Terrible Love escrita por Isabella Cullen


Capítulo 11
Compaixão


Notas iniciais do capítulo

Bom meus amores eu queria agradecer is comentários, desculpa a demora, eu estava ontem sem condições de postar nada porque aconteceu uma coisa que me deixou meio ausente, fora isso meninas preparem-se porque o capítulo está... bombástico!



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Era uma carta de meu pai. Eu não falava com ele há anos. Apesar de sempre mandar minhas notas, fotos, notícias em que saiam meu nome e tudo mais relacionado a minha vida acadêmica. Eu não falava com ele há anos. Passei a mão pela sua caligrafia, era a mão, estava tremida e um pouco ilegível.

“ Eu sei que a essa altura não podemos mais ter a chance de voltar atrás nas escolhas que fizemos. Só que queria antes de tudo dizer que a amo e você sempre foi o meu orgulho, a minha menina brilhante. O que aconteceu com a esposa de Edward foi uma fatalidade realmente, eu reconheço isso porque na época eu precisava fazer o que fiz. Edward é um homem atormentado, mas ele cuidaria de você. Eu fui diagnosticado com câncer no ano em que o acidente ocorreu e eu estava com medo de não ter ninguém por você Isabella, quando descobri o que ele pretendia eu pensei que junto dele pelo menos você teria alguém. O meu medo me cegou, ele a levou e eu concordei porque precisava dele. Você não saberia cuidar da empresa sozinha, seu ramo era a medicina e não as empresas do grupo.

Tudo que construí nesses anos iria a ruina rapidamente depois da minha morte. Aro o novo sócio é muito ganancioso e você fatalmente entregaria tudo nas mãos dele quando eu me fosse, seria o curso natural das coisas. Por isso, quando você sofreu aquele acidente e Edward queria casar com você eu deixei. Você pode não saber, mas ele é um dos melhores administradores do mundo. É conhecido como mãos de ouro, tudo que toca multiplica e eu pude ver com meus próprios olhos os feitos dele em minha empresa. Graças a ele a Swan empreendimentos é hoje a número um no mercado e conseguimos reaver muitas ações perdidas através de estratégias que ele formulou.

Edward é um homem diferente do homem que você conheceu e eu gostaria que vocês um dia pudessem chegar a um acordo amigável quanto a situação de vocês. Ele é um homem rico e que cuidará da sua riqueza, ele me prometeu isso.

Não fique magoada com seu pai, quando eu falei que a queria fora de casa eu fiz no calor da emoção. Você não iria sem antes eu dar as costas para você. Eu a amo, amo seus feitos e sei que você é capaz de muito mais porque está apenas no começo da sua vida. Eu a amo Isabella e sei que você pode não entender, mas eu fiz tudo isso porque eu a amo demais. Muitas pessoas depois da minha morte chegariam até você interessada no seu dinheiro e não no que você é e sei que com seu jeito inocente cairia e ficaria na ruina. Eu já tinha visto isso acontecer diversas vezes e detestaria que esse fosse o seu destino.

Perdoe o seu pai, sei que todo esse tempo foi uma tortura interminável. Eu queria estar mais próximo, mas a doença me impediu. O tratamento me deu tempo apenas de ajeitar as coisas e ver tudo crescer para você. Não queria que a imagem que você tivesse de mim fosse de um homem doente.

Nunca se esqueça que você é o amor da minha vida e a razão da minha existência, eu sempre a amei demais. Meu orgulho.

Charlie”

Fiquei relendo a carta por muito tempo. Eu lembrava de meu pai dizendo que não me queria mais e entender o motivo daquilo me fez voltar a abrir as feridas fechadas. Chorar por coisas que eu achava já ter superado. Deus esse tempo todo meu pai lutou contra o câncer, Edward o ajudou a estruturar a empresa e eu fiquei aqui isolada de tudo. Me senti traída e ao mesmo tempo impotente. Ele morreu? Meu pai estava morto? Era por isso que eu estava lendo essa carta. Levantei e fui até a sala, Alice não estava e eu dei graças a Deus de não ter que explicar onde estava indo para ela. Ouvi uma risada vindo de seu quarto e percebi que meu celular não estava, ela deveria estar falando com Jasper. Eu fui até a porta e eu vi George em seu lugar de sempre, fui até ele fazendo ele tomar uma postura um pouco mais formal.

– Meu pai. – ele me olhou. – Sabe onde ele está? Foi você quem deixou essa carta não foi?

