado na minha testa.

–É que quando a Lena está assim, eu já me preparo para mais um mês de detenção, por isso quero aproveitar a visão da noite. –expliquei para as retardadas, vulgo melhores amigas do peito.

–Idiota. –murmurou Lena, revirando os olhos.

–Idiota que você ama.

–ANNE, FECHA ESSA BOCA E DEIXA A ELENA FALAR. –gritou Emily, jogando uma almofada em mim.

–Obrigada, cabeça de troll. –Lena falou, mas foi ignorada por minha pessoa.

–Que é, mulher? –indaguei olhando para a loira. –Ah, você que ir para o armário de vassouras e dar uns pegas no Fred, não é? –fiz minha cara de inocência e ela me deu um dedo do meio.

–Se as mocinhas já pararam, eu gostaria de prosseguir a minha fala. –Lena nos cortou e se sentou no chão, cruzando as pernas. Quando nós nos aquietamos, a Sra. Capitã continuou: -Nós precisamos fazer com que aquela corvina de quinta pague por seus erros. –me ajeitei na cama, empolgada e fiz sinal para que Lena falasse mais rápido. Adoro vingar bitches. –Está bem, nós vamos leva-la até a floresta proibida e dar umas azarações bem dadas nela.

–Nós podemos ser expulsas, Elena! –berrou uma Thalia incrédula. –Dar um jeito naquela cara deformada é uma passagem pra fora de Hogwarts.

–Mas ela merece. –Lena fez manha e ela e Thalia começaram uma discussão que não tardou a terminar com a voz estridente de Lena. –Tá, tá. Nada de azarações na floresta, nada de descarga na cara da vagabunda. O que nós podemos, fazer? –perguntou Lena, riscando os itens da sua lista imaginária.

Fiquei pensando e pela cara das outras meninas, elas faziam o mesmo.

–JÁ SEI. –gritou Emily pulando na própria cama. Elena olhou para ela surpresa e ansiosa. Emily aquietou a franga dentro de si e continuou: -Eu e a Thalia vamos jogá-la no Lago negro...

–Que originalidade, troll. –replicou Lena, irônica.

–e assim que ela sair do Lago, encharcada, a Lena e a Anne jogam tinta preta e branca nela. –terminou Emily, sorrindo satisfeita, fazendo um high five comigo. Porém quando fomos olhar para Lena, esperando sua aprovação, ela estava com sua cara de lerda, provavelmente processando o lance da tinta na corvina. Suspirei e expliquei para a coitada que aquilo queria dizer que a corvina SemNome iria ter a aparência de vaca por dentro e por fora.

–E você, Thalia? –perguntou Lena depois de raciocinar o plano, olhando para a Thalia, que estava com cara de brisa. –THALIA! –oi paciência, você conhece a Elena? Enfim, Lena gritou e estalou os dedos em frente ao rosto de Thalia, que balançou a cabeça, parecendo voltar de um transe.

–Oi? –falou simplesmente assim e Lena revirou os olhos.

–O que você achou do plano? –repeti, poupando a impaciência da Lena. Thalia nos olhou confusa. –Oi, Thalia! Eu sou a Anne. Você conhece esse planeta? Ou está presa em outro lugar? –foi a minha vez de revirar os olhos.

Emily explicou o plano de novo para Thalia com toda a paciência do mundo.

–Entendeu, cara amiga? –indagou Emily, sorrindo docemente para Thalia depois de terminar a explicação.

–Ah, entendi. É só que... eu estava pensando na vida. –disse Thalia, coçando os olhos.

–Você está muito na vida. –observei e, do nada, Emily deu um pulo e olhou para seu relógio de pulso, soltando uma palavra de baixo calão.

–SÃO CINCO HORAS. –ela gritou e nos empurrou para fora do quarto dela. –Vamos, vamos. Eu não quero me atrasar.

–Vocês são jovens, terão muito tempo para transarem. –eu berrei para Emily –que saiu correndo- assim que saímos da Sala Comunal da Corvinal.

