Terrible Love escrita por Isabella Cullen


Capítulo 41
No devido lugar


Notas iniciais do capítulo

Gente eu estou emocionada com os comentários, um mais fofo que o outro! Obrigado meninas por todos os comentários, eu agradeço a vocês por serem tão lindas e gentis. Meninas respondendo a algumas perguntinhas dos comentários:
* Não sou ligada a área da saúde. Eu só pesquiso demais antes de escrever, quem revisa as fictions sabe a minha preocupação com a questão da veracidade.
* Não vou publicar, é um prazer escrever e não pretendo fazer isso porque acho que simplesmente me travaria toda a questão de publicidade e prazos. Eu amo escrever nos meus prazos.

Bom leitoras lindas o ferido acabou e com ele.... minha folga kkkkkkkkkkkk Semana que vem tem mais. Eu pretendo escrever nesse final de semana meus amores!



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– Não sei se entendi direito. – falei olhando para minhas mãos. Eu estava sentada na cama do hospital reavaliando tudo que Edward me contou sem entender direito muitas coisas. – Por que essa ganância? Ele tinha o dinheiro de Esme.

– Acho que nunca seria o suficiente. A polícia está revirando a vida dele, nos últimos anos ele ficou cada vez mais descontrolado. – Edward falou.

– Você não sabia disso? – perguntei tímida.

– Ele sempre gastou muito, mas... eu e meu pai nos falávamos o básico. Quando comecei a trabalhar na empresa dele vi como ele era desajustado com aquilo e fui me envolvendo cada vez mais.

Respirei fundo deixando as lágrimas caírem. Acabou. Nós poderíamos ser felizes agora não? Poderíamos viver em paz sem nada. Senti os braços de Edward me envolverem e soube que estava segura de alguma forma.

– Não fique assim... por favor... acho que não suporto mais nada...

Nos abraçamos buscando o conforto um do outro. Era tudo que precisávamos. Ficamos tanto tempo assim que a sonolência me alcançou. Quando acordei estava claro e eu tinha certeza que tinha visto Edward a noite. Não havia ninguém no quarto, mas havia uma pequena mala que me animou para tomar um banho e ficar um tempo sentindo a paz que eu precisava. Demorei, mas me arrumei o melhor que pude. Meus pensamentos estavam em Alice e Jasper e eu rezava para não sentir o cheiro de Kate perto deles como senti com meu pai, eu rezei silenciosamente pedindo a Deus que nos desse ainda muitos anos de vida. Muitos anos de amizades e risadas, de repente até o jeito mandão de Alice me fez falta e todas as suas receitas loucas. Eu morei com ela durante quatro anos e durante esses anos todos ela tinha sido a luz no fim do túnel, a que não sabia como eu me sentia culpada e atormentada. Victória estava sentada na cama quando eu saí, ela sorriu.

– Vou te dar alta. – sorri com a animação dela. Eu já imaginava que ela não me prenderia mais que algumas horas.

– Como eles estão?

– Estáveis. Não houve nada relevante ainda. Vamos permanecer seguindo com o coma induzido.

– Qual remédio...

– O seu lado médico vai ter que esperar. – Edward entrou com um buquê e isso me deu um sorriso largo. Ele estava lindo e arrumado, mais composto que ontem.

– Já conversei com Edward e quero a senhora longe desse hospital.

Eu ia começar a reclamar quando ela fez um sinal para mim.

– Temos os pais de Jasper, de Alice e mais a família de vocês aqui acampada. Eu juro que estamos lotados e não é de paciente.

Eu sabia como ela detestava precisar ter que encarar os olhares de familiares esperando notícias que não tínhamos. UTI era vida e morte, minutos podiam mudar tudo e horas não significavam nada. Éramos treinados para saber esperar e eu sabia que ficar aqui ou em casa não mudaria nada.

– Vou querer você em casa, deitada e recebendo o carinho de todos que estão aqui preocupados com você e o bebê.

– Sim...mas eles estão bem?

– Estamos administrando antibióticos, coagulantes e vitaminas. Fora os remédios específicos. Não houve nem uma alteração cardíaca e Jasper está respondendo aos estímulos neurológicos, ele está em coma controlado. Não há porque acharmos que ele entrará no profundo. Por isso, vá para casa e descanse. Não quero você aqui enquanto eles estivem aqui.

– Vamos? Temos um compromisso.

Não pude evitar de sorrir para Edward. O que ele estava aprontando?

– Vão para o seu compromisso! Me deixem trabalhar e por favor não me liguem. Eu sei o número de vocês!

Eu abracei Victória e me deixei crer que ela era a melhor para cuidar deles.

– Eu os amo, cuide deles.

– Com minha vida.

E então fui até Edward e peguei na sua mão. A parte difícil foi falar com os pais chorosos de Alice e dizer as palavras decoradas que tudo ficaria bem. Edward teve o seu momento com os pais de Jasper que estavam ainda mais preocupados, mas ele garantiu que todos estavam sendo atendidos com o melhor tratamento. Eles tinham mandado um especialista, mas eu duvidava que alguém iria ditar o que Victória tinha ou não que fazer com seu paciente. Ver George me deixou com um ar de normalidade, ele sorriu e eu o abracei agradecendo por tudo. Foi ele que me protegeu todos esses anos, mesmo sem saber do quê.

– Não há o quê agradecer senhora Cullen, foi um imenso prazer.

Edward me ajudou a entrar e depois eu apreciei melhor meu buquê. O carro se movia pelas ruas e eu me sentia mal estando longe de Alice e Jasper, buscava força nas mãos de Edward e nas palavras de Victória. Eles estavam bem. Iam ficar bem, eu precisava contar assim que eles abrissem os olhos que eles seriam padrinhos do bebê, que eles precisavam casar e me chamar para ser madrinha.