– Sim, o senhor Cullen pediu para entregar para a senhora.

– Me diga onde está meu pai.

– O senhor Cullen pediu que a levasse até ele caso queira.

– Mande o senhor Cullen a merda caso ele queira!

Voltei para dentro do apartamento com tanta raiva de Edward que se o visse bateria nele com todas as minhas forças, não estava raciocinando quando entrei e comecei a fazer uma pequena mala. Coisas básicas e documentos. Alice entrou quando eu fechava a mala.

– Onde está indo?

– Para algum lugar, meu pai está doente... não sei onde é... George e Edward sabem, aquele filho da puta miserável esse tempo todo sabia que meu pai estava mal e esperou ele estar morrendo para liberar a merda de uma carta.

Alice arregalou os olhos e então saiu correndo gritando algo. Peguei a mala saindo para sala e ela voltava com a bolsa dela.

– Vou com você.

– Você nem imagina em que lugar meu pai está.

– Nem você!

– Faça uma mala Alice, isso pode demorar.

Enquanto Alice arrumava uma pequena mala eu repensava em tudo e ficava me sentindo mal porque perdi anos com meu pai, os últimos anos dele e porque eu agora estava nas mãos de Edward. Nunca isso pesou tanto.

– O senhor Hale está na porta. – George anunciou e Alice entrou na sala.

– Deus... ele veio...

Japser entrou triunfante com uma linda caixa na mãos e quando percebeu nossas expressões ele mudou também.

– O que aconteceu?

– O pai de Isabella... podemos deixar isso para depois não é mesmo?

– Onde seu pai está Bella?

– Eu não sei...

George olhou para nós.

– Ele está em Forks, o hospital de lá. Ele entrou em coma a dois dias.

– DOIS DIAS! MEU PAI ENTROU EM COMA A DOIS DIAS E NINGUÉM ME CONTOU NADA!

– Foi um pedido...

– A merda com o senhor Cullen!

– Vamos no jato, chegará lá mais rápido. – Jasper ofereceu.

– Ela não pode. – George avisou. Levantei.

– NÃO POSSO O CACETE!

E então arrastei Alice e Jasper, foi rápido e simples. No caminho Jasper ligou para alguém, deixei George para trás no celular recebendo algumas instruções do idiota do Edward e então esperamos somente o jato ser abastecido. Pararíamos em Port Angeles e depois iríamos num carro que segundo Jasper estaria nos esperando.

A viagem foi sombria, meu celular tocava e eu ignorava o número desconhecido que o chamava. Apertava minhas mãos com força e rezava para encontrar ele vivo. Deus eu só queria vê-lo vivo e Deus não poderia ser tão cruel. O jato pousou e como Jasper tinha prometido o carro estava lá, eu não dirigi apesar de saber o caminho de cor.

– O seu celular está piscando. – Alice avisou.

– Tome, jogue na primeira lixeira que ver.

Ela guardou na bolsa e eu só contava os segundos até o hospital. Quando o motorista estacionou eu pulei para fora indo correndo para a recepção.

– Charlie Swan... ele é meu pai...

– Documentos por favor.

A mulher pegou e conferiu em algum papel.

– Terceiro andar, quarto 302.

Corri para o elevador e achei que estava demorando demais. Tudo estava demorando demais. Deixei algumas lágrimas caírem de ansiedade e assim que a porta do elevador abriu e procurei o quarto dele. Só que quando cheguei perto, tinha um vidro que o mostrava entubado e inconsciente. Meu pai estava com duas bolsas de soro, uma delas continha analgésicos muito fortes. Eles só estavam mantendo ele confortável.

– Não deveria ter vindo.

Olhei para a voz atrás de mim. Era Edward. Mais velho, mais maduro com certeza e com uma aparência cansada. Me virei para esconder as emoções que esse reencontro causava a mim, dentro de mim.

– É meu pai. Você não deveria ter me escondido isso.

– Só soube a pouco tempo apesar de desconfiar. – disse calmo – Ele pediu para não atrapalhar seus estudos.

O olhei com ódio.

– Aquele homem é meu pai, a pessoa que mais me amou nessa vida. Não importa os meus estudos se ele não está bem! Nada mais importa!

Tinha uma compaixão nos olhos dele. Sim, ele entendia esse sentimento. Ele lembrou de Kate. Droga, isso poderia de alguma forma ficar pior?


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Notas finais do capítulo

Então meus amores o que vocês acharam? Alguém vivo?