Eu, Elena e Thalia fomos na direção contrária da loira e, enquanto eu e Lena conversávamos sobre o assunto desenterrado, quadibol –lê-se, eu relembrava a bela vitória dos leões -, Thalia parecia desligada de tudo e todos e acho que ela só percebeu isso quando bateu de cara na parede. Cara, a Thalia estava muito estranha, muito pensativa e isso não é feitio dela.

–Meninas, eu vou indo. –Ok, isso foi o cúmulo da esquisitice anormal dela, pois ela simplesmente saiu, mesmo com Lena e eu caçoando da cara dela. Sem tapas nem xingamentos.

–Acho que ela foi abduzida por aliens. –falou Lena, vendo Thalia desaparecer no meio dos alunos no corredor, trombando em várias pessoas. –Bem, Anne, eu também vou indo. –Lena sorriu daquela forma de quem vai aprontar, eu sorri para ela e logo depois eu estava caminhando sozinha em direção à Sala Comunal da minha casa.

Quando cheguei à Torre da Grifinória, me deparei com Ginny e Dino se beijando e, como sempre, Miranda estava ali, estudando como se ninguém estivesse se agarrando ao lado dela.

–Contratou a Miri como sua tocha olímpica particular, Ginny? –debochei me jogando ao na poltrona ao lado de Miranda. Ginny pareceu não me ouvir e eu revirei os olhos.

–Ginny! –Miranda jogou um pergaminho amassado na ruiva, que se separou do namorado ofegante. –São cinco horas da tarde, querida! Não é horário próprio para se agarrar na Sala Comunal. –ela apontou para os pobres inocentes do primeiro ano, que olhavam com os olhos arregalados para Ginny.

–Ok. Às onze horas nós voltamos para cá. –disse Ginny e pegou a mão de Dino, o puxando para fora da Torre.

–Esses jovens de hoje. –fiz um som de desaprovação e olhei para Miranda, que sorriu. –Onde você estava o dia inteiro? –o sorriso dela hesitou o que me fez desconfiar, mas depois ela recuperou a pose.

–Estudando. O que mais eu sei fazer? –o sorriso radiante dela mudou para malicioso. –Depois em vim para cá segurar vela e o Jace apareceu. –olhei para ela, mas disfarcei a curiosidade desviando o olhar para o canto da sala comunal. Percebi que Miranda continuava a sorrir quando ela recomeçou a falar: - Assim que o Jace entrou, ele olhou para essa direção, pois você e eu sempre estamos fazendo o dever aqui.

–Miranda, meu amor, sabe o que isso significa? –eu apoiei os cotovelo na perna e olhei para ela, que abriu um sorriso maior ainda e estava prestes a abrir a boca para falar mais melação quando eu a cortei: -Significa nada! –eu me levantei, mas ela segurou meu pulso.

–Anne, que rebeldia é essa? Por algum acaso eu te eduquei assim? –você se supera às vezes, Miranda. Revirei os olhos, mas dei um sorrisinho, o que fez com que ela me soltasse e pegasse a bolsa, revirando-a. De lá ela tirou um colar, o qual eu identifiquei ser meu.

–Epa, eu estava procurando por isso. –peguei o colar e coloquei dentro do bolso. –Obrigada, Miri, você é uma pessoa quase gentil. –ela fez uma careta, mas logo se animou de novo.

–O Jace disse que estava fazendo uma limpeza no malão dele e achou isso. Mandou te devolver.

–Blah, blah.

–Ok, vou lhe deixar sozinho porque tenho de ir para meu quarto. Beijão, gata. –Miri se levantou e mandou um beijo estalado enquanto ia para as escadas.

