Terrible Love escrita por Isabella Cullen


Capítulo 8
Frio demais


Notas iniciais do capítulo

Bom meus amores esse é o último capítulo da primeira fase e eu espero que gostem apesar dele não terminar muito bem, mas acho que no final as coisas vão surpreender vocês. Eu já avisei: existe um vilão ou vilã e ele está somente esperando a hora certa de atacar novamente.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/430384/chapter/8

BELLA

Era um nada, um vazio. Eu fazia as mesmas coisas e poderia fazer automaticamente e tinha dias que a empregada me obrigava. Uma vez eu não queria tomar banho e ela ameaçou ligar para Edward e eu quase corri para fazer isso. Eu tinha medo e ao mesmo tempo encará-lo era lembrar de todas as informações que eu havia acumulado e pensar que acabou.

– O jantar está servido. Vamos?

Olhei sem ânimo para a empregada. Simplesmente levantei e então o cheiro me fez parar. O que Kate poderia querer? Olhei ao redor esperando ver alguma coisa, mas nada. Eu estava definitivamente maluca. Desci as escadas não me sentindo bem, algo em mim estava errado demais. Foi então que senti uma dor horrível no meu corpo inteiro e uma tonteira muito grande.

– Você está bem? Deus está pálida demais...

– Eu...

Queria dizer que estava bem, mas não estava. Tudo girava e a dor só aumentava. Senti mãos em mim e me entreguei a escuridão. Eu podia ouvir vozes exaltadas, sentir alguma presença, mas não conseguia abrir os olhos e nem fazer muito movimento.

– Ela está ardendo em febre. – a empregada disse, senti uma mão gelada em minha testa e gemi. – Falei!

– Vou chamar um médico.. ou acha melhor levar numa emergência? Deus ela está branca.

A voz de Edward soou pelo quarto e eu não tive medo. Pela primeira vez desde conheci Edward eu não tive medo dele. Sua voz era preocupada e tensa. Eu queria dizer a ele que eu ficaria bem, eu só precisa ir ao médico.

– Ferro... – consegui sussurrar.

– Ferro? Isabella o que tem o ferro?

– Eu... preciso...

– Ela tem baixa taxa de ferro? Edward é melhor levar para uma emergência. Deus ela vai morrer...

– NÃO OUSE FAZER ISSO ISABELLA!

E depois do grito que me assustou um pouco as mãos e a movimentação, por vezes eu ouvi a empregada falar para ele dirigir devagar ou qualquer coisa como eu avisei, mas eu entrava e saía de um sono sem noção de quanto tempo ele tinha durado. A dor no corpo e o sono tomavam conta de mim.

– O fluxo menstrual de sua esposa tem estado regular?

– Eu... – a voz incerta de Edward.

– Algumas são discretas quanto a isso. Eu acredito que o fluxo forte alterou o quadro.

– Que quadro?

– Sua esposa tem deficiência de ferro, ela deve ingerir um comprimido por dia. Sabe se ela está tomando a medicação?

– Acho que não...

– Bom, ela poderia estar morta agora.

– Deus... – a voz de Sue soou ao fundo

– Isso pode ser... revertido?

– Sim, ela vai precisar ficar uns dias no hospital. Com certeza depois disso estará melhor. Mais alguma queda e ela precisaria de uma transfusão. Boa noite senhor Cullen, estarei de plantão caso esteja com mais alguma dúvida.

Eu ouvi a porta bater e o silêncio.

– Estou olhando essa menina deitada e pensando quando foi que se transformou num monstro Edward.

Eu tinha a resposta. Quando eu matei Kate. Os dias se passaram lentos, eu ficava no hospital, Edward tinha sumido. Pensei que meu pai fosse vir me visitar, mas as únicas pessoas que falavam comigo eram as enfermeiras que sempre tinham alguma coisa para falar e me contavam algumas fofocas. Eu tinha me esquecido que as pessoas poderiam me tratar com de outra forma.

– Amanhã terá alta senhora Cullen, os resultados dos exames estão ótimo.

– Obrigada doutor.

– Tenho certeza que quer voltar para casa. No geral, as mulheres mais rápido que os homens. – ele riu e eu sorri triste. Eu não queria voltar para casa. – Seu marido vai entrar, eu pedi que esperasse enquanto eu examinava você.

O meu marido. Eu tinha que dizer uma coisa a mim mesma, eu estava triste que Edward nem uma vez veio. Ele me trouxe e depois sumiu. Meu pai eu tinha esperanças, mas Edward poderia não ter avisado, mas eu fiquei triste e fiquei pensando qual doença mental eu tinha por sentir falta de alguém que só me maltratava. Só que eu entendia a dor e os motivos dele, nunca consegui odiar Edward realmente ou achar que ele estava fora de seus limites.

Olhei para a porta e ele entrou e sentou na poltrona.

– Não sabia que tinha que tomar remédios.

Fiquei calada ouvindo ele. Não ia dizer que não contei por medo.

– Eu tomei uma decisão.

Deus... mais decisões?

– Você não vai para minha casa. – disse firme e sério. – Eu não quero você lá. – aquilo foi um soco em mim – Não suporto olhar para você Isabella e não quero mais você perto de mim ou de Kate.