– Não fique assim... faz mal para o bebê. – Edward sussurrou e então eu percebo que o carro parou em uma rua movimentada. Eu olhei para Edward e ele me sorriu travesso.

– O que estamos fazendo aqui?

– Temos um compromisso.

Deixei o buquê no banco e saí com Edward percebendo que tínhamos parado em frente a uma enorme loja de bebês, duas mulheres sorridentes estavam nos esperando e Edward as cumprimentou.

– Bem vindos!

– Gostaríamos de ver os itens que tem para gêmeos.

Eu o olhei assustada, toquei minha barriga e Edward sorriu.

– Edward....

– Um último exame deu uma contagem enorme de hormônios e Victória refez o exame enquanto você estava dormindo, ela estava desconfiada que alguém muito travesso se escondeu. Gêmeos. Vamos ter gêmeos, então meu amor, por favor...

–Deus...

– Não é maravilhoso? Eu soube primeiro que você!

Ele estava realmente muito feliz com isso e o abracei entrando na loja. Não sabíamos ou não tínhamos noção do sexo, mas Edward estava empenhado em comprar o que podia e afirmar que tínhamos que ter uma casa maior, um jardim maior... Eu fui envolvida nessa energia maravilhosa, era como se a vida estivesse nos devolvendo tudo em dobro e cada coisa que eu pegava na loja eu podia tentar imaginar um bebê com os olhos dele ou com os meus. E isso me dava um novo ânimo.

– Amor... – ele me acordou. Eu tinha dormido na volta. – Vamos amor, acho melhor entrarmos.

Ele me ajudou a sair do carro e percebi os carros na entrada. Esme e Eliazer junto com Rose e Emmett. Todos estavam nos esperando com seus melhores sorrisos. Esme veio me abraçar emocionada.

– Parabéns querida! Meus parabéns!

– Eu... Deus ainda nem acredito... – confessei e vi Edward cumprimentar Emmett e Rose. Ela estava me olhando emocionada e eu sabia que era bom receber boas notícias depois de tanto tempo. Falei com ela depois que fui apresentada oficialmente ao marido de Esme que por sinal se mostrava muito simpático e sorridente.

– Edward disse que encheu o carro de coisas...

Rose falou rindo.

– Oh sim... um exagero!

Sue anunciou o jantar e fomos todos jantar, ela sentou a mesa conosco e eu estava feliz. Minha família. Se Alice e Jasper estivessem ali ela estaria completa, mas eu não conseguia não me sentir feliz de qualquer forma. Eles estariam ali assim que melhorassem. A verdade é que eu tinha entendido o que Edward e todos estavam fazendo, eles não estavam deixando Carlisle vencer. Todo o seu ódio e toda sua ganância deveriam ficar na prisão de onde nem os melhores advogados o tirariam.

Três dias depois eu estava no auge da ansiedade, mal comia ou dormia direito. O telefone não tocou e isso não era nem bom e nem mal sinal. As coisas estavam na mesma e para mim isso era uma tortura silenciosa, os resultados dos exames saíram e tanto eu como Alice éramos as mais novas formandas da turma de psicologia e medicina. Eu queria dar uma grande festa assim que tivesse mais notícias dela, assim que tivesse certeza que ela estava fora de risco.

– No que está pensando menina? – Sue entrou com um chá nas mãos.

– Que eu vou dar uma festa assim que Alice e Jasper se recuperarem.

Ela sorriu e me entregou o chá.

– Edward está no escritório com Emmett, Rose disse que passa aqui no almoço. Dormiu bem?

– Como deu. – respondi tomando o chá e querendo ter notícias. Precisava de notícias. – Como os pais de Alice estão?

– Só vão para o hotel para dormir, um motorista trás e leva eles. Emmett comentou que Victória está a ponto de expulsar um médico lá.

– Não posso pisar no hospital. – falei triste.

– Precisa se alimentar melhor antes de pensar em sair de casa.- ela me repreendeu e eu sorri para ela.

O dia passou arrastando e mais uma vez sem notícias, Edward tentava me distrair com uma ou outra coisa, mas eu precisava de notícias de Alice ou morreria de ansiedade. Foi na quinta feira a noite que o telefone tocou. Ele tocou e meu coração saltou. Cinco dias depois e eu temia alguma péssima notícia, Edward me olhava enquanto ouvia alguma coisa e eu estava quase tomando o telefone da mão dele.

– O que aconteceu? – perguntei quando ele desligou.

– Bella eu preciso que fique calma, Alice e Jasper acordaram.

– Oh Deus! – eu comecei a chorar e ele veio me abraçar. Eu não sabia se isso era exatamente de felicidade ou um desabafo por toda a pressão que vinha guardando.

– Eles ainda vão ficar um tempo sem poder receber visitas, mas Victória ligou e disse que eles estão estáveis na medida do possível. Vão começar a fazer mais testes neurológicos e isso vai determinar como eles vão seguir com o tratamento.

– Estão com algum sinal de falha neurológica? – perguntei alarmada recebendo um beijo na testa.

– Não, mas eles querem ser cautelosos e as poucas visitas é por conta das emoções. Eles querem evitar agora pais e amigos emocionados deixando os batimentos cardíacos deles instáveis. Não fará bem entende?

– Sim... sim... oh Edward eu sinto que agora posso respirar desde que tudo isso começou.

– Eu também me sinto assim.

Eu senti que aquilo era um desabafo dele em relação a tudo. E de alguma forma eu sabia que tudo estava indo para o seu devido lugar.


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Notas finais do capítulo

Uma coisa me deixa curiosa: O QUE VAI ACONTECER MENINAS?
Opinem!