Voltei a me sentar a afundei na poltrona. Minha vida precisa de mais drama? Fiquei lá por um tempo, olhando a fogueira enquanto o céu lá fora escurecia. Certo momento, olhei para meu relógio e ele marcava oito horas da noite. Bem... Sinceramente? Eu não estava com fome, o que é incrível, mas aquela poltrona estava tão confortável que eu não iria sair dali tão cedo. Pra quê comer se caso você sair do local quentinho provavelmente vai acontecer mais merda na sua vida? Não, obrigada. Minha vida já está ferrada o bastante. Fiquei encarando a lua lá fora como os filmes trouxas melosos e imaginei como devia estar o mundo lá fora, na guerra. Todos os dias recebemos noticias de que alguém morreu por conta de comensais da morte, tanto bruxos quanto trouxas. Eu prefiro não pensar nisso. Prefiro imaginar que o Potter vai levantar a bunda da cadeira e mostrar quem é o eleito que manda nessa bagaça. Mas quem sou eu para falar? Sendo que nesse exato momento estou com a bunda colada na poltrona parecendo uma velha. Remexi-me e percebi que o povão já estava voltando do jantar.

–Voltei para ti. –algum ser falou do meu lado e, depois de sobressaltar, percebi se tratar de Miri.

–Oi, Miri. –disse sem ânimo.

–Cara, Anne, tira essa tristeza para longe da minha linda vida. –sim, ela recebeu um tapa na nuca. –Ok, ok. Só vim te falar que eu me esqueci de te avisar que eu vou passar Natal em casa.

Olhei para ela e fiz beiço, encostando a cabeça no ombro dela.

–Com quem eu vou fofocar sobre a vida dos outros quando já tiver dado o toque de recolher?

–Credo! Assim vai parecer que nós somos duas velhas desocupadas. –arqueei uma sobrancelha para ela, rindo e ela também deu risada. - Tá, desocupadas até podemos ser, mas eu realmente tenho que ir para casa, minha mãe está preocupada. Eu volto em uma semana! –ela completou ao ver minha cara de desânimo voltar quando afundei na poltrona novamente. Miranda semicerrou os olhos e depois abriu um sorriso malicioso. –Ah, você está assim por causa do colar, não é?

–Quê! É claro que não. Por que eu ficaria? –neguei rapidamente fazendo com o projeto de amiga ao meu lado desse gargalhada enquanto eu revirava os olhos.

–Você sabe que ele poderia simplesmente ter jogado seu colar no lixo. –Mirando voltou a falar séria e eu estava prestes a dar um tabefe na cara fofa dela.

–Miranda, meu amor, eu gostaria muito que você calasse a boca.

Ela deu mais um risada e tirou um pacote de dentro do casaco. Miranda me entregou e falou:

–Meu presente de Natal adiantado. –fiquei ereta na poltrona e olhei descrente para ela.

–Mas, Miri, eu só ia te entregar o seu no Natal, pois a minha encomenda ainda não chegou.

–Relaxa Anne. Eu não me preocupo com isso. Me entregue quando eu voltar na próxima semana. –eu sorri verdadeiramente para ela e fiz menção de abrir o presente, mas Miranda bateu com força na minha mão. - Epa! Eu falei presente de Natal. Então, só abra no Natal, mocinha. –olhei para ela com uma cara de tédio, mas ela ignorou e se levantou. –Ok, agora eu vou dormir, Anne. –ela saiu e eu rapidamente olhei para trás e percebi que ela já havia desaparecido da Sala Comunal. Olhei para o pacote do meu presente no meu colo e sorri travessa, levando as minhas mãos até o presente para abri-lo, mas do nada, Miranda ressurgi do além do meu outro lado e diz: -Eu saberei se você abrir antes da hora, Anne.

–Caramba, Miranda! De onde você surgiu?

–Do útero da minha mãe. –outra tapa na nuca dela para fazê-la parar de palhaçada.