Deus eu não seria largada novamente não é mesmo? Eu tinha certeza que meu pai não me aceitaria. Eu estava sozinha. Engoli a dor e o desespero que queriam me dominar.

– Conversei com o reitor de Harvard, as aulas só começam daqui a duas semanas. Vou te enviar para lá, não quero mais olhar na sua cara.

Eu nunca pensei que isso poderia acontecer. Minha respiração estava falha, mas minha mente processava que não seria só isso. Edward ainda tinha um ar sério, mas dessa vez com ele havia aquele ar de maldade que eu tanto conhecia. Ele se levantou sombrio e veio até perto de mim. Apesar dele nunca ter me batido eu me encolhi.

– Eu vou te falar uma coisa. Você estará lá para ficar longe de mim, mas não pense que vai curtir a vida. Eu te proíbo de se envolver com alguém, eu mato Isabella como você matou Kate. Eu mato o homem que encostar em você e faço isso na sua frente.

As palavras dele eram tão reais que eu podia ver ele fazendo isso. Minha respiração era irregular e engoli seco antes de continuar a ouvir ele.

– Não darei o divórcio, será casada comigo até morrer. Pode fazer o que bem entender em relação aos seus estudos, não me importo, mas nenhum homem tocará em você e eu espero Isabelle que encontre o homem da sua vida, que ele a deseje como ninguém e que você conviva com o fato de nunca ser dele! – comecei a chorar – NUNCA! NUNCA OUTRO HOMEM A TERÁ!

Tapei meu rosto para não ver o monstro a minha frente e chorei alto.

– Isso mesmo, e espero que saiba que estarei acompanhando cada passo seu, não pense que ficará lá e não será vigiada. Cada passo seu será monitorado Isabella, se você respirar eu vou saber.

Edward se afastou de mim e eu soluçava baixo agora. Ele andava nervoso pelo quarto e eu só queria ficar sozinha. Não queria mais a presença dele perto de mim.

– Amanhã seu motorista a levará para o dormitório, eles foram abertos e apesar das aulas só começarem mais tarde, algumas atividades já estão funcionando. Por isso terá tempo para fazer o que precisar, ele será seu motorista e não poderá sair sem ele. Seja para o que for, ele deverá ir. – Edward mexeu nos bolsos. – O cartão da conta conjunta, só use ele. Não quero você usando outra coisa. Não tem limite de saque ou crédito. Compre até uma casa com isso, só não se envolva com ninguém. Eu mato Isabella ou mando matar. Estou sendo claro?

– Sim...

Edward deixou o cartão no sofá e saiu. Fiquei um tempo chorando e com nojo de mim, daquele cartão e de tudo ao meu redor. Dormi e acordei com um homem forte de terno olhando para mim.

– O senhor Cullen me pediu para acompanhar a senhora. O medico já liberou e estou aguardando no carro, a conta e tudo mais já está pago e trouxe uma mala.

A minha mala estava no sofá. Engoli seco e levantei quando o homem saiu. Tomei um banho, penteei os cabelos e me arrumei. Eu tinha medo do que iria encontrar do lado de fora, eu tinha medo do futuro e de todas as ameaças de Edward, eu sabia que aquele homem era um homem transtornado e que poderia fazer qualquer coisa. O cartão estava em minhas mãos e sem muito cuidado.

Eu tinha muitas coisas para pensar no caminho. Como por exemplo como deveria ser Edward em seu melhor momento? Ele foi um bom marido. Todos os vídeos e fotos demonstram isso, Kate tinha sempre aquele sorriso e brilho. Eu desejei aquele amor, desejei ver ele sorrindo e brincando como fazia com Kate. Chorei um pouco no carro enquanto o motorista dirigia até Harvard, meu mais novo destino, e percebi naquela hora a ironia da situação. Edward tinha me dito para não deixar nenhum homem me tocar e que se um dia eu amasse alguém eu sofreria como ele por não ter essa pessoa. A ironia estava em eu estar gostando dele. Em algum momento entre um vídeo e outro eu percebi que o queria para mim daquele jeito, livre e sorridente, desejei seus sorrisos e abraços. Desejei ser Kate e chorei pedindo desculpa a ele por sentir algo assim. Em algum momento o feitiço de Edward foi lançado sem mesmo ele dizer as palavras, eu gostava de alguém, que nunca poderia ter. Que me desprezava e que eu marquei de uma forma que nunca mais poderia ser de outra forma.

– Não nasce flores no inverno Bella porque é frio demais. – meu pai disse uma vez quando visitamos uma parte afastada do Alaska.

Eu era pequena demais para entender isso e perguntei a ele onde estavam as flores. Não nasceria nada de um amor como esse.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Leitoras vivas????????????? Leitoras ainda interessadas no que vai acontecer??????
Bom meus amores aqui segue o teaser da segunda fase ok? Espero que se animem em ver! Deixem seus comentários mesmo que seja: não lerei mais.
A música é Distance da Christina Perri e é a música deles na segunda fase!

http://www.youtube.com/watch?v=HJF0RYZamu8


Preparem-se meninas grandes emoções aguardam os que fielmente esperam.