–Você me assusta às vezes. –conclui coçando o queixo e olhando para o lado, percebendo que Miranda já não estava mais ali. Ok, ela me dá muito medo. Deixei o pacote ao me lado e voltei a olhar para a fogueira quando tive uma ideia tosca. Procurei um pergaminho na minha bolsa e uma pena, peguei-os e escrevi melancolicamente “Sinto sua falta, Jace.”. Olhei em volta e percebi que a Sala Comunal estava se esvaziando. Quando ela se esvaziou totalmente, eu peguei o meu pergaminho dramático, dobrei-o e caminhei sorrateiramente até as escadas do dormitório masculino. Eu estava prestes a pisar no primeiro degrau quando o portal da Mulher Gorda se abre e Harry entra com uma capa sei-lá-do-quê.

–Anne? –ele falou quase num sussurro, franzindo o cenho para mim.

–Ah, oi. Você vem sempre aqui? –Nossa, Anne, ótimo maneira de disfarçar.

–Sim, acho que é porque eu moro aqui. –olá sarcasmo. –O que você estava fazendo nas escadas do dormitório masculino.

–Quê! –minha voz saiu ligeiramente fina, eu limpei a garganta, depois semicerrei os olhos.- E você? Essas são horas de chegar na Sala Comunal? –ele pareceu desconfortável e coçou a cabeça.

–Tive que conversar com Dumbledore. Sabe, né? Assuntos de Eleito. –revirei os olhos e ele riu. –Pronto. Agora que já respondi sua pergunta, você poderia responder a minha.

Sorri amarelo e dei meia volta, porém tive uma ideia, que, além de fugir do assunto, iria me beneficiar em meu momento melancólico.

–Harry, você poderia fazer um favor para a melhor batedora que você já teve?

–Você foi a única. –ele riu e eu mostrei a língua pra ele. –Mas pode falar, Anne.

Ergui o pergaminho que estava em minha mão e entreguei para o Potter.

–Poderia colocar esse pergaminho embaixo do travesseiro do Jace? –ele me olhou de olhos arregalados depois olhou para o papel na mão dele.

–Você está pedindo para eu colocar um recadinho no travesseiro de um homem? Você está me estranhando, Anne?

–Não! Eu não duvido da sua opção sexual. –ele deu mais uma risada.

–Ok, eu faço isso para você. –eu abri o maior sorriso e pulei no pescoço dele, o abraçando.

–Muito, muito obrigada, Potter. –agradeci saltitante enquanto ele murmurava um “boa noite” e subia as escadas. –Ei, Potter. –o chamei e ele parou de subir, me fazendo sinal para eu falar. –Já que você está me ajudando, também irei te ajudar. –ele franziu as sobrancelhas e eu continuei: - Solta sua franga interior e beije a Ginny. –Harry simplesmente me deu as costas, corado, e subiu rapidamente as escadas, provavelmente com medo de que eu soltasse mais uma das minhas pérolas.

Então, finalmente, eu me virei para as escadas do dormitório feminino e fui para meu quarto. As meninas já estavam dormindo, por isso fechei a porta bem devagarinho e fui até o banheiro. Tomei meu banho quente e coloquei meu pijama de divo, que tinha um rabo de vaquinha atrás, e me deitei na minha amável cama. Foi ai que eu percebi o quão estava cansada e, então, dormi feito um anjo.

***

Bem, a minha vida sempre pode piorar, mas acho que ainda não me acostumei com essa macumba.

Tudo começou quando eu estava voltando dos portões de Hogwarts, já que fui me despedir de Miranda e deseja-la um feliz natal. Enfim, eu estava voltando para o castelo e tomar meu café da manhã quando ouço vozes do além me chamando.

–Anne! Anne! –falaram duas vozes e eu olhei para trás. Vi que eram Thalia e Emily acenando para mim, sorri para elas e as duas fizeram sinal para que eu me aproximasse. Eu gritei um “Meu estomago precisa de alimento” e, depois que elas concordaram, eu me virei novamente para continuar minha caminhada quando –finjam cara de surpresos- eu esbarrei em alguém. Essa pessoa me segurou para que meu lindo rosto não ficasse deformado. Eu me recompus e olhei para quem me segurou. Prendi a respiração quando vi Jace.

–Cuidado da próxima vez, Anne. –ele falou –reparei no “Anne”, por favor - e depois voltou a correr em direção ao Lago Negro. Me recuperei do choque e voltei a andar, mais rápido dessa vez, até o castelo. Eu comi bem rápido e logo já estava na porta do Salão Principal novamente quando mais uma pessoa chama meu lindo nome.

–Hey, Anne. –Elena estava vindo até mim. Como ela é lerda, acho que Elena não percebeu o quanto eu devia estar corada.

–Hey! Vou me encontrar com as gurias lá no lago, você vem? –perguntei, apontando para o lado exterior do castelo.

–Já me encontro com vocês lá. –a Srta. Enrolação respondeu e eu fui até o Lago Negro, onde Emily e Thalia me esperavam como duas pessoas educadas.

–Olá, Anne. –Thalia fez sua cara de safada e me empurrou com o ombro.

–Esbarrando com muitas pessoas? –Emily completou, mandando-me uma piscadela.

–Nossa, o céu está lindo hoje. –observei, olhando para cima.

–Fugindo do assunto? –sim, elas são minhas amigas. Eu sei, não parece.

–Ah, eu vou ver porque a Lena está demorando. –ok, eu tinha acabado de falar com a Lena, mas as mentes pervertidas daquelas duas estavam atacadas hoje.

Fui andando pelos corredores, já que Lena não estava mais no Salão Principal. Parei na biblioteca e ela também não estava. Que ideia a minha! Elena na biblioteca? Ah, sim, claro. Voltei a procura-la, mesmo que aquilo só fosse uma desculpa para sair da conversa maliciosa da Emily e da Thalia, eu iria procurar a Lena porque eu sou uma pessoa desculpada e não tenho o que fazer. Parei no corredor do segundo andar e percebi que havia uma multidão em volta da porta do banheiro feminino. O meu instinto curioso me levou até lá e eu abri passagem entre as pessoas que tentavam olhar o que acontecia ali. Ao, finalmente, chegar ao banheiro, um rato passou pelo meu pé e eu soltei uma exclamação, agarrando o braço da pessoa ao meu lado, que por coincidência era o Isaac, o amigo da Lena, ele nem percebeu que eu havia pegado no braço dele (o qual eu fiz questão de soltar rapidamente), pois Isaac olhava incrédulo para um canto no banheiro. Eu segui o olhar dele e logo senti um aperto no coração. Lena estava caída ali, sangrando e desacordada, ao lado dela estava Jason. Corri até eles e me agachei ao lado dela.

–O que aconteceu com ela? –perguntei com a voz esganiçada.

–E-eu não sei. –percebi que Jason se segurava para não chorar, também vi que Isaac ainda olhava para Lena, assustado demais para dar um passo.

Quando eu voltei a olhar para Lena, a professora Minerva entrou no banheiro, perguntando que baderna era aquela. Assim que ela viu Lena e logo depois alguma coisa atrás de mim, a expressão dela mudou para raiva e preocupação. Olhei para trás de novo e vi que a corvina malcomida estava vomitando ratos, com vários cortes no rosto. Como aquela rodada era a única com machucados e estava consciente (eu acho), Minerva foi exigir explicações dela. E foi aí que Isaac pareceu se recuperar do choque e chegou mais perto.

–Por que a Lena está sangrando? –ele fez a mesma pergunta que eu, quanta originalidade para perguntas. Senti minha cabeça rodar um pouco ao ver novamente o sangue saindo do corpo de Lena e Jason me poupou de responder.

–Acho que estou me perguntando a mesma coisa. –falou Jason, ríspido, sem levantar o olhar.

–ISSO TUDO É CULPA SUA! –Isaac gritou e deu um soco na cara de Jason, mesmo ele estando agachado. Jason cambaleou um pouco para trás, mas logo se levantou, em posição de paranauê, e eu fiz o mesmo.

–Epa! Vocês realmente acham que é hora para vocês arrebentarem a cara um do outro? –Jason simplesmente me ignorou, passando por mim direto e indo até Isaac, qual ele empurrou no chão.

–CALA A BOCA, ISAAC! VOCÊ NÃO SABE DE NADA! –Jason berrou e levantou o braço para dar um soco no Isaac, porém eu agi rápido e segurei o braço dele. –ME SOLTA, GREEN! –desde quando ele sabe meu sobrenome?

–Me obrigue! –repliquei, arqueando uma sobrancelha, o desafiando. Porém, antes que Jason abrisse a boca, Minerva chegou, furiosa.

–Sr. Salvatore! Para minha sala, já!

–Mas, professora... –Jason tentou retrucar com um fio de voz. Eu realmente achei injusto, já que Isaac que começou aquilo, mas Minerva continuou:

–Sr. Hale e Srta. Green, levem a Srta. Mikaelson para a Ala Hospitalar agora.–acho que a Tia Minnie estava com uns parafusos a menos na cabeça, pois, pelo visto, ela não percebeu o estado de Isaac.

–Professora, a senhora poderia... –eu tentei falar, mas ela me olhou assassina.

–Eu disse AGORA, SRTA. GREEN! –então, ela se virou e empurrou Jason e a corvina para fora do banheiro. Olhei para Isaac e, relutante, estendi uma mão para ajuda-lo a levantar, ele aceitou e se colocou de pé.

–Ahn, você está bem? –perguntei enquanto ele ia até Lena e a pegava no colo. –Eu sei um feitiço que pode levitá-la. –por mais que ele não tivesse se manifestado para que Minerva não desse sermão em Jason, eu queria ajuda-lo.

–Eu estou bem. –Isaac respondeu e saiu do banheiro carregando Lena. Eu o segui pelos corredores até a Ala Hospitalar.

–MADAME POMPOM. –acho que meu humor nunca piora, nem em circunstâncias complicadas. Madame Pomfrey surgiu de sua antessala e me olhou fulminante, mas ai ela viu que Isaac carregava Lena e soltou uma exclamação.

–Merlin! Traga ela aqui. –ela nos indicou uma maca. Isaac colocou Lena ali e se afastou um pouco. Madame Pomfrey logo pegou alguns remédios e não nos fez nenhuma pergunta, o que eu agradecei, já que não saberia responder nenhuma. Depois, ela se virou para nós e disse: -Vocês podem sair agora.

–EU NÃO QUERO SAIR! –Isaac e eu gritamos juntos e depois nos entreolhamos, confusos.

–Mas vocês vão. –ela nos empurrou, mas Isaac foi esperto e disse:

–Madame, eu acabei de levar um soco e ser empurrado.

Pomfrey o olhou de cima a baixo e percebeu a boca dele sangrando.

–Ok, venha aqui. –a Madame suspirou e pediu para que Isaac se sentasse numa maca em frente a de Lena. –Um remédio para que você descanse, fará com que melhore. –haha, o feitiço se virou contra o feiticeiro. Madame Pomfrey não é boba nem nada, ela pegou um remédio para sono e voltou até o Isaac. E eu ficava só de observação.

–Não, não. Eu não quis dizer isso. –Isaac se encolheu na cama e fechou a boca, falando alguma coisa do tipo “Por favor, nã...” a frase não foi completada porque madame Pomfrey deu o remédio para ele e Isaac simplesmente tombou a cabeça para o lado, dormindo. Dei uma risada, mas logo me lembrei do porquê de estar ali.

–Ahn, Madame, ela vai ficar bem, não é? –perguntei, preocupada, quando ela voltou a examinar Lena.

–Eu sei fazer milagres, Srta. Green. –ela respondeu simplesmente e eu agradeci a Merlin por não ter lembrado de que eu não deveria estar ali. A enfermeira querida começou a murmurar uns feitiços, que cicatrizaram o corpo de Lena. –Ela logo acordará. –wow, essa mulher sabe fazer milagres mesmo. Madame se virou e foi até sua antessala, me deixando sozinha ali.

Me sentei no banquinho ao lado da maca de Lena e esperei pacientemente. Depois de uns quinze minutos, Pomfrey atravessou a enfermaria e entreabriu a porta. Pude ouvir vozes, querendo entrar, mas madame Pomfrey logo os cortou e fechou a porta com força. Mordi minha língua para não perguntar por que ela deixou que eu ficasse, pois vai que ela me expulsa também. Mais uma meia hora depois, senti Lena se mexer e, simplesmente, abrir os olhos.

–Cara, você é atingida por um feitiço cortante que quase te mata e apenas abre os olhos uma hora depois? Isso que eu chamo de milagre. –eu falei só para que Lena tivesse certeza de que eu e minhas ironias sempre estaríamos com ela. Lena piscou com força e tentou se levantar, mas eu a impedi e pedi para que ela fizesse um pouco de silencio, assim eu teria um tempinho para conversar com ela antes que a enfermeira me expulsasse.

–A-Anne, por que eu ‘tô aqui? –Lena perguntou num tom muito baixo. Senti dó dela, mas do mesmo jeito respondi:

–Porque você quase morreu. –ótima maneira de ajudar a melhor amiga. Lena me olhou com cara de tédio e depois voltou a encarar o teto.

–Eu recebi uma maldição imperdoável. –ela sussurrou depois de um tempo e eu tive que me segurar para não gritar.

–Quê! Como? Ah, eu vou matar aquela corvina de quinta.

Então, Lena me contou a história do que havia acontecido. Desde a hora em que Jason falou com ela até a parte do banheiro, onde ela recebeu a maldição e o feitiço que quase a matou. Ela também falou que entrou na mente da corvina e descobriu que ela era uma comensal.

–Você lutou com uma comensal e simplesmente lança um feitiço que a faz vomitar ratos? –desculpe, eu não consegui evitar a pergunta.

–Se eu tivesse forças, eu juro que te daria um tapa. –muito amor, eu sei. –Mas, Anne, por favor, não conte para ninguém.

–Elena! –eu falei, descrente com o que ela acabara de falar. –Nós temos uma comensal em Hogwarts, ela te lança uma maldição e você não quer que eu conte nada para o diretor?

Ela iria retrucar, mas de repente ela arregala os olhos para algum ponto atrás de mim e eu me viro depressa. Era Jason que estava ali. Não consegui segurar um grito, já que ele apareceu subitamente. Ele fez sinal para que eu me calasse, mas madame Pomfrey apareceu ali rapidamente, feito um furacão. Ela olhou para Jason, para mim e para Lena e ameaçou simplesmente:

–Não a deixem agitada ou eu coloco vocês para fora daqui. –então, ela voltou a desaparecer.

Jason chegou mais perto de Lena e conjurou um buquê. Achei muito lindo e não deixei que Lena respondesse:

–Oh meu Deus! Que lindo, que lindo, que lindo! –o ataque de fofura me consumiu e eu comecei a pular, batendo palmas. Lena me mandou o olhar do tipo “Anne, querida, caí fora porque eu quero falar com o Jason” enquanto Jason me olhava com a certeza de que eu era maluca. –Ahn, bem, eu vou sair daqui para deixar os pombinhos se resolverem. –dei um abraço fraco na Lena e dei meia volta para sair dali, mas eu me voltei para Jason. - Se você fizer a Lena sofrer mais uma vez, eu juro que enfio aquele buquê em um lugar que vai lhe incomodar muito. –eu falei com a doçura de um limão e depois saí da enfermaria saltitante porque eu sou fofa.


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Notas finais do capítulo

Cap. grande né? Huheuheueheuh Mas vocês gostaram ou acharam que ficou meloso demais?
Comentem, por favor, pois o número de comentários não bate nem um pouco com o de visualizações.
Bjão e até mais ;)



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